The Deadly Secret escrita por Metatron


Capítulo 1
Eu vou lhe contar uma história


Notas iniciais do capítulo

Bom, eis aqui o início dessa história e espero que gostem, e desde já fiquem curiosos porque muitas coisas estão por vir, eu garanto!



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A imagem naquele quarto era a mais harmonizante possível. Uma mulher de cabelos médios que ondulavam naturalmente e de um castanho claro belíssimo encontrava-se próxima à uma janela larga, ela, aparentemente, deveria ter vinte e quatro anos. As cortinas de coloração branca estavam intactas, embora o vento assobiasse, tentando de alguma forma penetrar as janelas para que pudessem bagunçar os cabelos dela. A morena que trajava uma espécie de vestido longo e branco, porém, ainda por cima, um roupão da mesma coloração a cobria, tendo babados bordados nas mangas. Em seus braços, carregava uma criança, que com seus olhos curiosos fitavam a face doce e gentil da sua mãe.

Isobel não estava tão calma quanto parecia, muito pelo contrário. Temia que os selos que haviam desenhado nas paredes da sua casa e nas portas do seu quarto não aguentassem, porém, de alguma forma ela sabia o que deveria fazer. Embalava o menino com cuidado, como qualquer mãe faria, enquanto sussurros de "Tudo bem, tudo ficará bem, meu pequeno." saíam dos seus lábios róseos, porém trêmulos. Se a mesma não soubesse que estava destinada a aquilo, poderia confessar que estava com os olhos marejados, procurando não cair em um choro carregado de desespero, mas ainda assim, procurava manter a própria calma.

Vou lhe contar uma história... – Disse, enquanto apoiava o filho nos braços para que pudesse encarar os olhos do mesmo com os seus, que tinha uma coloração ocre que combinava com os seus cabelos. - Mas não é qualquer história, meu querido, é a sua história. - Enquanto Isobel dizia, podia sentir um gelo percorrer toda sua espinha, pois, embora não quisesse admitir, temia. Temia pelo que iria acontecer, mas ela não podia hesitar, pois já havia o feito, estava feito e não tinha mais volta.

Uma jovem sorridente acabava de sair de casa, carregando apenas uma mochila nas costas, trajando roupas simples, porém ajeitadas. A Matthieu que agora vivia sozinha, tendo seus vinte e três anos, tinha em mente conseguir um emprego e dentro da sua mochila carregava alguns livros que deveria devolver à uma biblioteca. Um sorriso apareceu em seus lábios assim que avistou um dos seus vizinhos pegando a correspondência na caixa do correio e alegremente a mesma acenou para ele. Mal parecia a garota que há um ano havia perdido os pais de modo trágico, mas ela sempre havia sido mente aberta, sempre achava que nada acontecia sem um propósito e que provavelmente ambos estariam em um lugar melhor, e que acima de tudo, a morte sabia o momento certo de bater na porta de cada indivíduo. Após caminhar algumas ruas, podia notar uma pequena aglomeração de pessoas próximo a uma casa, mas não ousou se aproximar. Abaixou a cabeça e procurou seguir o próprio caminho, aliás, não queria acabar sendo intrometida e aquilo parecia ser algo sério.

Um Impala acabava de estacionar em frente à aglomeração e o que parecia ser três federais, saíram do mesmo. Dois utilizavam ternos, um deles tendo o cabelo um pouco longo e o outro um sobretudo bege por cima do próprio. Eram desconhecidos ali, porém, quando pediram passagem, cederam-na sem pestanejar.

Cass, você tem certeza que é essa a cidade? – Sam perguntou, enquanto olhava para os lados antes de caminhar rumo à casa.

Sim, as ordens foram claras. Ela deve estar em Salt Lake City. – Castiel disse, observando cada extremidade da rua de soslaio.

Acho que a sua garota lhe deu um toco, Cass. – Dean disse, com um típico sorriso sarcástico nos lábios enquanto observava os olhares desentendidos de Castiel.

Eu não... entendi essa referência. – O anjo disse, franzindo o cenho em sinal de que não havia compreendido o que Dean queria falar com a expressão "dar o toco".

Naquela altura, Isobel já estava virando a esquina, porém foi curto o tempo que Castiel utilizou para reconhecer a garota que era citada na profecia que muitos almejavam ter em mãos. Antes de falar qualquer coisa aos Winchesters, o anjo se desvencilhou do povo que ia se aglomerando aos poucos por conta de um "assassinato" um tanto estranho - os donos da casa foram encontrados mortos em casa, com a ausência de olhos e possivelmente com seus órgãos internos reduzidos à gelatina. - e antes que Dean e Sam pudesse falar alguma coisa, o anjo havia alcançado Isobel, a agarrando pelo braço.

A morena conseguiu apenas entreabrir os lábios, em confusão por não entender afinal o que um estranho desejava correndo atrás dela e a puxando pelo braço, mas antes de poder falar alguma coisa - ou correr, o aparente homem disse à mesma, a assustando no mesmo momento em que aquelas palavras saíram dos seus lábios:

Eu sou aquele que irá guiá-la aos portões do paraíso para trazer ao mundo a salvação.

Tudo aquilo soava muito confuso para si e respirando profundamente, tentando buscar paciência, disse:

Você não me conhece! Me deixe ir, por favor. – Seria questão de tempo para que ambos chamassem a atenção do público, aliás, as pessoas daquele bairro estavam agindo estranho há um bom tempo e Isobel ficou surpresa por ninguém notar o que o homem fazia.

Isobel Matthieu, eu serei o seu guia em sua missão, deixe-me explicar. – Os olhos azuis penetrantes de Castiel fitaram os olhos ocre assustados e tempestuosos dela, fazendo com que, de alguma forma forma, uma paz fosse transmitida e assim também segurança, embora o ceticismo dela fosse o suficiente para fazê-la querer correr e gritar por ajuda, pois não eram todos os dias que diziam coisas tão estranhas a ela e também era atípico alguém falar daquela maneira, com tanta convicção. Ela estava intrigada. Aliás, quem era aquele homem? Por que outros dois vinham logo atrás dele? Seria aquele um sequestro ou eles estavam aplicando alguma brincadeira de mau gosto em si? Por que o de sobretudo havia lhe dito tantas coisas sem o menor nexo e por que ele havia transmitido segurança em meio a um ato tão... bruto?

Deixe a garota comigo, agente. – Disse o mais baixo em comparação ao outro, o que fez o de sobretudo soltar a morena instantaneamente. - Agente Page e Agente Wetton, perdão pelo agente Lewis, não é um bom dia para ele.

– Eu não fiz nada de errado, eu j... - Antes que pudesse concluir, a garota foi novamente interrompida pelo mais alto, que parecia - de alguma forma - ser o mais normal entre todos eles.

Não, você não fez nada de errado, precisamos apenas fazer algumas perguntas rotineiras, nada demais. – Ele disse, enquanto ela finalmente relaxava a tensão que se concentrava em seus ombros.

Em alguma esquina naquela rua que aos poucos se esvaziava, uma figura encapuzada vigiava a conversa deles, e eles não imaginavam que ele era o responsável pelo assassinato. A partir daquele encontro, tudo na vida dela mudaria, o rumo das coisas seria outro e ela ia se arrepender durante toda aquela jornada, que já havia sido iniciada de um modo complicado, pois Isobel nada entendia, para seu infortúnio.


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Notas finais do capítulo

Esse foi o primeiro capítulo e aguardem pelo segundo, pois ele estará muito melhor! Haha, see you soon, guys.



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