A Loira Do Cemitério escrita por Italiana Sonohrina Di Fainello


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como eu já disse, a lenda não é minha. Sim, usei o Francis por que me pareceu a melhor escolha. Espero não ter ficado tão zoado, eu realmente queria fazer algo do tipo, e quando me veio a ideia, tive de postá-la. Mais uma vez me desculpem alguma coisa. Perdoem os erros também se tiver algum, meu Word tá meio bugado e não tá corrigindo nada.
Boa leitura.



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A LOIRA DO CEMITÉRIO.

Francis Bonnefoy. Francês, bonito e conquistador. Sujeito de um charme sem igual, desde seus cabelos, loiros e cacheados, descendo até um pouco a baixo dos

ombros, e de seus olhos azuis, brilhantes como cristais, até seu jeito de andar.

Simpático e sonhador, seguia sua vida tendo todas as mulheres que queria aos seus pés. As francesas o amavam, as estadunidenses o idolatravam, e agora, ele queria

provar as brasileiras.

Chegando ao Rio de Janeiro, entrou em um bar onde muitas pessoas dançavam, bebiam, comiam e se agarravam. Homens pra la de bêbados faziam movimentos sem nexo enquanto

passavam cantadas em algumas mulheres que na maioria das vezes, os retribuiam com tapas e chutes. Garotas bonitas, já com o álcool subindo à cabeça, dançavam sem

jeito, outras se entregavam aos braços de homens que sorriam pervertidos. Já outras preferiam curtir com as amigas e só dançar mesmo, e também tinham aquelas, que

mesmo sem qualquer gota de álcool, se entregavam aos braços de garotos, disputando-os com outras garotas.

Francis torceu o nariz para aquela cena.

- Ao menos elas são bonitas. - Disse, levando uma taça de vinho aos lábios, saboreando o líquido com gosto. Foi então que sua atenção foi puxada para uma jovem que

acabara de chegar.

Vestida de branco da cabeça aos pés, a menina de no máximo vinte anos andava calmamente pelo salão, recebendo olhares por onde passava. Francis, movido pela beleza

da jovem, se aproximou e a olhou nos olhos, olhos lindos, verdes como esmeralda, combinando perfeitamente com a pele pálida e os cabelos cor de ouro, que desciam

em cascata por suas costas. Ela tinha um olhar frio e distante, mas mesmo assim, era impossível deixar de olhá-la.

- Qual é o seu nome?. - o francês perguntou, o sotaque extremamente carregado.

- Alice. - Ela respondeu friamente. - O que você quer, francês?.

- Só dançar. - Ele respondeu, os olhos fixos nos dela. - Então, você dançaria

comigo?.

- Melhor não. - Ela estremeceu, deixando transparecer seu sotaque inglês.

Ele piscou.

- Ah vamos?. - Ele pediu novamente. - É porque eu sou francês?.

Ela suspirou, cansada.

- Está bem. - Ela disse. - Só uma dança e pronto.

E os dois dançaram, ela com seu olhar frio e ele com seu olhar sedutor, que não a fazia mudar a expressão dura. Ela era estranha, Francis já havia percebido.

- Será que todas as inglesas são assim?. - Se questionou em pensamento, enquanto grudava-se mais à cintura da jovem que não parecia se importar, tampouco gostar

do que ele fazia.

- De homens como você o mundo está cheio. - Ela comentou, fazendo-o desviar o olhar.

- E de mulheres como você o mundo sente falta. - Foi a resposta de Francis, recebendo um tapa no rosto como resposta.

- Como eu disse. - Bronqueou friamente. - O mundo está cheio de homens como você. Só querem meu corpo, nnão se importam com meus sentimentos.

- Hey. - O francês protestou, fitando novamente os orbes cor de esmeralda da garota. - Eu não disse aquilo na maldade. Maioria das mulheres que vi aqui se entregam

a qualquer um, não se importam com seu corpo, não dão valor ao que tém. Mas você é diferente, você veio aqui para dançar, e não em busca de Byronismo. Por isso disse

que sentia falta de alguém como você.

Ela suspirou.

- O mundo está perdido. - Foi sua resposta, distante e com um toque de amargura. - O amor não existe mais. Primeiro te prometem coisas, te juram amor eterno. Depois,

partem seu coração, tiram sua vida sem dó nem piedade.

- Nem todo mundo é assim. - Disse ele, sem acreditar no que estava dizendo, ele mesmo fazia isso, se deitava com qualquer uma, simplesmente queria se divertir, não

tinha sentimentos. Ele não tinha moral para tentar mudar a ideia da garota, ele também se encaixava na categoria dos "Destruidores de sentimentos", ele era simplesmente

mais um em busca de prazer.

- Você é só mais um, Francês. - Ela disse, dura.

- Meu nome é Francis. - Ele respondeu, sem mudar o tom de voz. - E não sou mais um.

Ela se abanou, como se atirasse longe a informação.

- Sim, você é. - Ela respondeu, ríspida. - Todos vocês, que correm atrás de mim são. Agora com sua licença, Francis.

- Espere!. - Ele a segurou pelo pulso. Onde você vai?.

A inglesa se virou, encarando-o indiferente.

- Para casa. - Respondeu. - Já me cansei deste lugar.

Ela foi embora, e Francis a seguiu, ele não sabia o por que, mas algo o puxava para ela. Seguiu-se assim por uns vinte minutos, até que ela se vira bruscamente para

ele. Já estavam em um local parcialmente escuro, iluminado somente por alguns postes. Pareciam estar em algum lugar da periferia da cidade e Francis começava a se

sentir desconfortável ali.

- Vá embora, Francis. - Ela ordenou, dura.

Ele negou com a cabeça.

- Não posso acompanhá-la até em casa?. - Perguntou ele, em tom manhoso.

- Não!. - Esbravejou ela. - Não quero sua companhia.

- Oh, please?. - Ele pediu, tentando imitar o sotaque inglês.

Ela se virou, dando as costas para ele, e deu alguns passos à frente.

- Venha se quiser. - Disse, tão gelada quanto um iceberg. - Só não me responsabilizo se você ver algo que não quer.

Ele seguiu, acompanhando-a. Mal percebeu ele que estava adentrando um cemitério, e como em um passe de mágica, ela desapareceu.

Francis parou, desnorteado e assustado. Olhou em volta, agora vendo onde estava.

Sentou-se em uma tumba qualquer. Estava tremendo. Já devia passar da meia noite e ele ali, perdido em um cemitério, tendo como companhia somente as almas das pessoas

enterradas ali. Resolveu então ver quem era o habitante do túmulo, onde estava sentado. Tirou a poeira da foto e leu. Quando o fez, sua espinha gelou.

- Aqui jaz Alice Kirkland. Assassinada em quatro de junho de dois mil e doze.

Francis gritou, se debateu e em fim, correu, correu pelas ruas da capital carioca, sem rumo e sem qualquer pensamento, até trombar em algo e cair.

- Hey. - Houviu uma voz o chamando. O francês abriu os olhos, apenas para ver um jovem de pele clara, cabelos loiros bagunçados e olhos verdes, tão verdes quanto

esmeraldas. Ele gelou.

- Q-quem é você?. - Perguntou, tentando se levantar do chão.

- Arthur Kirkland. - O garoto respondeu, em um tom calmo. - E você, quem

é?.

- Francis Bonnefoy. - Ele respondeu, estático por ouvir novamente aquele sobrenome.

Arthur apenas o examinou. Puxou os cabelos do francês de leve e os olhou mais de perto.

- O que está fazendo?. - Quis saber o francês, olhando ele mesmo seus cabelos. - Mas, o

que?.

Sim, de loiros, Francis agora tinha os cabelos brancos. O francês quase gritou.

- Você esteve com Alice, certo?. - Perguntou o garoto com sotaque inglês.

- Quem, exatamente é ela?. - Quis saber o outro, levantando-se.

- Minha irmã gêmea. - O outro se explicou, os olhos marejados. - Ela morreu fazem três anos hoje. Foi assassinada após sair de um bar para onde havia sido arrastada

pelas amigas, Feliciana e Sakura.

O de olhos azuis suspirou, colocando a mão no ombro do outro.

- E como, exatamente foi isso?. - Ele quis saber.

Arthur engoliu um soluço.

- Eu não sei direito. Não estava com ela. - Voltou a dizer, com a voz trêmula. - Pelo que as meninas contaram, um garoto de olhos vermelhos e cabelos esbranquiçados

a convidou para dançar. Ela, encantada, aceitou. Quando finalmente quis ir embora, O garoto se ofereceu para levá-la para casa. Como Feliciana e Sakura moravam em

uma outra parte da cidade, Alice e ele seguiram sozinhos. Foi aí que... Ele a assassinou.

Francis ficou chocado. Não conseguia acreditar que algo assim havia acontecido à uma jovem tão boa.

- Porque ele fez isso?. - Perguntou ele, tentando se conter para não gritar.

Arthur abaixou a cabeça.

- Eu não sei. - Admitiu ele. - Ha relatos de que ele era esquizofrênico e que havia enlouquecido depois de tanto ser tido como inferior ao irmão mais novo.

Dizem que ele se matou alguns dias depois de assassinar minha irmã. Ele era uma pessoa boa, eu o conheci, mas ele, após ter sido deixado de lado pelos pais quando

o irmão mais novo nasceu, entrou em uma depressão profunda, que pode ter se tornado uma doença.

- Como ele se chamava?. - Francis perguntou.

- Gilbert. - Falou o britânico, a voz triste. - Lembro dele quando estudávamos juntos na adolescência. Éramos do mesmo colégio interno na inglaterra. Ele era alemão

e tinha uma queda por uma húngara chamada Elizaveta, mas a garota só tinha olhos para um austríaco, chamado Roderich. Esse por sua vez, só tinha olhos para seu piano.

Quando vim para o Brasil, a família de Gilbert veio também. Vieram ele, os pais e o irmão, ainda bebê, esse se chamava Ludwig.

- Que triste. - Foi o que Francis conseguiu dizer. - Mas por que ele mataria sua

irmã?.

- Arthur abaixou a cabeça, parecendo pensar.

- Acho que por que ela gostava dele. - Arthur concluiu. - mas ele cego pela Húngara, nunca prestava atenção nela. Até que um dia, ela gritou com ele e disse que nunca a Elizaveta repararia

nele. Pelo visto ele guardou isso, e com a esquizofrenia não se importou em liquidá-la.

Francis suspirou.

- E provavelmente ele se matou por que quis. - Concluiu o francês.

O britânico assentiu.

- Bom. - Ele disse. - Acho melhor ir para casa. Já é tarde e aqui não é um dos melhores lugares à essa hora.

Francis assentiu. Deu alguns passos à frente e parou, deixando que o inglês fosse. O garoto ficou ali até que o de olhos verdes desaparecesse de vez. Ele então seguiu

seu caminho. Logo, ele voltaria à França, mas nunca se esqueceria daquele dia, o dia em que encontrara a loira do cemitério.


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Notas finais do capítulo

Tá... Eu não vejo o Gill como psicopata, mas devo admitir que aqueles olhos vermelhos e aquela cara pálida num beco escuro deve dar medo viu. Acho o Romênia com mais cara de psicopata, mas o Gilbert me pareceu bem mais apropriado para essa fic. Bom, para quem não sabe...
Arthur Kirkland = Inglaterra (Oficial).
Francis Bonnefoy = França (Oficial).
Gilbert Beilschmidt = Prússia (Oficial).
Ludwig Beilschmidt = Alemanha (Oficial).
Alice Kirkland = Nyo Inglaterra.
Sakura Honda = Nyo Japão.
Feliciana Vargas = Nyo Itália.
Sei que não é bem sobre os países, mas só por curiosidade mesmo.
Espero que tenham gostado.
Ciao!.



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