POV’s Spring Trap on

Todos entraram e lá estava Chica com várias caixas de pizza (ela tinha saído do circo rapidinho e já voltou), o pessoal circense disputava tudo como doidos, parece que fornecem somente restos de comida e outras porcarias consideradas “não comestíveis” pra eles.

–Blanka! Obrigada, se não fosse você eu não saberia da comida. -Vejo Beast chegar junto de uma criatura com pelos verdes e cabelos alaranjados. Foxy estava logo atrás.

Percebo que o circo tem mais monstros do que eu imaginava, são dezoito monstros no total, cada um com uma habilidade mais impressionante que a outra.

Alguns monstros eu não conhecia, esse pessoal sabe se esconder direitinho, mas a maioria apareceu agora que trouxemos comida de verdade, sabe como é... Ninguém é idiota de não vir comer quando o alimento aparece.

–Shadow! Maldito volte! Não leve metade das pizzas! -Biel gritava desesperado indo atrás do tal Shadow até que o cara some nas sombras.

Shadow tem olhos completamente brancos (like a herobrine), sua pele é coberta por uma sombra leviana. Suas roupas me lembraram Mortal Kombat (só vi algumas imagens na internet, nunca joguei nem nada parecido), ele também usa um manto com um capuz preto.

–Que porcaria! Além de sumir nas sombras com as pizzas nem faz questão de me responder! -Biel ainda estava nervoso.

–Você sabe muito bem que o Shadow nunca foi muito de falar e que quando ele fala é sempre patada ou uma frase sábia que cala a boca de qualquer ser vivo. -Nalu falou agarrando o Biel, o mesmo ficou coradinho, mas ainda com sua expressão nervosa.

Outro homem entra na sala, pela aparência tem dezessete anos, tem cabelos castanhos escuros, carrega duas tochas nas costas (aquelas que os atiradores de fogo usam), usa um terno e gravata borboleta. Pelo que me foi contado tem habilidades de distorção, isto é, modificar, manipular ou deformar quaisquer objetos, imagens, ambientes e até mesmo som!

–Tryck! Temos comida! É uma pisa! -Uma menina de aparentemente sete anos falou mostrando a fatia de pizza.

O suposto Tryck sorri e faz um carinho na cabeça da criança.

–Sweet, se diz pizza e não pisa. -Seu sorriso se abre mais e a menina fica emburrada.

–Pizza não é aquela torre da Itália? -Ela parecia confusa.

–Não sua boba! A torre é de pisa e a comida é a pizza!

Então o Biel entra no meio sorrindo também.

–Já pensou uma torre feita com pizza? Eu comia tudo sem dividir com a Gabi e a Nalu! -Gabi ficou nervosa.

–Se você fizesse isso conheceríamos uma nova versão sua: Biel Balãozinho! -Nalu falou alegre enquanto acariciava a cabeça do loiro, parecendo que ele era um mascote.

Pela primeira vez vejo a eles se divertindo nesse lugar, normalmente eles são sérios, acho que crianças inocentes como Sweet deixam o lugar mais descontraído, “Biel Balãozinho?! Que tipo de apelido estranho é esse?!” Biel perguntava balançando os braços feito um retardado e todos riam da situação, “Biel não fique nervoso, ou devo dizer Balão-kun?” Gabi falou dando destaque ao Balão-kun.

Karina aparece com suas asas de fora e... Um rabo e um par de orelhas de raposa branca? Ué, ela é um anjo raposa? Fico olhando curioso para a calda dela, quando Karina percebe o que eu estou fazendo mete um chute na minha fuça.

–Que isso?! Por que raios você chutou minha cara?!

–Você estava olhando pra um lugar que não deve ser olhado. -Falou calma, como se chutar meu rosto fosse nada importante.

Quando eu notei que... Olhar pra calda dela é o mesmo que olhar a bunda dela já que o rabo sai da bunda e... Chega! Eu preciso parar de pensar nisso.

Eu pensei em pedir desculpas, mas ela já estava saindo, acho que dei uma de Foxy, porque eu comecei a seguir ela do mesmo jeito que o Foxy segue a Beast. Se eu estou me sentindo um idiota? É claro, mas continuo seguindo ela sem nenhuma razão aparente.

Ela para na sua própria cabana, todos têm uma só pra si (somente irmãos dividem cabanas), “Cabana da Angel” era a placa que eu via, já tinha me esquecido que era esse o nome artístico dela.

Entrei e vi um quarto grande demais pra pequena cabana que eu tinha visto agora a pouco.

–Eu não te deixei entrar pelo que me lembre. -Ela sorria, era um sorriso largo e satisfeito, como se já soubesse que estava sendo seguida.

–Bom... A porta estava aberta! -Dei a desculpa mais esfarrapada existente. Ela começou a gargalhar.

–Você gosta de ficar seguindo garotas, feito aquela raposa robô? -Senti minha pele queimar depois disso.

Com vergonha eu acabei agindo como uma garotinha, ou seja, saí correndo dali com a minha pele corada, eu ainda consegui ouvir mais gargalhadas antes de ficar afastado da cabana... Por qual motivo eu fiz tudo isso?

POV’s Golden Freddy on

Todos estão dentro da tenda, mas eu prefiro continuar aqui fora, poucos integrantes do circo estão por aqui. Exemplos?

Night, ele realmente consegue me amedrontar, olhos vermelhos como o sangue que conseguem um destaque especial durante as noites, suas asas são negras como as de um corvo e o fator dele se tornar meio demoníaco quando anoitece não me tranquiliza. Ele fica escondido entre as árvores que compõe o pequeno bosque em o circo está instalado, coisa de coruja. Resolvi não me aproximar muito, ele estava pensando coisas negativas em voz alta acho que isso faz parte do jeito noturno dele. Mesmo estando longe ele conseguiu ver a mim então começou a falar mais e mais como um louco ele repetia frases e criava novas, aquilo estava me assustando.

–Se acalme! Calma! Pare com isso! Você está agindo como um louco! -Night deu um olhar assustador e seus olhos vermelhos brilharam mais ainda.

–Como não enlouquecer estando em um lugar em que minha aparência e poder faz de mim um monstro digno de medo e jaulas? Se tudo o que trago é medo não é mais fácil me soltarem e me deixar voar pra longe?

Ele parecia estar enlouquecendo cada vez mais, saí correndo dali e me deparei com outra figura assustadora.

Wolf, esse é outro que me dá medo, um lobo humanóide enorme que se veste com tanga e colares tribais, ele é frio e meio solitário; esse é seu jeito de ser. Pelo que me foi informado ele é resultado de uma mutação entre um humano e um lobo cujas características físicas que mais permaneceram obviamente foram as de um lobo. Uma menina pequena com cabelos loirinhos e olhos castanhos chegou perto do grande lobo, trazendo um pedaço de pizza, “Obrigado Sweet.” foi tudo o que Wolf disse. Ela voltou cambaleando pra uma cabana escrita “Cabana da Sweet”, mesmo sendo um monstrinho, ela ainda é uma criança e precisa descansar.

Saio dali (gosto de passeios, problema?) e vejo aquele homem urso polar, Cleyton se não me engano, acho que qualquer um serve pra perguntar sobre o circo.

–Cleyton! Qual é a história do circo? Como tudo começou? -Ele olhou pra mim e deu um sorriso simpático.

A história começou a ser contada, bem, ele deu um pequeno resumo, “O circo teve origem graças aos pequenos vilarejos isolados, vilas onde não havia tecnologia e informações atuais, onde ainda acreditavam que queimar ou chamar um padre para praticar o exorcismo era o suficiente para acabar com qualquer aberração, foram essas vilas que começaram tudo. Do que esses vilarejos achavam que precisavam? Caçadores de monstros! Então denunciavam os monstros que eram descobertos nas vilas, Jaime foi juntando monstros até conseguir um número considerável, depois disso montou o circo em uma cidade da França ficamos instalados lá durante anos. O resto você já sabe, o começo desse ano chegou e finalmente viemos pra Inglaterra onde estamos instalados.”.

Está bem, agora que eu tenho essas informações vou contar pro Freddy tudo o que descobri.