Highway To Hell escrita por Cath


Capítulo 4
04. Provocações, desculpas e briga


Notas iniciais do capítulo

OI LEIAM AQUI!!!!
Em apenas 3 capítulo já temos 1.021 acessos na história. Me colore que eu to bege! Muuuuito obrigado a todos os 35 que estão acompanhando, espero reviews (se eu merecer) de vocês, ok?
Obrigada á todas as lindas e maravilhosas leitoras que deixaram um review no capítulo anterior. Ficaram curiosas sobre William? Vamos saber um pouco mais sobre ele e se ainda existe uma amizade ali (apenas amizade). Obrigada por lerem aqui, agora podem ir para o capítulo.
Me desculpem por qualquer erro e boa leitura.



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POV Acacia

– Senhorita Acacia, são exatamente 9:30 da manhã. O dia está nublado, 24°C, e a previsão do tempo é que mais tarde haja chuva. Ótimo dia para ficar lendo, dormindo ou mesmo assistindo á um filme.

Abro meus olhos e os coço enquanto ouvia J.A.R.V.I.S falar sobre algo haver com o tempo. As cortinas do meu quarto se abrem por conta do robô e cubro meus olhos com a pouca claridade que os atinge.

– Droga, J.A.R.V.I.S. Eu queria dormir.

– A senhorita pediu para que te acordasse pois teria um encontro com seu amigo hoje. E caso não queira chegar atrasada, acho melhor indo logo.

– Robô abusadinho. – sussurrava enquanto me obrigava a levantar da cama. Fui esbarrando nas paredes até achar a porta do armário que dava para o banheiro.

Lavei meu rosto e fiz minha higiene. Enquanto escolhia uma roupa me lembrei do jantar de ontem, foi algo tão familiar, mesmo com as brigas entre os vingadores, eles eram uma grande família e conversamos sobre minha vida no Brasil.

Optei por uma calça jeans rasgada nos joelhos, uma blusa qualquer e calcei uma ankle boots de salto grosso, um dos únicos saltos que gosto de usar. Passei apenas um corretivo no rosto. Coloquei também duas pulseira e um anel, vi minhas unhas que ainda estavam muito bem feitas pintadas de preto. Coloquei meu celular no bolso e sai do meu quarto indo até a cozinha, ainda tinha 20 minutos e pedi para J.A.R.V.I.S chamar Happy para que ele me levasse.

– Bom dia Acacia.

– Ah, oi Capitão. Bom dia. – falei me sentando á sua frente na mesa, vi que ele tomava café da manhã e me servi.

Eu estava com um bom humor ótimo está manhã, graças a Deus.

– Aonde vai? – ele pergunta e dá uma mordida em uma torrada.

Sortuda de uma torrada.

– Irei sair com um amigo que não vejo á um tempo, pode avisar á Tony? Parece que aqui ás pessoas costumam acordar meio tarde.

– Sim acordam bem tarde, e eu aviso sim. Que amigo? – ergue uma sobrancelha.

– Sem querer sem grossa, mas não é de sua conta Steve. – digo tomando um pouco de suco de laranja e também erguendo uma sobrancelha – Aliás, belo pijama.

Ele estava com uma camiseta branca normal e leve, com uma calça de flanela. Sua camiseta por mais que fosse larga, marcava seus músculos. Que pedaço de mal caminho.

Sorri vitoriosa quando vi Steve ficar sem-graça. Era muito fofo e engraçado ao mesmo tempo.

– Bom, já vou indo Capitão. – me levanto – Não devo demorar para voltar, diga para Tony que se precisar falar comigo deixei meu número em um papel que está em cima da minha cama.

– Tudo bem Acacia. – como ele havia vindo parar do meu lado mesmo? – Tome cuidado. – mais uma vez ele beija as costas de minha mão e sinto aquele lugar queimar assim como o resto do meu rosto que agora estava vermelho.

Mas que droga, por que ele faz isso? Não tem graça.

Entro no elevador dando um tchauzinho com a mão para ele, que sorria por ter me deixado sem graça. As portas se fecham e logo estou indo em direção ao carro em que Happy irá me levar. Mostro o endereço que William havia me passado por mensagem e ele segue caminho.

– É aqui, senhorit... Acacia. - talvez eu tivesse vindo um caminho inteiro reclamando por me chamarem de “Senhorita Stark”, fiz Happy jurar que irá me chamar apenas de Acacia.

– Obrigada Happy, eu te ligo caso precise que venha me buscar.

Vou em direção á lanchonete em que ele disse que estaria. Jà eram 10:40, eu estava 10 minutos atrasada. Procurei William por toda a lanchonete e logo vi um homem sentado em uma mesa, me aproximei e toquei sua ombro.

Em um segundo vi seus olhos me encarando e um sorriso largo em sua boca, em outro segundo senti seus braços em torno de mim.

– Não acredito, você está aqui mesmo! Oh, desculpe. – ele me solta do abraço, me sento á sua frente na mesa – Você sempre atrasada, não é?

– Uma rainha nunca se atrasa, são seus súditos que estão adiantados. – sorrio ao ouvir sua risada.

– Engraçadinha como sempre. Enfim, tenho muito o que falar.

– Sou toda ouvidos.

...

Eu parei de contar na 50° vez em que ele me pediu desculpas e perdão. Foi um longo discurso de sua parte e eu estava muito abalada. Uma parte de mim dizia que eu estava sendo idiota e outra dizia para acabar com isso e retomar a amizade. Adivinha que parte eu escutei.

– William, sabe que sou coração de pedra mas com você é diferente. Você fez falta sim em minha vida, muita falta. Mas você era meu melhor amigo e me trocou por alguém que te tratava como tapete, isso me magoou muito. Você acreditou nela e não em mim. E pior, se arrependeu quando não á tinha mais, só porque não tinha com quem desabafar. Acha que tenho cara de idiota? – ele ouvia tudo de cabeça baixa, sabia que eu estava certa – Mas, eu amo você e seria incapaz de não perdoá-lo.

E mais uma vez sinto seu abraço e dessa vez correspondi o abraçando forte. Era como se ele fosse meu irmão mais velho, um abraço fraternal e protetor no qual você se sentia bem e protegida.

– Eu nunca mais vou te deixar, Cass. – ele diz baixinho.

– Promete? – falo o largando e olhando em seus olhos.

– Prometo. – cruza seus dedos em frente a boca e os beija, dou risada e o abraço novamente.

É bom tê-lo ao meu lado novamente.

– Agora, mocinha. Quero respostas. – ele se senta ao meu lado e apoia a cabeça em suas mãos, como uma garota. Seguro um riso e começo a falar.

(...)

Eu contei tudo, sem faltar detalhe nenhum. Claro que omiti a parte em que fui para a base da S.H.I.E.L.P, não achei necessário e nem sabia se podia falar.

William ouviu tudo atentamente sem nem interromper, parecia uma criança ouvindo uma história de contos de fada.

– Você é filha de Anthony Stark? Filha de uma mãe, Acacia. Eu não acredito, você é filha de um super-herói bilionário. E Os Vingadores, você os conheceu? – William era fascinado por super-heróis desde criança, ele já havia me contado, e piorou quando eu disse tudo aquilo.

Já estávamos á umas 3 horas conversando. Ele me falou de como veio parar aqui e perguntou se qualquer dia poderia conhecer Os Vingadores e pedir um autógrafo de Tony, eu ri e falei que sim.

– E sua faculdade, Acacia, como ficou? – ele pergunta.

– Eu á tranquei no Brasil, vou ver se arrumo algum trabalho que goste aqui.

– Garota, você é um gênio. Faculdade é o cassete, já falei para virar modelo.

– Vai te catar William, é um trabalho fútil demais para mim, quero um trabalho aonde possa usar minha mente.

– Falando em trabalho, está na hora do meu. Me desculpa. – ele fala se levantando.

– Tudo bem, já nos falamos bastante. Desculpa ocupar seu tempo. – falo deixando uma nota de dinheiro para pagar o suco que havia pedido, me levanto também e paramos em frente a lanchonete. Pego meu celular e ligo para Happy, perguntando se poderia vir me buscar e ele disse que estava a caminho, também disse que Tony estava louco atrás de mim. Vai dar ruim isso.

– Ocupar meu tempo? Fala sério, Cass. Essas horas foram as melhores que eu poderia ter tido, obrigado por aceitar minhas desculpas. Sua amizade vale muito pra mim. – ele segura minha mão.

– Não há de que, Will. Sua amizade também vale muito pra mim, seu chato. – o abraço e ouço uma buzina, era Happy. Que rápido.

– A gente marca de sair no final de semana, tudo bem? – aceno que sim – Acho melhor você ir, se cuida minha linda.

Eu e ele sempre tivemos essa de apelidos fofos.

– Você também meu lindo. – sorrio de lado - Tchau.

Ele acena com a mão enquanto me olhava entrar no carro. Happy não falou nada o caminho todo, apenas disse que Tony queria saber aonde eu estava.

Chegamos na torre Stark á 13:30 da tarde, corri até o elevador e o chamei. Logo as porta se abriam e vi um Tony Stark de cara emburrada, braços cruzados e batendo institivamente um dos pés no chão. Eu riria da cena se ele não estivesse com uma cara tão brava.

– Saiu com um amigo, mocinha? Um amigo? Que amigo é esse? Sabia que podia ser um sequestrador? É perigoso, podia ter falado e eu mandava um segurança com você. – ele gritava na frente de todos que estavam na sala.

– EI, calma ai. Tenho 23 anos, sei o que faço. E se fosse sequestrada, o problema seria meu, não venha gritar comigo. Você não tem essa intimidade comigo, então pode parar. – eu gritava assim como ele – Segurança? Me poupe, não sou você. Não estou nem quero estar exposta na mídia para que precise de um segurança me protegendo, faça-me o favor. Não sou uma criancinha.

– Apenas quero sua segurança. Sou seu pai e tenho que te proteger, Acacia. Não banque a adolescente rebelde.

– Me proteger? – reviro os olhos – Fala sério, você perdeu a chance de fazer isso enquanto podia, então agora não venha querer cuidar de minha vida.

Acabando de falar isso eu apenas vou para meu quarto e fecho a porta. Se eu agi feito uma adolescente? Sim. Se ele agiu feito um rico mimado? Sim. Se isso foi ridículo? Também.

Mas se ele acha que irá tomar conta da minha vida, está muito enganado, pois quando podia perdeu a oportunidade. Ele nem sequer sabia que eu existia, nunca se importou em saber o que aconteceu com minha mãe. E vou gritar quantas vezes for possível para que entenda isso.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Eu juro que quero matar a Acacia, mal agradecida, unf!
Beijinhos e espero reviews xx