Destilando Neurônios escrita por itsJuhMaciel


Capítulo 7
Recorrendo à poção mágica do Sasori




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Eu estava prestes a exorcizar o demônio que estava preso no corpo do Sasuke quando acordei com o grito protestante de Deidara em meu quarto, eu me sentei de uma vez e dirigi o olhar para o meu closet revirado e para Deidara que chorava olhando para mim, seu dedo indicador estava preso em uma ratoeira. Eu joguei os pés para fora da cama e comecei a rir da cara de choro de meu irmão postiço, mas depois de eu ter mangado da desgraça alheia, resolvi ajudá-lo a se livrar daquela ratoeira. Quando terminei de executar a boa ação, acabei por levar um tapa na cara.

– POR QUE VOCÊ ESCONDEU UMA RATOEIRA NA SUA CALÇA NOVA?

– Ora, por quê? – que pergunta repugnante essa dele. – Lembra o que você fez com a minha camiseta nova?

– Nossa, mais que consideração com o seu irmão mais velho. Eu só ia pegar emprestado, eu ia devolver ela toda...

– Amarrotada, faltando um botão, manchada, rasgada, explodida talvez?

– Como você é engraçado. – ele riu forçado.

– Agora você está trabalhando, Deidara. Com certeza vai poder até comprar esmaltes novos.

Uma vez ele quase teve que comprar uma dentadura porque foi inventar de pegar os esmaltes da mamãe para usar e ela não gostou nadinha da atitude dele, porque ao invés de pedir permissão ele já foi pegando, ela bateu tanto nele que o coitado até mudou de cor, mas isso já faz dois anos.

– Pensando bem, você tem razão. Estamos trabalhando para os Uchihas, talvez a gente ganhe uma graninha boa. – ele pegou a ratoeira com todo cuidado do chão e se aproximou de mim com aquele sorriso de vilão de desenhos animados. – Arrume-se para a escola, vou te esperar lá em baixo para tomarmos café.

– Ah, você vai ter que ir sem mim hoje. – eu olhava desconfiado para a ratoeira nas mãos dele. – Preciso passar em um lugar antes.

– Que lugar? – Deidara me fuzilou com os olhos.

– Não é da sua conta.

– Que seja! – ele enfiou a ratoeira no meu nariz, caí no chão morrendo e consegui avistar meu irmão postiço sair de meu quarto com minha calça nova em mãos, o filho da puta até rebolava. Juro que ele me paga.

Me sentei e usei – não só as mãos, mas os pés também – para tirar a ratoeira do meu nariz, engatinhei até o espelho e chequei o estado dele. Deplorável.

Alguns minutos depois, eu saí do quarto com a mochila nas costas e com a postura de um Lorde, enquanto carregava em meu nariz um Band-Aid, Deidara já havia saído e meus pais também, a casa estava sozinha para mim. Bateu uma vontade de ficar pelado agora.

Foco Naruto. Lembre-se de suas 2 missões hoje.

Saí de casa com um pão na boca, eu iria fazer uma visita para o Mestre S antes de ir para o colégio, Sasori deve estar em casa agora, eu acho mais provável fazer uma visita para ele do que um simples telefonema. Sem mais atrasos terminei de comer meu pão e fui. Quando cheguei na casa dele o portão estava aberto, com isso eu entrei e encostei minha bicicleta no muro, respirei fundo tirando a coragem até da alma e comecei a caminhar, porém parei quando avistei uma criatura conhecida se desvencilhar da porta da frente.

Tenten.

O que eu faço agora? Não vai adiantar em nada eu me enfiar no mato, minha bicicleta ali no muro pode dedurar minha presença aqui. Droga Naruto, pensa em alguma coisa. Pensa... Pensa...

– Naruto! – ela estava parada em minha frente, me olhava tão espantada como se estivesse me olhando nu.

– Tenten. O que faz aqui?

– O que você faz aqui?

– Eu perguntei primeiro.

– Eu não sei como te falar isso.

– Com a boca, talvez.

– Olha Naruto, eu não quero que me leve a mal, mas minha visita para a casa do Sasori não diz respeito á você, diz respeito á um defeito que eu tenho.

Relinchar feito uma mula enquanto trepa com o Neji? Deve ser tenso isso né? Agora imagine a dona Tenten esclarecendo para o Sasori o seu problema. Eu tenho certeza que Sasori quis relinchar também.

– Você já sabe que o Sasori é meio que feiticeiro, não é? – continuou Tenten corada, eu balancei a cabeça, assentindo. – Então é isso... eu preciso ir. – ela sorriu. – Você é legal, Naruto – eu abri aquele sorrisão. –, mas eu prefiro batata frita.

Se eu não tivesse com bom humor teria retrucado.

– Natirutis! – gritou Sasori da porta, usando um braço de esqueleto humano para acenar. Eu me encolhi quando olhei para ele, até esqueci-me de corrigir meu nome. Mano, puta que o pariu, é tão difícil assim dizer “Naruto”? Porra, meu! – Venha, eu sabia que você iria aparecer aqui mais cedo ou mais tarde, e que bom que foi cedo. Venha, venha.

– Abaixa esse negócio aí.

– Foi mal. – ele jogou aquele braço para trás e deu espaço para que eu entrasse. Eu atravessei a porta e encarei diversas velas perfumadas, engoli em seco e tratei de me sentar no sofá enquanto Sasori se sentava no tapete e fazia uma posição de yoga. – O que aconteceu com o seu nariz Natirutis?

– É Naruto.

– Então, é isso. O que aconteceu com o seu nariz?

– Bati no guarda-roupa. – é ruim que eu vou falar que foi uma ratoeira, Sasori poderia zoar de mim para sempre, porém de qualquer jeito ele vai saber da verdade porque o mentecapto do meu irmão postiço vai dá com a língua nos dentes.

– Deixando isso de lado, o que eu posso fazer por você?

Eu cocei o queixo, dei mais uma olhada para as velas perfumadas, inclusive olhei também o cantinho onde eu quase morri carbonizado. Dei mais uma olhada para Sasori e ele estava em cima de mim, me encarando profundamente nos olhos, balançava a cabeça que nem uma cascavel e eu senti meu estômago se contrair.

– Você pode conseguir qualquer coisa para mim?

– Dizem que eu sou fantástico. – Sasori se afastou de mim e olhou para suas próprias unhas pintadas de um roxo escuro. – Não quero me gabar, mas ninguém nunca reclamou dos meus serviços.

– Por que o traste do Deidara nunca pediu nada para você fazer pra ele?

– Simplesmente porque ele não quer, oras. – Sasori me fitou. – Mas e você, quer o quê? Dinheiro?

– Seria uma boa, mas na verdade eu quero outra coisinha bem pequenininha assim, ó. – estiquei os braços o máximo que eu pude.

– Diga logo e pare de enrolações que eu tenho hora marcada!

– Tem uma garota no colégio que eu sou super afim, sabe. Só que a coitadinha não quer enxergar minha beleza.

– E com razão né meu filho? Ela vai enxergar o quê de beleza aí?

– Ei! – eu me levantei e apontei o dedo indicador na cara do ruivo. – Deidara disse que eu tenho beleza.

– Só se estiver escondida no cu.

– Esquece! – sacudi a cabeça. – Eu quero que a garota que eu estou afim se interesse por mim. Bem, isso que eu tô pedindo é...

– Impossível.

– Eu ia dizer desesperado.

– Os dois. – Sasori bateu palmas e eu quase pude enxergar um pozinho roxo sair da ponta de seus dedos. – Você quer que ela se interesse por você, não é?

– É.

– Sorte sua que eu ainda tenho meu estoque de Milagres.

– Hein?

Sasori caminhou até um armário recheado de cadeados de diversos modelos e tipos, ele começou a destrancar um por um com o molho de chaves que até antes estava na bainha de seu cinto. Em seguida, ele abriu o armário e eu enxerguei diversos frascos coloridos, minha curiosidade me arrastou para perto e eu comecei a enxergar cada título de cada frasco, mas foi o “Poção do Amor” que Sasori pegou. Ele bateu a porta do armário e começou a trancar os cadeados.

Eu me afastei. Quando Sasori terminou de trancar o armário ele se virou para mim, seus cílios pareciam enormes agora.

– Poção do Amor. – Sasori apontou o dedo com a unha pintada para o frasco de 500 ml.

– Uou. Eu só tenho que fazer ela beber isso? – eu estiquei os braços para pegar o frasco, mas Sasori não deixou. Corno.

– Não é assim tão simples Naroia.

Naruto.

– Precisarei de alguma coisa de seu corpo para misturar na poção. Serve qualquer coisa, fio de cabelo, unha, um pedaço de couro...

– Eu acho que fio de cabelo é melhor. – sussurrei. Sasori é doido de pensar que eu vou arrancar um pedaço do meu maravilhoso courinho pra dá pra ele complementar em sua poção.

– Perfeito. – Sasori se aproximou de mim, ficou tão perto, mais tão perto que eu quase criei ovários só de encarar os olhos dele em cima de mim. – Esse não, esse também não, nem esse...

– É só pegar qualquer um. – reclamei e ele deu um peteleco em meu nariz machucado. Doeu claro, mas eu não reclamei disso. Eu quero que ele me dê à desgraça da poção porque nesse exato momento estou perdendo a primeira aula, cuja é de matemática. Kakashi vai me foder se eu não aparecer ao menos para dizer “presente” quando ele exclamar meu nome na lista de chamada.

– Esse aqui! – ele puxou alguns fios de meu cabelo e eu gritei direcionando a mão para minha cabeça, até escorreu lágrimas dos meus olhos. Sasori é louco essa porra.

– E agora? – perguntei e limpei minhas lágrimas discretamente.

Sasori abriu a garrafa e soltou meus fios dourados lá dentro, depois tampou e agitou para tudo lá dentro se misturar. Aquele líquido laranjado parecia ter ficado mais laranjado. Sasori retirou o adesivo “Poção do Amor” e colocou o adesivo “Suco de Laranja” no lugar e depois estendeu para mim. Eu peguei com todo o cuidado do mundo.

– Não precisa pagar por isso. – garantiu ele algo que eu já sabia. – Mas você precisa de precauções. – ele grudou em meus ombros e me obrigou a encará-lo profundamente nos olhos. – Se você vacilar, tu se fode, sabia?

– Como assim? – me arrepiei todo de medo.

– Se outra pessoa beber está poção, que não seja a garota que tu ta afim, essa pessoa vai se apaixonar perdidamente por você. Se acaso isso acontecer, não terá retrocesso, porque eu ainda não sei como desfazer isso tudo. Por isso que você vai ter que tomar o máximo de cuidado possível com este suquinho de laranja. – ele se afastou.

– Eu já posso ir? – perguntei após enfiar o “suco de laranja” no bolso pequeno da minha mochila.

Sasori se sentou no tapete e voltou a fazer uma posição de yoga, até fechou os olhos.

– Vá, e boa sorte Narutis.

– Eu ainda vou fazer com que decore meu nome. – ele sorriu e eu me coloquei dali para fora.

Cheguei no colégio com o sorriso enorme, nem me importei com as reclamações do tio do portão, apenas acenei para ele e entrei, trombei com Sasuke no corredor, ele estava com fones de ouvido, o trambolho se virou para mim com uma cara feia e eu olhei sorrindo para ele.

– Bom dia Sasuke! – eu cantarolei.

– Você bebeu?

– Eu não, por que acha isso? Só por que eu te desejei bom dia? Não seja por isso – dei uma mãozada na nuca dele arrancando-lhe os fones de ouvido. –, tenha um péssimo dia Sasukinho. – eu continuei andando com aquela alegria de causar inveja até no presidente.

Cheguei no refeitório e lá estava Sakura conversando com Ino e reclamando sobre Geografia, eu ajeitei o cabelo e comecei a desfilar até ela, parei em seu lado, fiz um enorme bico e acenei como se estivesse acenando para algum de meus fãs – no caso, fãs que eu não tenho.

– Bom dia meninas! – cumprimentei. Ino me encarou. Cacete, lembrei que tinha um negócio pra tratar com ela, tinha esquecido completamente do pedido de casamento de Sai. – Ino, será que podemos conversar na saída?

– Pode ser. – respondeu desinteressada e puxou seus livros da mesa e saiu em passos pesados do refeitório. Eu sentei onde ela estava e olhei com os olhos brilhando para minha futura namorada que cairá de amores por mim o quanto antes.

– Quíe? – perguntou ela me encarando, eu pisquei com todo o meu cavalheirismo.

– Vou ir fazer uma serenata pra você.

– Vou tacar uma pedra em você!

– Ui, fofa.

Ela bufou e se levantou, eu segurei em seu pulso e me levantei também.

– Espera, gosta de suco de poção?

– O quê?

Cu com AIDS.

– Quero dizer, gosta de amor de laranja?

– O que diabos é isso?

– GOSTA DE SUCO DE LARANJA?! – agora foi. Mas em compensação um punhado de alunos desocupados começou a me encarar como se eu tivesse saído do esgoto.

– Eu gosto, por que?

– Comprei um pra você no caminho pra cá. – desgrudei do pulso dela e arranquei a poção da minha mochila e ergui para Sakura. – Eu comprei um pra mim também, mas já bebi. É uma delícia, você vai gostar. Tem que beber tudo. Você vai beber tudo?

– Eu – ela pegou a garrafinha transparente e encarou o conteúdo lá dentro. –, eu nunca vi uma embalagem de suco assim.

– É marca nova.

– Qual é a marca? – ela começou a girar a garrafa nos dedos, como se estivesse procurando a maldita marca.

– Polvilho Marinho. – respondi. – É uma marca pouco conhecida. – sorri forçado.

– Talvez seja porque o nome não faz nenhum sentido. Mas eu vou beber do suco, obrigada Naruto.

– Eu quem agradeço.

– A propósito, por que não está na sala?

– Você também não está.

– Eu, Ino, Sasuke e os outros alunos tiveram aula vaga. Mas se eu não me engano era para você está na aula do Kakashi.

Merda! – saí correndo desesperado pelos corredores do colégio, pulei a faxineira, desviei de um casalzinho de hippies, derrubei sete livros que Neji havia empilhado nos braços, eu ia voltar para ajudar, mas ele ameaçou enfiar os livros no meu buraco. Então eu desisti e continuei correndo, cheguei na porta da sala e respirei fundo, recuperando o fôlego perdido.

– Uzumaki Naruto? – ouvi o Kakashi fazer a chamada.

Enfiei a mão na porta e a abri de uma vez ao gritar:

– PRESENTE!

Todos olharam espantados para mim, eu entrei na sala, fechei a porta e caminhei como um executivo até minha mesa.

...

– Naruto! – Sai me puxou pelo cós da calça no exato momento que eu ia pro refeitório comer da lavagem. Ele me girou pelos ombros e me encarou. – Qual foi à resposta?

– De qual questão? Se tiver sido a primeira, eu pulei. A segunda questão eu pulei para fazer par com a primeira. A terceira eu pulei porque sou supersticioso. A quarta eu pulei porque eu não sabia, na quinta e ultima questão eu respondi que não sabia, apenas para não magoar o professor.

– Quê?!

– Você não estava perguntando sobre aquele exercício que está valendo nota do Kakashi? Tava querendo colar de mim? Tantos inteligentes aí pra você colar, como a Hinata. Quer sofrer de decepção escolar colando do aluno mais burro da turma? Cadê seu raciocínio mental, caro coleguinha?

– Eu estou perguntando sobre a resposta da Ino. Ou por acaso você não...

– Eu vou fazer isso hoje, mas você vai ter que cuidar do discípulo do Sasuke sozinho.

– Eu faço isso.

– Ok. Então boa sorte, vai precisar. Com o discípulo do Sasuke você vai ter uma conclusão lógica de como é o inferno.

– Olá! – Deidara se pendurou em meu ombro e encarou o Sai. – Como vai, dando muita pintada?

– Só eu que achei essa frase um “duplo sentido”? – comentei.

– Eu tenho que ir. – Sai riu e se retirou de nossa frente. Deidara me girou pelos ombros igual Sai e me encarou.

– Comece a falar.

– Hã?

– Eu sei que você esteve na casa do Sasori hoje de manhã.

– Você por acaso me seguiu? – já era algo de se esperar desse mentecapto.

– Eu não preciso segui-lo. Sasori quem me disse. Mas e aí? Você realmente acha que a poção milagrosa vai ajudá-lo?

– Talvez. – VAI SIM. – Sabe Deidara, ter um amor platônico te torna automaticamente uma pessoa que vai sofrer. Por que... 1ª Você não pode ter a pessoa. 2ª Você acaba ficando obcecado por essa pessoa. E 3ª Não precisa de terceiro, você já não está fodido o suficiente em sua vida?

– Então você recorreu à poção mágica do Sasorinho?

– Aham.

– Mas e se outra pessoa beber?

– Isso não vai acontecer. – OU VAI? – Pensando bem, eu preciso procurar a Saku... INO VEM AQUI!

Ino estava passando no corredor e quase derrubou seus livros quando me ouviu gritá-la. A loira caminhou até mim ainda assustada.

– O que você quer Naruto?

Preciso fazer o pedido pelo Sai logo.

– Eu... peraí... – arranquei o anel do bolso pequeno da mochila e ergui para ela. Aí como se não bastasse, saiu gente das salas, janela, teto, armário, vaso sanitário, bueiro... Apareceu gente até de Nárnia apenas para encarar eu e minha cara de “suave, fodeu”, e a cara de Ino de “eu vou arrancar as bolas dele, de hoje não passa.”

– O que é isso? – perguntou Neji que havia acabado de sair do banheiro, tinha papel higiênico grudado em seus pés.

– Um anel, nunca viu? – ralhei com ele.

Daí começou os burburinhos.

– É um anel de casamento?

– Ele quer casar com ela?

– Eles vão se tornar um casal?

– Há quanto tempo estão juntos?

– Dois loiros, que gracinha!

VALE-ME DEUS, EU VOU CASAR COM A INO, CHAMA O SAMU! Ou eles resolveram ser idiotas ou então se fazem.

– NEM FODENDO! – gritei.

– NEM ANTI-FODENDO! – gritou Ino.

– Eu conheço esse anel. – comentou Neji encarando o anel, Hinata se aproximou do primo e o puxou.

– Não, não conhece. – ela disse.

– Eu não quero casar contigo, Ino, quem quer E O FILHO DA PUTA DO SAI QUE TEM MEDO DE PEDIR A NAMORADA EM CASAMENTO. – gritei alto porque o Sai tava ali no meio da muvuca, escondido atrás de Gaara. OLHA SÓ DE QUEM.

– Bem... er, eu... – Sai se aproximou tremendo, até eu tava tremendo. Todo mundo tava olhando pra nós, ué. – Me dá isso. – Sai tomou o anel das minhas mãos e se aproximou de Ino. – Yamanaka Ino, eu te amo, e estava com medo sim de pedi-la em casamento, mas agora eu criei coragem. Eu te amo com todo o meu coração. Às vezes eu acho que estou te incomodando, mas eu tento puxar assunto, conversar sobre coisas variáveis, desde detergente até as coisas mais favoráveis porque eu te amo. Quer casar comigo?

– Que romântico – disse ela –, mas não.

Aí as hienas ficaram loucas, danaram a rir da cara de coitado do Sai. Eu fiquei com dó dele, mas então Ino resolveu explicar dizendo que era nova demais e que queria esperar mais um pouco, porém ela aceitou o anel.

Resolvi esquecer os episódios reproduzidos de agora á pouco e tentei avistar a Sakura, ela não estava no corredor, que caralho, eu á vi não tem nem um minuto! Saí a sua procura.

– DAAAAAAAAAAAILEEEEOOOOOOOON! – uma criatura não identificada saiu de dentro de uma sala (DIRETORIA) e tropeçou em cima de mim. Resultado? Caímos.

Eu o chutei de cima de mim e me levantei. Ele era alto, com um cabelo branco espetado e amarrado para trás em um rabo-de-cavalo. Ele tinha linhas vermelhas que corriam de seus olhos e também tinha uma verruga visível no lado direito do nariz.

– Eu já falei para não ficar gritando aqui, Jiraiya?! – Tsunade apareceu na porta e cresceu os olhos em mim. – Naruto?!

– Então é com isso que tu namora? – apontei um dedo pro velho da verruga e ele se ergueu sobre mim.

– Quem você está chamando de “isso”? – eu não respondi. – Você é engraçado, moleque. Tsu, posso ficar com ele? – por um pequeno traço de segundo, achei que ia ser molestado.

– Não, Jiraiya, não pode. Naruto o que está fazendo aqui?

– Errei o caminho pro banheiro. – uma mentira, porque conheço aquele colégio tão bem quanto meus pelos pubianos. – Fui-me!

Saí correndo em direção ao banheiro ao menos pra meter a cara no espelho, mas a minha presa me fez embolar-me com outra criatura não identificada e com isso saímos rolando em uma escada. Eu nem me lembrava da existência desta escada. Quando chegamos ao final dela, eu estava segurando dois seios enormes, a princípio eu sorri que nem um cafajeste por ter dois seios grandes em minhas mãos, mas meu sorriso morreu porque em baixo de mim estava Hinata vermelha igual um pimentão.

– Hina, cê ta bem? Machucou? – desgrudei minhas mãos dos seios dela e me levantei.

– Estou bem. – ela se levantou. – E você?

– Meu nariz dói. – toquei no Band-Aid. – Fora isso eu estou bem. Desculpe por... – olhei para minhas mãos e para os seios cobertos dela. Quem diria que Hyuuga Hinata também tem peitões! Ela devia dar um pouco pra Sakura.

– Tudo bem. Você está procurando a Sakura, não é?

– É. – eu disse meio envergonhado e avistei o caderno gordo de segredos dela que havia pulado de sua mochila com o zíper aberto. – Hinata, o seu... nada não.

– É melhor você continuar procurando por ela. – a voz dela estava meio agressiva, ela passou por mim de cabeça baixa.

– Não quer ir á enfermaria?

– Não! – ela gritou quando dobrou o corredor.

Eu dei de ombros e me aproximei do caderno de segredos dela, nunca me senti tão feliz em um só dia. Abracei o caderno e saí pulando que nem o veado Bambi, só parei de pular quando cheguei no pátio. Passei meus dedos na capa do caderno.

– Eu nem acredito que finalmente vou ler isso. – ergui a cabeça e... NÃO, PELO AMOR DE CRISTO, EU NÃO ACREDITO!

Diante de meus olhos estava o Jiraiya, ele estava com a garrafa da Poção do Amor por entre os dedos conversando animado com Sakura e Sasuke na frente dele. A GARRAFA ESTAVA VAZIA!

– SAKURA! – corri até eles apertando o caderno.

– Que foi? – ela, Sasuke e o Jiraiya olharam para mim.

– Quem bebeu isso? – apontei para a garrafa nas mãos de Jiraiya. – QUEM BEBEU ISSO?!

– Eu bebi, estava com sede e ela me ofereceu. – respondeu Jiraiya.

– Eu lembrei que você tinha me dado este suco, e como o Jiraiya estava com sede eu pensei em dar á ele. – respondeu Sakura um pouco espantada com o meu comportamento.

– O QUÊ? – grudei nos braços de Jiraiya. – VOCÊ BEBEU TUDO?

– Eu tava com sede, então é claro que eu bebi.

– VOMITE! – tentei dar socos no estômago dele, mas o Sasuke me arrastou para trás.

– Qual o problema contigo? Era só um suco e nem era seu. – reclamou ele ainda me segurando, eu comecei a me debater.

– EU NÃO QUERO QUE O NAMORADO DA DIRETORA SE APAIXONE POR MIM!


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