13, dezembro, 2012

Hey, Freddie. Tudo bem?

Na carta anterior, eu comecei a descrever minha família. Agora que comecei vou terminar, mesmo que isso não me agrade (para variar).

Como eu disse, tenho um irmão velho babão e babaca chamado Larry. Ele costumava ser legal quando adolescente, mas depois...

Bem, vamos pular para o meu sobrinho. Ele se chama Oscar. Já falei bastante sobre ele na carta passada.

Minha mãe se chama Amélia. Ela é francesa, nascida na Guiana Francesa se não me engano. Trabalhava como cantora num barzinho nos seus tempos bons. Uma boa mulher, acho.

Meu pai chama-se Leonard. É britânico, e conheceu a mamãe no barzinho onde ela cantava. Um cara meio chato que sabe apenas de política.

Minha cunhada chama-se Flora. A típica mulher que é tão linda que você fica se perguntando como um ser pode ter passado tantas vezes na fila da beleza. Alta, magra, loura, olhos verdes cintilantes... E ainda é simpática, naturalista, legal e possui um bom senso de humor. Meus pais a adoram.

Como você pode perceber, a minha família é entediante, não possui nada que possa surpreendê-lo.

Sabe, eu não vivo com eles. Saí de casa dois dias depois de completar dezoito anos. Eu estava tão feliz, nem podia acreditar, finalmente poderia sair daquele lugar. Provavelmente, o dia mais feliz da minha vida. Mamãe reclamou tanto, tanto, que foi um alívio chegar ao meu apartamento. Papai resmungou, dizendo que eu era imatura demais. Larry, como sempre, estava se gabando, dizendo: "Se eu fosse você, Luna, ficava aqui com os nossos pais e ajudava-os em tudo, assim como EU faço. Você é tão ingrata, garota".

Oscar, meu sobrinho, tentava me defender, dizendo: "Mas, pai, a tia Luna já é suficientemente adulta para morar sozinha, não acha? Só porque vai mudar-se, não significa que vai parar de ajudar a vovó e o vovô". Flora, apesar de ser um amor, apoiava o marido firmemente.

Não liguei para nenhum deles e fui-me embora. Não importava se só Oscar me apoiava, eu fui sem olhar para trás. Eu sempre fui independente, morando ou não com eles. Nunca liguei para suas opiniões.

Bem, essa é a minha animada e muito unida família. Pode tirar suas conclusões agora.

Falei demais, como sempre. Você sempre me faz expor minhas opiniões sem perceber.

Bem, tchau, Freddie.

Beijos,

L.S.