Frozen - A Different Story escrita por Black


Capítulo 4
Capítulo 4: Isolation


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Eu postaria mais cedo, mas precisei dar uns toques finais no capítulo antes de postá-lo.
Agora, muito obrigada por todos os comentários deixados no capítulo anterior, pois, como vocês devem saber, eu sempre fico imensamente feliz ao ouvir cada palavra que vocês têm para mim. Eu irei respondê-los em breve, visto que não tenho tempo agora. Ainda assim, aceitem meus agradecimentos.
Agora, sem mais delongas, espero que gostem e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608306/chapter/4

Depois da visita aos trolls, a família real retornou ao castelo de Arendelle. Anna continuava adormecida durante todo o caminho e, ao chegarem, Idun dirigiu-se diretamente ao quarto que a pequena ruiva dividia com Elsa, colocando-a na cama e cobrindo-a com o cobertor antes de ir encontrar Agdar, Elsa e Elena no quarto da mais velha. Pabbie, como descobriram que o velho troll se chamava, havia aconselhado a não usar magia para curar a menina, pois acabaria por ser mais doloroso do que retirar os cacos de gelo manualmente e deixa-la se curar com o tempo.

Então, Agdar acordou Kai e Gerda, os empregados mais confiáveis de todo o castelo, e Alviss, o médico da família, que havia sido responsável pelo nascimento, tanto de Elena, quanto de Elsa e Anna. O rei de Arendelle reuniu os três no quarto da primogênita e logo se virou para Idun, que olhava aflita Elena deitava na cama com as costas ensanguentadas voltadas para cima.

– Leve Elsa para o quarto dela, fique lá. – Ele instruiu, percebendo o quanto sua esposa parecia hesitante em deixar sua filha mais velha ferida ali. O ruivo então se aproximou da mulher, colocando uma mão em seu ombro. – Fique com a Elsa. Ela precisa de você. – Argumentou, gesticulando para a menina loira encolhida e trêmula que se agarrava às pernas da mãe como se sua vida dependesse disso.

Idun então assentiu e estendeu a mão para Elsa, que a pegou e, lançando um último olhar para a morena machucada deitada na cama, que forçou um sorriso dolorido para elas, antes de saírem. A rainha de Arendelle guiou sua segunda filha para o quarto onde Anna estava deitada e ambas seguiram para a cama da loira. A morena abraçou sua filha com força, enterrando o rosto nos cabelos claros da princesa, que se aconchegou contra a figura materna.

– Ela vai ficar bem? – Elsa perguntou aflita, a voz trêmula e embargada pelo choro, encolhida contra sua mãe.

– É claro que vai. – Idun assegurou, embora parecesse que estava tentando convencer a si mesma disso muito mais do que a Elsa. – Ela é forte. – Argumentou com um pequeno sorriso que sabia que a loira não havia visto. – Você verá que, logo, ela vai estar aqui com você. – Finalizou, com o objetivo de tranquilizar a menina, que assentiu silenciosamente, fungando.

Porém, alguns poucos segundos depois, conseguiram ouvir barulhos abafados e dolorosos vindos do quarto ao lado. Era semelhante e alguém gritando com algo em sua boca abafando o som. Era baixo, mas, ainda assim, provocou mais choro em Elsa, que sabia bem que aquilo era resultado de Kai, Gerda e Alviss retirando os cacos de gelo das costas e braços de sua irmã mais velha.

Foram passadas várias horas antes que os ruídos finalmente parassem. Idun e Elsa então se levantaram da cama da menina e saíram do quarto, dirigindo-se ao cômodo ao lado. Antes que a rainha de Arendelle pudesse tocar a maçaneta, a porta foi aberta, revelando a figura cansada de Agdar. Os cabelos ruivos estavam desarrumados e os olhos traziam manchas escuras em volta.

– Como ela está? – Idun perguntou imediatamente, não conseguindo ver muito de sua filha por trás da figura grande de seu marido exausto.

– Está dormindo agora. – Agdar respondeu, cedendo espaço para que Idun e Elsa adentrassem no quarto.

Kai, Gerda e Alviss ainda estavam ali, mas retiraram-se rapidamente assim que a rainha e a princesa entraram, decididos a deixa-las a sós, fechando a porta atrás de si ao passar, deixando ali apenas Agdar, Idun, Elsa e uma adormecida Elena.

A pequena loira se aproximou hesitante da cama onde sua irmã estava deitada, observando-a a todo tempo. O rosto de Elena estava úmido e brilhante com suor e seus cabelos pareciam mais desorganizados do que nunca, alguns fios grudando na testa. As costas e os braços voltados para cima estavam cheios de ataduras, sendo que algumas traziam uma pequena coloração vermelha em alguns pontos. A morena, porém, respirava tranquilamente e parecia estar tendo um sono calmo. Ver o estado em que sua irmã se encontrava por sua causa contribuiu apenas para fazer com que Elsa se sentisse ainda mais culpada.

– Eu sinto muito. – A pequena loira disse, deixando que mais lágrimas escorressem por seu rosto e uma fina camada de gelo começar a rastejar pelo chão a partir de onde ela estava.

Por trás dela, Agdar e Idun se entreolharam antes de fitarem a camada de gelo no chão. Permitiram que Elsa passasse tanto tempo quanto achava necessário ao lado de Elena, permanecendo com ela a todo o tempo. O sol já estava nascendo quando a menina de oito anos se virou para os pais e correu até eles, abraçando-os como se sua vida dependesse disso.

...

Logo pela manhã, o rei de Arendelle anunciou as mudanças que seriam feitas no castelo. A primeira delas foi reduzir o número de empregados, permitindo ali apenas aqueles que sabiam dos poderes de Elsa ou eram mais confiáveis. Então, Agdar ordenou aos guardas que fechassem os portões da propriedade real indefinidamente, dando apenas um breve comunicado à população de que era necessário por enquanto e, se possível, logo a medida seria retirada. Por último, mandou que alguns empregados levassem a cama e os pertences de Elsa para outro quarto, o vazio que ficava ao lado do de Elena, deixando os aposentos da morena entre os da loira e de Anna.

A segunda filha do rei e da rainha de Arendelle não fez qualquer objeção a qualquer das mudanças, sabendo que eram necessários se ela não quisesse machucar alguém novamente. Ela permaneceria em seu quarto até ter controle de seus poderes, para ter certeza de que jamais iria ferir ninguém, especialmente as pessoas com quem se importava.

Obviamente, ao acordar e saber das mudanças feitas por seu pai, Elena ficou furiosa. Ela não aprovava que Agdar escondesse a loira-platina e a isolasse em um quarto. Mas discutir com seu pai fora inútil, pois ele continuara irredutível em sua decisão. A conversa não tão amigável fora observada por Idun, Alviss, Kai e Gerda, que tentaram a todo custo impedir que a princesa herdeira de Arendelle se levantasse de sua cama, temendo que fosse se machucar ainda mais. Agdar e Elena só pararam de gritar um com o outro sobre o que era melhor para Elsa quando uma recém-acordada Anna adentrou no quarto de sua irmã mais velha, esfregando os olhos para expulsar o sono e animadamente desejando bom dia a todos.

Idun saiu do quarto com sua filha caçula, na intenção de conversar com ela sobre as mudanças que o rei de Arendelle havia feito àquela manhã, enquanto Kai, Gerda e Alviss julgaram melhor deixar Agdar e Elena conversarem sozinhos, embora houvessem se mantidos próximos ao quarto da morena, prontos para intervir se as coisas saíssem do controle.

Sozinhos, o silêncio entre o pai e a filha mais velha perdurou até que ela decidisse que era hora de quebra-lo.

– Honestamente, no que pensa que isso vai ajudar? – Ela quis saber, arqueando uma sobrancelha para ele quase em demonstração de desdém, algo com a qual ele ficaria zangado se não soubesse que ela tinha bons motivos para isso.

– Eu não sei. – Ele respondeu com honestidade e, em face do que ele dissera, ela pareceu deixar a expressão desdenhosa de lado, torando-se realmente séria, encorajando-o a prosseguir com o que iria dizer. – Eu apenas... – O rei de Arendelle pareceu ter dificuldade para articular as palavras, algo raro para ele, mas, ainda assim, tentou se explicar. – Tenho que fazer alguma coisa. – Disse por fim. – Até que ponto você se lembra de ontem à noite? – Perguntou, aparentemente precisando daquela resposta para fornecer uma explicação plausível.

– Até o troll dizer algo sobre remover as lembranças da Anna sobre a magia da Elsa. – Ela falou, resistindo ao impulso de dar de ombros por saber que provavelmente iria machucar. Ela havia desmaiado naquele ponto durante a conversa com Pabbie e acordado algum tempo depois quando tiveram que cuidar dela e remover os pedaços de gelo em suas costas e braços. – O que houve depois? – Quis saber, arqueando uma sobrancelha, contente que, pelo menos, esse ato não tinha probabilidade de doer.

– Ele disse que o poder dela aumentaria e que deveria aprender a controla-lo. – Agdar disse, sentando-se no colchão da filha, tomando cuidado para não movê-lo muito e acabar machucando-a. Inclinou-se para frente e apoiou os braços nos joelhos, fitando os próprios pés. – Mostrou-nos uma visão. – Explicou aparentemente preocupado. – Eu não quero que aquilo aconteça a ela. – Soltou um suspiro cansado. Ele não havia dito do que se tratava a visão que o troll mostrara, mas, dada a reação de seu pai, Elena não precisava que dissessem que era ruim. Porém, isso não mudava o fato de que ela não concordava com os métodos de seu pai para alterar o que quer que ele houvesse visto na noite passada.

– E prendê-la em um quarto vai resolver? – Elena arqueou uma sobrancelha de forma duvidosa. Não tinha dúvidas de que seu pai tinha boas intenções, mas isso não significava que ela concordasse com o que ele já fizera e aparentemente ainda iria continuar a fazer.

– Ela ficará lá apenas até conseguir se controlar, o que eu espero que seja logo. – Ele respondeu em meio a um suspiro cansado. Honestamente, ele tinha esperanças de que não demoraria muito para que aquele período de isolamento terminasse, mas não podia ter certeza. Tudo o que ele poderia fazer era ajudar Elsa da melhor forma que conseguia, para que ela conseguisse obter novamente o controle de seus poderes.

– Eu preciso falar com ela... – Ela declarou, começando a se levantar, mas uma exclamação de dor escapou de seus lábios e ela se deixou cair novamente na cama, os dentes trincados para evitar gritar e as costas latejando e ardendo como se ela houvesse acabado de feri-las, o que não era exatamente verdade. A morena esperava que, àquela altura, ela já fosse capaz de se mover sem parecer que alguém a estava chicoteando, mas, ao que parecia, estava enganada.

– Não se mova. – Agdar pediu alarmado, estendendo as mãos para a filha, mas não sabendo exatamente o que fazer, de modo que acabou por simplesmente acariciar os cabelos castanhos que a menina de quatorze anos herdara de Idun, assim como todo o resto em sua aparência.

– Tudo bem. – Ela concordou e, honestamente, não tinha a mínima intenção de se mover tão cedo, embora julgasse que era melhor que conversasse com Elsa sobre o que estava acontecendo o quanto antes. Mas, ela sequer podia se levantar de sua cama sem que a dor a forçasse a se deitar novamente, então não seria de muita ajuda, pelo menos, não enquanto estivesse naquele estado. Decidiu-se, então, por fazer o que seu pai aconselhara e esperar. – Quais são os danos? – Quis saber exatamente o que havia acontecido com ela e saber qual machucado culpar quando recomeçasse a doer.

– Pedaços de gelo perfuraram suas costas e seus braços. – O rei de Arendelle respondeu com infelicidade. Doía-lhe ver sua filha naquele estado, sendo que ele nada poderia fazer para aliviar a dor que sabia que ela estava sentindo. Elena era extremamente teimosa e não gostava de demonstrar fraqueza, de modo que ele tinha consciência de que jamais conheceria por completo a dor que ela estava enfrentando. – Tivemos que retirá-los ontem ao chegarmos. – Explicou, continuando a brincar com os cabelos escuros da morena.

– Dessa parte eu me lembro, apesar de preferir o contrário. – Ela brincou com um sorriso forçadamente bem-humorado. Honestamente, Agdar achava incrível que ela fosse capaz de tal gesto depois do que acontecera na noite passada e do estado em que ela se encontrava, mas não fez quaisquer comentários a respeito. – O que mais? – Ela questionou, novamente arqueando uma sobrancelha.

– Queimaduras de gelo. – Ele respondeu com um sorriso mínimo, o maior que poderia exibir naquela situação, sabendo que provavelmente ela se divertiria com a ironia de suas palavras, mesmo que fossem em relação à própria dor.

– Curioso e comicamente irônico. – Ela soltou uma baixa risada, tal qual ele esperava que fizesse, antes de novamente trincar os dentes para evitar gritar com o gesto acarretou em um movimento, embora pequeno, de seu corpo. – Só isso? – O rei de Arendelle sentia a imensa vontade de respondê-la com um sarcástico “Só?”, mas sabia que aquele era apenas o modo de ela tentar parecer melhor do que realmente se encontrava.

– Você tem um hematoma grande e bastante visível nas costas. – Foi a resposta que Agdar escolheu em detrimento daquela que realmente queria falar. Ela então se recordou de ter caído no chão após ter pegado Anna quando a caçula foi atingida na cabeça pelos poderes de Elsa e perdeu a consciência em pleno ar. Dentre tudo o que ela havia sofrido, aquele era o ferimento que machucava menos, embora ela agradecesse por não precisar ver a enorme mancha roxa que provavelmente tinha lugar em suas costas por entre os cortes e queimaduras.

– Bati minhas costas no chão quando peguei a Anna. – Elena explicou ao perceber que seu pai desejava saber como ela havia conseguido aquele machucado em particular, visto que era menos óbvio que os outros que havia sofrido. Por fim, suspirou, sentindo uma pontada de dor em suas costas quando o ato a fez se mover ligeiramente, e perguntou o que queria saber desde que o rei começara a lhe dar um relatório de tudo o que ela havia sofrido. – Quanto tempo eu preciso ficar aqui? – Arqueou uma sobrancelha, torcendo para que não fosse muito tempo. Elsa precisava dela e ela precisava estar lá para sua irmã mais nova.

– Alguns dias de repouso, foi o que Alviss aconselhou. – Agdar respondeu, notando como a expressão dela passou de dolorida para impaciente e mal-humorada. Alguns dias. Excelente. Alguns dias na qual ela teria de ficar em seu quarto sem fazer nada enquanto Elsa estava no quarto ao lado, provavelmente se culpando pelo que acontecera na noite anterior. Simplesmente brilhante.

– Tudo bem. – Finalmente, ela concordou, sabendo que não havia nada mais que pudesse fazer além de acatar as ordens do médico, embora em nada isso lhe agradasse.

– Acredite, Elena, eu apenas quero o que é melhor para a Elsa. – Ele assegurou à sua filha morena, percebendo o quão chateada ela estava por suas ações. O rei de Arendelle apenas queria que ela entendesse que ele amava Elsa e que tudo o que desejava era protegê-la. E, embora soubesse que aquilo poderia potencialmente machucar sua família, acreditava que seria o suficiente para que sua segunda filha se mantivesse segura e que a visão do mais antigo dos trolls, Pabbie, jamais se realizasse. – Eu sei que você entende. – Disse por fim, sinceridade colorindo suas palavras. Não havia ninguém na família, nem mesmo ele, Idun ou Anna, que conhecesse Elsa tão bem quanto Elena, tampouco alguém que se importasse tanto com a loira-platina quanto a mais velha fazia. Desde o nascimento da segunda princesa de Arendelle, a vida da primogênita fora voltada para fazer suas irmãs mais novas felizes. E, quando o rei e a rainha de Arendelle não tinham tempo disponível para suas filhas, era sempre Elena quem estava lá para elas, suprindo a ausência dos pais. E isso Agdar não conseguia não reconhecer.

– Entendo sim. – Elena concordou e, embora os métodos do pai não lhe agradassem, ela tinha que reconhecer que o ruivo tinha as melhores intenções ao fazer o que estava fazendo. – Talvez melhor do que todos. – Murmurou, não tendo certeza se o rei de Arendelle havia ouvido o que dissera.

– Eu não duvido disso. – A resposta dele fora o suficiente para deixa-la saber que, de fato, o homem a havia escutado. Ela o olhou com os olhos cheios de perguntas, perguntas que ele não estava ansioso para responder e que ela não sabia como verbalizar. – Eu vou ver como ela está. – Ele declarou, por fim, levantando-se da cama de sua filha realizando tão poucos movimentos quanto era possível, temendo machuca-la se fizesse alguma ação brusca. Já de pé, voltou-se para ela. – Descanse. – Pediu e se virou na direção da porta, começando a caminhar para a única entrada e saída do quarto.

– Pai? – Elena chamou, observando como o rei de Arendelle imediatamente se virou para ela e arqueou uma sobrancelha, sinalizando que esperava que ela falasse.

– O que? – Ele perguntou, curioso e preocupado com o que sua filha mais velha poderia ter a lhe dizer.

– Eu apenas espero que você não esteja cometendo um erro. – Foi o que ela lhe falou, os olhos azuis glaciais completamente sinceros e preocupados, como a expressão que trazia no rosto.

Ele a fitou por um curto momento. As costas e os braços cobertos de ataduras que já estavam manchadas de sangue em algumas partes. Alguns dos ferimentos iriam deixar cicatrizes, impossibilitando de, algum dia, ela e as pessoas à sua volta esquecerem o acidente que ocorrera na noite anterior. E, ainda assim, tão machucada quanto estava e tão jovem como ainda era, ela estava preocupada. Preocupada com as decisões dele e em como isso iria afetar sua família no futuro. Se algum dia ele tivera dúvida sobre que tipo de rainha ela seria, esta desaparecera. Caso a situação não fosse tão ruim, ele provavelmente sorriria orgulhosamente para ela. Mas, dados os acontecimentos recentes, não o fez. Tudo o que Agdar poderia fazer no momento era respondê-la, embora não estivesse completamente certo de que aquela era a resposta correta. Ele apenas esperava que fosse.

– Eu também, querida. – Ele suspirou com cansaço e um pequeno sorriso tristonho emoldurou seus lábios. – Eu também. – Repetiu com aparente desânimo.

Finalmente, ele se virou mais uma vez para a porta e caminhou para a saída do quarto. Lançou um último olhar para sua primogênita, que estava ferida e dolorida na cama, antes de passar pelo limiar e fechar a porta atrás de si.

Sozinha em seu quarto, tudo o que Elena poderia fazer era pensar. Pensar em como, em apenas uma noite, sua vida havia virado de cabeça para baixo. Anna não tinha memórias sobre os poderes de Elsa e, ao que parecia, tampouco poderia se aproximar da loira-platina até que esta tivesse total e absoluto controle de seus poderes. As duas meninas foram melhores amigas desde o nascimento da princesa caçula, de modo que a mais velha sabia que isso iria machucar terrivelmente ambas as suas irmãs. E seus pais... Apesar do que estavam fazendo, nenhum deles parecia contente com o que acontecia. Idun poderia não ter propriamente conversado com ela ainda, mas Elena sabia que sua mãe estava infeliz com os acontecimentos, assim como seu pai demonstrara estar. Parecia que o mundo estava se despedaçando ao seu redor.

E, pela primeira vez desde que acordara, ela fez algo que não fez mesmo quando estavam cuidando dos ferimentos dela e consequentemente lhe causando uma dor insuportável. Ela enterrou o rosto em seu travesseiro e chorou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, perdoem e comuniquem qualquer erro que possa estar presente no capítulo.
Mas e então? O que acharam? Ficou bom? Quais são suas teorias sobre o que vai acontecer agora? Apenas lembrando que todo comentário é bem-vindo.
Até o próximo capítulo!