Sick escrita por Mia Elle


Capítulo 7
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Ok, uma garota veio me cobrar por que eu não estava respondendo os reviews, e eu vou me justificar, ok? Primeiro que quando eu tentei o site não estava me deixando. E eu tentei de novo e ele não deixou de novo u_ú E então eu desisti. Q E depois por que eu realmente não tenho muito tempo no computador. DD Então desculpem se esperavam mais de mim, tentarei me esforçar pra responder a todos a partir de agora - mesmo que demore um pouco.



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Gerard podia sentir as bactérias se movimentando em sua boca. Onde é que ele estava com a cabeça? Ele sabia lá onde o menino coloca aquela boca? Tantos copos, pratos... Refeitório do colégio! E só o ar que ele respira... E se tivesse respirado pela boca? Escovou os dentes até não poder mais aquela noite.

Mesmo assim, com todas aquelas bactérias infectando-o, mesmo se sentindo sujo e começando a apresentar sintomas de mais uma doença, Gerard não podia se arrepender. Estar com Frank fora tão bom. Tê-lo nos braços...

Com nenhuma de suas outras namoradas ele sentira algo assim. Sempre ficava com as meninas por que todos faziam, nunca por que queria. Dessa vez ele queria. Queria estar com Frank, abraçá-lo, apertá-lo, protegê-lo do mundo... E era isso que o preocupava acima de tudo. Frank e o mundo. O mal que o mundo poderia fazer a Frank.

O garoto achava toda essa preocupação desnecessária, dizia que sabia se cuidar, essas coisas de adolescente. Mas no fundo se sentia bem por alguém se preocupar tanto assim com ele. A mãe estava sempre trabalhando, sempre cansada, só tinha tempo no jantar, ou quando algo dava errado, para brigar.

E Gerard era diferente, ele parecia viver unicamente para ele, e se sentir tão querido fazia bem. Principalmente por que ele amava Gerard, e também se preocupava com ele.

E por isso ele planejara matar a aula daquela quinta-feira, dali a duas semanas, para estar presente na consulta. Temia que Gerard distorcesse os fatos. Mas temia mais que o mais velho não ficasse feliz com isso.

Estavam sentados no chão da sala assistindo a um DVD, abraçados. Frank pediu para pausar o filme, pois queria ir ao banheiro, quando voltou, disse:

- Gee, eu estava pensando...

- Ih, não é coisa boa – suspirou o maior.

- Cala a boca – disse, dando um chute de leve no maior, que puxou Frank para se sentar ao lado dele novamente.

- Mas diga, estava pensando em que, pequeno?

Frank sorriu.

- Estava pensando que quero estar aqui na sua consulta. – sorriu torto.

- E o que lhe dá esse direito, garoto? – disse sério, erguendo as sobrancelhas, mas Frank sabia que ele só estava brincando.

- Ora, o que me dá esse direito? – disse, fingindo estar magoado – eu sou tipo seu namorado, isso não me dá esse direito?

- Oh, oh... Eu tenho tipo um namorado e nem sabia, é isso? – mas agora Gerard já estava rindo, enquanto se aproximava do menor, pegando-o em seus braços.

- Não sabia? Achei que estava subentendido, mas se você precisa de mais liberdade, tudo bem, podemos só ficar... – Frank foi interrompido por Gerard, que abaixara sua máscara e agora o beijava.

Gerard, depois que Frank ia embora, tinha que esterilizar a casa e a boca, mas não se importava. Não é como se ele ligasse para isso enquanto estava com Frank. Na verdade, nessas horas, nem pensava as bactérias.



- Frank querido, esse fim de semana eu terei um seminário em outra cidade, estarei fora, quer que eu ligue para sua avó, e assim você pode ficar com ela – Linda disse, numa quinta-feira, antes da consulta de Gerard, durante o jantar.

- Não mãe, tudo bem, fico na casa de um amigo. – Frank disse concentrado na comida.

- Bob?

- É, pode ser o Bob – apesar de não ser ele em que eu estava pensando agora.

- Tudo bem então. – Linda sabia que o filho preferiria ficar com os amigos – quer que eu fale com a mãe dele?

- Não mãe, a mãe do Bob é ok – ele sorriu – ta tudo bem.

- Então ta, vá para lá depois da aula. Vou viajar amanhã depois do almoço e volto só no domingo à noite.

- Seminário do que...?

Ora, eu e você sabemos que Frank não ia ficar na casa do Bob coisa nenhuma. Eu e você sabemos que Frank passaria o fim de semana no apartamento do Quinto Andar.



Gerard estava esperando na janela, sexta-feira, às três horas e se assustou quando o menino, ao invés de entrar no prédio, entrou em sua própria casa. O homem teve tempo de surtar por uns dez minutos achando que fizera algo errado, até ver o menor sair de dentro de casa, com outra mochila – mais cheia – e um travesseiro nos braços. Frank olhou para a janela, feliz. Sorriu ao ver a cara de desentendimento do namorado.

Depois de ter que fingir para Tom, o porteiro, que estava tudo bem e que é normal entrar em prédios alheios com um travesseiro, Frank subiu para o apartamento.

Gerard o esperava na porta com as sobrancelhas erguidas.

- Que diabos significa isso?

Frank sorriu, deu um beijo curto no maior e entrou saltitante no apartamento, largando as coisas em uma poltrona na entrada e começando a lavar as mãos no álcool.

- Tenho boas notícias!

- Boas... Notícias? – disse, pegando travesseiro pela pontinha, como se fosse algo nojento, e olhando de esguelha para Frank.

- Uhum – O menor sorriu, colocando as luvas que Gerard o obrigava a usar – ótimas notícias – Frank encarou o maior, tombando a cabeça para o lado – A propósito, o que ouve com a sua máscara?

- Só estou facilitando a sua vida, pequeno. Não precisa dessas luvas, por detalhe – Sorriu, mas depois girou os olhos e encarou o menino – Não mude de assunto. Que ótimas notícias?

- Ah, minha mãe foi viajar - Frank tirou as luvas, pegou o travesseiro que ainda pendia na mão do outro, colocou a mochila nas costas e foi em direção a sala – então eu disse a ela que ia ficar no Bob, mas, é claro, vim ficar aqui. Tudo bem, não é?

Gerard ia dizer que não estava tudo bem. Que um garoto de dezesseis anos dormindo na casa de um homem, supostamente louco, de vinte e sete não ia dar certo, por que as pessoas iam começar a falar... Mas se você tivesse visto a cara angelical de Frank também não teria dito nada. Então ele só o beijou.

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