Newt x Thomas Newtmas Nós temos uma escolha escrita por Theo


Capítulo 8
Capítulo 8




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POV’S THOMAS

Andamos pelo chão frio, todos em silêncio absoluto. Gally e Caçarola estão mais á frente, e Minho anda cabisbaixo atrás de nós.

– O que faremos com ele? – pergunto à Newt.

Ele olha para Minho.

– Não sei. Quando chegarmos na clareira verei o que fazer.

– Você acha que ele foi picado?

– É uma possibilidade. Digo... ele está muito diferente de antes. Antes de você chegar, antes do Alby...

– Woah, antes de eu chegar?

– Não foi isso o que eu quis dizer. – diz ele, dando um safanão no ar como se quisesse espantar as palavras que havia dito. – Não sei não. Do jeito que ele está, vai acabar causando problemas.

– Como assim ‘‘causar problemas’’?

– Você sabe, Tommy. Tipo quando o Alby morreu. Ele quase matou vocês dois com o surto de pânico que ele teve. Ou quando ele correu do Caçarola e acabou sendo ferido.

Newt para, pensando nas próprias palavras.

– Espere aí... Minho, vem cá.

Minho obedece, e caminha lentamente, ainda de cabeça baixa, para perto de nós. Gally e Caçarola pararam também. Newt pega no ombro de Minho e abaixa sua blusa, revelando uma ferida aberta e sangrenta.

– Ugh. – faço uma cara de nojo ao ver aquilo.

– O que é isso? – pergunta Newt, olhando para Minho.

– Uma mordida. – responde ele.

– Mordida? Um verdugo te mordeu?

Ele não responde, apenas assente com a cabeça. Newt examina a ferida mais uma vez.

– Precisamos de algo pra estancar isso.

– Sem problemas. – diz Gally, tirando a camiseta e revelando um corpo muito, mas muito sarado. Dou um tapa em mim mesmo quando alguns pensamentos impróprios batem à porta na minha cabeça.

Gally pega a blusa dele e amarra no ombro de Minho, que grunhe de dor.

– Vamos deixar assim até chegar na enfermaria. Lá suturaremos essa coisa.

– Suturar? – pergunto.

– É. Limpar, costurar, enfaixar...

– Costurar?! – exclamo.

– Não podemos deixar isso infeccionar. – garante Newt.

– Ok gente... podemos ir agora? – pergunta Gally.

Ninguém diz nada, apenas seguimos em direção a clareira. A grama fica visível mais adiante. Passamos pela porta, todos os meninos param e olham para nós. Alguns ficam em silêncio, outros ficam pasmos. Mas nenhum deles se aproxima. Caçarola volta para a cozinha, e é seguido por muitos clareanos. Enquanto isso, eu, Gally, Newt e Minho entramos na enfermaria, onde Teresa cuida de Ben. Ao ver Minho, eles correm para perto de nós.

– Minho?! Meu Deus, você está bem? – pergunta Teresa.

Ele não responde. Ela coloca as duas mãos no rosto dele, mas ele se recusa a olhar pra algum lugar, apenas fixamente para o chão.

– Deixe ele, Teresa. – digo eu, afastando-a. – Ele não está bem.

– O que houve? – indaga ela.

– Ele foi mordido. – diz Newt, desamarrando a blusa do ombro dele. Quando o ferimento fica à mostra, ela leva as duas mãos à boca.

– Meu Deus... vem, Minho, sente aqui. – diz ela, sentando-o na maca.

– Precisam da minha ajuda aqui? – pergunta Gally.

– Não, eu cuido disso. Vocês meninos podem ir descansar. Eu tenho o Minho aqui.

Gally pega a blusa ensanguentada e sai. Eu e Newt também saímos, parando na porta da enfermaria.

– Onde você vai agora? – pergunta ele.

– Tomar um banho. Necessito seriamente de relaxar.

– Eu também... te acompanho.

Nós dois vamos em direção aos chuveiros. Enquanto tiro minhas roupas, ele liga os chuveiros. Depois, ele para em frente a mim.

– Agora que essa loucura toda esfriou um pouco, – diz ele, entrelaçando as mãos no meu pescoço. – acho que temos um pouco de tempo para nós dois. Não é?

Abraço a cintura nua dele, e aproximamos nossos narizes.

– Finalmente sim. – digo, em meio a um sorriso.

Nos beijamos, e uma onda de adrenalina invade meu corpo. Abraço ele mais forte, nossas línguas se tocam numa doce frequência, e junto com isso, começo a ficar ereto. Por alguma razão, ele começa a rir, e eu fico meio sem graça.

– O que foi? – pergunto, sorrindo também.

– Nada. – diz ele. Depois, ele pega no meu membro duro me deixando com mais tesão ainda. – É só que eu gosto de sentir você desse jeito.

– Gosta, é? – começo a rir pra ele. – Desse jeito como?

– Além de quando a gente transa, até por que essa parte é muito importante, são todas as horas que passo com você. Sei lá, parece que você me faz esquecer tudo o que passamos aqui.

– Então eu sou meio que uma passagem para um mundo paralelo? – pergunto.

– É... e é nesse mundo que eu quero viver.

Voltamos a nos beijar, e sinto ele ficando ereto também. O tesão toma conta de mim imediatamente, e da boca dele, desço para o pescoço, depois para o mamilo, depois vou abaixando mais e mais até alcançar o pau dele com a boca. Começo lambendo a cabecinha, pra provoca-lo mais ainda, depois coloco tudo na boca, fazendo movimentos de vai e vem com a cabeça, deixando-o louco de tesão. Babo no pau dele inteiro, olhando nos olhos dele enquanto mamo naquela rola saliente. Ele me levanta, e põe-se a chupar também. Ele tem um jeito especial de fazer aquilo, pois me arrepio todo quando ele pega no meu pau e beija a cabecinha melada. Depois, ele começa a mamar pra valer.

– Soca na minha garganta... – pede ele, olhando nos meus olhos enquanto lambe as minhas bolas.

Obedeço, e faço um garganta profunda nele. Ele continua me encarando, e isso me excita mais ainda. Depois de um tempo, ele se levanta, e nos beijamos outra vez. Ele lambe o meu pescoço e morde minha orelha, fazendo-me arrepiar por todo o corpo.

– Eu te amo. – sussurro.

– Eu também te amo. – sussurra ele de volta.

Ele abraça meu pescoço novamente. Mas antes que possamos continuar, ouvimos alguém entrando no vestiário.

– Droga... – murmura Newt.

Nós dois entramos no chuveiro tentando disfarçar a situação. Quando vejo, é Gally quem entrou.

– Hey, vocês estão bem? Já estão aqui há algum tempo...

– Sim, estamos bem. É que... a gente parou pra... conversar sobre o que houve no labirinto mais cedo. – respondo.

– É. Você estapeou a mértila pra fora dele. – diz ele, dirigindo-se a Newt.

– Foi a única forma que eu encontrei. Mas vou contar uma coisa, dei aquele tapa com felicidade até. – diz Newt, sem conter o riso.

– Sério? E por quê? – Gally ri enquanto tira as roupas.

– Ele é meio metido as vezes, sabe? Tudo bem que ele é meu melhor amigo, mas... é um fato.

Gally entra no chuveiro ao meu lado.

– A cara dele foi a melhor. – ri ele.

– Foi mesmo. – rio eu, fazendo força pra não ficar ereto novamente.

– Preciso me desculpar com ele... – murmura Newt.

– Ah, faça isso depois. – diz Gally, enxaguando o corpo suado.

– É, Newt. Ele sabe que você não queria fazer isso... eu acho.

– Talvez. Mas foi rude mesmo assim.

Gally desliga o chuveiro e começa a se secar.

– Já acabou? – indago.

– Já, ué. E vocês deviam fazer o mesmo. Água aqui é uma coisa preciosa, sabe?

– Tem razão. – diz Newt, desligando o chuveiro. Faço o mesmo, mas percebo que não peguei toalhas. – Er... Newt, me empresta sua toalha?

– Pega aí! – Gally desamarra a toalha da cintura nua e joga-a em mim. Começo a repetir pra mim mesmo pra não olhar para o corpo dele. Mas ele está lá, parado de frente para mim, esperando eu me secar. Não resisto: olho-o de cima a baixo. Ele é bastante musculoso, um tanquinho muito bem definido e um quadril largo. E o pau dele... do tamanho do meu, talvez até maior. Dou um tapa em mim mesmo pra afastar os pensamentos impróprios.

– Thomas?! – indaga ele, estranhando minha reação.

– O que? – disfarço me secando com a toalha.

– Não é nada... Deixa.

– Tommy, vamos logo! – quando me viro, Newt está calçando o tênis.

– Claro. Desculpe. – começo a me vestir também.

Ao acabar, deixamos o vestiário. Gally segue para o observatório, eu vou pra casa dos mapas e Newt vai pra enfermaria.

***

POV’S NEWT

Entro na enfermaria. Teresa está colocando uma seringa no braço de Minho, que está desacordado. Há um vidro de antibiótico na mão dela.

– Ei... Então, ele vai ficar bem? – pergunto à ela.

– Espero que sim. – responde Teresa, olhando pra Minho deitado. – A mordida vai deixar cicatriz no ombro. Você sabe... A marca dos dentes. Fico impressionada de como ele não perdeu parte do ombro com isso.

– Acho que foi sorte. A quanto tempo ele dormiu?

– Alguns minutos atrás. – diz ela. – Eu tive que limpar com o peróxido, depois costurei e enfaixei. Ele desmaiou de dor, fiquei com medo. Mas acho que ele está bem. Quando acordar, vai precisar de mais alguns cuidados.

– Você diz cuidados médicos?

– Não, Newt. Outros tipos de cuidados.

– Er... oi?

– Você sabe. Ele não está lá em condições psicológicas seguras. Quer dizer... Não estou dizendo que ele esteja louco. Mas ele está meio transtornado, não falou quase nada quando chegou aqui, e as perguntas que eu fazia, ele tremia ou mexia os olhos como se estivesse sendo ameaçado. Não sei, acho melhor você ficar de olho nele.

– O Minho nunca foi assim. Sempre foi durão, as vezes até frio, mas ele está muito diferente.

– Eu não conheci ele antes. Mas se você está dizendo... eu acredito.

– É... espero que ele saia dessa.

– A proposito... tenho uma pergunta pra te fazer.

– Faça.

– Como vocês o tiraram de lá? Digo... ele não parecia nas mínimas condições de andar.

– Er... sobre isso... eu meio que dei um corretivo nele.

– Que tipo de corretivo? – ela franze as sobrancelhas.

– Apanhou pra ficar esperto. – respondo.

– Você bateu nele?! – indaga ela, surpresa.

– Não era o que eu queria mas... é. Acho que agora ele aprendeu.

Ela está pasma demais pra responder. Ignoro e viro-me para Minho, que ainda está desacordado. Passo a mão pelo rosto dele, e sussurro:

– Vai ficar tudo bem, cara. Vamos cuidar de você.

Teresa coloca a mão no meu ombro.

– Ele tem sorte de ter alguém como você ao lado dele.

– Você devia dizer isso pra uma certa outra pessoa... – digo.

– Hã?

– Nada.

– Ok...

– Você precisa de ajuda?

– Não, não. Eu fico de olho nele por enquanto.

– Ok.

Antes de sair, me viro pra ela novamente.

– Teresa... Você vê o Gally e o Thomas muito juntos?

– Ás vezes. Sabe como é, eles estão mais amigos agora.

– Hm... entendi.

– Que foi, tá com ciúmes? – ela ri, cruzando os braços.

– Ciúmes de que, mulher?

– Deles dois juntos...

– Pare de bobagem. Somos só amigos. – respondo, na defensiva.

– Ok... – diz ela, levantando as mãos. – Não está mais aqui quem falou.

– Uhum.

Me viro e saio, voltando para a porta do labirinto. Encaro os muros altos e, pela primeira vez, penso em como seria bom se eles se fechassem. Pelo menos por um tempo. Sem mais mortes, sem mais sustos, sem mais pragmatismos. Mas acima de tudo, sem mais testes. Quando Teresa chegou aqui, um bilhete dizia que ela era a última de todos nós. Se aquilo era um bom sinal, eu não sei. Mas quem havia nos colocado ali estava brincando conosco. E meu maior desejo era acabar com aquela palhaçada de uma vez por todas. De repente, meus pensamentos são interrompidos pela voz de Caçarola.

– Ei, Newt, pode vir aqui um instante?

– Claro. O que foi?

– Quero te mostrar algo.

– Pode falar.

Caçarola tira pra fora do bolso um cilindro prateado, com alguns fios arrebentados em suas duas extremidades. Uma insistente luz vermelha pisca no objeto, e posso ler a palavra ‘‘CRUEL’’ em seu corpo.

– Caçarola, o que é isso?

– Estava dentro de um verdugo morto no labirinto, cheio de uma coisa branca e pegajosa.

Lembro-me então do que Thomas disse mais cedo, quando verificamos o verdugo no labirinto.

– Precisamos levar isso pro Thomas. – garanto.

***


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