Em poucos instantes todos estávamos vendo casas holandesas, pessoas esquisitas e muito dinossauro do tamanho de um cachorro – o que era completamente esquisito no meu ponto de vista a não ser que você conseguisse saber a raça de um dinossauro do tamanho de um cachorro mesmo.

– Vamos andar por ai, me sinto no paraíso da minha vida, ai meu pai do céu alguém me socorre que lugar lindo!

– Bora procurar a felicidade miga! – Eu gritava pra ela enquanto ria.

Saímos todos de braços dados, sorrindo e agitados pelo local doce e agradável junto ao clima ensolarado, mas ao mesmo tempo bem ventilado. Era um asfalto de paralelepípedos bem organizado sem subidas ou descidas, casas e prediações bem feitas de tijolos vermelhos e janelas pintadas de branco, algumas casas pintadas de amarelo e azul, outras vermelho e verde e assim a rua seguia.

– Tudo aqui é tão bonito, até parece que estamos em casa – Malu comentava.

– Parece tudo como um sonho que sempre tivemos... – Mapa sempre admirou construções bem feitas.

– Gente, precisamos comer né. Bora então procurar um lugar onde possamos comer em paz e que seja bem gostoso afinal comida holandesa deve ser bom pra caralho já que o lugar é magnífico – Falava Lorenna.

– Sempre é a gorda do grupo que pensa em comida primeiro né? – Martinato ria da cara dela.

– Falou o cara que é diabético viciado em mousse de maracujá que o Yash faz. – Sacaneava retrucando.

– Hey, vocês todos! Olhem ali! – Dizia Julia com cara de esfomeada – vamos correr e comer antes que acabe!

A poucos metros de distancia havia um anuncio de coma o quanto puder em uma hora e então todos foram correndo para o local. Perguntamos o preço e vimos que não podíamos pagar afinal não tínhamos dinheiro conosco. Juliana teve uma ideia que nos deixou entrar e comer, dizendo que era seu aniversário e de mais cinco pessoas ali. Cada um dos aniversariantes podia levar um acompanhante sem pagar nada e então acabamos por pensar em comer toda a comida do local sem nem mesmo pensar duas vezes.

Entramos no local que era muito bem refinado e arrumado com som de show vocal ao vivo, sentamos e um por um fomos pegando comida e botando pra dentro sem nem mesmo perguntar o que era. Olliebollen, Stampott, Poffertjes e outras coisas que nem sabíamos o que significava, mas que eram uma delicia de botar na cara, esfregar como se não houvesse amanhã e nisso Juliana ouviu uma voz característica de uma de suas cantoras prediletas. Ela virou a cabeça, olhou para o fundo do salão cheio de pessoas sentadas e viu HyunA cantando Troublemaker numa versão mais calma e acústica e na mesma hora ela levantou e foi correndo até o local para pedir autografo e começar a chorar pelo amor que sentia pela mulher que cantava e por ser fã de carteirinha.

– Oh mulher linda pelo amor de Deus eu te amo demais pelo sangue do cordeiro me abraça e ai socorro ela é perfeita... Já quero casar!

O resto da noite foi bastante tranquilo fora pelo fato de que explicamos depois para ela tudo que se passou apenas foi vindo da mente dela e de que estávamos confinados em um local chamado Rune-Terra e que não sabiam o que fazer, mas sabiam pra onde seguir. Ela simplesmente começou a chorar de felicidade, mas agredindo a todos nós que estavam lá do lado dela. Juntos por causa de livros, inseparáveis nem pela própria morte a nossa amizade reinaria pra sempre e ela sabia que não existiria nunca em mundo algum algo que pudesse nos enfraquecer se tivéssemos uns aos outros.

– Tenho os melhores amigos do mundo, eu amo vocês demais pelo que fizeram, mas agora vamos dormir afinal a noite vai ser curta e nosso tempo aqui vai ser longo pelo que percebi.

Deitamos então e dormimos. Nada sabíamos do futuro, mas já tínhamos noção do que viria pela frente.