Os Contos de RuneTerra escrita por Yash Kun


Capítulo 1
Visões dos escolhidos


Notas iniciais do capítulo

Essa fic foi baseada na da Sabs Zullush. Espero que gostem.



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[08 de Abril - 6:05 da manha – Grajaú São Paulo]

Vai logo mãe, não estou afim de me atrasar pra escola de novo no primeiro dia de aula.

[Zullush, Sabrina, 17, Estudante colegial]

– Ei, vai com calma esquentadinha, você nem acordou direito e já quer sair voando por ai atrás de ver seus amigos. Senta e come alguma coisa antes de ir, não vou ir te buscar se você passar mal por ficar com fome.

– Mas eu não tenho fome agora, só quero sair logo de casa e rever o pessoal. Desde ano passado você me deixa presa aqui como seu eu fosse seu animal de estimação, dá saudade sabia? – Sabrina tinha cabelos pouco ruivos, expressões faciais limpas e objetivas quando esta com pressa.

– Tá, tudo bem, pegue suas coisas e vamos então sair da bat-caverna. – Mãe da Sabrina. É uma mulher bastante humilde, sorridente e amigável.

Preciso mesmo ir hoje? Eu to com sono! E Fome!

[Kogawa, Lorenna, 17, Estudante colegial]

– Claro que precisa! Primeiro dia de aula é a magia da escola, onde tudo acontece e os primeiros laços dos novatos aparecem. Sem nem comentar que você vai ver seus amigos depois de um longo tempo sem aqueles eventos no parque.

– Você tem razão, pai. – Pensou a garota alta e com cabelo bagunçado - Já que irei ao primeiro dia é bom eu arrumar as minhas coisas e levantar o astral, pois hoje eu mato quem inventou a saudade.

– Arrume as suas coisas rápido, você vai se atrasar. São 06:05! – Takeo, pai de Lorenna. Homem grande, bastante engraçado e inteligente.

POR QUE VOCÊ NÃO ME AVISOU QUE TINHA UM TREM DESSES NO MEU QUARTO?

[Lyu, Lucas, 18, Estudante colegial]

– Lucas, não posso fazer absolutamente nada se você me chega em casa morrendo de sono, deita e dorme com a roupa do corpo. Eu fui avisar você, mas você só respondeu o de sempre “Tá, mais cinco minutos”.

– Aff mãe, imagina se esse treco me come vivo, você iria ficar sem um filho. Ou pior, se esse monstro inventa de me fazer de fast food e chama as amiguinhas tudo.

– Lucas, lagartixa não faz mal a ser humano nenhum e para de drama. Arruma suas coisas que você vai atrasar pro primeiro dia de aula. Julia tá esperando você no ponto em 30 minutos.

– Tá, já vou ir ou eu to vendo que o demônio da TPM vai acordar e eu que vou dormir pra sempre.

Mãe, você viu meus tênis? Acho que os perdi...

[Rodrigues, Egberto, 19, Estudante Colegial]

– Não, não vi. Você tem de começar a cuidar mais das suas coisas, não sou vidente pra procurar tudo pra você!

– Desculpe, mas to atrasado né – Calmamente olhando os cantos da casa – Que droga, nunca consigo achar absolutamente nada.

– Junior, já olhou debaixo da sua cama?

Não havia pensado na possibilidade de deixar minhas coisas debaixo da minha cama, era sempre o ultimo lugar que eu procurava, mas de certa forma, achava tudo só em um lugar: Lá!

– Mãe, nunca deixo nada debaixo da minha cama... – Uma pausa do meu cérebro veio a tona por simplesmente ver os sapatos no local onde minha mãe havia dito – Achei, tava debaixo da cama mesmo...

– Viu? Deveria confiar mais em mim! Agora vai logo, você odeia atrasos e eu odeio você irritado por atrasos.

– Tudo bem, nos vemos depois dona Lourdes.

Lá fui eu em direção a mais um dia de novidades, novos amigos, palhaçada, novos professores e amigos antigos. Primeiro dia de aula quase nunca é tão empolgante pois você vai ver sempre a mesma turma e os mesmos professores e a mesma escola, mesmo pessoal da cantina, limpeza, organização... Tudo é muito chato e massivo, mas no meu caso, não é assim. Poderei ver meus amigos de novo, desde novembro de 2015 eu não os vejo... Ficamos distantes uns dos outros por culpa da invasão dos Mogodorianos, mas graças aos meus amigos e a mim, todo o planeta foi salvo e espero que assim continue.

Hoje é o primeiro dia de aula pra todos os meus amigos, muita coisa mudou e acho que grande parte cresceu e mudou o corpo, pelo menos agora acho que a Mama já tem peitos e o Tommy não é mais um perdido que não sabe o que quer. Penso muito em tudo o que pode acontecer a partir de agora só de olhar o velho armazém onde todos se esconderam no começo da batalha em São Paulo, em ver o esgoto onde fiquei com medo por muito tempo antes de eles todos me encontrarem, mas também fico feliz de ver todos bem e saudáveis, o povo todo trabalhando o governo finalmente funcionando. Desde a vinda dos mogs pra Terra, mudou tudo a nossa volta e isso inclui o nosso governo, nosso ambiente, vestimentas e até o estilo das casas mas os seres humanos não mudaram muito, principalmente meus amigos.

Estamos estudando na mesma escola, pois a maioria das que existiam foram destruídas e levaria muito tempo para construírem outras próximas a onde todos moram, resolvemos nos juntar para caso algo aconteça não precisarmos ficar longe uns dos outros e assim voltar a combater o que for necessário. É uma grande construção com portões de ferro no estilo dos anos 80, um pátio enorme bem na frente e a escola em si é bastante parecida com um castelo ou, se preferir, com o antigo Museu do Ipiranga que foi destruído na batalha final.

Poucos metros da minha casa existe o que nos estudantes chamamos de Transporte Publico Estudantil ou TPE simplesmente, foi criado por nós que derrotamos os mogadorianos. É como um portal que fica em certos pontos da cidade e você se teleporta diretamente para perto da escola e assim fica tudo mais fácil de ser encontrado ou de ir a algum canto, genial não é mesmo?

Chegando próximo ao metrô construído perto de casa, utilizei o TPE e cá estou, nos portões de entrada da Academia de Estudos Saint Conrad, a unica escola da cidade de São Paulo onde os heróis foram aceitos para continuar seus estudos e quem sabe ter um futuro como humanos normais.

Adentrando o pátio da Academia notei uma roda gigante atrás do prédio escolar, nunca tinha visto aquilo lá, mas aparentemente estavam construindo um parque de diversões por perto e eu tinha de chamar todos pra visitarem comigo, diversão sem amigos não é a mesma coisa.

– Ei, moço, vai ficar parado ai ou vamos entrar e se abraçar? – Ela olhou e sorriu como se fosse a primeira vez que nos vimos, era tudo tão mágico e eu estava atordoado de felicidade só por ver de novo a minha amiga querida.

– SAAAAAAAAABS! Menina que saudade de você, me abraça me beija, me cheira, me janta...

– Calma Yash, jantar não é agora, mas no “recreio” eu te dou umas mordidas hahaha. Você tá bem?

Uma sombra atrás dela apareceu e meu sorriso veio a crescer mais e mais. Ela ficou meio sem compreender o que havia comigo mas depois de olhar pra trás compreendeu o motivo.

– Oi Thalles! Quanto tempo! – Sorria ela, me deixando e abraçando ele.

– Epa epa epa! – Ouvia-se uma voz um pouco longe, porém ainda sim clara e nítida o bastante pra se definir quem era. – Meu namorado, ninguém sai! – Uma garota alta de cabelos longos e pele pouco parda veio até nós com um sorriso imenso. – Oi Yash, oi Sabs e OI AMOR!

– OI LORENNA! – Um som uníssono saia das nossas bocas e por pouco eu não contratei todo mundo para uma orquestra e ópera.

– Gente, vocês perceberam essa roda gigante atrás da escola? Eu nunca tinha visto isso antes, nem mesmo há alguns dias quando vim aqui perto com minha mãe. Estranho, não é? – Me assustei de verdade pois parecia muito com um McDonalds pois o mesmo nunca foi visto ser construído, apenas aparecia no local e pronto para ser lotado com pessoas loucas por um fast food.

– Possivelmente tenha sido construído ás pressas, ninguém sabe ao certo isso, mas eu tive sonhos com esse parque na semana passada e vi todos nós num brinquedo parecido com uma montanha russa e depois acordei. – Falava Lorenna explicando algumas coisas e com um olhar de dúvida que ela sempre tinha quando algo parecia estranho – Acho que deveríamos ir conhecer pelo menos e ver o que tem de atrativo.

Enquanto Lorenna falava, não tinha reparado que todos estavam a nossa volta. Mama, Tommy, Lyu, Julia, Dudu, Mapa, Marti, Malu, Isadora e até o Yokota.

– Vocês vão pra onde sem a gente? Por que sempre temos de ser deixados hein? Não gosto disso – Dizia Isa sorrindo e com as mãos na cintura, uma bolsa transversal e uma camisa com um urso pardo estampado.

– PESSOAL! Vocês surgem do nada hahaha. Estamos pensando em ir no parque aqui de trás da escola, parece ser novo então quem topa ir?

Uma ventania sem fim apareceu e parecia que havia um furacão por perto, por pouco Isa e Malu não voaram pra longe. Finalmente quando o tufão parou...

– Eu topo! – Sorria Vinicius parado do meu lado e olhando pra mim como se eu fosse uma garrafa de coca-cola de 2 litros.

– CARALHO! NÃO ME ASSUSTA ASSIM NICO!

E todos cairam na gargalhada com o susto que o garoto de cabelo pouco longo me dera.

– Então está decidido! Vamos ao parque no final do período escolar – Dizia Julia na minha frente.

– Tá, então pra o período escolar terminal precisamos do que? Entrar na escola e estudar. Vamos lá!

E a minha vida parecia voltar ao normal com meus amigos por perto... Mas só parecia mesmo.


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Notas finais do capítulo

Quem gostava de desenhos que passavam na TV Globinho vai adorar o segundo capítulo.



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