My Foolish Heart escrita por Amanda Katiane, Beatriz Mikaelson


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Hello♥ Boa leitura!



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O universo nunca conspira ao meu favor. A palavra azar deve aparecer repetidamente no dicionário da minha vida. Eu tinha que dar um jeito de sair dali. Não era impossível. Para tudo existe uma solução, certo?

Espero que sim.

Damon parecia estar muito concentrado no livro. Essa era a minha chance. Me abaixei e fui andando lentamente atrás dos roseirais tentando não fazer barulho. Eram poucos metros até a casa vizinha. Só faltava mais um pouco e...

— Tem alguém aí? — ouvi Damon gritar.

Meu coração gelou quando ouvi os passos se aproximando. Já estava esperando o pior, até que ouvi latidos. Espiei por uma brecha e vi um cachorro enorme em cima de Damon.

— Hey, amigão. Está com fome? — o cachorro latiu em resposta e Damon riu. — Certo, certo. Já estou indo.

Damon parou e olhou ao redor, tentando achar alguma coisa. O cachorro latiu de novo e Damon foi na direção da casa. Olhou uma última vez e entrou.

Suspirei profundamente quando ouvi a porta se fechar. Eu tinha que aprender a controlar meus batimentos cardíacos, qualquer dia desses vou ter um ataque do coração. Sério mesmo. Meu coração parecia uma escola de samba naquele momento, literalmente. O cachorro salvou a minha vida, precisava anotar mentalmente para agradecê-lo futuramente.

Depois que fiquei estável andei devagar até a parte de fora da casa e fui em direção a porta principal do bairro, onde o mesmo segurança permanecia.

— Senhorita Pierce, encontrou os papéis? — perguntou olhando para minhas mãos vazias.

Ahn, na verdade não. Eu estava procurando, mas a senhora Salvatore me ligou e disse que encontrou os documentos dentro da bolsa — eu estava ficando realmente boa nesse negócio de mentir.

— Que bom. Se os documentos eram importantes ela deve estar aliviada agora.

— Muito. Bom... Eu acho que já vou indo. Até mais — me despedi.

— Até — eu sorri e fui andando até a porta.

— Senhorita Pierce? — ouvi ele me chamar quando eu já estava de saída. Eu estava nervosa. Virei tão rápido que ele se assustou.

— Sim?

— Tem... Tem um galho no seu cabelo — disse confuso.

Ah, sim. Claro, obrigada — ri nervosamente tirando o galho da cabeça. — Tchau — praticamente corri até a porta, sem olhar para trás.

Tudo que eu queria era chegar em casa e tomar um bom banho. Hoje foi um dia terrível. Alguém precisava providenciar meu título, eu estava ficando realmente boa em fugir dessas situações. Claro que eram das formas mais inusitadas possíveis. E eu ficaria extremamente alegre se elas parassem de acontecer.

As ruas ainda estavam bastante movimentadas. Acelerei o passo na tentativa de chegar mais rápido em casa. Caroline realmente tinha me feito correr tudo aquilo?

Restaurantes, restaurantes, restaurantes... Acho que em cada rua que eu passava metade dos lugares eram restaurantes. Isso me fez lembrar que eu passei quase o dia inteiro sem comer e estava morrendo de fome. Eu poderia parar em alguma barraquinha e comer um delicioso hambúrguer — o cheiro dele já estava atravessando minha alma — porém, infelizmente, eu teria que esperar até chegar em casa. Não podia demorar nem mais um segundo.

Agora o medo de Stefan levar Caroline para casa e ela chegar antes de mim estava me possuindo. Comecei a correr e não parei até estar perto de casa. As pessoas me olhavam como se eu fosse louca. E devia parecer, mesmo.

Consegui chegar e, para minha sorte, as luzes estavam apagadas. O que significava que Johanna ainda não havia chegado. Entrei e me joguei no sofá tentando controlar a respiração, já que estava ofegante por conta da corrida.

Fui para o quarto e chequei o celular, onde tinham algumas mensagens da Bonnie avisando que Kol já estava melhor. Mandei uma resposta rápida e fui tomar um banho.

Quando sai ouvi o barulho da porta se abrindo. Acho que Johanna tinha chegado. Me vesti rapidamente, colocando um vestido simples e passando um gloss. Penteei os cabelos e os deixei soltos mesmo.

Johanna estava deitada no sofá, assistindo televisão. Passei direto indo na direção da cozinha. Precisava de algo para comer urgentemente.

— Elena, querida, me traz um copo de água — fiz cara de nojo quando escutei o “querida”. Como ela podia ser tão dissimulada?

— E por que você mesma não vem pegar? — perguntei, movimentando minha cabeça de modo que dava para ver a sala.

— Ora, não é obvio? Porque eu quero. E além do mais, você está mais perto. Anda logo.

Bufei e fui pegar a água. Alguns meses. Só precisaria aguentar mais alguns meses. Fui para a sala e entreguei o copo. Nem um agradecimento, como sempre.

Estava voltando para cozinha, quando reparei que estava faltando uma coisa na estante.

— Onde está o relógio de parede da minha mãe? — franzi a testa.

— Aquela coisa brega? Joguei fora. Aquela vadia tinha um péssimo gosto — falou indiferente.

— O que você disse?!

— O mesmo que você ouviu, Elenita.

— Escuta aqui sua... — parei no meio do caminho e respirei fundo. — Não fale da minha mãe assim.

— Mas é a verdade, querida. Vadia...

— Você não sabe de nada! — gritei, interrompendo-a. — Quer saber? Acho que vou dar uma volta — peguei minha carteira e sai, batendo a porta.

— Elenita?! — ouvi ela gritar de dentro da casa. — E minha janta? Elena!

Comecei a andar na direção da praça. Assim que sentei no banco, as lágrimas começaram a descer por minha face. Eu estava me segurando para não bater na bruxa.

Por que eu ainda aguentava aquilo? Eu sempre me pergunto isso.

Gentileza... Uma das maiores virtudes que o ser humano pode ter. A maior beleza que existe dentro de nós. Minha mãe sempre me lembrou disso... Não iria decepcioná-la. Mas, talvez seja verdade. Eu posso não ser a pessoa mais sortuda do mundo, mas a gentileza é umas das coisas que eu sempre ia tentar manter, não importam as circunstâncias.

Eu prometi a minha mãe que eu cuidaria da casa. E eu vou cuidar. Não importa o que aquelas bruxas façam, eu vou permanecer lá até o final. Se eu aguentei durante todo aquele tempo, por que não suportar mais um pouco?

Tenho pena de Caroline. Aposto que ela não seria assim se sua mãe não fosse a Johanna.

Tentei deixar Johanna de fora dos meus pensamentos. Comecei a lembrar da minha mãe. Imagens da minha infância vieram na minha cabeça. Eu gostava de lembrar o quanto nós éramos felizes. O quanto eu era feliz. Não gostava de pensar tanto nos meus pais, eu sentia tanta saudade que chegava a doer. Mas era bom, de vez em quando. Se eu não ligasse para a saudade, dava para sentir o conforto no meu coração. Eles eram as pessoas que eu mais amava.

Sorri comigo mesma, lembrando de todos os momentos que passamos juntos. Eu não iria decepcioná-los. Eu esperaria, iria para a faculdade e construiria a minha vida.

Depois de passar mais algum tempo sentada, lembrei de que ainda não tinha comido nada. Aposto que era possível ouvir meu estômago roncar a quilômetros de distância. Levantei e comecei a andar a procura de alguma praça de alimentação que estivesse aberta.

Eu olhava para o lado contrário da rua, tentando achar algo que me interessasse. Mas, claro, eu acabei esbarrando em alguém e cai no chão. Como sempre. Isso é o que dá não olhar para frente.

— Senhorita? — era a voz de um homem. Eu tinha a impressão de já ter escutado em algum lugar. Ele estava estendendo a mão e eu aceitei de bom grado.

— Olha, me desculpe — comecei sacudindo meu vestido. — É que eu sou muito desastrada e... — Nesse momento eu resolvi olhar para o rosto da pessoa na qual eu tinha acabado de esbarrar:

— Katherine? — ele perguntou surpreso. Ótimo. Maravilhoso. Perfeito. Será que essas coisas nunca iam parar de acontecer? Puff. Respirei profundamente, esperando que nada de ruim viesse a seguir.

— Olá, Enzo.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, como sempre, desculpem pela demora!
Nossas provas já acabaram e agora vamos ter mais tempo♥
Porém fica meio difícil postar toda semana, pois nós somos três autoras. Daí nós temos que passar por algumas etapas para o capítulo ficar pronto. Maaaas, prometemos que vamos tentar♥
E então? Comentem o que acharam do capítulo, é muito importante para nós! Críticas construtivas são sempre bem vindas♥
Nos vemos logo logo. Até mais♥



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