Garota Valente escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 10
Saindo da rotina


Notas iniciais do capítulo

Olha, eu acho que cheguei com muita força com a Krystal e o Lion. Dei muita ênfase. Não se preocupem, a fic não vai ser propriamente dita uma fic evangélica. Só farei referências, já que eu sou. E por falar na loirinha, o link dela não funcionou! Mas logo vão saber como ela é. Espero que gostem!



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Estou melhorando!

Terminei “Em Chamas” mais rápido do que o primeiro. Tropecei em alguns momentos, mas não precisei consultar alguém para me lembrar de alguma palavra que eu não lembrava o que era! “A Esperança” vai começou tranquilo pra mim. E dês do final surpreendente do livro anterior, eu estava ansiosa. A voz da minha mãe (Nat) me surpreende enquanto estou na minha cama lendo o livro:

– Filha, você não sai desse quarto nunca?!

– Estou lendo! – falei. Nunc pensei que iria gostar tanto de ler.

– Que tal fazer outra coisa?

– Perder pro papai no vídeo game?

– Outra coisa.

– Treinar com arco e flecha?

– E te deixar cair na sua velha rotina em Dunbroch?

– Que tal… - fui interrompida.

– Que tal uma coisa nova?

– Tipo o que?

– Não sei. Conversar, sair, trocar histórias, fazer compras...

– Compras? Que graça isso tem?

– Muitas adolescentes gostam de sair e comprar coisas com as mães.

– Quem sabe se eu não descubro a razão delas gostarem tanto disso.

Ela sorriu. Não sei se fazer compras com a filha é algo que a temida Viúva Negra faria, mas suspeitei de que ela queria apenas passar um tempo comigo, já que ficamos minha vida inteira longe uma da outra. Além de tudo, ela é mãe, ora! Então, até pra sair um pouco da Torre, eu topei. Nos encontramos na sala minutos depois. Eu conversava com Thor sobre algo que temos em comum: irmãos mais novos que nos tiram do sério.

– Veja pelo lado positivo: Loki era mau. Seus irmãos eram apenas brincalhões. – falou ele.

– Veja você o lado positivo: Loki era um só. Meus irmãos eram três. – comentei.

– Meri, está pronta? – perguntou minha mãe entrando na sala.

– Sim, mãe. – me levantei e falei ao Thor – Loki daria o triplo de trabalho se fossem trigêmeos.

– Se seus irmãos fossem apenas um, e ele tivesse a mente de Loki, você, Elinor e Fergus estariam mortos e ele reinando.

– Eles têm apenas sete anos!

– Vamos, filha. – ela insiste.

– Tchau, Thor. – falei, me afastando.

– Até mais, Merida.

Fomos juntas para o elevador e depois, fomos à um lugar chamado shopping, que eu já havia ouvido falar, mas não tinha ido até então. O clima frio estava passando e eu estava com um pouco de calor, mas estava um pouco frio lá dentro, então estava tranquila, mesmo com blusa de manga e jaqueta jeans azul. Estávamos andando lado a lado, segurando algumas bolças de roupas que compramos. As histórias que minha mãe contava eram muito interessantes, mesmo que a maioria tristes:

– Então, é por isso que você está com a mesma aparência há tantos anos! Você envelhece devagar! – falei surpresa.

– Também sou imune a muitas doenças. Não duvido que você seja também.

– Faz sentido. É muito difícil eu pegar um mero resfriado. Minha ma… Elinor disse que eu tinha a saúde do meu pai, que perdeu uma perna, mas continuou saudável.

– Não precisa se corrigir. Ela te criou. Não é sua mãe de sangue, mas é sua mãe.

– Obrigada. Para mim, ela sempre vai ser minha mãe.

– Sim. E eu achando que não podia ter filhos. – ela riu.

– Como?! – perguntei surpresa.

– Depois de tantas experiências que a KGB fez em mim, achei que tinha perdido a fertilidade. Com menos de um ano de casados...

– Apareci! Viva! – brinquei. Nós duas rimos.

– É, apareceu. Eu odiei saber na hora, mas te amei tanto.

– Você falou. – eu disse.

Vi ela morder o lábio inferior, com um pensamento perdido, como se só houvesse se tocado de que estava com sua filha naquele momento.

– Mamãe? – perguntei.

– Eu te amo, filha. – ela disse, olhando dos meus olhos.

Nos abraçamos. Eu e ela temos a mesma altura. Tinha muita gente ao nosso redor e alguns nos olhavam. Me afastei e perguntei:

– Que tal um sorvete?

Dito e feito! Fomos tomar sorvete. O meu era de baunilha com caramelo e minha mãe tomava de chocolate com calda de chocolate. Não era a primeira vez que eu a via saborear o chocolate com tanto prazer. Ela amava. Ainda ama, mas não estou falando do presente. Eu tinha uma pergunta. Pergunta simples, boba e talvez até infantil.

– Quando você disse que gravava músicas de primeira, era por causa da memória fotográfica, não é?

– Sim!

– Posso fazer uma pergunta meio doida?

– Fale.

– Aprendeu todas as músicas do Frozen?

Ela riu. Riu tanto que me deixou sem graça. Depois ela parou e me olhou surpresa, mas tentando disfarçar com um sorriso.

– Isso é brincadeira, não é?

– Não!

– Se contar pra alguém, te coloco de castigo por um mês.

– Intendi.

– Mais alguma pergunta?

– Posso ter um bichinho de estimação?

– Não sei se o Stark vai gostar de um cachorro correndo pela Torre.

– E que tal um gato?

– Hum… vou pensar. – e rimos. Eu pelo menos não levei a sério.

Voltamos para a Torre. Não havíamos comprado muita coisa porque passamos o tempo inteiro conversando. Entramos na sala conversando. Ela contava sobre uma aposta que perdeu quando estava me esperando:

– … e como eu não podia sair em missões mesmo, iria ser até uma boa forma de passar o tempo. Só que ela falou que era uma trilogia famosa, não que era infanto-juvenil. E por algumas cenas do terceiro livro, não tão infanto-juvenil assim.

– Mas foi ruim?

– Foi mais uma vez que julguei um livro pela capa. Era clichê, mas legal.

– Qual o nome dele mesmo?

– Divergente. Dês de então, eu leio qualquer coisa. De “Chapeuzinho Vermelho” a “Cinquenta Tons de Cinza”.

– O que é esse último.

– O pior livro que já li. Ainda prefiro “A Arte da Guerra”.

– Ouvi falar bem. E “Jogos Vorazes”?

– Todos os três. Prefiro “Divergente”, mas é bem legal.

– Não deve ser tão bom assim.

– Olá, garotas! Se divertiram? – perguntou Steve se aproximando.

– Mais passando um tempo juntas do que comprando coisas sem motivo. – falei e ele sorriu.

– Que bom. – ele disse à mim, depois se referiu à minha mãe – Natasha, pode me acompanhar?

– O que houve?

– Reunião com os Vingadores. Precisam de nossa ajuda.

– Vai na frente. Depois eu vou.

Steve seguiu e eu falei:

– Já até sei: “Fique longe da sala de reuniões. Isso não é assunto seu”.

– Não posso dizer se vai demorar ou não.

– Tudo bem! Se for alguma coisa, sei que vai se dar bem, Viúva Negra.

Ela sorriu. E sim, era alguma coisa. Mas, como não me diz respeito, foi para o meu quarto e continuei lendo, já que não apareceu nada na TV. Recebi uma mensagem da Krystal sobre um trabalho de escola, mas ignorei.

Não sei dizer se sou uma boa aluna, mas acho que sou uma boa filha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Achei ele bem divertido. Comentem!