Bad escrita por Madge Valentine


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Essa fic é praticamente uma introdução a outra que eu pretendo postar.
Então, talvez, esteja um pouco confusa.
Boa leitura!



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I said why does it feel so good?

So good to be bad

Getting what I want, boy

Why does that make you so mad?

Raios de sol entravam pela janela da sala de Nico Di Angelo, um dos melhores psiquiatras de Montreal. E na sua enorme sala com cheiro de incenso e paredes completamente brancas, se encontrava Thalia Grace sentada em uma poltrona, completamente confortável, enquanto Nico se sentava rigidamente atrás de sua mesa.

— Você sabe que as consultas só pararão quando você melhorar não sabe? — ele perguntou.

Tinha sido contratado pelo pai da garota, para consultas particulares duas vezes na semana. Zeus não queria interna-la em um hospital psiquiátrico, então Nico era a sua única opção.

— Sei. — ela respondeu simplesmente, com um sorriso ingênuo na face.

— Então por que você continua? Quando está melhorando e estamos prestes a acabar com isso, você simplesmente volta a agir como antes. Por que, Thalia? — ele perguntou calmo, apesar de estar frustrado com a garota.

— Talvez eu não queira que elas acabem. — Thalia deu um dos seus melhores sorrisos.

Nico sempre fora estritamente profissional, nunca ficara com nenhuma de suas pacientes, apesar de muitas já terem alegado que só melhorariam com a presença dele na sua cama. Nenhuma delas era como Thalia.

Manipuladora.

— Eu não acredito. — ele declarou.

— Por quê?

— Você é esperta demais para isso.

— O que você quer dizer com isso? — Thalia estreitou os olhos.

— Bem, você sabe que eu tenho que reportar tudo ao seu pai e se ele perceber que o que fazemos aqui não está adiantando, ele simplesmente a mandará para um hospício.

Ela riu nervosa.

— Ele não faria isso.

— Poucas pessoas recebem uma chance de mudar antes dos pais irem ao extremo. Essa é a sua chance, Thalia. Depois disso, bem, você sabe o que acontecerá.

Pela primeira vez a garota não parecia confortável na sua presença.

Ele atingira seu objetivo.

Mentira!

— E porque você não diz logo que eu melhorei?

— Você parece melhor?

— Eu posso sempre fingir.

Ela sorriu e se levantou, caminhando perigosamente até onde ele estava, e se sentando em cima de sua mesa, ao seu lado, com as pernas cruzadas.

— Admita, — ela era como uma cobra, apenas esperando para dar o bote. — você não quer parar de me ter aqui, tanto quanto eu não quero sair.

Nico a encarou reprovador.

— Saía dai Thalia.

Não a queria ali.

Mentira!

Ela sorriu.

— Não até você admitir. — falou com uma voz cantada e infantil.

Thalia Grace realmente não sabia com quem estava se metendo. Seu pai provavelmente achava que Luke fora quem a fizera ser problemática e que Nico era a sua salvação.

Mentira!

Mas Nico sabia como era estar sentado em uma cadeira tendo o seu comportamento avaliado.

Ele não fora sempre o profissional.

— O que você quer que eu fale Thalia? — ele se levantou, caminhando até ela, com os olhos estreitos.

— Que eu não consigo tirar os olhos de você desde a primeira vez que te vi? — ele nunca fizera isso.

Mentira!

Ela sorriu.

— Não é o suficiente.

— Qual é o seu problema, Thalia? — ele cuspiu as palavras.

— Ué, me diga você.

— Você já está melhor, todos sabem disso. Por que age como se não?

— Você sabe por quê. — ela praticamente berrou. — A culpa é sua.

Ele riu.

— Minha? A culpa é minha se você gosta de ser assim?

Ela o encarou incrédula.

— Eu não gostava, nunca gostei. Então, você chegou todo superior, como se ao piscar me faria melhorar. No inicio, eu quis, acredite. Não aguentava mais olhar para a sua cara e ver como você se achava melhor do que eu. Mas então, eu realmente melhorei e...

— E o que? — ele abandonara seu profissionalismo há muito tempo.

— Eu percebi que não queria ir embora, não queria parar de te ver. — O tom dela não era mais vitorioso, era quase de dar dó.

É claro que ele já sabia daquilo, achava que se sentiria bem ao ouvi-la admitir, pelo contrário, sentia como se pudesse vomitar a qualquer momento.

— Eu devia ter te liberado da primeira vez. — ele estava quase arrependido.

Mentira!

— Devia. — ela concordou.

— Mas eu não o fiz.

— Não mesmo.

Ela já sabia o que vinha a seguir, sempre o mesmo jogo, sempre as mesmas palavras. Os dois nunca mudavam.

Ele a “liberava”, ela voltava, sempre com o mesmo problema.

Como se nunca tivesse passado ali antes.

Mentira!

E os dois terminavam do mesmo jeito. Com as roupas jogadas no chão do escritório dele.

— Por que isso é tão bom? — Thalia perguntou derrotada, com a cabeça apoiada no ombro dele.

Estava jogada na enorme poltrona, que parecia pequena demais para os dois.

Eles estavam presos em um ciclo vicioso e quando um saia, o outro o puxava de volta. Talvez Nico não fosse a salvação de Thalia, talvez, para ela, não existisse uma. Alguns problemas eram apenas maiores do que outros e o que eles nutriam um pelo outro poderia ser intitulado como o maior deles.

Deve ser magnificamente prazeroso ser má, quando se tem alguém para fazer isso ser bom.

You see why does it feel so good?

So good to be bad

'Cause if it's trouble that you're looking for

Oh baby, Here I am


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Notas finais do capítulo

Então? Comentem!
Beijinhos.