Sem Necessidade Para Uma Princesa escrita por Masakitte


Capítulo 1
Tenchi in Space - Capítulo 2 / Parte 1




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Sem Necessidade Para Uma Princesa

Fazia mais de seis meses que a casa dos Masaki já não apresentava a mesma rotina silenciosa de antigamente. As belas garotas vindas do espaço colocaram um pouco de vivacidade àquela moradia onde apenas vozes masculinas davam o tom. Hoje, as vozes femininas estavam em maior número e também volume, mas mesmo assim a família Masaki se sentia acolhida e feliz com as “visitantes”.

A atual rotina seguia uma ordem, ou quase. Sasami sempre ajudava no preparo das refeições; a maior parte do seu dia passava na cozinha. Ela não reclamava disto, pelo contrário, ficava alegre em ajudar sabendo que todos apreciavam sua comida.

Ayeka contribuía na limpeza tanto interna quanto externa da casa. Calma e elegante, como ela imaginava que uma princesa deveria ser, varria, lavava, passava e costurava. Procurava presentear Tenchi com algumas de suas tentativas de costura baseando-se em uma antiga revista deixada por Achika, a mãe de Tenchi.

Washu quase nunca saia do seu laboratório; um pequeno cômodo que fora usado como depósito abriga hoje um enorme centro de tecnologia e ciência do qual ela própria fazia questão de dizer com sua voz estridente de gênio maluco. As únicas vezes que saia era para comer, contudo preferia ficar sem se alimentar por dias.

Kiyone e Mihoshi passavam a maior parte do tempo fiscalizando o setor da Via Láctea no uso de suas obrigações como policiais. No entanto, Mihoshi sempre pedia para voltar à Terra para saborear a comida preparada pela Sasami. Entendam que estas “paradas” por conta da fome da Mihoshi eram diárias. Kiyone ficava maluca com o saco sem fundo da parceira, mas acaba aceitando por conta das altas despesas no espaço.

E finalmente, Ryoko. Essa não ajudava em nada. As outras garotas agradeciam quando não deixava a casa imunda com sua festa particular regada a álcool. O lugar mais fácil de encontrar, quando sóbria, era tirando um cochilo no telhado. Ayeka ficava na bronca com sua vagabundice e falta de respeito com a família que a abrigou.

Tenchi cumpria suas obrigações auxiliando o avô nos rituais do templo. No restante cumpria os deveres com a escola. O pai, Noboyuki, dificilmente parava em casa. Trabalhava arduamente em seus complexos projetos de arquitetura em um escritório da cidade.

A vida seguia sem grandes surpresas ou mudanças. Certo dia, uma nave com o emblema real de Jurai foi vista no horizonte no momento em que Ayeka estendia as roupas no varal. Pensou ela o que poderia ser. Sabiam de sua presença na Terra. Ela própria enviara várias informações a Jurai, todavia não sabia o real motivo.

O azul claro das águas do lago em frente à casa espelhou com nitidez a nave que pousara vagarosamente. Sasami ouvira o barulho, um tanto conhecido, e apagou o fogo que cozia a refeição para sair apressadamente na direção do lago. Quando se deparou com a nave real de Jurai levou um pequeno susto seguido por um misto de curiosidade e apreensão. Ayeka estava estática com o que via. Passavam mil pensamentos por sua cabeça.

Ryoko acordara esbravejando com toda confusão. Do telhado avistou a nave com o emblema da família de Ayeka, e sobrevoando com a mão na cintura, ruminou alguns palavrões.

A porta da nave começou a se abrir aos poucos. Uma densa luz branca invadiu todo o redor. Vagarosos passos eram ouvidos na medida em que um indivíduo descia os degraus firmemente fixados ao solo. Um pomposo homem, com uniforme de general, curvou-se para a princesa. Seu rosto sério procurou os olhos de Ayeka para em seguida a voz completar o momento.

– Vossa Majestade. Preciso falar com sua pessoa. Não temos tempo a perder.


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