A Herdeira de Hogwarts escrita por Evil Grings
Charlie Jackson
Eu estava deitada no chão gelado do meu quarto no orfanato, era sempre assim no fim das férias, eu deitada no chão gelado e sem vida do meu quarto sem graça e sem vida.
O orfanato — onde eu infelizmente me abrigava — era conhecido pela metade ou maior parte do mundo bruxo por ser o mesmo que o temido Tom Riddle ou Voldemort, como preferir, havia frequentado em seu tempo em Hogwarts.
Não me admira o fato do Riddle ter enlouquecido nesse muquifo — paredes desgastadas pelo frio, janelas sujas, poeira acumulada, o paraiso — sorte minha que eu passo a maior parte do tempo em Hogwarts e não aqui. Hogwarts é a melhor escola de magia e bruxaria de Londres ou onde quer que a escola seja.
Ouvi uma batida na porta e me levantei irritada, faltava ainda três horas pra eu pegar o trem, mas as pessoas não me deixam apreciar o meu tédio em paz, nem isso mais eu posso fazer nessa bagaça. Bufei quando vi quem se encontrava na porta, cabelos ruivos e olhos azuis, Ginny Weasley.
— O que quer, Weasley? — perguntei virando as costas para mesma e caminhando de volta para meu chão gelado a deixando parada na porta.
— Pensei que podíamos passar em uma lanchonete antes de ir para a estação — falou sorrindo debilmente.
Ginny Weasley era o poço de falsidade sem fim, depois da morte do Senhor Perfeição, eleito, o Rei da cocada preta, Príncipe da Grifinória, Testa rachada ou Harry Potter — eu já disse como preferir — ela se recuperou rapidamente da morte do amor da vida dela e vive pegando todos da escola como se ela fosse a melhor. Acho que apenas a Granger e alguns membros da família Weasley se importaram verdadeiramente com a morte dele.
— Weasley querida — comecei falsamente agora a olhando — não é porque você sabe quem sou que vamos ser amigas, longe disso.
—Eu consigo tudo que eu quero — falou irritada.
— Eu não sou um objeto, Weasley — sorrir — E muito menos Harry Potter.
— Você vai ser minha amiga custe o que custar — a mesma falou irritada antes de aparatou me deixando sozinha no quarto.
Encarei o teto desgastado esperando a hora passar, mais algo me dizia que ia demorar e muito.
…
Atravessei a parede entre as estações 9 e 10 da estação de metro de Londres, assim que a passagem acabou olhei ao redor e como em todos os anos, havia alguns alunos correndo de um lado para o outro, outros conversando sobre as suas maravilhosas férias nas suas maravilhosas mansões — fúteis — outros se despedindo dos pais que debulhavam-se em lágrimas.
Eu seguir em direção a locomotiva vermelha, todos os alunos de Hogwarts me odiavam — exceto, talvez a Granger e a Lovegood, mais isso é outra história — mas se eles acham que eu estou me abalando, estão terrivelmente enganados.
Entrei na locomotiva e procurei uma cabine vazia, mais parecia impossível pelo mar de alunos que caminhavam por ali, achei uma cabine vazia entre as cabines chiques da Sonserina. Guardei minhas coisas e me acomodei quando o trem avisou que estava para sair da estação, fazendo mães chorarem ou sorrirem acenado para seus filhos que só veriam daqui a alguns meses para as férias de Natal e ano novo.
Me puis a ler “Orgulho e Preconceito” ignorando tudo que acontecia ao meu redor, já estava acostumada com tal feito, afinal, as pessoas passavam três metros de distância da cabine onde eu estava.
Me assustei quando a porta da cabine foi aberta e sem demostra qualquer emoção levantei a cabeça, a Granger estava parada na porta, suas bochechas estavam vermelhas e ela olhava pra baixo.
— Será que posso me sentar aqui? As outras cabines estão cheias — perguntou.
— Claro — respondi antes de voltar a ler o meu livro.
A Granger se acomodou no banco a minha frente e pegou um livro, ao julgar pela capa, era “Hogwarts: Uma Historia” que eu já havia a visto ler milhões de vezes.
O tempo não demorou para passar e daqui a algumas horas estaríamos chegando a Hogwarts, procurei algum dinheiro bruxo na minha mochila e o achei, assim que o carrinho de doces passou comprei uma barra de chocolate e dois sapos de chocolate — só chocólatra, problema?
— São quatro sicles, querida — ela falou sorrindo docemente.
Entreguei o dinheiro a ela e entrei novamente na cabine, mas antes que eu pudesse fazer qualquer movimento alguém me empurrou me fazendo cair e o meu colar sair do meu pescoço, percebi cabelos ruivos longos se afastarem mas o que me chamou realmente atenção foi a pedra do meu colar girando dois dedos a cima do chão. Depois de dar 54 voltas — sim, eu contei — eu senti uma enorme tontura e tudo se apagou.
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