Desaventuras em Dupla escrita por gabindia, Caa Jogia Styles


Capítulo 2
Tentando Fugir




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Pam...

 

- Pam... como vamos fazer para fugir? - escutei a voz de minha irmãzinha medrosa perguntar.

- Fácil, a gente finge que vai sair para respirar e some.

- Sumir? Como?

- Nós, simplesmente, sumimos.

- Haaa... entendi... você é ótima em explicar planos.

- É eu sei. Agora se apressa.

- Ok.  

Eu usava um vestido longo e bege. Ele não mostrava as curvas de meu corpo. Nem o garoto mais feio do mundo, se interessaria por mim com aquele modelo.

 

Luciana ...

No caminho para o baile de apresentação, senti meu estômago se contorcendo e minhas mãos suando. E se o nosso plano não desse certo? E se, os príncipes, fossem feios e apavorantes? E se eles se apaixonassem por nós? Por mais que meu vestido fosse sem graça, eu estava com medo.

Olhava para o rosto de minha irmã e ela estava tão confiante. Essa era a melhor qualidade dela, ela podia ser meio pirada e até irritante, mas sempre estava segura do que queria, já eu, eu era tão... complicada. Nunca estava certa de nada, por mais que aparentemente fossemos iguais, as nossas personalidades eram extremamente diferentes.

Assim que chegamos no baile, percebemos a movimentação. Descemos da carruagem e entramos, respirei fundo e vi que os dois ainda não tinham chegado, isso fez eu me acalmar.

- Luu... - escutei minha irmã sussurrando.

- O que foi?

- É a nossa chance, o papai está ocupado falando com aqueles caras, vamos! - disse ela puxando a minha mão e me arrastando.

Nós fomos andando devagar até chegarmos na porta de trás do grande salão. Com a minha irmã me puxando e acabei deixando minha pulseira cair.

- Espera Pam... minha pulseira caiu.

- Não temos tempo para isso, depois você compra outra! - disse ela ainda segurando minha mão.

- Não. Eu quero aquela. - eu disse parando de acompanhá-la.

- Tá. - disse ela revirando os olhos. - Corre!

Voltei alguns passos e vi uma silhueta pegando a minha pulseira do chão.

- Hey, você! - eu disse - Essa pulseira é minha, pode me devolver? - a silhueta deu alguns passos e pude ver seu rosto, não consegui enxergar direito, pois estava escuro e ele usava uma máscara. Ele abriu um sorriso e estendeu a pulseira para mim. - Obrigada. - eu disse pegando a pulseira. Ele sorriu novamente e sumiu.

Nunca tinha visto um sorriso tão doce na minha vida. Queria saber quem era ele, mas ele desapareceu na escuridão e eu não fiz nada para impedi-lo.

- Luciana! - escutei a voz de minha irmã. Me virei e vi seu rosto, ela parecia preocupada. - Pronto?

- Sim. - eu disse a seguindo.

Estávamos quase chegando aos portões.

- Fica aqui, eu vou ver se não tem ninguém lá do outro lado. - disse ela em voz baixa, eu apenas assenti e fiquei a observando.

 

Pam...

Fui andando lentamente até a parede lateral do salão, o portão deveria ficar uns 7 metros dali. Olhei e não vi ninguém, quando eu ia andar até lá, senti alguém me segurar e tampar a minha boca. Eu me contorcia tentando sair, mas não conseguia.

- Shhh... - fazia a pessoa misteriosa que me segurava forte - Calma, eu não vou te machucar. - disse aquela voz, que eu podia perceber que era de um homem. Legal, eu seria estuprada, por um desconhecido e ainda na minha tentativa de fuga. Ótimo. Ele me surpreendeu, me soltou.

- O que você está fazendo?! - perguntei revoltada.

- Fala baixo. Eu é que te pergunto, está querendo estragar tudo, é?

- Estragar tudo o que?

- Eu tenho que ir embora daqui e vejo uma maluca querendo ser pega pelos guardas, me diz, o que você queria, hein?

- Eu... - não podia dizer: " Você quer fugir? Legal, eu também, prazer princesa Pamela... " - É que... meu pai é um dos guardas eu ai falar com ele, por que você quer fugir?

- É que... hoje... eu marquei um encontro com uma garota e descobri que ela não era bem o que eu imaginava, por isso tenho que fugir.

- Humm... - que desculpa esfarrapada, mas não vou ficar conversando com ele, vai que ele é um psicopata? - Tchau... - eu disse voltando para a minha irmã.

- Onde vai? - ele me perguntou segurando meu braço.

- Vou falar com a minha irmã, a gente se vê. - ele sorriu, era um sorriso tão malicioso que eu estremeci.

- Você tem irmã?

- Sim, nós somos gêmeas. - ele sorriu novamente.

Aquilo estava me apavorando, eu estava encurralada em uma parede, no escuro, com aquele cara tarado sorrindo maliciosamente para mim e ainda tinha colocado a minha irmã no meio.

Me abaixei e passei por ele, assim que sai de perto dele corri até a Lu.

- Por que você demorou?

- Encontrei um cara estranho no meio do caminho.

- Você já se entendeu com ele?

- Não. Ele era super... tarado.

- Era seu tipo. - disse ela.

Será que ela não entendia o perigo que eu corri?

- Bom, esquece, depois discutimos isso, agora vamos embora.

Saímos de trás do muro, onde nos escondíamos e começamos à andar até a nossa liberdade.

- Aonde pensam que vão, mocinhas? - escutamos.


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Notas finais do capítulo

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