Tomei banho, enquanto ainda me lembrava da minha noite com o Tom. Sei que foi errado eu ter dormido com ele, mas foi tão bom. Depois de tudo que ele fez por mim, eu não consegui controlar nem a minha vontade, nem o amor que eu estava sentindo por ele. Vai parecer ironia, mas não posso perdê-lo. Ele é o melhor cara que eu já conheci. Meu Deus, como eu me apaixono fácil, só espero que dessa vez ele seja meu príncipe de verdade.

Tom...

Eu estava sentado no sofá, lembrando da minha primeira noite com a Pamela. – sorri – Ela era tão irresistível.

- Bom dia, Tommy! Tom?! Tooom?!

- O que foi, Bill?

- Você está bem?

- Estou ótimo. Por quê?

- É que eu estou te chamando já faz um tempo e você não responde... – eu olhava meu irmão falando, mas não ouvia sua voz, eu lembrava dos sussurros da Pamela no meu ouvido, dela dizendo meu nome... – Certo Tom?

- Claro. - Bill me olhou desconfiado.

- O que houve, Tom? Você está no mundo da lua hoje.

- Bill, como você descobre que está gostando de alguém?

- Bom, você pensa nessa pessoa 24 horas por dia, quer ficar perto dela o tempo todo, descobre que com apenas um sorriso, está pessoa, torna seu dia o melhor de todos... – Bill parou a frase – Mas por que quer saber isso?

- É que... – o encarei – Juro que se você rir, eu te arrebento!

- Calma. Pode confiar em mim, não vou rir. Prometo.

- Acho que eu estou gostando da Pamela. – Bill ficou me olhando, ele parecia esperar que eu continuasse – Ontem eu trouxe, ela aqui e a gente dormiu juntos e foi diferente das outras vezes que eu fiquei com uma garota. Não foi aquele prazer momentâneo, sabe? Foi mais que só sexo. – Bill sorriu ao ouvir minhas palavras.

- Eu sabia! – disse ele pulando do sofá e apontando pra mim. – Você sempre gostou dela Tom, desde a primeira vez que a viu. – ele me abraçou – Fico tão feliz por saber que você descobriu o amor, irmãozinho.

- Bill, tente se controlar! Por Deus. – eu disse o empurrando.

- Desculpe. É que eu estou realmente feliz! – disse ele batendo palmas. Meu irmão é um desgosto, pra classe dos homens. Sério. Ele parece um bambi, quando bate palmas. - Devíamos comemorar.

- Por quê?

- Porque você está amando. – disse ele como se isso fosse um milagre, ou coisa do tipo.

- Sabe, é uma boa idéia. Vamos comemorar. Eu chamo a Pam e você a Luciana, ok? – ele ficou me olhando e depois sorriu.

- Pam? – ele perguntou com um sorriso torto.

- Sim. – eu disse confuso.

- Que bonitinho! Já está até chamando ela de Pam. Daqui a pouco está falando amorzinho, benzinho, anjinho, raio de sol...

- Bill... – eu fiquei o encarando por alguns segundos, depois sorri - como você é gay.

- Não comesse Tom! – eu ri da raiva do meu irmão e peguei o telefone.

Pamela...

Sai do banho e quando fui entrar em meu closet, ouvi o telefone, fui até o mesmo e o atendi.

- Alô?

- Oi linda... tudo bem?

- Tudo bem e você? Como está? – perguntei sorrindo, ao perceber que eu estava sorrindo sem nenhum motivo aparente, voltei a ficar séria.

- Melhor agora.

- Que carinhoso. – ouvi sua risada baixa do outro lado do telefone e sorri também. Sai sorriso! Sai! – Quando eu te ver, vou te morder, seu safado!

- Nossa! Vai?

- Vou.

- Por quê?

- Por que você me deixou cheia de marcas. E eu vou ser obrigada a usar gola alta. Odeio gola alta!

- Desculpe. – ele riu.

- Tudo bem. Depois me vingo de você. Mas e então, o que foi?

- Queria saber se você quer vir aqui em casa.

- Já está com saudades? Mas acabei de sair daí.

- Sim, estou com saudades. E, sua tarada, não é pra isso. – sua voz ficou séria por alguns segundos, depois já pude perceber a malícia - Quer dizer, se você quiser, sabe que eu estou a sua disposição, né?

- É Tom, eu sei. – ele riu.

- Quer vir aqui, ou não?

- Quero. Mas o que vamos fazer?

- Nós vamos... – ele parou a frase – Não posso contar. Quando você chegar vai ficar sabendo.

- Misterioso... – eu disse desapontada - ok. Eu espero então.

- Daqui a pouco estou ai, ok?

- Não Tom! Ainda estou de toalha e vou demorar pra me arrumar.

- Já estou saindo. Quero te ver de toalha de novo.

- Prometo que você verá, mas espere mais um pouco, se não vai ficar me esperando.

- Ok. Daqui à uma hora estou ai, pode ser?

- Pode.

- Está bem, então. A gente se vê, linda.

- Com certeza. Beijo gato.

- Beijo.

Desliguei o telefone e fiquei sorrindo que nem uma tonta. Andei devagar até o closet. Linda. Ele disse linda! Ele quer me ver de toalha de novo.

- Pam?

- O que? – minha irmã tem cada hora pra aparecer. Logo agora, que eu ia começar a ter uma fantasia com o Tom, ela me chama.

- Vai sair?

- Vou. O Tom me ligou e me convidou pra ir a casa dele.

- Jura? O Bill também. – disse ela feliz.

- Não, o Bill não disse nada. – eu disse séria e procurando por aquela bendita blusa.

- Não Pamela! Eu disse que o Bill também me convidou pra ir a casa dele.

- Aaa... entendi errado.

- Não diga!

- Não comesse Lu...

- Ok.

- Sabe onde está aquela blusa preta com renda?

- Está na prateleira, que fica em cima, das blusas de lã. Achou?

- Achei! – queria contar pra minha irmã que eu estava mesmo afim do Tom, mas ela iria começar a falar que ela sempre soube que eu gostava dele, que nós fazemos um casal lindo e coisas do tipo, então resolvi deixar pra lá.

- Pam, você gosta do Tom? – ela é uma vampira? Lê pensamentos? Sai daqui, demônio!

- Que? – eu disse saindo do closet e encarando minha irmã. Vai que ela estivesse com fome e resolvesse me devorar ali. Credo.

- Gosta dele?

- Não... quer dizer... acho que sim... não sei. Por quê?

- Calma, não precisa gaguejar. Eu só acho que você e ele fazem um casal bem bonitinho. – eu não disse?

- Obrigada. Você e o Bill também ficam bem juntos.

- Mesmo? – ela me perguntou com os olhos brilhando. Entenderam agora, por que eu tinha medo de me apaixonar pelo Tom? Não queria ficar como ela, assim, tão alegre, só por ouvir o nome dele.

- Sim. – eu disse terminando de secar meu cabelo. Como eu comecei com o assunto:Bill, fui obrigada a ficar ouvindo minha irmã falar e repetir cada qualidade dele. Enquanto ela falava, eu me maquiava e lembrava do Tom. Continuando, ele beija meu pescoço, depois suas mãos descem pela minha cintura, ai ele sussurra: linda... – Pam? – Droga. Uma garota não pode mais sonhar?

- Oi? – eu disse me virando pra ela.

- Eles chegaram.

- Já?

- Sim. – minha irmã estava com um sorriso enorme. Eu ri do jeito dela e peguei a minha bolsa, nós duas fomos até a entrada do castelo.

- Oi. – eu disse o beijando e depois o abraçando. Era tão bom ficar perto dele.

- Oi. Tudo bem?

- Sim. E você?

- Bem. – disse ele beijando minha bochecha e depois minha boca. Eu sorri enquanto sentia seus beijos.