Surviving New Orleans escrita por LittleWolf


Capítulo 11
Adeus New Orleans


Notas iniciais do capítulo

;)



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Ariana levante-reconheci a voz de Joseph, eu estava sonhando-Vamos você tem que levantar.

Olhei a minha volta, estava no chão de uma floresta, estava escuro, mas a lua iluminava o céu. Senti meu corpo todo doer.

–Não quero levantar- falei, me aconchegando mais no monte de folhas, ao qual eu estava deitada.

–Você não pode ficar assim por muito tempo- ele falou se sentado do meu lado- a criança corre perigo.

–Criança?-falei fechando os olhos de novo, não estava raciocinando, só queria ficar quieta, no meu canto.

–A filha do hibrido, como você pode ter se esquecido?- ele perguntou irritado- trate de levantar esse traseiro dai, eu não vou falar de novo, agora.

Suspirei, e devagar me levantei, ele ficou na minha frente.

–Você é um chato- falei revirando os olhos.

–Ótimo, já é um começo- ele falou sarcástico, depois ficando sério- Marcel atacou o complexo. Francesca Guerreira é uma lobisomem, ela fez um acordo com as bruxas pelos anéis da lua, em troca, elas pegaram Hayley.

–Droga-falei me lembrando.

–A criança nasceu, as bruxas planejam mata-la no amanhecer.

–Ah meu Deus- falei me lembrando do ataque das bruxas, algumas lagrimas escorreram pelos meus olhos.

–Não chore minha querida- levei um susto ao ver vovó se aproximar, enxugando minhas lagrimas.

– Você está...?-perguntei olhando-a nos olhos.

–Sim querida- ela disse, sua voz era reconfortante, depois sorriu- não há o que fazer sobre isso, agora eu estou em paz.

–Kate?- perguntei com esperança.

–Ela não esta aqui. A garota morreu, mas acordará- Joseph respondeu- como uma vampira.

Eu nem tinha pensado nisso, mas de alguma forma agradeci aos vampiros, Kate ficaria bem.

–Você tem que ir- vovó disse- tem muito trabalho a ser feito.

–Foi o que eu disse á ela- Joseph disse, num tom irritante- mas ela não quer acordar.

–Adeus minha querida, cuide-se- vovó disse sorrindo- não demore, você não tem tempo a perder.

–Adeus vovó- falei sorrindo entre as lagrimas, e olhei para Joseph.

–O que eu devo fazer?

–Vá para o cemitério, a criança estará lá- sua voz estava séria- Lembre-se do seu poder, acredite nele e você conseguirá.

–Tudo bem- fechei os olhos e tentei acordar, nada aconteceu- ãn Joseph, uma ajudinha por favor?

–Com todo prazer- ele sorriu animado, e colocou dois dedos na minha testa.

–Ah não!- falei, e senti o choque no meu corpo.

Abri os olhos devagar, minha cabeça latejava. Olhei á minha volta, estava no quarto de hospedes, papai dormia numa poltrona perto de mim. Uma luz suave entrava pela janela, logo ia amanhecer.

Levantei com cuidado para não acordar meu pai. Meu corpo todo doía, minha roupa estava suja e tinha sangue seco. Fui até o banheiro, no final do corredor, e lavei meu rosto, que por sinal estava péssimo. O que eu não daria por um banho quente e uma troca de roupa limpa. Desci as escadas e vi minha mãe na cozinha, eu sei que não tinha tempo, mas tinha que dar pelo menos um abraço nela.

–Mãe?-Perguntei, seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar.

–Filha- ela me deu um abraço apertado, apesar de ter doido, eu abracei também.

–Sinto muito- falei olhando-a nos olhos- cuide de Kate pra mim, ela logo acordará como vampira. Tenho que ir agora, mas logo voltarei.

–Tudo bem- ela assentiu, e acariciou minha bochecha- tome cuidado.

Assenti e sai de casa, pelo menos agora o carro pega.

Cheguei ao cemitério, com certeza o bebê estava ali, de alguma forma eu sentia a presença dela.

Estava andando o mais rápido que os meus machucados me permitiam. Senti uma presença atrás de mim.

–Marcel- falei assustada, ele parecia mal, tinha uma mordida no pescoço.

–Olá Ariana, não se preocupe, eu quero o mesmo que você.

–Que seria?- perguntei desconfiada.

–A criança- ele falou, ficando claro que ele não estava bem, sua respiração estava pesada.

–Klaus te mordeu, não é?- falei me aproximando.

–Sim, eu preciso do sangue dele, e isso aqui me ajudará- ele ergueu uma estrela de ferro, senti uma energia negra vinda daquele objeto- ou pego a filha dele pra conseguir.

–Não deixarei que a machuque- falei ameaçando.

–Não machuco crianças- ele falou, pareceu honesto- só preciso do sangue do Klaus. Mas não consigo encontrar ele ou a criança, as bruxas colocaram um feitiço no cemitério.

–Com sua velocidade e o meu poder, nós os encontraremos, tudo bem?- falei propondo um acordo.

Ele assentiu, usei meu poder para guia-lo, e os encontramos.

Duas bruxas atacavam Klaus, Elijah e Hayley. Avistei Genevive, ela estava no centro do altar com a criança, ela estava com uma faca.

–Você ajuda eles e eu pego a Genevive-falei a Marcel, ele assentiu.

Marcel acertou uma das bruxas, soltando-os do ataque.

–Vocês não podem nos vencer- a bruxa morena disse- não é apenas a gente, somos todas nós.

Deixei que eles as atacassem, Genevive ergueu a faca, e nesse momento eu a joguei longe.

–Tá na hora de acertar as contas-Falei sorrindo pra ela.

Ela me atacava seguidamente, mas seu estava conseguindo me proteger, ataquei ela com toda a minha força, e ela ficou caída no chão.

Foi ai que eu percebi, a morena estava pegando a faca para matar a criança, enquanto a outra, com o poder de todos do cemitério, mantinha todos a distancia.

Quando a morena ergueu a faca, Marcel lançou a estrela nela, mas outra bruxa entrou na frente. Ela caiu no chão cheia de cortes.

–Não-Hayley gritou percebendo que iam matar sua filha.

Aproveitei do seu segundo de distração, e usando meu poder, quebrei sue pescoço.

Marcel aproveitou-se desse momento e na sua velocidade de vampiro, pegou a criança e se foi.

E assim, Klaus também desapareceu indo atrás de sua filha.

Genevive se levantou, e antes que ela pudesse atacar Hayley ou Elijah, eu a joguei contra a parede.

–Nem pense em fazer isso- falei sorrindo.

–Como você pode fazer isso?-Hayley disse brava.

–Não foi culpa minha- ela falou demonstrando medo- Ela nos mandou fazer isso.

Ela tentou se soltar, eu aumentei a força sobre ela.

–Lembre-se que movimentos bruscos me deixam nervosa- falei ameaçando- e assassina.

–Quem é ela?-Elijah perguntou sério.

–Me surpreende que você não saiba, afinal foi você que convenceu seus irmãos a consagra-la nas terras daqui.

Eu não entendi muita coisa do que ela disse, mas parece que Hayley sim.

–Esther- ela falou surpresa.

–Parece que mesmo depois da morte, minha mãe não desiste de atormentar seus filhos.

A mãe deles era uma bruxa poderosa, disso eu sabia, mas nunca imaginei que ela desejasse a morte da sua neta.

De repente os olhos e nariz de Genevive começam a sangrar, eu a soltei, e ela caiu no chão.

–Eu sinto muito- ela disse olhando para Hayley, e então morreu.

Ergui minha sobrancelhas, essas ancestrais com certeza são perigosas.

–Obrigada-Hayley disse a mim, não sei o porque, mas ela parecia diferente.

–De nada- falei sorrindo.

...

Me olhei no espelho, o vestido preto que eu vestia parecia destacar minha palidez. Estava me arrumando para o enterro da vovó. Apesar de saber que ela esta em paz, ainda dói saber que ela não esta mais aqui.

–Você esta pronta?- Kate disse entrando no quarto, seu vestido era parecido com o meu.

Sorri fraco pra ela, Diego e Josh, a ajudaram a se alimentar, e eu providenciei um anel, pra que ela pudesse andar na luz do dia. Quem diria, minha melhor amiga é uma vampira.

–Você esta bem?- perguntei analisando ela.

–Novinha em folha- ela sorriu pra mim.

–Ok, vamos.

O enterro foi algo doloroso, mas eu tinha contado pra minha mãe sobre a vovó, o que facilitou um pouco as coisas.

Estava em casa, recebendo os amigos e familiares, quando eu ouvi uma conversa estranha.

–É uma pena, era só um bebê- uma senhora dizia.

–É uma pena mesmo- a outra senhora dizia.

–Com licença- falei me aproximando- mas de que bebê vocês estão falando?

–Do bebê Mikaelson, o pobrezinho morreu horas depois de nascer.

Olhei surpresa pra elas, eu a salvei, tinha salvada a bebê, como ela podia ter morrido? Tinha alguma coisa errada.

Fui até Kate.

–Você pode cuidar das coisas aqui?- disse pegando meu casaco- eu tenho que sair, mas eu volto logo.

–Tudo bem- ela disse sorrindo- sem pressa.

Enquanto eu dirigia, pensei se seria possível. Depois do acontecido no cemitério eu tinha vindo pra casa, pra ficar com minha família e cuidar de Kate, não tinha visto mais o bebê, nem falado com Klaus.

Entrei no complexo e subi as escadas, Klaus estava na varanda da sala.

–O bebê esta...?- deixei a pergunta no ar.

–Ela esta bem- ele falou se aproximando de mim, sorri aliviada.

– Isso é mais um plano?-perguntei, olhando-o nos olhos- eu gostaria de ter ficado sabendo.

–Não queria incomodar você, em seu luto- ele parecia diferente- eu sinto muito por sua perda.

Assenti, agradecendo. Percebi sua expressão mudar.

– Minha filha ainda corre perigo- ele disse se afastando, virando de costas pra mim- e é mais seguro que todos pensem que ela esta morta, pelo menos até que eu mate todos que querem fazer mal á ela.

–Parece um plano inteligente- falei pensando comigo mesma.

–Sim, mas não agradável, minha filha terá que ir pra longe- ele falou, foi impressão minha ou tinha dor em sua voz?- e você terá que esquecer.

Então ele se virou pra mim, e na sua velocidade vampírica, ele ficou a centímetros de mim.

–O que?-disse sem entender.

–Eu entendi desde o começo. Eu sou um homem danificado por seus demônios, e esses demônios não estão quietos, eles querem me destruir, e destruir tudo que eu acho bonito- ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, e sua mão ficou ali- e você...é muito bonita.

–Klaus...- sussurrei.

–As bruxas estarão te vigiando, e para a segurança da minha filha, e a sua, você tem que esquecer que ela está viva.

–Klaus , não...-falei implorando.

–Você não conseguiu impedir a morte da criança- ele disse olhando nos meus olhos, ah meu Deus, ele estava me hipnotizando-foi trágico, mas não foi culpa sua. Você vai esquecer o que aconteceu no cemitério. Você vai seguir em frente e sair de New Orleans. Quando você sair daqui, esquecerá nossa conversa.

Ele enxugou uma lagrima que escorria pela minha bochecha, e me beijou. Um beijo suave, mas ainda assim selvagem, aquele era um beijo de adeus.

–Va embora- ele sussurrou, e como se minhas pernas tivessem vida própria, eu sai dali.

...

–Ela não faz ideia.

– Logo Dahlia virá, e enfim Ariana cumprirá sua missão-Joseph disse.

–Ela conseguirá?

–Sua neta é mais forte do que você pensa- ele disse sorrindo- e eu vou prepara-la, quando chegar o momento ela conseguirá.


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