Corações que Sangram escrita por MeilingBriefs


Capítulo 2
- Ato I


Notas iniciais do capítulo

Vocês comentaram e eu já estou aqui. Viu, não custou nada e eu voltei rapidinho. Estarei respondendo os comentários do capítulo passado ainda hoje *---*

Os capítulos da fanfic serão pequenos até pra facilitar na atualização.

Gostei bastante dos comentários, mas fiquei pensando: temos mais de 40 pessoas acompanhando e o número não bate com os comentários. Por que será? Gente, vamos comentar, não custa nada. Deixem, ao menos, "gostei".

Estou esperando comentários desse capítulo, se me surpreenderem eu volto essa semana mesmo!

LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Não importa o quão grande seja a dor, eu continuarei seguindo em frente.




Haviam se passado, aproximadamente, dois meses desde que Sasuke deixou a aldeia em sua missão.

Na noite do quarto dia da semana, toda a população de Konoha descansava pacificamente em suas casas. Algumas janelas abertas, outras fechadas, no entanto, a calmaria era notável em toda extensão do vilarejo.

O luar iluminava toda a aldeia, de modo que as sombras das casas estendiam-se, formando sombras simétricas no chão.

Sob o brilho da lua, um habitante desconhecido encontrava-se imóvel em cima das estatuetas dos rostos Hokages. Este trajava vestes negras, sobrepondo sua aura sombria.

O sujeito mirava todo o vilarejo. Seu rosto apático, seus cabelos esvoaçando conforme o vento, e sua mão esquerda segurando tarjas explosivas.

A imagem do homem imoto; com o sobretudo revoando, era nada mais que um belo painel e, ao ser pintado, representaria todo o ocultismo a olho nu.

Ali, há alguns metros de distância dos monumentos dos Hokages, localizava-se a casa de Uzumaki Naruto, que no momento estava no prédio principal exercendo suas funções.

O loiro costumava deixar os afazeres diurnos - atrapalhando-se e deixando a preguiça lhe consumir – e à noite, ficava após a hora efetuando suas atividades atardadas.

Sua mulher, Hyuuga Hinata, contudo, cantarolava uma cantiga para a filha mais nova do casal, Himawari, deitada ao lado da criança na cama de solteiro.

A pequena ouvia a canção perdendo-se em suas próprias fantasias internas. Seus olhos piscando freneticamente e sua boca abrindo constantemente num bocejo exausto.

A cada minuto, Hinata fitava a pequena, se certificando de que a filha ainda estava acordada, ou se perdera no mundo utópico.

Suas próprias vistas ardiam pela exaustão, fazendo-a bocejar tão quão a pequena.

À luz do quarto estava apagada, e os corpos sobre a cama eram iluminados pelo abajur sobre o criado-mudo. Do lado de fora da janela, à lua cheia transbordava seu clarão sob o céu de Konohagakure no Sato*.

Um estrondo deu-se origem. Toda a residência tremeu e logo as chamas alastravam-se pelos cômodos. No quarto da Himawari, a parede próxima à porta cedeu, sendo atirada a metros de distância junto aos objetos do quarto.

O impacto fora enorme, lançando Hinata para o canto esquerdo, fazendo-a bater com a cabeça no resquício de concreto que ainda se obtinha intacto.

A Hyuuga olhou ao redor, notando as chamas consumirem o espaço interior do cômodo ao mesmo tempo em que destroços desabavam do teto.

Desesperada, Hinata procurou com os olhos algum rastro de sua filha, sentindo um filete de sangue escorrer por sua testa até seus olhos, pingando escarlate no chão. Ela olhou para aquelas mínimas gotículas e crispou as mãos tentando se levantar. No entanto, a pancada na cabeça durante a queda fê-la sentir-se tonta.

Novamente, Hinata buscou levantar-se. Precisava salvar seus filhos. Precisava salvar-se e procurar o culpado por isso. Com grande esforço, reunindo toda a força que pôde, tentou-se levantar, falhando miseravelmente. Algo não estava certo. Sua cabeça girava mais que o normal. Um golpe desses não a faria sentir-se desta forma, a menos que...

Hinata lembrou-se do chá que tomara antes de subir para pôr os filhos na cama.

Alguém poderia tê-la envenenado com algum sonífero?

Ela havia tomado alguns goles do chá. Não suficientes para desacordá-la, mas o suficiente para deixá-la tonta.

— Himawari. — Sussurrou, sentindo todo o espaço a sua volta girar lentamente. Agarrou-se ao chão, usando o joelho esquerdo para sustentar seu peso até que conseguisse se levantar.

De pé, com a mão no pedaço de concreto vertical sustentando o próprio peso, Hinata ativou seu byakugan, sentindo a tontura lhe invadir.

— Himawari. — Chamou novamente, avistando sua pequena encolhida ao lado de escombros da cama. Por sorte a criança não havia se machucado.

Andando com grande esforço, sentindo a ardência em seus joelhos, Hinata se aproximou da filha.

— Tudo bem, meu amor, vamos sair daqui. — Garantiu instável, agarrando Himawari nos braços e olhando ao seu redor.

As chamas se alastravam, consumindo tudo a sua frente.

Agora, a missão da Hyuuga era procurar por seu filho.

Com Himawari no colo, andou - com grande dificuldade - até a porta, desviando do fogo e dos escombros que o fogo consumira.

— Boruto! — Gritou pelo filho mais velho, não obtendo respostas. — Boruto, saia da casa! — Abrir a boca fê-la ingerir fumaça, e Hinata tossiu com a inalação abrupta.

Olhou para a filha em seus braços e, com a mão direita, tapou o nariz da pequena, correndo no ritmo que pôde. Deixou a casa segundos depois, tossindo demasiadamente. Himawari, em seus braços, também tossia. Os olhos da pequena marejavam, e a face se contorcia numa careta.

— Cadê meu irmão? — Himawari perguntou afônica, assustada com a cena e preocupada com o irmão. A voz infantil embargada pelo choro.

— Himawari, fique aqui. Preciso entrar e procurar pelo Boruto. — Hinata disse firme, ignorando a pergunta anterior e deixando a filha no chão, intacta. Olhou na direção da casa que já tinha o fogo consumido por toda à parte.

Seu coração apertou, e seus olhos ressumaram com a possibilidade de perder o seu garoto.

Himawari permaneceu onde a mãe a deixara. Estava assustada.

Droga. —Hinata praguejou, apertando as mãos em punhos. Em sua garganta um grande nó se formara.

Decidida e desesperada, andou apressada até as chamas. Entretanto, fora impedida pelo som das vozes dos shinobis que se aproximavam.

— O que houve, Hinata-Sama? — Um deles perguntou. Suas vestes eram da ANBU.

Todavia, Hinata não conseguira proferir nada. Seus olhos procuravam por qualquer sinal, vulto, movimento de seu filho.

— Vamos, temos que apagar o fogo! — O shinobi gritou, tendo os outros concordando e seguindo-o.

Tudo se passara em câmera lenta aos olhos níveos e poderosos que no momento estavam aflitos. Queria correr na direção do fogo e procurar por seu filho, mas todo o seu corpo perdurou estático.

— Boruto... — Sussurrou para si própria. Algo em seu coração se estendia, de maneira que em sua cavidade torácica sentia-o palpitando mais forte e mais rápido.

Sua garganta se apertava e algo dentro de si quis gritar alto e forte. Contendo a ânsia dentro de si, Hinata apertou os olhos e encolheu os ombros.

— Hinata. — A voz do atual Hokage lhe chamou atenção. Ainda retraída, permaneceu olhando os shinobis que se juntaram usando uma barreira de Suiton: Mizurappa¹. — Hinata, o que houve? — Perguntou Naruto, parando um pouco atrás da mulher. Naruto havia sido informado por shinobis da vila sobre o acidente, enquanto estava na torre Hokage.

Seus olhos passaram, rapidamente, por Himawari, observando que nada acontecera à pequena.

Algo dentro de si se aplacou, no entanto, ao observar Hinata, seu coração novamente se aligeirou em seu peito.

Boruto.

— Hinata, onde está Boruto? — Perguntou, observando Hinata, que olhava para as chamas que consumiam toda a residência. — Hinata?

Reunindo toda força, - sentindo suas pernas falharem lastimavelmente – Hinata olhou para o marido. — Ele- Ele... — A mulher não conseguira terminar a frase. Seus olhos transbordavam em lágrimas.

Sua face tornou a mirar as chamas ao mesmo tempo em que suas mãos estavam anexas ao peito.

— Hinata...? — Naruto insistiu, sua voz caindo drasticamente.

— Naruto-Kun... — A morena andou até o marido, deixando o corpo ser amparado pelos braços do amado. — Ache o Boruto, por favor. Você precisa achá-lo e trazê-lo para mim. Por favor. — Proferiu em meio às lágrimas e soluços.

Sem pensar duas vezes, Naruto afastou o corpo de Hinata, que caiu de joelhos ao chão. O impacto fora forte, mas Hinata não se queixou. Não havia dor, somente o torpor melancólico.

O atual Hokage correu até a casa. Seus olhos buscando qualquer movimento distinto em meio às chamas.

— Continuem, eu vou entrar. — Ordenou que os shinobis continuassem com o trabalho de aplacar as chamas enquanto corria até os escombros do que um dia fora seu lar.

Ouviu alguns homens protestarem, pedindo-o para se afastar e esperar que o fogo cessasse. Entretanto, era o seu filho ali dentro. Seu primogênito.

Pensando com toda a proeza que Uzumaki Naruto pôde, apressadamente, o loiro usou a técnica do seu pai. Hiraishin no jutsu².

Boruto possuía a marcação, o que fez Naruto ser transportado imediatamente - após usar a técnica - para o local em que o menino estava.

A mata densa fê-lo cerrar os olhos para analisar o local. Todo o redor cercado pela floresta ofuscava a luz do luar. Naruto buscou pelo filho, encontrando-o ao chão - ao que pareceu - desmaiado.

Correu até o menino; agachando-se, levando dois dedos na direção do pescoço até a artéria carótida, soltando um longo suspiro ao constatar os sinais vitais do filho.

Assim que todo seu corpo relaxou, porém, seus olhos prenderam-se a cena diante de si.

Uchiha Sarada, também estava no local.


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Notas finais do capítulo

* = Vila oculta da folha.
¹ = Liberação de Água: Onda de Água Selvagem.
² = Técnica do Deus Voador do Trovão.

Sobre o capítulo: Esse conta o ataque na casa dos Uzumakis. O próximo contará o ataque na casa dos Uchihas. Sasuke-Kun está voltando... *ooo*

Não demorei nadinha, e não demorarei se comentarem no mesmo ritmo que o prólogo!
Tô esperando por vocês, preciso saber o que acharam e só vou poder saber se comentarem.

Comeeeeeentem e nos veremos rapidinho!