Naruto: O Enigma do Vento escrita por Kendai Rendan, Amaterasu Mordekaiser


Capítulo 3
A ascendência do esquecido


Notas iniciais do capítulo

Ora bem, onde devo começar. Ah! Sim, não culpem a minha Beta. Sendo sincero ela revisou esta história à dois meses. Então o único culpado aqui sou eu. No entanto, depois do último comentário, finalmente decidi dar as caras outra vez, e acredito eu que esteja fugindo das minhas responsabilidades.

Qual é o problema!
Sou um estudante, simples.

Então espero que aproveitem e agradeçam a Deus por não inserir esta história em Hiatus.
E ah! O corrompido (ISSO MESMO O ORIGINAL), está voltando. O Amaterasu decidiu voltá-lo no ar e estarei ajundando-o na mesma.
Então agradeçam o Pertel***** pelas notíciais. Até.... I don't know when!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/607560/chapter/3

Passaram-se dois dias desde o ataque. Estava caminhando pela vila, vendo como os construtores reparavam as casas destruídas durante o ataque. Falando acerca do ataque, até o preciso momento era um completo mistério, ninguém sabia quem era ele ou de onde ele surgiu, isto é, assim como dizem as informações.

Continuei andando e avistei Sakura e uma garota estranha que eu nunca tinha visto antes; bem, já havia visto ela, muito embora nunca trocamos um oi ou algo do gênero. Ela tinha logos cabelos ruivos, olhos verdes e vestia uma roupa que não ia de acordo com o vestuário ninja padrão da vila da folha. Uma Uzumaki... Estava tão absorto pensando sobre isso que não reparei que já estava à frente delas, e que Sakura já chamava pelo meu nome.

— SASUKE! — ela gritou; berrou, dizendo melhor, tirando-me dos meus pensamentos.

— Hã? Desculpe! — disse meio atordoado, e indago-me por que venho me sentindo deste jeito recentemente. Talvez seja apenas cansaço ou fadiga, já que usei Tsuki no Me dois dias atrás.

— Onde estava com a cabeça? — perguntou ela com um olhar que dizia ‘deixe eu adivinhar’.

— Desculpe, venho passando mal desde a invasão da vila. — respondi com um sorriso, tentando acalmá-la. Realmente não sei se deveria chamá–la de invasão, era mais para ser um ataque, uma vez que apenas uma pessoa aniquilou a vila.

— Entendo. — disse ela, olhando para o céu logo em seguida. — Quem atacou, no final de contas? — perguntou-se ela, como se as suas memórias fossem distantes ou extintas.

Agora lembrei-me de algo.

— Sakura, onde você esteve durante o ataque? — perguntei sério, olhando intensamente nos seus olhos.

— Be-bem, também não me lembro, apenas sei que estava correndo para o prédio Hokage, tal como você pediu. E depois senti-me atordoada, como se o meu chakra estivesse sendo sugado, e daí apaguei. — respondeu ela com a mão no queixo, tentando lembrar-se.

— Entendo. — disse. — Então ela não chegou ao prédio Hokage tal como eu pedi, concluí em pensamentos. — Quem é ela? — perguntei. Para dizer a verdade era para ser um pensamento, mas visivelmente pensei alto demais.

— Ah! Essa é a Misashi Uzumaki. — ela respondeu sorridente.

— Prazer em conhecê-la, eu sou... — Queria falar o meu nome, mas fui interrompido antes mesmo de terminar.

— Uchiha Sasuke, o atual prodígio e herdeiro do clã Uchiha. — disse ela com um pequeno sorriso, estendendo a sua mão. — Prazer em conhecê-lo.

— O prazer é meu. — respondi ainda abismado, mas já nem tanto. — Nunca imaginei que era tão popular! — disse sarcasticamente.

— Nem por isso. — ela respondeu, com um olhar frio.

Ela é estranha, pensei. Mas isto não vem ao caso. Passamos a caminhar juntos – quer dizer, elas seguiam-me, sendo que eu nem sabia aonde estava indo, apenas deixava as minhas pernas dirigirem-me. A vila em si foi o que sofreu mais destruição, o número de feridos não foi tanto tal como o esperado. O silêncio que vazava no ar era pesado, quebrado apenas pelo barulho dos trabalhadores e habitantes da vila.

— Ei, Masashi, onde você estava durante o ataque? — Perguntou Sakura, quebrando o silêncio.

— Hã! Estava em uma missão! — Ela disse olhando para o outro lado, e estreitei os meus olhos diante sua reação.

Um dos maiores segredos da vila sempre foi o clã Uzumaki – diferente de muitos clãs, senão dizer de todos, incluindo os menores. O clã Uzumaki não participava em reuniões do conselho, mesmo se o Hokage estivesse presente na mesma. Não era apenas isso. Os seus membros não faziam missões para a vila, eles eram completamente independentes, sendo que de acordo com os boatos, eles apenas faziam missões de classe S ou superior, que iam desde assassinatos até trabalhos que destruiriam o mundo caso falhassem.

A localização do clã era desconhecida para muitas pessoas da vila, apenas os Ambus e ninjas com muita influência tinham conhecimento; no entanto, ninguém fora do clã, incluído os próprios Ambus, conseguiam passar pela barreira em torno do distrito sem o acompanhamento de um membro. E este é apenas um dos mistérios do clã Uzumaki. Há boatos de que eles são extremamente poderosos, dizem que garotos de doze anos poderiam estar em um nível kage. Eles dominavam o elemento trovão, o que os tornava ainda mais perigosos.

— Sério? E quando você voltou? — Perguntei estreitando os olhos na direção dela.

— Dois dias atrás, em torno do meio dia, creio eu… Já não me lembro. — Respondeu ela calmamente.

— Entendo. — Respondi. Isso foi depois do ataque, completei em pensamento.

— Quando voltei, a vila já havia sido atacada. — Ela respondeu desviando os seus olhos.

— Hm. — Murmurei.

— Ei, o que vocês estão sussurrando? — Perguntou Sakura ficando na nossa frente, erguendo as mãos.

— Nada. —Respondi secamente, mudando de assunto. — Vão em frente, tenho coisas a fazer. — Falei parando de caminhar, virando-me para olhar atrás.

— Onde vai, Sasuke? — Perguntou Sakura.

— Quebrar a barreira do diabo. — Respondi, ativando o Sharingan instintivamente.

— Você disse quebrar barreira? — Uma nova voz fez-se presente no recinto. Olhei para trás e vi que era o Kiba.

— O que isso quer dizer? — Perguntou ele, com um olhar curioso; provavelmente não havia ouvido a palavra diabo.

— Isso mesmo que você ouviu. — Respondi, desaparecendo logo em seguida, passando a pular nos telhados, com o Sharingan ativado. Terei problemas, mas acho que já está mais que na hora de descobrir mais sobre esse clã. Concluí em pensamentos, acelerando os meus passos.

[...]

Sasuke pulava de árvore em árvore à procura de seu alvo. Sendo sincero, mal sabia para onde ia, apenas seguia uma trilha de energia estranha, que não era igual à do garoto que atacara a vila, mas com certeza não era chakra. Enquanto corria, pensava acerca da garota Uzumaki que estava com a Sakura. Não sentia nada nela superficialmente, mas, se ele se concentrasse, podia sentir uma estranha energia circulando por ela. Uma energia similar, que fazia qualquer um crer que é chakra.

Mas Sasuke não era esse qualquer um: tinha intuição a energia poderosa, tanto que conseguia sentir se alguém estivesse mentido ou não. Mas ele preferia usar isso em inimigos no interrogatório, ou em situações de vida ou morte.

Logo começou a chover, mas isso não impediu que ele parasse. Não sabia se continuava na vila da folha ou não, mas tinha a certeza de que estava dentro do país do Fogo e na trilha certa.

A chuva tornou-se mais intensa e trovoadas passaram a rugir no céu. Um mau presságio instalou-se no ar, e Sasuke teve um calafrio na espinha. Sentia que algo muito ruim estava para acontecer, e que aquilo não acabaria nada bem... Acelerou os passos nas árvores, mesmo com a chuva; a estranha energia ainda continuava no ar, o que o levou a concluir que não era de uma pessoa, mas sim de um local.

Um local oculto.

[...]

Em um local não tão distante dali, havia uma grande mansão – era gigante, que daria inveja aos senhores feudais das nações elementares, e completamente pintada de branco bebe. As paredes brilhavam ofuscantes graças à chuva e, sempre que uma trovoada rugia no céu, ganhavam uma tonalidade fantasmagórica. Parecia com uma mansão qualquer de um nobre extremamente rico, mas uma coisa era certa: o ar transmitia um presságio ruim. Haviam árvores ao seu redor, dando a sensação de que o casarão estava dentro da floresta, Havia um passeio em frente à mansão e uma trilha de quatro metros à porta principal, que tinha cinco metros de altura e sete de comprimento completamente de prata. Fazendo com que reflexos duvidosos surgissem em meio ao passeio de prata que guiava os visitantes à porta.

É, o dono daquela mansão de fato bajulava o dinheiro... Mas, por trás da mansão, as coisas não eram assim tão boas. A mansão secundária, com a metade do tamanho da principal e completamente pintada de cinza, estava em silêncio. Em seu interior, havia vários corredores, com chão de mármore e paredes azuis.

No entanto, em um dos corredores, as paredes haviam deixado de ser azuis… Haviam manchas. Manchas vermelhas. Sangue. E não estavam estavam manchadas apenas nas paredes e sim em todo o corredor, com todas as portas abertas e pessoas no chão, como macabras decorações. Mulheres, homens e crianças. Mortas.

E, em uma porta ao final do corredor havia ruído – sons de choro, gritos de terror e a voz de alguém que tentava, pela última vez, implorar a piedade de seu inimigo.

— Por favor, me poupe. Eu tenho uma família. — Um homem suplicava, enquanto abraçava uma mulher e um garoto de cinco anos, que praticamente berrava.

À frente daquela família, uma pessoa estava em pé. Parecia jovem, embora fosse difícil definir devido a escuridão no recinto, e sua aura era arrepiante, como um ser que havia morrido e regressado dos mortos. Seus olhos brilhavam na escuridão, o tornando ainda mais sinistro. Ele ignorou completamente o que o homem disse, dando um passo à frente e deixando que a eletricidade fosse liberada em seu corpo – mas não era branca, era negra, mais escura que a própria noite. Levantou a sua mão esquerda, concentrando raios nela, e aproximou-se dos três.

O som da corrente elétrica provocava calafrios em qualquer um que o ouvisse, e a mulher liberou um grito de terror ao perceber que o garoto chegava mais perto. Já o homem ficou congelado, apenas esperando pela morte. Era impossível lutar com ele, todas as técnicas que usava eram simplesmente anuladas, sem surtir nenhum efeito, nem sequer um arranhão. E, mesmo que houvesse algum arranhão, ele morreria sem saber.

Uma trovoada rugiu no lado exterior do quarto, e com ela, houve um relâmpago que iluminou o recinto, dando uma visão breve do rosto do jovem, que não aparentava ter mais que 15 anos. Assim que o homem viu o seu rosto, ficou pálido que nem um fantasma.

— Você...

Outro trovão e o sangue tingiu as paredes do quarto.

[...]

Sasuke continuava correndo. A chuva havia aumentado, assim como as trovoadas. De acordo com os seus cálculos, provavelmente corria há mais de três horas, e a trilha sempre continuava. Por um momento, cogitou que fosse uma armadilha, e que ele apenas estivesse dando voltas há horas. Tentou subir no topo das árvores e olhar ao redor e, mesmo com o Mangekyo Sharingan ativado apenas via uma paisagem verde infinita ao seu redor. Desceu para um tronco de árvores, e sentou-se, apoiando as suas costas ali. E pensar que eu acreditei que este rastro me levaria até o clã Uzumaki. Pensou, muito mal-humorado.

Bem, provavelmente você deve questionar-se por que raios Sasuke seguiu um rastro que supostamente o levaria para o clã Uzumaki, apesar deste se situar no interior da vila. Simples. Ele apenas cogitou que as instalações do clã fossem uma farsa – a real base ficaria longe dos olhos dos outros clãs e do Hokage, impedindo que qualquer desconhecido interferisse nas decisões e nos negócios dos Uzumaki.

Levantou-se, decidindo que seria melhor voltar para a vila. O frio nas roupas encharcadas começava a surtir efeito, e ele sentia aos poucos a temperatura do seu corpo alterar-se... Mas algo naquela chuva não era normal, disso Sasuke tinha certeza. Não era somente o mau presságio que ela transmitia....

Quando estava pronto a pular, sentiu uma presença em suas costas – ainda estava distante, mas observava sua retaguarda, vigiando-o. A presença era semelhante ao rastro que ele seguiu, então, por um momento, decidiu simplesmente ignorá-la e continuar o seu caminho. Mas a presença, que deveria enfraquecer enquanto se afastava, permanecia com a mesma intensidade, como se o seguisse.

Uma trovoada voltou a rugir no ar, e a chuva passou a diminuir.

Sasuke fechou os olhos, concentrando-se na presença, tentando sentir sua energia. É ele, concluiu em pensamentos. Se o seguisse, tinha a sensação de que as chances de voltar vivo eram poucas. Por um segundo, a presença lembrou-o do garoto que atacara a vila – eram semelhantes, embora a do garoto parecesse superior – e Sasuke perguntou se existiam mais pessoas como ele no mundo. Se sim, então a civilização humana precisava de uma manutenção. Decidiu partir de volta à vila, mas tinha a sensação que não demoraria até encarar o dono daquela presença.

[...]

Em um local não tão distante da nação do fogo, havia uma pequena vila comum, onde não havia ninjas. Já estava escurecendo; comerciantes e vendedores fechavam as suas mercadorias, pessoas felizes voltavam do trabalho para casa. A vila possuía construções de baixo calibre, exceto hotéis, que chamavam a atenção de todos com suas grandiosas construções.

Havia um hotel em frente a uma fonte termal, que parecia estar lotada, já que a senhora na recepção praticamente já soltava as veias na sua cabeça. Um monte de reclamações e atendimentos a se fazer não era algo fácil. E como se isso não fosse o bastante, ela ainda tinha que atender à chamadas telefônicas e suportar um monte de clientes extremamente irritados.

Em um quarto no oitavo andar daquele hotel, um jovem homem descansava em cima de uma cama. O quarto era grande demais para uma pessoa, parecia mais com um quarto para famílias em férias... E não era qualquer tipo de família que conseguiria alugar aquele quarto. Dava para perceber que custava uma pequena fortuna passar uma noite ali.

O garoto, espalhado na cama, não parecia se importar em cobrir-se com o cobertor e, por trás dos cabelos louros, possuía um rosto sem expressão. Ele dormia, mas seu peito não fazia nenhum movimento – parecia estar morto, pois o seu corpo parecia imóvel demais.

No entanto, de repente abriu seus olhos. Eram verdes – descomunalmente verdes para para olhos de um ser humano. Ele levantou-se, caminhando em direção à janela e abrindo-a; a brisa fresca tocou o seu rosto, fazendo-o fechar os olhos e levantando o seu cabelo no processo. Mas a brisa sumiu tão rápido quanto apareceu e, assim que o garoto abriu os olhos, estes haviam mudado para um azul brilhante em poder. Havia uma fenda escura em suas pupilas, o que não melhorava sua aparência.

Levantou o rosto e encarou o céu estrelado; a lua, brilhante, pareceu escurecer com seu olhar. Sob a luz das estrelas, o seu rosto parecia um alabastro como o de um fantasma velho. Os ventos não parecem felizes, pensou, sem expressão. Pergunto-me quem vem mexendo com ele. Logo deu meia volta para o quarto, e a janela fechou-se por si às suas costas.

[...]

― Foi isso que nós encontramos, meu senhor. ― Dizia um homem de cabelos grisalhos meio idoso, ajoelhado, com uma mão no chão e de cabeça baixa. Tinha, na mão livre, um pergaminho vermelho de tamanho médio.

À sua frente, um homem, que aparentava ser ainda mais idoso que, estava em pé, com um olhar vazio, mas a sua aura era mais fria que o próprio Alasca, tanto que criou uma área gravitacional somente para ele em um raio de dois metros. Mas ele não era o único aí, haviam mais pessoas com expressões sombrias esculpidas no rosto.

O homem, em reverência, levantou o pergaminho e entregou-o ao velho senhor. Assim que o velho homem abriu o pergaminho e o leu, liberou raios dourados. A sua área gravitacional aumentou e o pergaminho foi dizimado à nada. Houve um terrível momento de silêncio, e nenhum ser vivente atrevia-se a fazer algo movimento. O vento havia parado de circular, o que não ajudou a amenizar a pressão. A fúria do líder fora despertada.

― Minato. ― Falou ele, depois de alguns segundos infernais, que mais pareceram horas. ― Quero você amanhã no meu escritório. ― Olhou profundamente nos olhos azuis do homem loiro, com a expressão de quem dizia 'devia ter adivinhado’.

― Sim, Jiin-sama. ― Respondeu Minato, com uma expressão vazia, apenas entendida pelo velho, concordando. Era realmente esquisito como os dois conseguiam entender-se apenas olhando um ao outro.

― E, quantos aos presentes aqui, não quero que essa informação vaze desta propriedade. ― Falou Jiin, dirigindo um olhar frio para todos ali. ― Quero uma equipe especializada em interrogatórios e inteligência. ― Cinco pessoas deram um passo em frente, prontificando-se. ― Apaguem a memória dos sobreviventes, implantem memórias falsas. Façam com que esqueçam das pessoas que morreram, como se nunca houvessem existido... Todos os membros do ramo secundário, crianças, homens, adultos…

Um silêncio congelante voltou a instalar-se no ar. Ninguém demostrava, mas todos observavam, incrédulos, a vontade insana do líder em fazer com que o acontecimento sumisse das mentes de todos.

― Sim. Jiin-sama. ― Respondeu a equipe em uníssono, sumindo em seguida.

― E quantos aos presentes, tal como eu disse, não quero ninguém vazando estes acontecimentos, nem mesmo aos membros do clã que estão ausentes agora. Quem quer que seja que fizer isto, será considerado traidor, e punido com a morte. ― Finalizou Jiin friamente.

Houve um barulho, como se alguém tivesse socado a parede.

― Você quer que engulamos isto e permaneçamos calados? ― Indagou um homem. Ele tinha a mão direita dentro de uma parede, que havia quebrado com a força do golpe.

― Alguma sugestão melhor, Kein? ― perguntou Jiin, olhando o homem ruivo de olhos cinzentos.

― Quem foram mortos são nossos irmãos! ― Retrucou Kein, tremendo e liberando faíscas ao redor do corpo. O líder não disse nada, apenas permaneceu calado, olhando para ele. ― Quem mexeu com o clã Uzumaki, independente de quem seja, tem de pagar, deve pagar. ― ele sussurrava, olhando para o chão com sorriso e olhos doentes. Era um membro do ramo principal, no entanto, seu irmão, sua única família, era do clã secundário, e estava morto. Todo o ramo secundário fora massacrado.

― Creio que não tenha sugestões melhores, Kein. ― Disse, finalmente, o líder. Ainda com o rosto sem expressão. ― Muito bem. Todos estão dispensados.

Assim que disse isto, todos sumiram em um flash branco ofuscante, e Jiin ficou sozinho em pé, restando apenas um único homem, ainda de joelhos. E, depois de alguns segundos, o rosto do líder do clã finalmente murchou; parecia ter envelhecido dez anos, com rugas grossas e pele fraca.

― Sei que é difícil para você, Mui. ― Disse o velho encarando o céu cinzento, sem obter nenhum tipo de reação do outro. ― Mas tempos difíceis se aproximam. Se ele fez isto por vingança, então o clã Uzumaki corre o risco de extinção. ― finalizou, suspirando e saindo na direção oposta à de Mui.

Assim que os seus passos sumiram, o homem em joelhos olhou para trás e seus olhos brilharam em puro ódio. Olhos antes negros, brilharam em vermelho vivo. Sim, o vosso fim está próximo, pensou Mui, com um sorriso sinistro, e logo sumiu em um turbilhão de chamas.

Assim que o homem sumiu, Masashi saiu dentro de uma parede, como se fosse parte de seu corpo, ostentando uma expressão séria. Olhou para baixo, mais precisamente onde o homem havia sumido em um turbilhão de chamas, e voltou a sumir em um flash branco.

[...]

― EU EXIJO UMA EXPLICAÇÃO, HOKAGE. ― Gritou um homem em pé, socando a mesa à sua frente e bagunçando o monte de papeis que estavam para ser assinadas pelo Hokage.

Encarava, com os olhos vermelhos de fúria, o velho à sua frente. O Hokage, mesmo com o homem furioso à sua frente, continuou fumando calmamente o charuto que tinha nas mãos e expulsando a fumaça pelo nariz e pela boca. Não parecia abalar-se, muito pelo contrário; Hiruzen estava calmo como alguém que havia recebido passaporte para uma vida jovial e imortal.

O Sarutobi dirigiu um olhar calmo e sábio ao homem, sem o velho nem estava incomodado pelo fato de que ele entrou no seu escritório sem bater a porta, sendo que ele estava em uma discussão importante com um velho amigo. Dentro da sala, mais um homem fazia-se presente; era velho, mas não tão velho quanto o Hokage, e tinha bandagens cobrindo o seu braço esquerdo e um dos olhos, deixando apenas um olho visível.

― Sabe, vou esquecer o fato de que você praticamente invadiu a sala do líder da vila e estragou meus documentos... ― Disse o Hokage, embora estivesse agradecido por ele ter destruído a papelada, pois isto adiava o seu trabalho. Era uma pena que não o cancelasse, mas ao menos aquilo lhe daria um tempo de descanso. Mas isto não vinha ao caso.

― Sem contar que isto pode ser considerado um crime de classe A… Você interrompeu uma reunião de suma importância de um Hokage. ― Comentou o velho falcão, Danzo.

― Cale a sua boca, velho maldito. ― Rugiu o homem, mal olhando na direção do Danzo, que prontamente ofendeu-se com isso.

― Ora, seu... ― Danzo tentou argumentar, mas foi interrompido pelo Hokage antes que começasse uma lição de disciplina.

― Calma, Danzo, tudo bem. ― Disse o velho Sarutobi, voltando a expulsar fumaça pela boca. ― Até porque não é qualquer dia que temos a honra de ter um membro do clã Uzumaki nesta sala.

― Clã Uzumaki? O clã amaldiçoado? ― Perguntou o velho falcão, com desprezo apalpável na voz.

― Como ousas... ― Se o homem já estava nervoso, agora não havia palavras para descrever o seu temperamento. Ele soltava faíscas de eletricidade ao redor do seu corpo e temperatura do recinto estava descendo.

― No entanto, isto não muda o fato de que você deve respeitar seus superiores, afinal, o seu clã vive nas propriedades desta vila, e eu ainda mando nesta porra. ― Finalizou o Hokage, adquirindo um olhar sério.

Hiruzen fez o possível para que sua voz soasse poderosa e autoritária, pois, tinha que admitir, a presença de um Uzumaki era de um ser totalmente além da sua natureza, por um momento você até pode cogitar que está na presença de um Deus. A aura que os membros exalavam ― e todos eles, sem exceção ― era arrepiante. O velho Hokage já presenciou e sentiu vários tipo de poderes e auras, mas nada foi igual aos do Uzumakis.

E talvez você questione-se: Ok. Se eles são assim tão repugnantes porquê habitam na vila da folha.

Bem, isto é uma longa história que poderia ocupar até quatorze capítulos para ser recitada.

Mas isto não vem ao caso agora.

Voltando a cena atual, o silêncio que reinava na sala era meio aborrecedor. O Hokage apenas continuava olhando o homem esperando ele acalmar a sua fúria e dizer a razão da sua presença aí.

Hiruzen conhecia-o. O Uzumaki era um membro do segundo ramo; tinha os típicos cabelos vermelhos, estranhos olhos cinzentos como um céu tempestuoso, e vestia um quimono também cinzento. O homem finalmente suspirou, fechando os olhos por um segundo. O Hokage conseguia ver a sua tensão e... vergonha, humilhação? Talvez fosse apenas a imaginação do Hokage.

― Por favor siga em frente, Kein. ― Disse o Hokage tentando diminuir a tensão do homem.

Kein abriu os olhos, aflito. O que ele estava fazendo não só era traição para com o seu clã, como também feria o seu orgulho, mas contou tudo ao Hokage, exceto sobre a aparição da mulher desconhecida e o plano de perseguição a Naruto. Assim que se calou, um maldito silêncio reinou no recinto. O rosto do Danzo parecia mais enrugado que o normal, enquanto o Hokage mantinha uma expressão neutra, como esperado de um líder.

― Então, você cogitou que eu mandei os ANBUs para atacarem o seu clã? ― Perguntou o Hokage com uma voz neutra.

ANBUs matarem um Uzumaki? Mais que ideia mais louca é essa, pensou Kein. Mas na verdade, ele havia ficado tão transtornado que chegou a cogitar esta ideia. Mas é impossível, um simples ANBU não conseguiria lutar mais de dois minutos com um Uzumaki. Eles eram fortes, poderosos. Eles eram invencíveis.

Invencíveis. Esta palavra poderia ser usada um dia atrás, mas não agora, uma vez que descobriu-se que existiam pessoas tão ou mais poderosas que eles… Que poderiam lutar de igual para igual com um Uzumaki e matá-los. Kein tremeu com o último pensamento, pois sempre pensou que apenas os deuses podiam desafiá-los...

Não havia possibilidade de outro ser vivo na terra fazer isso… E, por esta certeza, a descoberta de quem fizera isto foi tão surpreendente. Era quem todos menos esperavam.

Uzumaki Naruto.

Kein fechou a sua mão quando pensou neste nome, tão forte que acabou ferindo a pele. Lembrou-se da conversa que teve no dia anterior com seus companheiros, assim que Jiin os dispensou, mas permaneceu em silêncio. Iriam matá-lo, com certeza.

― Entendo. ― disse o Hokage. ― Está dispensado.

― Sim, Hokage-Sama. ― disse Sui, sumindo logo em seguida.

Assim que ficaram apenas os dois na sala, Danzo perguntou.

― O que fará, Hokage? ― perguntou o velho falcão, caminhando até à frente da mesa do Hokage.

Hiruzen suspirou. O que ele faria? Não tinha ideia. A vila havia sido atacado dois dias atrás, por um misterioso homem, que de acordo com Sasuke, aparentava ter 15 ou 16 anos de idade. Se ele fizer parte de uma organização, pensou o Hokage, tendo um garoto daquele idade com este tamanho poder, não quero imaginar o tamanho do poder do líder… Ele levantou-se e olhou para os rostos no monte Hokage. Tempos difíceis aproximam-se, Shodai-sama e Nidaime-Sama...

O pôr-do-sol que antes costumava ser lindo, hoje não parecia tão belo aos seus olhos.

― Terei uma reunião com o Jiin-san. ― falou finalmente o Hokage, respondendo a questão do Danzo.

― Mas como? Ele mal aparece nas reuniões do conselho. Como vai convocá-lo? ― perguntava Danzo duvidoso.

― Não se preocupe, Danzo, eu tenho os meus próprios modos. ― disse o Hokage e, sentindo que Danzo iria reclamar, antecipou-se ― Modos para velhos.

Ele virou-se sorrindo.

― Tudo bem, Hiruzen.

[...]

Quatro pessoas conversavam em uma voz baixa debaixo de uma árvore. A expressão no rosto deles era desagradável, dando a entender que não estavam nada felizes.

― Maldição! ― Disse um dos homens socando a árvore; era realmente alto, tinha cabelos vermelhos e olhos escuros. Seu rosto era enrugado, como de alguém que ingeriu algo e não fez digestão.

― Acalme-se, Sui. Socar a árvore não vai nos levar a lugar nenhum. ― Disse outro homem, mais baixo e mais jovem que o primeiro. Tinha longos cabelos vermelhos, que iam até o meio das costas, olhos azuis e aparência calma.

― Como você quer que eu me acalme, quando o nosso inimigo está aí à solta, Kira? Jiin nem fez nada para com isso. ― retrucou Sui.

― Sim, ele fez. Ele mandou uma equipe de inteligência para apagar a memória de quase todo mundo. ― Disse um homem, de cabelos vermelhos e olhos escuros. O seu rosto não tinha sobrancelhas; se feiura realmente existisse, este homem seria a prova dela.

― Mas todos nós sabemos quem fez isto, por que não ir atrás dele? ― Perguntou a última pessoa no grupo.

― E desobedecer as ordens do Jiin-sama? Obrigado, não quero conhecer o meu cardápio tão cedo, Rein! ― Respondeu Kira, e todos ficaram em silêncio. Nenhum deles ali gostava do líder do clã e o acontecimento recente apenas aumentou o nível de desgosto.

― Tive uma ideia. ― Disse Sui, e todos os encararam com um olhar de expectativa, deixando-o constrangido.

― Diz logo, cara. ― Falou Kira.

― Ok. ― Falou Sui tomando coragem. ― E que tal se nós sairmos do atrás dele do nosso jeito?, se nós derrotarmos ele, poderemos convencer o clã de que estávamos apenas fazendo o certo ao desobedecer as regras... E, quem sabe, talvez diminuir a influência do Jiin sobre o clã. ― Finalizou Sui.

― Hm. Uma rebelião... Ideia perigosa, mas pode funcionar. ― Respondeu Rein.

― Com um por cento de chances, completando. ― Falou Sora.

― Por que você tem que ser sempre tão otimista, Sora. ― retrucou Sui com uma voz irritada.

― Apenas estou sendo realista, exprimindo os fatos. ― respondeu Sora bufando. ― Além disso, se foi mesmo ele quem massacrou o clã, então temo em dizer que apenas nós quatros não seríamos pareôs contra ele. ― finalizou Sora com um olhar calmo.

― Odeio admitir isto com todas as minhas forças, mas acho que Sora tem razão. E o maior problema, se tentarmos uma rebelião, é o Minato. ― dizia Sui. ― Praticamente todos sabem que, quando o Jiin renunciar o poder, será ele quem vai assumir. E aquele cara é forte pra infernos, apenas ficar na presença dele me dá calafrios. ― Finalizou Sui com um olhar sério.

Todos ficaram em silêncio, pensando sobre aquilo. Era uma tarefa difícil e extremamente ariscada; eles colocavam não só as suas posições em jogo, como também as próprias vidas. Pois, se foi mesmo ele quem matou mais de quarenta membros sozinho, então apenas quatro não seria suficiente para matá-lo.

― E pensar que aquele piralho se tornaria tão perigoso... ― falava Kira.

― Quem é ele, no fim das contas? Vocês parecem conhecê-los... ― perguntou Rein.

― Você não o conhece, hã?... é verdade. Naquela época você era apenas um membro do segundo ramo... Acredito que vocês não tinham conhecimento sobre ele porque seria uma vergonha para o ramo principal se soubessem que havia um fracassado no ramo principal. Uzumaki Naruto, filho de Minato Namikaze Uzumakie Kushina Uzumaki. ― Explicou Kira com uma voz preguiçosa, como um professor do colégio repetindo uma explicação pela sétima vez.

― Peraí, ele é irmão daquele pirralho, qual é mesmo o nome dele... Ah! Sim, Tooru. ― dizia Rein com os olhos esbugalhados. ― Pensei que ele fosse de sangue puro, mas o fato de ouvir o nome completo do desgraçado do Minato, mudei completamente de ideia.

― É. A principio o clã todo pensou que Naruto havia nascido sem o Kekkai Genkai porque não era de sangue puro. Mas quando Tooru nasceu, as coisas provaram ser ser completamente distintas. A energia do Tooru é extremamente forte, mesmo sendo uma criança. Ele chegava a invocar espíritos malignos apenas com a sua energia, quando ainda era um bebê. ― Kira liberou um suspiro, mudando para um tom sério logo em seguida ― Mas esta é uma longa história... Agora nós temos de decidir o que fazer com Naruto, mais precisamente como matá-lo.

― É. ― Concordou Sui. Houve um longo momento de silêncio, e apenas ouvia-se o barulho das árvores movendo-se com o vento.

― Como matar um Uzumaki, hein? Que pergunta interessante…. ― Disse uma voz desconhecida e arrepiante, que, assim que se fez presente, todos ficaram em alerta. Tanto que Sui já liberava energia ao redor do seu corpo.

― Quem está aí? Apareça! Como você conseguiu passar na barreira de proteção?bradou Sui, impaciente. Como resposta, a misteriosa voz liberou risadas. Era uma risada seca, sem emoções, que ecoou pela toda floresta, fazendo com que os pássaros, que antes estavam na copa das árvores, voassem assim que a ouviram.

― O que foi? Por que não atacam? Estão assim tão incomodados com a minha presença? ― perguntava a voz secamente. ― Ou estão tão arrasados devido ao “massacrinho” que ocorreu no clã?completou, em deboche. Foi a gota da água para Sui.

― Ora seu... ― disse ele, expandindo ainda mais a aura de trovão ao redor do corpo. Por sorte, Kira interviu.

― Sui, acalme-se. Vamos ouvi-lo… Tenho a sensação de que lutar com ele apenas vai nos dar má sorte. ― Kira disse, tentando acalmá-lo.

― Escolha sábia, jovem homem. ― respondeu a voz, agora com um tom de diversão. ― E, grandalhão, melhor seguir o conselho do seu amigo… Acredite, eu sou a última pessoa com quem você gostaria de lutar. Por sorte, Sui ignorou a ofensa no apelido e ficou calmo.

― Por favor, apareça. ― pediu Kira, dando um passo e ficando à frente de todos. Uma figura feminina, embora a sua voz não conduzisse com o seu gênero, saiu dentre as árvores. Ela vestia uma capa negra, com capuz que cobria completamente o seu rosto.

― Quem é você? ― perguntou Sora seriamente. ― E como você conseguiu passar pela barreira?

― Perguntas interessantes, jovem. ― dizia a mulher ainda com uma voz seca. ― Quem eu sou? Lamento, querido, mas é impossível responder isto agora. Como eu consegui atravessar a barreira, bem, esta questão levanta outra questão da minha parte. Como Uzumaki Naruto atravessou a barreira? Digamos que, se ele conseguiu, isto significa que eu também consigo. ― dizia a mulher com diversão. Todos ali ficaram com os olhos esbugalhados em surpresa.

― Você por acaso trabalha para ele? ― Perguntou Kein seriamente. ― Pois apenas um membro do clã Uzumaki seria capaz de passar pela barreira...

A mulher liberou mais uma risada seca, que voltou a ecoar pela floresta como um eco.

― Não, querido, gostaria muito que ele trabalhasse, mas, infelizmente, nossas naturezas não permitem. ― dizia ela. Eles não podiam ver, mas decerto ela tinha um sorriso sarcástico sob o capuz.

― Então, como atravessou a barreira? ― perguntou Kira. ― Apenas alguém com sangue Uzumaki pode atravessar...

― Vocês confiaram muito nesta barreira, Uzumakis. Na verdade, vocês sempre foram orgulhosos demais, pensando que podiam ser derrotados por Deuses.― a mulher praticamente esfregava aquilo no rosto deles sem piedade alguma. ― Mas o mundo é grande, extremamente grande. Se pensavam que eram os únicos que viviam nela, estão completamente enganados. Inclusive os Deuses, que presumiam-se invencíveis, também foram derrotados. E vocês foram completamente derrotados, simplesmente por pensarem do mesmo jeito.

― Peraí, você apenas venho até aqui para falar isto? Se sim, então me desculpe, mas nós temos mais coisas a fazer. ― dizia Sui, pensando em dar meia volta, mas foi segurado por Rein.

― Verdade, isto não vem ao caso agora. ― disse a mulher calmamente. ― Onde estávamos mesmo... Ah, sim! Por que não tentam a sorte? Matem o Uzumaki vocês mesmos...

― Nós até que queremos, mas não podemos. Ele é poderoso demais. ― confessou Rein.

― HAHAHAHAHAHAHA. ― ela gargalhou, ironizando-o ― Que hilário! Quem imaginava que um dia um Uzumaki admitiria que há alguém mais poderoso!

― Você só veio aqui para nos humilhar? ― perguntou Rein com uma voz seca.

― Não. ― disse a mulher, recuperando a compostura. ― Tempos turbulentos aproximam-se. A Grande Era finalmente chegou. ― disse ela calmamente, como quem narrava um fato consumado. E todos permaneceram em silêncio, até que o Sui não aguentou:

― E…? ― disse ele, muito irritado, controlando-se para não pulverizar aquela mulher.

― E eu vim despedi-los, já que estão quase morrendo. ― ela respondeu, como se fosse óbvio.

Sui não aguentou. Revestiu todo o seu corpo com raios e, em menos de um segundo, estava com a sua mão atravessando o peito da mulher.

― Você fala demais. ― dizia ele, ainda com raios a sua volta. Na verdade ele estava se controlando, não só para chamar atenção, como também para não destruir a vila.

― Não se preocupe, querido. ― sorriu ela, parecendo ler seus pensamentos. Uma vez que Sui estava mais perto, conseguiu ver os seus olhos, eram vermelhos como sangue, e parecia devorá-lo só com o olhar.

― Morra! ― Sussurrou Sui, liberando uma gingante descarga de relâmpagos. Houve um clarão branco. Assim que apagou-se, revelou-se uma grande destruição, que alcançava vários quilômetros. Os seus companheiros saíram completamente ilesos, lógico.

― O que você fez, Sui? ― Sora aproximou-se novamente ― Ela parecia estar dizendo algo importante.

― Algo importante? Fala sério! Ela conseguiu passar pela barreira e ainda acham que ela apenas está aqui para conversar? ― dizia Sui irritado.

― Ele pode ter razão, Sui. ― dizia Kira aproximando-se também, com Rein ao seu lado.

― Caralho! O clã Uzumaki sempre foi assim tão violento? ― uma voz diferente fez-se presente no recinto; era angelical, mas, ao mesmo tempo, emanava uma sensação de morte. Os quatros passaram a procurar a dona da voz, suando devido à sensação que ela lhes causava.

― Procurando por mim? ― dizia a voz. No entanto, agora ela não estava em lugar algum. ― Continuem, pois logo estarão residindo no seu cardápio. ― ela soltou uma risada seca, sumindo logo em seguida.

Depois de um momento de silêncio, Kira falou.

― O que fazemos agora?

― É mais do que óbvio. ― disse Sui. ― Vamos atrás de Uzumaki Naruto. E vamos matá-lo.

― Melhor sairmos daqui. ― disse Rein, sentindo o chakra de curiosos se aproximando.

[...]

Numa caverna distante, duas figuras encapuzadas conversavam.

― Então, como foi? ― perguntou uma figura com uma voz fria.

― Entediante? ― respondeu a outra.

― Entendo.

― Está próximo, não é. ― Perguntou a outra figura, aproximando-se do outro sujeito por trás, dando-o um caloroso abraço.

― Sim. A última vez falhara. Mas desta vez, ele acordará. Ninguém vai impedir, nem mesmo Uzumaki Naruto. ― disse o homem.

― Este tal de Uzumaki é assim tão importante e perigoso. ― perguntou a mulher.

― Sim. Ele meio que é importante para o nosso plano. E perigoso? Sim ele é extremamente perigoso e poderoso.

O homem virou-se para encarar a mulher. Não era possível ver, mas eles encaravam-se nos olhos.

― Mas não se preocupe, nem mesmo ele será capaz de parar a ressureição dele. ― dizia o homem.

― Você conseguiu, meu senhor. ― dizia a mulher.

― Não conseguiria sem ti. ― respondeu ele, levando a mão até o rosto encapuzado da mulher. ― Falta pouco, eles voltarão à gloria. ― ele sussurrou, enquanto baixava seu rosto para beijar a mulher.

― Sim, meu Senhor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É por aí.
E desculpe-me devido ao jeito que ela terminou :v
Até a próxima