Naruto: O Enigma do Vento escrita por Kendai Rendan, Amaterasu Mordekaiser


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

E aí gente!!!!Este é o primeiro capítulo do nosso novo projecto, eu e Mordekaiser estaremos trabalhando duro para continuar com a mesma. Portanto, sem mais delongas..."Enjoy"Aproveitem!



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"Não confio em seres humanos, pois sempre espero o pior deles"

Archer - O osso de uma espada

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Um menino loiro, que aparentava ter doze anos de idade, vestindo um quimono azul estava sentado no dojo do clã Uzumaki.

Seu clã era um dos clãs mais poderosos – melhor dizendo, o mais poderoso – da Vila Oculta da Folha. Era um clã pacífico e calmo, que preferia manter distância da mesma. Era localizada em uma área remota da vila, pois, o clã era pacífico e calmo, e sempre preferia manter distância com a vila, não é que tinham algo contra a mesma; mas apenas evitavam contato com a vila.

O loiro suspirou, entediado e decepcionado consigo mesmo. Abriu os seus olhos, azuis como o céu claro, pensando em mais uma tentativa falha de despertar a sua linhagem. Embora ele soubesse que ele não seria despertada apenas treinando arduamente, não desistiria tão facilmente... Voltou a fechar os seus olhos, mas os abriu quando sentiu uma presença em suas costas, não foi preciso ele abrir os seus olhos, pois sabia quem era.

— O que foi, Tooru? – Perguntou Naruto de olhos fechados. Ele sentiu o movimento dele nas suas costas, sentiu que ele havia ficado sentado como ele.

— O Nii-sama estava treinando? – Perguntou o pequeno menino de sete anos, cabelos amarelos e olhos azuis como o irmão mais velho. Diferentemente de Naruto, Tooru sabia manipular a linhagem e era extremamente habilidoso, sendo que, numa batalha entre os dois, ele não duraria nem dez segundos se irmão decidisse usar a linhagem.

Falando da linguagem. O domínio e controle do elemento raio, esta era a linhagem do clã Uzumaki. Eles manipulavam o raio como bem entendiam, usando as mãos e também o corpo, e eram capazes de destruir um país inteiro sem suarem ou ficarem desgastados. Até mesmo os mais habilidosos usuários do vento, não eram páreo para o seu raio... Todos do clã, quer seja do clã principal ou do clã secundário manipulavam este elemento.

Mas, como todas as regras têm uma exceção, a do clã era um garoto chamado Uzumaki Naruto. Ironicamente, ele era filho da segunda pessoa mais poderosa do clã, Namikaze Minato. Extremamente poderoso, Minato apenas perdia para o velho líder do clã Uzumaki, o único usuário do elemento trovão. Segundo a lenda do clã, apenas os que fizeram pacto com um Espírito da Natureza poderiam despertar tal elemento, coisa praticamente impossível... Isso tornava o líder uma figura de poder quase inalcançável, tornando Minato o mais poderoso usuário do raio.

E fazendo de seu filho. Naruto uma vergonha.

— É hoje, não é? – Perguntou o pequeno Tooru depois de algum tempo.

— Sim. – Respondeu Naruto um pouco sombrio, sabendo que o irmão falava acerca do ritual de escolha.

Este ritual, feito no clã Uzumaki, era uma luta entre os filhos dos mais poderosos homens do clã. O que significa que Naruto tinha de lutar contra a filha do líder Jiin, Misoshia Uzumaki, herdeira do clã. Ela, com certeza, era muito forte, e Naruto sabia disto. Mas, é claro que ele não abaixaria a cabeça, afinal de contas era filho de Minato Namikaze, um dos homens mais bravos na terra, e tinha o sangue Uzumaki correndo nas suas veias.

— Nii-sama. – Falou Tooru com um tom pacífico e monótono. – Não importa se você manipula ou não o elemento raio, mas eu acredito no Nii-sama.– o irmão suspirou por um instante, como se pensasse no que dizer a seguir. – Eu sei que o Nii-sama vai vencer. – terminou exibindo um sorriso gentil.

Naruto ficou paralisado por alguns momentos, olhando perplexo para o seu pequeno irmãozinho. Dentro do clã, onde todos o desprezavam, inclusive os seus pais, Tooru era o único que não se importava se ele tinha ou não a linhagem. Sendo sincero, ele não manipulava elemento algum, o que implicava dizer que ele não poderia usar chakra, tão pouco ser um ninja, mas é claro, como cabeça dura que ele é, não desistiria assim facilmente.

— Por que você pensa isto? – Perguntou Naruto com um ar sério.

— Por que você é meu irmão. – Respondeu Tooru imediatamente.

Naruto estava perplexo, era a primeira vez que alguém o elogiava, portanto não sabia o que responder a não ser ficar calado e perplexo.

— Hpf, tudo bem, irmão-tolo. – Disse finalmente, ficando em pé. Virou para ele e levou a mão até a sua cabeça. – De qualquer forma, obrigado, irmão. – disse, bagunçado o seu cabelo de leve. – Mas agora tenho de ir, afinal de contas, tenho uma garota para chutar a bunda. – sorriu, começando a caminhar.

— SIM, NII-SAMA. – Gritou Tooru, alegre.

Pov. Naruto

Eu andava calmamente, sentindo a brisa do vento fresco daquela tarde tocando o meu corpo, e pensando nas palavras do Tooru. Ele tinha razão, eu vou ganhar. Mas, embora diga ou pense nisto, este pensamento ficava apenas no meu cérebro, pois, bem no fundo do meu coração, sabia que não ganharia de qualquer forma.

Fechei as mãos ao ponto de machucá-las, e trinquei os meus dentes com força. Não podia me convencer pelo desprezo dos meus pais ou pelas palavras maldosas do clã, tinha de provar ao meu pai, a minha mãe e a todo clã, que, mesmo sem a linhagem Uzumaki, eu ainda era útil. Eu era forte.

O meu maior sonho sempre foi superar o meu pai, mas ele parece tão, mas tão inalcançável e difícil de ser derrubado... Como uma árvore com um tronco extremante grande, e eu era um rato tentando alcançá-lo.

Suspirei, acho que não valeria apenas ficar pensando nisto. Estava tão distraído, que nem percebi que havia chegado ao topo do monte dos antigos kages da vila. Parecia estranhos, mas nenhum membro do clã Uzumaki já havia se tornado hokage, mesmo sendo fortes. Isto por que eles preferiam permanecer calmos e neutros, com sempre foram.

Fiquei apreciando o belo pôr-do-sol. Nunca tive o tempo para fazer isto, a minha vida apernas se resumia em treino, casa e templo. Nunca havia saído para ir ao parque ou algo do gênero. Meu pai sempre dizia que, se tivesse tempo para fazer isto, eu deveria aproveitar este tempo para treinar mais e deixar de ser um inútil.

— Lindo pôr-do-sol, não é?

Ouvi uma voz às minhas costas, sólida e, ao mesmo tempo, divertida. Levantei a minha guarda, pois, ele não era o único, além dele havia mais umas 10 pessoas, e todas exalavam intenções assassinas.

— Quem está aí, apareça? – Disse com os dentes trincados.

— O que foi garoto. Estás nervoso. – Perguntou ele sarcasticamente. – Ou estás com medo de morrer?

Fiquei com os olhos totalmente esbugalhados, e logo vi dez pessoas ao meu redor. Todos eles com cabelos vermelhos.

— O que querem? – Perguntei suando frio, não queria gastar as minhas energias lutando contra ele, pois o ritual seria realizado daqui a alguns minutos. E eu iria precisar de toda a energia possível para o combate.

— Nada de mais. Apenas queremos diminuir o trabalho da Misoshia-sama. – Ele pausou e sorriu. – Ela não merece sujar as suas mãos em um verme como tu.”

— Maldito. – Sussurrei, sacando duas Kunais. Posicionei-me em uma posição de combate; não usaria aquilo contra eles, queria usar aquilo na frente dos olhos do meu pai. Eu queria que ele visse como eu evoluí. Portanto, não cairia aqui.

— Lamento, mas eu não tenho muito tempo a perder. – Disse ficando com os músculos rígidos, pronto para defender e contratar ao mesmo tempo.

— Pirralho atrevido, acha mesmo que tem chances contra nós? Acha que um moleque sem classe como tu seria capaz de nos derrotar? – Disse umas das pessoas que estavam ali. Eu o conhecia, era Ken, um mensageiro do clã Uzumaki; ele apenas lutava com espadas, por isso, teria de tomar cuidado com ele. Mas olhei na direção da sua bainha, e não vi a sua espada.

— Ken-san, onde está a sua espada? – Perguntei estreitando os olhos na sua direção.

—Oquê? Você tá brincando comigo ou algo do gênero? – Disse ele com os dentes trincados.

— Ken-san, volto a fazer a mesma pergunta... Onde é que está a sua espada? – Voltei a perguntar calmamente.

— CALE-SE, MALDITO. – Ele gritou nervoso.

— Você tá fazendo muitas perguntas, garoto. Mas pode aproveitar falar as suas últimas palavras. – Disse o líder, dando um passo para frente.

Flexionei os meus joelhos, e em menos de um segundo eu estava com a Kunai no seu pescoço.

— Não me subestime. – Disse calmamente. Mas entrei em pânico quando vi que ele começou a rir.

— Idiota, você é um idiota. Idiota, é o que você é. – Disse ele friamente, com um sorriso de malícia. — Sofra! Rainto-no-Onhra!

Logo após ele dizer isto, senti cada célula do meu corpo sendo eletrocutado e, ao mesmo tempo, queimar. Eu havia levado uma baita descarga elétrica. E caí no chão, completamente imóvel. Tentei levantar-me, mas cuspi muito sangue na tentativa.

— M-ma-ldição!

— Você é mais resistente do que aparenta, garoto. – Levantei a minha cabeça, e vi que ele estava sorrindo enquanto dizia isto. – É uma pena que vais morrer aqui e agora.

Droga. Eu preciso fazer algo, eu tenho de fazer algo.

— Morra.

Eu estava de olhos fechados, mas conseguia sentir a sua mão revestida de raios indo a minha direção, mas precisamente no meu coração. Fechei os meus olhos, esperando a minha morte – torcendo para que ela fosse rápida, e que eu encontrasse paz, finalmente.

— Parem com isto.

Mas a dor não veio, não senti dor, ou sangue, ou o meu coração sendo perfurado.

Quando abri os meus olhos, eu vi uma cascata de cabelos verdes, como lã. Bem na minha frente, estava uma garota, que provavelmente tinha oito ou nove anos de idade. Ela era um pouco alta, para alguém que aparentava ter esta idade. Mas o que mais me chamou atenção foi que ele estava chorando.

Chorar.

Umas das coisas que eu prometi que nunca mais faria na vida. Para mim, chorar era demostrar fraqueza. Uma das coisas que eu aprendi nesta minha miserável vida é que fraqueza e desprezo resultavam em apenas uma coisa, a hipocrisia, a qualidade que eu mais odeio na minha existência. Fiquei de joelhos, sombrio; e os meus cabelos, que chegavam à altura dos meus ombros, caíram em cascatas em frente da minha cara, me dando apenas uma visão mais obscura e sombria.

— Parem com isto! Por que vocês estão fazendo isso com ele? O que ele fez? – Disse a menina enquanto soluçava.

— Saia da frente, garota, não se meta nisto. Senão quiseres colocar a sua vida em perigo. – Disse o líder.

— Eu juro, que se fizerem alguma coisa com ele, eu vou... eu vou... eu vou...

— O que você vai fazer? – O interrompeu o líder. – Olhe, eu apenas não te mato por que você é uma garota, e é totalmente contra os padrões do clã Uzumaki lutar com uma garota. – Disse ele friamente. – No entanto, também é fora dos padrões do clã Uzumaki que um fraco como ele exista.

A garota não se moveu, continuou na minha frente.

— Saía da frente garota, ou eu terei de tomar providências. – Continuou dizendo, com uma voz calma, libertando uma intenção assassina que me fez suas ainda mais frio, mas a garota, no entanto, continuou imóvel.

— Eu... eu... eu... – Pausa. “Eu vou protegê-lo. – Respondeu finalmente a garota.

Fiquei estático no chão, sem saber como reagir ou o que responder.

— Por que você está fazendo isso?– Gritei sem levantar a minha cabeça.

— Por que... por que... – Senti que ela engoliu em seco. – Por que você não merece ficar sozinho.

Silêncio.

Silêncio e o som do vento das árvores era tudo que eu conseguia ouvir. Estava tentando entender o significado daquelas palavras. Tentava interpretá-las, embora a minha mente pequena não facilitasse.

— Ai!

Voltei à realidade, e olhei para o outro lado, vendo aquela garota caída no chão e inconsciente.

— Mas que perda de tempo! – Ouvi uma voz, provavelmente de umas das pessoas que estavam lá. Mas estranhamente, eu ouvia a voz muito baixa. Como se eu estivesse dentro de um túnel extremamente grande. Vi imagens de a minha vida passarem na minha mente, os olhos frios e de desprezo de todos no clã, inclusive dos meus pais.

Meus pais. O que eu acho deles, sinceramente, nunca pensei sobre isto; apenas penso em superá-los, não chego a pensar o que eu acho deles. Embora a resposta seja mais do que óbvia.

Eles desprezam-te.

Ouvi uma voz no fundo da minha mente; ela era grave, e o poder e autoridade que dela emanavam já me davam calafrios.

Você quer matá-los?

Eu... – Não sabia o que dizer ou como reagir.

Você quer derrotá-los?

Queria eu derrotá-los ou matá-los...

Ou você quer morrer?

Fiquei perplexo. Não. Eu não posso morrer... Eu não quero morrer, pelo menos não até conseguir o reconhecimento do meu pai.

— Não. Não, eu não quero morrer. – Disse finalmente.

kukukuku. Você quer poder?

— Sim. Quero poder. Quero ser forte. Quero ser invencível...

kukukukukukuku. Garoto interessante...

Acorde. E sinta o poder.

Assim que ele disse isto eu abri os meus olhos. E vi, pela pequena abertura dos meus olhos, que eles ainda estavam ali. Pergunto-me por que não me mataram logo... Já estava escurecendo, então eu não tinha tempo... Precisava acabar com isto o mais rápido possível. Levantei-me lentamente e, não sabia o porquê, me sentia estranhamente mais leve, como se eu pudesse flutuar e voar como o próprio vento.

— Idiota. – Disse o líder levantando a mão, libertando rajadas de raios ao redor do seu corpo. – Morra. – Disse ele lançando uma descarga de pura eletricidade na minha direção.

Sorri com isto e ergui o meu braço na direção do ataque assim que os raios chegaram ao meu alcance, sumiram.

Sorri mais uma vez; eu sentia poder, um força que eu nunca havia sentido antes. Senti o vento soprando, balançando o meu cabelo, em cada milímetro das células do meu corpo... Era como se eu fosse o vento. Levantei a cabeça na direção dele, vi que ele ainda não havia se recuperado da surpresa. Idiota.

— Mas como?... – Ele finalmente havia falado, e ficou sério de repente. Isto é normal, afinal, não existem muitas pessoas capazes de anular anular o elemento raio do clã Uzumaki – os que conseguiam, eram ninjas de classes superiores era um ninja de classe extremamente alta, ou extremamente habilidoso.

— De qualquer forma, eu não voltarei a falhar desta vez. – Disse ele, exalando o seu chakra, que era extremamente monstruoso típico dos Uzumaki.

Ergui a mão para cima e sussurrei.

Kamikaze.

[…]

Abria os meus olhos lentamente, a primeira coisa que eu notei foi um céu estrelado e a lua cheia brilhando intensamente no céu. Voltei a fechar os olhos, aproveitando aquela sensação maravilhosa. Mas um estalo passou pelo meu cérebro.

— MERDA! – Gritei começando a correr. Como raios pude dormir? A propósito, como eu dormi? O que aconteceu para que eu dormisse? Não me lembro de ter deitado na grama e dormir...

Continuei a correr o mais rápido possível. Eu não poderia ir pelo caminho normal, pois seria muito longe, e eu não tinha tempo. Eu não tenho tempo. Então decide pegar uma rota mais curta. Continuei a pular de árvore em árvore o mais rápido possível.

Finalmente havia chegado.

Empurrei a rocha que cobria a entrada para o lado. E adentei no lugar. Era uma espécie de caverna, havia descoberto a mesma uma vez quando tinha sete anos e treinava, estava procurando por uma kunai, então o encontrei. Mexi a cabeça para os lados para parar de pensar nisto agora. E não tinha tempo.

De longe já conseguia ouvir os murmúrios de pessoas e a luz do fogo que residia naquele recinto.

— Jiin-sama, acho melhor cancelar a luta. Provavelmente ele não virá.

WHATAFUCK?!.Foi isso que eu pensei, continuando a correr até cair na arena. Havia chegado a tempo.

— Finalmente. – Disse um homem que aparentava ser o inspetor da luta. – Estás atrasado. – Disse ele com uma voz fria.

— B-bem... eu...

— Não temos tempo. Vamos começar logo o ritual. – Disse ele, sumindo logo em seguida.

Todos que estavam sentados nas arenas eram sérios e com olhos frios, alguns me fitavam com olhos de interesse, outros com olhos de desprezo, já outros com olhos entediados. Procurei com os meus olhos pela arena, tentando encontrar os meus pais. E lá estavam eles, sentados ao lado do líder, no topo da arquibancada.

Levantei o meu punho, em apontei para eles; não conseguia ver, mas sabia que os meus olhos estavam brilhando em determinação. A minha mãe ergueu a sua sobrancelha, o líder exibiu um pequeno sorriso, demonstrando que estava interessado na luta. Mas o meu objetivo não era ele, a minha meta não era ele, mas sim o homem ao lado dele. O meu pai por outro lado, não exibia nenhum sentimento, estava com um rosto sem expressão. Mas eu devolvi o olhar dele com a mesma intensidade.

— Quando deixar de ser uma estátua, podemos começar! – Disse a garota.

Olhei para ela, foram às poucas vezes que a vi. Ela aparentava ter a mesma idade que eu. Cabelos rosa, uma cor um tanto estranho para uma Uzumaki. Tinha olhos vermelhos. Trajava um quimono, assim como eu. Ela estava sorrindo, e tinha uma postura extremamente relaxada, para alguém que estava preste a lutar. Por outro lado, eu estava sério e com uma postura dura.

— Vamos começar. – Disse. Dirigimo-nos à esquerda; havia espadas de todos os tamanhos. Ela sacou uma espada média, reta com o cabo negro. Por outro lado, eu olhei para todas as espadas que estavam aí, tentando encontrar a espada mais comprida de que eu achasse. E bem no topo na minha esquerda. Vi uma. Pulei sobre a s espadas, e a saquei. Era uma espada de três metros, com o cabo vermelho, era realmente comprida, tendo em conta a minha altura.

— Você pirou de vez? – Perguntou ela com uma cara incrédula.

Não era apenas ela, mas também todos da arquibancada passaram murmurar, e logo se criou um grande alvoroço.

O que ele pensa que está fazendo?... Dá na mesma, ele vai perder de qualquer forma... O pirralho decidiu começar a brincar de espadas...

— Vamos começar. – Disse, erguendo a espada e apontando para ela. Logo sumi do seu raio de visão; olhei com diversão enquanto a via me procurando com os olhos totalmente confusos. Eu me movimentava extremamente rápida, não iria nocauteá-la ainda. Primeiro precisava ver até quando ela vai ficar me procurando com os olhos... E este foi o meu pior erro. – Maldito inseto! – Bradou ela irritada, libertando uma grande quantidade de raios do seu corpo, me atingindo.

— Ahhhhh! – Gritei, devido à dor que senti, e olhei para ela. Eu não iria desistir, e parece que ela também não. Levantei-me, desta vez eu iria com tudo. Utilizaria tudo que aprendi nestes oito anos de duro treinamento. E no final, ficarei em pé.

Com o decorrer da luta eu estava arfando em cansaço, tinha vários aranhões e ferimentos ao redor do meu corpo, o que dificultava apenas ainda mais os meus movimentos. Ela, por outro lado, estava normal, apesar do suor e da respiração irregular.

Sentia que estava chegando ao meu limite, apenas estava em pé devido a minha determinação, e o meu corpo ainda não entrou em colapso devido ao intenso treinamento que eu tive. Não tinha mais tempo a perder, tinha de usar aquilo agora. Girei os meus olhos para a arquibancada, e olhei para o meu pai. Isto é para ti, Pai, pensei.

Pulei para trás. E fiquei em linha reta, ergui a espada para cima. E fiquei imóvel.

— Que foi! Finalmente desistiu? – Perguntou ela com cinismo na sua voz.

Continuei imóvel, ignorando completamente o mundo ao meu redor. Precisava me concentrar para executá-lo.

Inclinei a minha espada em uma linha horizontal na altura dos meus olhos. Agora eles já não pareciam o mesmo, pareciam queimar com um fogo azul.

— Ichi.

Levantei a espada para cima.

— Ni

Voltei-a para a posição horizontal.

Watashi wa watashi no ken

no honedesu suchīru

wa watashi no karada de,

hi ga watashi no chidearu

watashi wa sen motte imasu shikashi,

korera no te ga nanika o hoji surubekide

wa arimasen watashi wa inoru yō ni,

shi no ken no sutairu dainigakushō ijō

no burēdo o sakusei shimashita shi e no fumei

seikatsu no tame ni shira rete inai ōku no buki

o sakusei suru tame ni taeta itami o

Um clima gélido e maligno cobriu a arena. Não havia um murmúrio sequer ou barulho.

— KAI.

Sumi. E no instante seguinte, ela estava nocauteada. Derrota rápida, sem sangue, sem grito, sem ruído. Comecei a andar, no entanto, havia baixado a minha guarda, dois erros no mesmo dia. Espera aí, dois err...

Não tive tempo de concluir o meu pensamento, pois, senti como eu perdia os sentidos, e as últimas descargas de eletricidade vazando pelo meu corpo! Perdi! Fui derrotado! Desculpe, Tooru, não pude cumprir a minha promessa...

A última coisa que eu vi foi a escuridão.

–----!-----

Abri meus olhos lentamente, sentindo a luz da lua batendo contra o meu rosto e a cor vermelha do símbolo do clã Uzumaki estampado no teto do meu quarto. Pisquei, tentando me sentir acordado. Tentei me lembrar como eu fui parar ali e, pouco a pouco, passei a recuperar as memórias da minha luta contra a Misoshia; não acreditava que ela havia acordado depois de receber o meu golpe. Suspirei, o que eu faria agora? Provavelmente o meu pai me daria um castigo, que poderia ser desde treinar durante cinco dias consecutivos sem parar para comer ou algo do gênero, até limpar o clã Uzumaki todo sozinho. Suspirei, e olhei ao meu redor, no momento ele não estava ali.

Olhei para a janela, e vi uma borboleta voando do lado de fora, ao ar livre. A luz da lua cheia iluminava as nuvens, que pareciam andar no céu nublado, sem preocupações, sem ninguém para pará-las ou para dar ordens. Seria legal se eu conseguisse fazer isto, voar ao ar livre, sobre os ventos e às nuvens, e ser capaz de tocar a lua. Não sabia o porquê, mas, para um membro do clã que controlava o elemento raio, eu me sentia atraído demais pelo vento. Não sei explicar o porquê, mas, quando sentia o vento, parecia que eu e ele éramos à mesma coisa... Como se eu fosse capaz de dá-lo ordens.

Saí dos meus pensamentos quando ouvi a porta sendo destravada e, por ela, o meu pai entrou. Ele estava com o mesmo rosto de sempre, de quando vinha falar ou conversar comigo. Observei-o se sentar na cadeira à minha frente, olhando fixamente para a minha cara; eu, por outro lado, olhava para as nuvens, evitando olhar de toda forma possível para os seus olhos azuis como o céu claro. Apesar de que o azul mudava do céu claro para um tom mais escuro, como o céu da noite, quando ele resolvia demonstrar frieza.

— Patético! – O meu pai disse.

Apertei as minhas mãos com força; eu, no mínimo, pensava que ele ficaria impressionado com a minha técnica de espadas que usei na luta. Como li nos livros, ela era um estilo lendário, que, em cada 100 anos, apenas um Uzumaki conseguia dominá-lo. Quando eu descobri que conseguia, fiquei feliz, pois achei que finalmente eu provaria a minha força para o meu pai. Não mostrei para ele de imediato, esperei por uma oportunidade especial, que, neste caso, era o ritual. Mas parece que, para ele, isto não tem nada a ver.

Para o meu pai, a linhagem era tudo. Não importa o quanto você se forçasse. Para ele, não importa o quão distante alguém seja da família principal, ou o quão baixo o seu cargo seja, desde que tenha a linhagem, era mais valioso que eu... Mais valioso que o seu próprio filho.

— O que queres, Pai? – Perguntou, dizendo a última palavra com sarcasmo.

— Estás expulso.

Gelei, sentindo aquelas palavras chegarem ao meu ouvido através do vento, achando que era apenas a minha imaginação. Girei o meu rosto na direção dele.

— Desculpe!

— Eu disse que estás expulso. Um fraco como tu não merece ficar no clã Uzumaki. – Disse ele sem alterar o seu tom ou por alguma emoção na voz.

Senti que fui atirado em um abismo escuro e frio. Senti as lágrimas sendo acumuladas nos meus olhos, mas eu não ia chorar. Não demonstraria fraqueza na sua frente.

Nunca mais.

–---!-----

Estava nos portões da vila, após desacordar os guardas. Definitivamente, esta vila tinha de melhorar a segurança. Pois, os guardas dormiam mais ao em vez de ficar de vigia.

Virei-me para trás, e olhei para o monte Hokage. Vendo os três rostos que estavam lá. E levantei a minha mão para cima, fechando-a em um punho.

— Pai, eu voltarei. – Virei-me e comecei a caminhar em direção a lugar nenhum, adentrando a floresta. – Para superar-te. – Estas foram as minhas últimas palavras.


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Notas finais do capítulo

E aí mina, gostaram, adoraram, amaram. ficaram confusos!Até a próxima galera!