Um campo de Apostas escrita por Gui Ness


Capítulo 22
Capítulo especial - Felicidade 3° Flashback


Notas iniciais do capítulo

]Notas da autora: Lembram-se do capítulo onde surgiu a Melody a dizer que o Nathaniel era namorado dela? Lembram? Excelente, pois o cap vai falar do que se passou durante o tempo em que o Nathaniel e o Alexy estiveram sozinhos na floresta.



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"Eu não acredito!!! Eu... eu... confiara nele! Eu achava que era correspondido..."
–Ah!!! Sou mesmo estúpido! Porque é que ele iria querer algo com alguém como eu? Estúpido, estúpido, estúpido! - Deixei-me cair de joelhos na relva. As lágrimas escorriam pela minha cara. "Será que nunca vou conseguir um relacionamento normal?!? Aaaah!!!!
Parece que no fim... Vou acabar por perder a aposta, não é?" Forcei um sorriso seco, fitando o céu, quase todo coberto com as folhas das árvores.
–Alexy? - Senti um arrepio na espinha. Engoli em seco, olhando lentamente para trás. Nathaniel olhava-me com um ar preocupado.
Voltei, rapidamente, a olhar para a frente. Limpei as lágrimas que tinha com a manga do casaco. Por fim, pus-me de pé, e Forcei um sorriso.
–Desculpe ter fugido, Nathaniel-sensei. Lamento imenso. - Tentei fazer um sorriso animado. Ele aproximou-se lentamente, enquanto me observava. Sentia-me muito descofortavel com aquilo. Nathaniel segurou o meu pulso com firmeza, olhou-me nos olhos e puxou-me para si, abraçando-me de seguida.
Senti um arrepio na espinha. Pus as mãos sobre o seu peitoral, numa tentativa de o afastar, porém ao tocar-lhe, todo o meu corpo paralisou. Sentia-me estranho. Sentia uma espécie de desejo...
Acabei por afasta-lo, acção que me fez acordar para a realidade. "Ele tem namorada..."
Andei dois passos para trás, enquanto o via suspirar.
–Alexy... O que aconteceu ao bocado... Lamento imenso! Mas não é nada do que tu estás a pensar!
–Não precisa de dizer mais nada sensei! Eu entendo. Eu sei que o sensei não "gosta" de rapazes... em termos amorosos.
–O que estás a dizer?
–E-eu... Eu... - Senti-me corar, conforme fitava os seus encantadores olhos tom de ambar. - Eu lamento imenso por me ter metido no meio de si e da sua namorada! - Acabei por exclamar. Sentia-me um idiota apaixonado. Numa paixão incorrespondida...
–A Melody não é a minha namorada, Alexy. Eu não tenho namorada. Mas tens razão, nunca me senti atraído por rapazes. - Senti as lágrimas a quererem escorrer outra vez pela minha face, mas tentei segura-las. - Mas desde que te conhecia que as coisas têm sido diferentes. - Ele continuou. Vi-o encostar-se ao tronco de uma árvore, de ar sonhador.
"As coisas têm sido diferentes como?"
–Lembras-te do primeiro dia em que nos conhecemos? Tinhamos acabado de fazer a apresentação e tu estacas a falar com as raparigas quando me lanças-te um olhar maritime. Fiquei todo atrapalhado e senti-me corar. Não demorou muito a vires falar comigo, todo animado com tudo e mais alguma coisa. No inicio não sabia o que dizer, mas com o passar das horas tornou-se facil de falar contigo, era algo divertido...
–PARE!! - Exclamei. "Porque? Porque? Porque?" Limoeiro uma lágrima do meu olho e voltei a olhar o monitor. - Por favor pare! Pare de me dar esperanças quando ela não existe. Ao contrário de si, eu gosto de rapazes! Ao contrário de si, eu amo-o! - Tapei a minha boca logo de seguida. "Droga! Não acredito que acabei de me declarar! Que estúpido!!! Droga, Droga, Droga!!!" Senti algumas lágrimas escorrerem-me dos olhos. "Que droga! Que confusão eu fui arranjar!"
– Alexy... - Ele disse num sussurro, aproximando-se. - Alexy, Devias ter-me deixado acabar de falar... Porque... - ouvi-o suspirar. Com uma das suas mãos, ele tocou-me na cara, fazendo-me levantar a cabeça de maneira olha-lo nos olhos. Senti-me corar.
"Droga! Porque, sensei? Porque é que me estas a dar esperanças onde ela não existe!"
–Porque eu também te amo. - Ele disse enquanto depositava um beijo nos meus lábios. Senti-me paralizar, de olhos supresos. "Ele ama-me? Ele ama-me?..."
Fechei os olhos lentamente, correspondendo ao beijo. Os seus lábios roçavam nos meus com gentileza e desejo. Os seus braços em redor da minha cintura puxavam-me mais para si. Coloquei os meus em redor do seu pescoço, evitando uma possivel separação dos nossos lábios.
Só Deus sabe o quanto eu desejava aquilo. O seu beijo sabe a caramelo. Um caramelo tão bom que me faz desejar mais e mais.
Por fim separamos-nos, com o objetivo de ambos poderemos respirar um pouco.
–Nath... tu não estás a gozar comigo, certo? - Perguntei exitante.
–Nunca iria gozar contigo acerca de algo tão sério quanto isto.
–Mas podes estar confuso. Quer dizer, passou pouco de uma semana.
–Eu estava confuso no inicio. Quando te conheci. Mas cada dia que passava eu começava a necessitar cada vez mais da tua presença ao pé de mim, do teu riso e da tua voz. Confia em mim quando digo que te amo. - Beijei-o, depois de ouvir aquilo. Um beijo cheio de desejo que se foi tornando mais quente.
Senti as mãos de Nathaniel sobre o meu casaco. Corei.
–Estamos... no meio... duma floresta... acho... que... não convém. - disse entre o beijo. Imediatamente Nathaniel corou e afastou-se.
–Pois. Ah... Acho que devemos regressar. Os outros podem estar preocupados. - Ele respondeu corado enquanto compunha a gravata. Não consegui evitar rir.
Começamos a caminhar em direção da saida da floresta. Caminhavamos silêncio, mas felizes. Eu estava perdido em pensamentos quando senti o braço do Nath roçar no meu. discretamente ele segura na minha mão, enquanto olhava para o outro lado. Sorti e entrelacei os nossos dedos. Senti um arrepio ao fazer isso. Pude ver Nathaniel a sorrir.
É, pelos vistos as raparigas não são as únicas a terem os seus romances de verão...


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