Assim que a Guardiã da Guerra, Ira, foi derrotada a Vingança caiu em combate graças a mensagem que Aurora mandou a Shaka. Quando o Cavaleiro de Virgem se virou para agradecer a Caçadora, ele se depara com uma sena que o choca e pouco tempo depois um grito foi ouvido.

Aurora estava gritando com tanta intensidade que se ajoelhou, e não era qualquer tipo de grito. Era um grito de dor. Shaka viu o corpo da jovem cair no chão e se contorcer em meio aos seus gritos. Todos ficaram horrorizados com a sena.

Os cavaleiros e as deusas, Atena e Ártemis, correram para ajuda-la, mas antes de chegarem até Aurora perceberam que seu corpo parou de se mexer, o que fez os corações de todos acelerar e pensar no pior. Shaka e Ártemis se ajoelharam ao lado do corpo imóvel de Aurora e verificaram sua pulsação.

(Ártemis preocupada)– A respiração e pulsação dela estão fracas. Estou tentando usar o poder da lua para ajuda-la, mas parece haver um bloqueio que impede a minha magia de chegar a ela.

(Donko tentando acalma-la)– Deusa Ártemis por favor tente se acalmar, Aurora precisa da senhora bem. Vamos leva-la para o hospital, lá poderemos examina-la melhor.

(Saori segurando a mão de Ártemis) - Minha irmã, eu garanto que ela ficará bem. Aurora é forte, vai resistir a tudo. Você a treinou para que ela fosse assim. Forte.

Ártemis olhou para a jovem Tenente caída no chão e uma lágrima escorreu de seu rosto. Estava muito claro que Aurora não era uma simples Caçadora para Ártemis mesmo sendo sua Tenente. Em seguida ela se levanta e olha para Donko.

(Ártemis)– Podem leva-la.

Mas quando Milo e Seya estavam para levantar Aurora, uma mão foi levantada e um dos cavaleiros se opôs a isso.

(Shaka)– Não. Pode deixar deusa Ártemis, eu mesmo irei carrega-la.

Shaka levanta Aurora com delicadeza e sai caminhando com ela em direção do hospital. Os demais cavaleiros se entreolham e estranham o ato de Shaka. Quando estavam chegando a área hospitalar uma voz familiar é escutada.

(Bonnie segurando uma pequena mala)– Talvez eu possa ajudar.

Lá estava Bonnie com um vestido azul escuro e seus olhos amarelos. Pelo visto ela veio fazer a visita que haviam pedido.

Bonnie assumiu a responsabilidade de cuidar de Aurora. Os dias foram se passando até que aqueles belos olhos verdes claro se abrirem novamente.

Quando Aurora acordou, estava em uma cama de hospital, ao tentar se levantar, uma onda de dor a invadiu e logo percebeu que estava despida da cintura pra cima.

Se lembrava de pouca coisa. Apenas das últimas palavras de Ira, ter torcido para que Shaka recebesse a mensagem de como derrotar a Vingança, mas logo em seguida uma dor a percorreu e tudo ficou escuro. Depois disso ela não viu mais nada.

Logo em seguida alguém abre a porta. Aurora não reconhece a senhora de olhos amarelos que acaba de entrar então começa a se cobrir com o cobertor imediatamente.

(Aurora desconfiada)– Quem é você?

A senhora tomou um susto ao ouvir a voz de Aurora e quando percebeu que a Caçadora havia acordado abre um grande sorriso e se aproxima da cama.

(Bonnie)– Fico muito feliz que tenha acordado meu bem. Me chamo Bonnie, acho que você já deve ter ouvido meu nome.

Aurora ficou pensativa, pois realmente o nome dela não era estranho. Foi então que ela se lembrou.

(Aurora)– Sim, foi você que disse aos cavaleiros onde eu morava. Como sabia o local?

Bonnie sorriu e colocou uma mecha do cabelo de Aurora atrás de sua orelha.

(Bonnie)– Tenha calma minha cara, tudo ao seu tempo será respondido. Mas vou te dar um geral do que aconteceu. Eu estava vindo visitar o Santuário depois de receber um convite de Saori e Donko e por acaso no dia em que escolhi para vir aqui, acabei encontrando você sendo carregada pelo cavaleiro de virgem e resolvi cuidar de você.

Aurora tentava se lembrar de Shaka a segurando mas nenhuma lembrança vinha.

(Aurora)– Por quanto tempo fiquei inconsciente?

(Bonnie)– Quatro dias?

A Caçadora assume uma expressão de preocupação e choque, mas Bonnie segura a mão de Aurora e a tranquiliza.

(Bonnie)– Minha cara depois do que eu vi o que aconteceu com você, fiquei surpresa ao ver que despertou nesse período de tempo, esperava que iria acordar depois de pelo menos uma semana.

(Aurora) - Você sabe o que aconteceu comigo?

(Bonnie com cautela)– Sim minha cara. Eu vou lhe mostrar.

Bonnie coloca um espelho atrás de Aurora e a ajuda a ficar sentada em seguida posiciona outro espelho a frente da Caçadora. Bonnie retira o lençol que estava protegendo a parte superior do corpo de Aurora que estava totalmente despida, revelando por fim duas grandes manchas roxas tão escuras que pareciam negras nas costas da Caçadora.

Era uma mancha para cada lado das costas, a imagem assustou Aurora e Bonnie percebeu isso. A senhora fez algo que Aurora estranhou. Ela riu.

(Bonnie sorrindo) - Você não sabe o quanto eu estou feliz em ver essa marca em você.

(Aurora curiosa) - Você sabe o que ela significa?

(Bonnie) - Sim eu sei, mas infelizmente não posso falar. Isso é algo que você terá que descobrir sozinha.

Aurora sentiu raiva nesse momento.

(Aurora irritada) - Já chega. Estou farta das pessoas estarem escondendo coisas de mim, ou não poder me explicar. Eu quero respostas, eu preciso.

(Bonnie)– Posso te garantir uma coisa. A partir de agora você só receberá respostas, mas isso depende de você. Bom vou pegar algo para você comer.

Quando Bonnie saiu, Aurora tentou se lembrar de todos os enigmas que tinha que resolver. Tinha de entender o por que de Ares estar atrás dela. O por que de uma das Guardiãs ter lhe pedido perdão e ter dito que ela era a sétima. E por fim o que eram aquelas marcas enormes em suas costas que doíam tanto?

Em meio a tantos enigmas ela parou e reparou no quanto aquelas marcas eram parecidas com asas.

(Aurora pensando)– Que estranho. Elas parecem asas, mas deve ser só impressão.

Logo em seguida Bonnie entrou no quarto com um prato de sopa, que pelo cheiro dava para saber que era de abóbora e parecia estar deliciosa. Enquanto Aurora comia, Bonnie lhe disse.

(Bonnie)– Eu cuidei de você por quatro dias Aurora e sei o que esconde nas costelas. Deveria contar a ele.

Aurora arregalou os olhos e disse.

(Aurora)– Não posso contar nada, foi ele que me deu isso.

(Bonnie)– Mas você a guardou por vários anos.

(Aurora)– Se eu explicar o por que de tê-la guardado por tantos anos. Terei de contar o que sinto de verdade e isso pode me trazer mais sofrimento do que felicidade.

(Bonnie)– Nunca saberá se não arriscar.

(Aurora sorriu)– Minha vida nunca mais seria a mesma se eu falasse isso. Mas eu não tive coragem de tira-la de mim. Tomarei coragem e direi um dia.

(Bonnie)– Se apresse minha cara ou esse dia pode nunca chegar.

(Aurora)– Pode ficar tranquila Bonnie, eu vou falar tudo e ainda vou desvendar todos esses enigmas. Guarde minhas palavras, a partir de agora eu só quero respostas.

Bonnie deixou Aurora dormindo e saiu do quarto. Lá fora encontrou todos os cavaleiros aguardando respostas.

(Bonnie)– Podem respirar aliviados, ela está bem e está dormindo. Amanhã já vai poder começar a caminhar.

(Afrodite)– Ai graças aos deuses ela está bem.

(Milo)– Você só está agradecido por que ela ainda não tinha te contado qual o shampoo dela.

Afrodite o fuzilou com o olhar.

(Shunrei)– Se acalmem rapazes, o importante é que ela está bem e os gritos diminuíram. Gente o almoço está pronto vamos indo e deixem ela descansar.

(Shiryu de mãos dadas com Shunrei)– Concordo e vocês dois querem parar de brigar, pelos deuses.

Todos caminham para o local onde o almoço seria servido. Shaka é o último a sair, ele olha para a porta do quarto de Aurora e deseja entrar, mas sabe que não é um bom momento.

(Shaka pensando)– Obrigado Aurora por ter me mandado aquela mensagem... mas o seu cosmo estava tão caloroso quanto o de Atena e tão poderoso.... poderia até dizer que por um momento na luta eu te vi com uma coroa de louros douradas... não sei o que significa isso, se era verdade ou apenas um impressão. Mas de qualquer forma fico muito aliviado por estar bem Aurora, já sinto seu cosmo caloroso mais forte e acho que sei como você conseguiu se comunicar comigo.