A dor nas costas de Aurora pareciam facadas e até respirar provocava dor. Ela se levantou e como sabia que não conseguiria dormir mais saiu da casa e foi até a cachoeira. Lá, a caçadora colocou os pés na água para tentar relaxar.

(Aurora pensando) - Mas que estranho esse sonho. Parecia tão real e essa dor nas costas prova que não foi apenas um pesadelo. De quem era aquela a voz, o que significa que precisamos nos unir? E por que ela me parecia tão familiar?

Aurora estava entretida em seus pensamentos que acabou não percebendo que sua loba estava se aproximando. Lupa deita em seu colo e recebe um carinho de sua dona.

(Aurora acariciando-a)– Olá menina, eu te acordei? Sei que deve estar com saudade do Canadá, mas eu não vou voltar até desvendar tudo o que está acontecendo, inclusive esse sonho tão estranho.

Depois de um tempo acariciando Lupa, Aurora percebeu que o céu já estava clareando.

(Aurora)– Daqui a pouco vai amanhecer. Acho que já sei o que podemos fazer para relaxar e nos divertimos um pouco.

Aurora se levanta e volta para o alojamento. Lá ela troca de roupa e coloca uma roupa de treino, ela amarra seu cabelo em um rabo de cavalo e sai.

Lá ela leva Lupa até um campo, pega um pedaço de madeira e começa a arremessar. Mas fazer isso com um lobo é bem diferente de fazer isso com um cachorro. Lobos não devolvem o objeto eles querem que você o dispute a posse com ele e isso exige força é basicamente um cabo de guerra.

As duas estavam se divertindo e os primeiros raios de sol começaram a aparecer. Aurora sente a presença de um cosmo e ao se virar vê Shura se aproximando com a sua roupa de treinamento.

(Shura)– Bom dia Aurora, vejo que acordou cedo.

(Aurora)– Bom dia Shura, eu acabei perdendo o sono e vim pra cá com a Lupa

(Shura)– Está gostando de retornar ao Santuário?

(Aurora curiosa)– Como sabe que eu estou retornando?

(Shura) - Donko nos contou, apenas quero conhece-la melhor, me parece uma pessoa interessante.

(Aurora com um pequeno sorriso)– O que quer saber?

(Shura)– Como é ser uma Caçadora de Ártemis?

(Aurora)– Pergunta interessante e estranha vinda de um homem. Bom é algo intenso, faz com que a gente ame a liberdade por que durante as caçadas você se sente é como correr sem destino.

(Shura)– Já ouvi falar das lendárias caçadas de Ártemis e de suas caçadoras. É verdade que são imortais?

(Aurora sorrindo)– Sim, ganhamos a imortalidade depois que terminamos o treinamento, aí fazemos os votos de castidade em seguida ganhamos a imortalidade. Eu tenho 17 anos já faz dois anos.

(Shura rindo)– Que incrível, vamos subindo para tomar o café da manhã.

Os dois vão subindo até chegar ao local do café da manhã e no caminho vão conversando, Aurora contando as obrigações e deveres de uma Caçadora de Ártemis e Shura contando com é a vida de um Cavaleiro de Ouro.

Quando chegam ao local, as pessoas olham para os dois que parecem estar conversando animadamente. Ikki que estava sentado perto de Shaka fala.

(Ikki cochichando)– Tome cuidado Barbie ou o Capricórnio vai roubar a arqueira de você.

(Shaka vermelho)– Cale a boca seu smurf e não me chame de Barbie.

Mas Shaka realmente não estava gostando da conversa tão animada entre Shura e Aurora e ao ver que os dois estavam tomando café da manhã juntos fez o cavaleiro de virgem morrer de raiva, o que fez Ikki sorrir.

(Aurora para Shura)– Hoje tem alguma missão?

(Shura)– Eu acho que não, Atena disse que nos daria o dia de folga.

(Aurora se levantando) - Ótimo.

(Shura confuso)– Espere onde você vai?

(Aurora)– Treinar, quer vir comigo?

(Shura se levantando)– Mas é claro.

Saori ao ver que os dois estavam saindo apressadamente perguntou.

(Saori curiosa)– Aonde vão?

(Shura e Aurora juntos)– Treinar.

(Aldebaran se levantando)– Esperem aí povo, eu vou também. Quero assistir.

(Camus levantando)– Vou também.

E pouco a pouco os cavaleiros de ouro foram se levantando para acompanhar Aurora e Shura.

(Ikki se levantando)– Não posso perder a chance de ver Shura apanhando.

(Seya)– É, você tem razão, vamos.

Depois que todos já tinham descido as escadas e chegado ao campo de treinamento, onde Aurora e Shura estavam no centro a caçadora falou.

(Aurora)– Shura, só por que eu sou mulher não precisa pegar leve, eu aguento.

(Shura rindo)– Pode deixar não vou ser nem um pouco bonzinho com você.

Os dois elevaram seus cosmos. Shura levantou seu braço e lançou sua Escalibur, mas Aurora conseguiu saltar antes que o golpe chegasse a ela, tudo muito rápido. Quando ela aterrissou percebeu que apesar de ter desviado o golpe a força de Shura conseguiu solar seu cabelo.

A Caçadora concentrou seu cosmo e lançou um golpe de clonagem, onde ela se clonava em dez e cercaram Shura em seguida ela saltaram e no ar se uniram em uma só. Aurora levantou a perna e lançou um chute contra Shura que caiu para trás. Mas o cavaleiro de Capricórnio logo se levantou e lançou mais um golpe com a Escalibur.

E desta vez o golpe cortou o rosto, a proteção de pulso e uma parte da blusa de Aurora. Donko que acabara de chegar, observa a luta de longe observa que onde o protetor de pulso estava tinha uma grande cicatriz.

(Donko pensando)– Então era ela, a menina daquele dia. Como pude não perceber antes? Os olhos são os mesmos.

No treino, Shura estava correndo para mais um ataque, mas aurora estava parada de olhos fechados e com os dedos indicador e polegar unidos em ambas as mãos.

(Milo surpreso)– Mas a Aurora está praticamente na mesma posição de Shaka.

(Mu intrigado)– Tem razão, o Shura tem que parar.

Mas já era tarde, o cosmo de Aurora estava extremamente elevado e formava uma espécie de muro entre ela e o cavaleiro e quando Sura chegou para dar o golpe foi impedido pela barreira.

E quando Aurora abriu os olhos ela gritou.

(Aurora)– Repulsão.

E toda a energia do muro e do golpe de Shura voltaram-se contra ele. Era como se o cavaleiro de capricórnio tivesse lançado um golpe contra um espelho que refletiu de volta.

Shura foi arremessado para trás contra uma árvore, todos ficaram em silêncio. Aurora baixou seu cosmo e caminhou até o cavaleiro e lhe ofereceu a mão.

(Aurora sorrindo ofegante)– Você é um grande adversário Shura.

(Shura ofegante)– Obrigado, qualquer dia eu quero a revanche.

(Aurora levantando-o)– Estarei esperando.

Os cavaleiros que estavam assistindo ao treino aplaudiram, pois foi um grande treinamento. E pouco a pouco eles foram saindo para suas atividades.

(Afrodite para Aurora)– Aurora, hoje a noite teremos uma noite de fogueira com dança e muita diversão. Apareça lá.

(Aurora sorrindo) - Claro vai ser divertido.

A caçadora ficou mais um tempo no campo de treinamento e Donko se aproximou dela.

(Donko) - Então era você naquele dia?

(Aurora confusa) - Em que dia Donko?

(Donko)– Antes de eu ir para o Mundo dos Mortos alguém me ajudou a chegar até a entrada era uma figura encapuzada, o braço estava muito machucado e antes de ela ir embora eu consegui ver seus lindos olhos. E agora que eu vi essa cicatriz no seu braço eu sei que era você naquele dia.

Aurora desviou o olhar de Donko, em seguida disse.

(Aurora)– Eu fiz o que tinha que fazer. Naquelas circunstâncias não importava se você era um homem ou um defensor de Atena, eu sabia que precisava ajuda-lo a chegar até a entrada do Mundo dos Mortos.

(Donko)– As suas palavras naquele momento... até hoje eu me lembro delas. '' Em tempos difíceis como estes, adversários devem unir forças''.

(Aurora com um pequeno sorriso)– Eu tentei depositar toda a minha confiança em vocês.

(Donko)– Mas como sabia que precisávamos chegara até o Mundo dos Mortos?

Aurora pareceu ficar um pouco relutante antes de responder, mas por fim disse.

(Aurora)– Meu coração mandou ajuda-los e eu apenas senti que a resposta para o fim da guerra não estava no Santuário e sim em outro lugar.

Donko ouviu a resposta de Aurora, mas não acreditou. O cavaleiro de Libra sabia que ela estava escondendo algo.