Just Friends - 3ª Temporada escrita por Laia


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

SIIIIIIIIIIM, TIA LAIA TA VIVA!
Por muito pouco, mas viva.
QUE SAUDADE QUE EU TO DE VOCÊS SEUS LINDOS
Não me odeiem, não façam macumba pra mim, não me abandonem... Olha, eu sei que devo explicações e ai vai!
Sabe quado acontece tanta coisa que você perde o controle da sua vida? Tudo muda, desde o seu comportamento até suas relações. Então, como eu tinha dito, eu fiquei sem computador então era impossível escrever pra vocês. Fiquei até fevereiro sem até conseguir comprar um, mas eu mal tenho tempo pra respirar desde então. Fiz 18, a vida tomou um rumo que eu não imaginava e me faz ter que lutar todos os dias. Trabalho de oito da manha até seis da tarde, saio do trabalho direto pra faculdade e só chego em casa quase onze da noite. Nesse primeiro semestre tive 8 matérias bem pesadas, tive uma crise de labirintite por causa da ansiedade antes da prova final de uma delas e passei uns dias de cama pq não conseguia comer. E entre o tempo que eu tinha, eu tentava conciliar entre minha familia, minhas amigas e meu namorado que acabou virando só amigo porque eu não tenho tempo pra namorar. Então bem, só agora eu to conseguindo um pouquinho de tempo pra vir aqui, porque eu mal tive tempo de fazer a sobrancelha durante todo o semestre. Nesse meu segundo semestre, vou ter 7 matérias com a carga horaria ainda maior, ou seja, eu vou surtar de novo e acabar sumindo. Eu peço que tentem entender e serio, aproveitem muito o ensino médio de vocês (papo de tia que tem saudade do passado SIM). Eu mal consigo ver minha familia e olha que moro com eles, então tenham amor nesse coração e entendam que assim como a Manu, eu só to tentando fazer o que quero da melhor forma. To cursando enfermagem (E É LIIIIIIIINDO) e adoro o curso, mesmo sendo bem diferente e bem mais puxado do que eu pensava.
Saibam que vocês colorem meus dias e que eu não esqueço de vocês nunca. Titia ama demais vocês mas no momento ela precisa se dedicar a 50 coisas ao mesmo tempo e titia não tá dando conta kkkk
Mas vamos ao que interessa e chega de mimimi da Laiane cansada. Curtam mais um capitulo que daqui pra frente o negocio esquenta



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Os exames realmente, não demoraram. Conseguimos chegar em casa pouco depois do almoço. Ela ainda estava um pouco mole, devido aos remédios, mas conseguia respirar bem, mesmo com os chiados. Não a forcei a comer muito, e assim que disse que estava satisfeita, foi para o quarto e apagou.

                Comi um pouco também, mas sentia tanto sono que não conseguia não enfiar a cara no prato no meio da garfada. Não tinha dormido nas ultimas noites direito por causa do projeto, e essa noite estava de pé por causa do café nada digerível da maquina do hospital. Estava exausto, e não podia deixar ela sozinha para dormir.

                “Eu sei, convivo com pais como você todos os dias. Agora você precisa ir. Sei que não vai querer ir pra casa, então posso conseguir um cobertor pra você, e o café da maquina daqui é digerível.” Ela ficava bem de branco, sempre achei isso. Destacava o cabelo preto e a boca dela, mesmo sem o tal batom vermelho.  E ela era uma ótima profissional. Ficava feliz por ela. E admito, até um pouco orgulhoso por ver que ela conseguiu.

                Bati a testa com tudo na mesa, ao cochilar sem querer pela milésima vez.

                “Preciso de ajuda!”.

                A campainha me assustou, me fazendo quase cair da cadeira.

                -Laura, meu deus, nunca estive tão feliz por te ver.

                Dei espaço para ela entrar e cai no sofá.

                -Como ela tá?

                -Está melhor... Mas vamos voltar no hospital para pegar uns exames ainda.

                -É, a Manu me contou que atendeu ela...

                -Ela é ótima.

                -É, ótima MEDICA Eduardo.

                Sentiu a indireta? Pois é.

                -Não me interprete mal Laura...

                -Eu não preciso entender errado pra saber que isso vai acabar mal.

                Silêncio constrangedor.

                -Ah... Então. Pode ficar com ela um tempinho? Preciso dormir um pouco, e não consigo deixar ela sozinha, mas também não consigo passar mais de dois minutos sem acabar cochilando.

                Ela apenas suspirou e concordou, dando de ombros.

                -Tudo bem. Vá descansar.

                Ela não precisou falar duas vezes. Forcei minhas pernas a andarem até o corredor, parando na portal do quarto da Meg. Ela havia se virado na cama, e já estava de ponta cabeça, com um dos braços para fora da cama. Ela sempre fazia isso, e eu ainda achava que algum dia ela iria acabar caindo. Mas ai de mim se ela acordasse enquanto eu a ajeitava.

                “Papai, você me acordou! Agora não vou mais conseguir dormir”. E desatava a andar pela casa, até cansar e ir deitar comigo e a Anne.

                Encostei a porta e gastei o resto da energia para chegar à minha cama. Estava tão cansado que sequer lembro como tirei os sapatos.

                Devo ter acordado por volta das seis da tarde. Escutei a tosse chiada e algumas risadas, mas não vinham do quarto dela. Não me importei com o fato de estar descalço e fui até a sala, onde encontrei as duas brincando no sofá.

                -Papai!

                Sua voz estava meio rouca pela tosse excessiva. Seu cabelo ainda estava úmido e ela havia se trocado. Correu até mim, segurando na minha perna.

                -Tia Laura me deu banho, e ela consegue não deixar cair shampoo nos meus olhos, olha – ela arregalou aqueles olhos enormes para que eu pudesse ver – Nem ficaram vermelhos.

                -Uau, parece que a tia Laura fez um ótimo trabalho!

                Lavar o cabelo da Meg era um dilema pra mim. Os fios eram grossos e volumosos como os da mãe, e lisos como os meus. Ela adorava brincar no banho, e eu sempre me enrolava nas brincadeiras e esquecia de pedir pra ela fechar os olhos com o shampoo. Bem, sempre resultava em olhos vermelhos e um “Ai papai! De novo não!”.

                -Conta pra ele que tia Laura fez a janta também e que ela acha que vocês precisam fazer compras mais saudáveis – ela disse, me olhando com uma cara de “vamos falar sobre isso”.

                Ela estendeu os bracinhos para mim, e assim que a subi, ela sussurrou:

—Comida da tia Laura é melhor que a da mamãe. Ela podia cozinhar sempre pra gente né?

A Laura ouviu e não aguentou, desatando a rir.

—Não fale isso pra sua mãe JAMAIS!

Dispensa explicação a razão das duas não se gostarem.

—Sua mãe me mataria se te ouvisse falando isso.

E foi ai que percebi que a Anne ia mesmo me matar.

Deixei a Meg com a Laura por mais alguns minutos enquanto falava com a Anne no telefone.   

Depois de gritar, me xingar e me ameaçar 15 vezes, ela enfim se acalmou.

—Eu quero falar com ela.

Voltei pra sala, pedindo que a Laura não falasse nada se me quisesse vivo.

—Megan, mamãe quer falar com você.

Ela veio sorridente e pegou o telefone. Ficamos os dois tensos, observando o que ela iria dizer. Pode parecer bobagem, mas se a Anne ficasse sabendo que foi a Manu e a Laura que cuidaram da Meg, eu tava morto.

—Oi mamãe. Aham. Não, eu já to melhor. O papai cuidou de mim, me levou correndo pro hospital e eu fiquei bem. Não, cuidaram de mim lá. Colocaram uns tubinhos no meu braço, e agora ele ta roxo, mas a tia disse que era a marca de que eu era forte, e que depois ela ficava invisível pra ninguém mais ver, mas que eu continuaria sendo forte sempre. É, a tia do hospital. Ela colocou umas coisas no tubinho que ardiam meu corpo. Eu tava sentindo tudo dormente mamãe, foi engraçado. Ta bom. Uhum. Tambem te amo. Vou passar pro papai.

Ela esticou o braço, me entregou o telefone e sentou no meu colo, sussurrando no ouvido livre:

—Ela ainda ta brava com você papai.

Respirei fundo e voltei pro telefone:

—Oi Anne.

—Olha – ela soltou um longo suspiro. Eu quase conseguia ver ela andando descalça de um lado pro outro, mexendo com o volume dos cabelos – fiquei preocupada, mas já vi que ela está melhor. Eu ainda não posso voltar. Tenho duas reuniões amanha e meus papeis só serão liberados depois de amanha. Consegue cuidar dela por esse tempo?

—Claro.

—OK. Me liga se precisar, ta? E não mate ela de fome.

—Uhum.

Depois que ela desligou, recebi uma mensagem do meu chefe mandando melhoras para a Meg, acompanhado de uma nova data para a entrega do meu projeto.

Eu tinha uma filha com algo que ainda não sabia o que, uma pilha de contas, uma esposa com problemas no negocio dela e um projeto impossível de terminar que daria jeito nisso tudo se não tivesse um prazo tão curto.

— A gente vai voltar no hospital?

—Vai sim.

Ela não sabia se ficava feliz ou triste com isso. A Megan odiava agulhas mas adorava o ambiente. “É tudo lindo e as pessoas saem curadas, como se usassem fadas, papai”.      

—Meg, eu preciso conversar com seu pai. Pode ir brincar no seu quarto um pouco?

Ela nem questionou e foi para o quarto ainda tossindo.

Ela me olhava séria, mas sem raiva.

—Não tenho muito tempo porque já to mais do que atrasada, então vamos fingir que não to brava por você ter feito com que eu perdesse quase meu dia todo de estágio. Sorte sua que to com horas a mais... Mas não vem ao caso. Vou ser direta. Não quero nem supor que está pensando isso, mas se estiver, se prepare para brigar e mesmo eu sendo metade de você, eu sei que não vai querer entrar em briga comigo. Então presta atenção: Você não vai mexer com a Manuela de novo. Entendeu?

—Não sei do que ta falando.

—Sabe sim, e tanto sabe que está negando. Você tem uma vida feita e ela ta formando a dela, não estrague isso.

—Mas eu não fiz nada!

—E nem precisa. Que droga, Edu! Tinha que fazer ela gostar de você?

—Eu não tenho culpa se era o hospital mais perto, eu não tinha como adivinhar.

—Não te culpo por ir lá. Só não confunde ela de novo... Só não... A Manu levantou super rápido da sua rasteira, ela conseguiu ficar bem com ela mesma depois disso. Mas se ela cair de novo... Eu não sei se ela vai mesmo levantar e ficar bem com ela depois. Não mata ela de novo, só isso que te peço.

—Eu não fiz nada desde que a vi.

—Entenda que você não precisa. Você atinge ela simplesmente por ser você!

—E o que raios eu vou fazer então? Não posso deixar de ser eu mesmo.

—Não se aproxima de novo porque sabemos que você vai embora no final. E você tem pra onde ir, tem pra quem recorrer. Você tem uma família e você sabe o quanto a Manu sente falta da dela. Sabe que ela banca a durona mas se quebra por dentro. Ela não para até não poder mais, mas sinceramente? Ela ta esse tempo todo com o Rodrigo e ele sabe que não era ele que ela queria. Mas ela não vai mais dar conta por muito tempo e eles vão terminar. Você voltar agora é só mais bagunça. Se for voltar, seja pra arrumar as coisas e não tirar ainda mais do lugar.

Ela levantou, pegou a bolsa, respirou fundo e disse mais calma:

—Eu te adoro Edu, mas a Manu é como uma irmã pra mim.


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Notas finais do capítulo

Me deem um retorno, me contem como vocês estão, como vai a vida de vocês? Eu amo ajudar vocês, cadê aquele povo que eu aconselhava? Titia sente falta
E claro, comentem o que acharam.
Volto assim que puder, não me odeiem por isso
Cheiro da tia laia



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