All Hail the Queen escrita por Angie Hoyer


Capítulo 3
New Orleans


Notas iniciais do capítulo

Hey minha gatas como estão nesse dia maravilhoso de sol?
Acordei inspirada, acho que deu para perceber ahushausuahuhsu
Primeiramente eu queria agradecer e muito as meninas novas que estão acompanhando a fic e comentaram no capitulo anterior. Sem você essa Fanfic não é nada.

Mas é isso gente, finalmente New Orleans. Estou muito empolga, quase quicando aqui. Por enquanto é só.

Boa leitura...



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"Its a new dawn its a new day its a new life for me
And I'm feeling good"

Nina Simone-Feeling Good

New York City — 09:34AM

Aeroporto de New York City

Terça-feira

— Passageiros do voo 183, com destino à cidade de Berna, Suíça, se dirijam ao portão de embarque 23, por favor.

O aeroporto de Nova Iorque estava cheio, como de costume. O céu clara, sol alto e já queimando logo pela manhã era parte do típico verão nova iorquino. O cheiro do ar-condicionado havia irritado o nariz sensível de Summer, que o coçava a cada segundo. A ponta do mesmo se encontrava vermelha e lágrimas se acumulavam em seus olhos, os deixando igualmente vermelhos.

— Ligue sempre que puder — Holly disse enquanto abraçava o pai apertado, era visível que ela não queria soltá-lo. — Não demore demais por lá. — Eu vou sentir tanto a sua falta, papai.

Leon sorriu enquanto ela se aconchegava em seus braços. Desde pequena Holly tinha esse comportamento, o que era de se esperar. Ela foi criada por ele, se separar do pai, mesmo com ela já mais velha, era ainda um sacrifício. Um sacrifício para ambos.

— Assim que chegar ligo, prometo — respondeu, aspirando o cheiro de lírios dos cabelos loiros da filha.

Se despedindo de Summer com um abraço, ordenou juízo às duas, que trocaram um olhar cúmplice. Leon conhecia a filha e sabia que elas tinham planejado algo, porém não se meteu. Holly era maior de idade e sabia de seus deveres e obrigações.

Acenou de longe para a filha que sorria radiante, entrando no avião. Assim que achou sua poltrona na primeira classe, a aeromoça se aproximou, lhe informou os procedimentos e lhe desejou uma boa viajem. Acomodado na cadeira confortável, ele viu pelo conto dos olhos azuis uma moça se aproximar e se sentar na cadeira ao lado. Ela era bonita, seus cabelos loiros ondulados desciam em camadas por suas costas finas, o corpo delineado, os olhos castanhos e os lábios finos pintados de rosa. Ela o olhava sorrindo e ele retribuiu. A moça não deveria ter mais que trinta anos.

— Desculpe, eu vi você no portão embarque. Muito bonita a sua irmã. — A moça até então desconhecida chamou sua atenção.

Leon ergueu uma sobrancelha em dúvida se ela se referia à Holly ou Summer.

— A moça de vestido. — Explicou a loira.

— Não, ela é minha filha. — Consertou sorrindo.

A jovem loira ao seu lado arregalou os olhos em choque. Seus lábios perfeitos se abriram em um perfeito "O", Leon percebeu que seus dentes eram alinhados e extremamente brancos.

— Nossa, você parece tão jovem... Aliás sou Emma. — A tal Emma ofereceu sua mão em forma de comprimento.

As unhas compridas e bem tratadas estavam pintadas de vermelho. Conforme o corpo da jovem se moveu, o cheiro de romã tomou conta do ambiente. Brooke odiava romãs. Foi quase que automático, era sempre assim. Quando uma mulher se aproximava, não importava o quanto ela era bonita e simpática, nenhuma delas era a sua Brooke.

— Leon. — Disse a cumprimentando. — Não tem problema, você se parece muito com ela.

Emma sorriu sem graça. Se arrumou na poltrona e não o incomodou durante todo o voo. Ele precisava seguir em frente e não repelir qualquer uma que tentasse contato. Brooke estava morta há mais de vinte anos, ele precisava de uma companheira. Logo Holly encontraria alguém e ele ficaria sozinho. Brooke não ia querer isso.

[...]

New York — 06:25 Am

Aeroporto de New York City

Quarta-feira

Holly bocejou e logo sentiu seus olhos pesarem por culpa do sono. Maldita seja Summer que reservou um voo tão cedo. As duas passaram a madrugada arrumando malas e planejando destinos e rotas. Pesquisaram possíveis lugares que ela encontraria algo, até mesmo pontos turísticos. Tabita, que descobriu o plano das duas, ajudou em algumas coisas. A loirinha reservou um quarto em uma pousada no antigo e charmoso Bairro Frances, comprou ingressos para um festival de música que aconteceria no seu terceiro dia de visita — alegando que Holly deveria ter algo divertido para fazer — e imprimiu uma lista com bares e restaurantes para ela visitar enquanto estivesse por lá.

E há mais de uma hora, as três loiras estavam sentadas nas poltronas desconfortáveis do saguão do aeroporto esperando o anúncio do voo. Os olhos azuis de Holly miraram as irmãs, que mesmo que fingissem se odiar, estavam abraçadas enquanto dormiam. Tabita tinha a cabeça no colo da irmã mais velha que segurava sua mão direita com força e a outra apoiada na cintura de forma protetora. Holly gostaria de ter uma irmã ou irmão, às vezes se sentia sozinha com seus quadros e frascos de tinta fresca.

Sentia um frenesi no estômago desde a noite anterior. Ela estava indo para Nova Orleans tentar conhecer um pouco sobre os Labonair e sua mãe. Talvez encontrasse algum parente, antigo vizinho ou até amigo de trabalho de sua mãe. Esfregou com força as mão no jeans apertado. Ela sentia em seu íntimo que aquela viajem mudaria tudo, algo grande a esperava.

Seu pai costumava dizer que grandes pessoas estão destinadas à grandes feitos, e ela se sentia daquele modo. Algo grande a aguardava naquela cidade. Sorriu involuntariamente enquanto seus batimentos cardíacos aumentavam.

— Passageiros do voo 104, com destino à Nova Orleans, Louisiana, se dirijam ao portão 12, por favor.

Holly pulou do banco, batendo os saltos no chão de pedra. As irmãs levantaram no susto, olhando desnorteadas para todos os lados. Summer parecia ainda dormir e Tabita não ficava muito atrás.

— É o meu voo! — Disse Holly.

Summer assentiu enquanto a ajudava com as malas, Tabita vinha cambaleante atrás das mais velhas. Quando a placa metálica com o número doze foi vista por Holly, ela sentiu todo o seu corpo se arrepiar. Estava chegando a hora.

Com o passaporte em mãos, ela entregou as malas e se virou para se despedir das duas garotas. A primeira a ser abraçada foi Tabita, que mesmo sem ter nada a ver, ajudou em muito nessa loucura.

— Muito obrigada pela ajuda, Tabs. Você foi incrível. — Abraçou a garota de apenas quinze anos com força. — Cuida da Summer por mim, ok?

— Pode deixar. — Disse dando espaço para a irmã mais velha.

Summer se jogou nos braços da melhor amiga, a abraçando apertado.

— Por favor, toma muito cuidado. Você não conhece ninguém lá e está longe demais para pedir ajuda. — Sussurrou no ouvido de Holly. — Não saia por lá dizendo seus dois sobrenomes, se apresente com apenas um. Sonde o local e se perceber que alguém é de confiança, conte o que estava fazendo lá.

— Você parece uma agente secreta falando. — Disso debochada.

— Agente 99, tome cuidado em sua missão de campo.— Brincou Summer arrancando risadas das duas. — Do que está rindo, Agente X9? Se alguma informação vazar daqui eu corto a sua língua.

— Summer. — Advertiu Holly, Tabita mostrou a língua para a irmã em forma de desafio.

— Agente 69 precisa ir. Boa viajem e mande postais ou e-mails, tanto faz.

— Por que 69? — Tabita perguntou com uma falsa inocência na voz.

— Como se você não soubesse, né pirralha?— Brigou enquanto bagunçava os cabelos cacheados da irmã.

— Não sou pirralha. — Resmungou a adolescente.

Holly revirou os olhos enquanto entregava o passaporte e recebia um saudação e boa viagem da atendente. Se virou e passou a caminhar de costas, vendo as irmãs D'Lavois acenaram para ela e sorriam. Holly mexeu a boca dizendo um "eu amo vocês" mudo, recebendo em troca sorrisos ainda mais largos. Logo caminhou pelo extenso corredor procurando a cabine da primeira classe, cortesia de Summer. A porta feita de algum material branco foi aberta por um rapaz moreno e baixinho de feições eram latinas. Ele lhe deu um sorriso e ela retribuiu.

A sala era toda em tons claros, os sofás, as paredes. O enorme emblema na empresa aérea estampava a parede principal, atrás da recepcionista. As cores do emblema eram os mesmos dos objetos e também dos detalhes da roupa da moça, que checou seu passaporte e lhe indicou uma portinha. A primeira classe era um luxo, as poltrona em couro creme, com encostos bem estofados, Tv particular, fones de ouvidos e ate mesmo um notebook. Escolheu a poltrona mais ao fundo ao lado da janela, as poucas pessoas que ali estavam usavam terno e gravata, pareciam ser empresários importantes. Mas naquele momento Holly desejava que as três horas de voo, passassem bem rápido.

[...]

New Orleans — 10:23AM

Quarta-feira, dia 1

O táxi que era dirigido por um senhor bem simpático a deixou no endereço marcado por Tabita à mão. A letra redonda e caprichosa da adolescente marcava o ponto final em forma de coração e Holly sorriu com isso. O prédio tinha uma arquitetura antiga e colonial, as grossas barras de ferro formavam arabescos nas sacadas, as janelas eram em forma de arco e as paredes tinham os tijolos à mostra tinham seu charme e demonstravam a personalidade forte que a cidade tinha.

As ruas eram movimentadas, as pessoas sorridentes e os comércios chamativos. Haviam bares por todos os lados, assim como restaurantes e Holly tinha a impressão de que não era apenas um luxo do bairro, a cidade toda parecia ser daquele modo. Contudo, o cansaço falava mais alto. Com as malas em mãos ela entrou na recepção do local, que assim como o lado de fora, era imponente, rústica e ainda mais bela.

O recepcionista era um rapaz jovem, cabelos escuros, olhos escuros e sem barba. Vestia uma camiseta branca e batucava os dedos no balcão. Os olhos do rapaz se arregalaram quando a viu, sorrindo docemente ela se aproximou.

— Meu nome é Holly Bernasconi, fiz um reserva por telefone ontem à noite — disse com um sorriso nos lábios pintados de rosa.

O garoto parecia ter perdido a voz, pois abria e fechava a boca inúmeras vezes, parecendo indeciso em respondê-la.

— S-sou Tobias, seja bem vinda, senhorita Bernasconi. — Gaguejou.

— Holly, pode me chamar de Holly. — Ele assentiu rapidamente e freneticamente com a cabeça. Parecia extasiado e abobalhado com a sua presença.

— Seu quarto é o vinte e três, no quarto andar. — A chave de cobre era pesada e bonita, denunciado a idade do prédio. — Quer ajuda com as malas?

— Seria muito gentil da sua parte.

Tobias ao menos esperou que ela se movesse, sai detrás do balcão de forma rápida e apanhou as duas malas lhe indicando as escadas. Holly pensou automaticamente que seria uma tortura subir e descer aqueles degraus todos os dias, ainda mais de salto. Logo o numero vinte e três apareceu. Uma porta pesada e envernizada, com o numero pendurado na mesma. A moça girou a chave e a empurrou.

— Espero que goste, tenha um bom dia Holly. — Desejou colocando as malas da loira no canto do quarto.

— Obrigada Tobias. E um bom dia pra você também. — Disse enquanto fechava a porta.

A única palavra que podia descrever o quarto era: incrível. A mobília, os objetos, a posição... Era tudo perfeito. A cama em dossel feita de madeira escura tinha o entalho desenhado, arabescos que adornavam a cabeceira da cama formando desenhos lindíssimos. A roupa de cama impecavelmente branca e lisa e os inúmeros travesseiros davam vida ao quarto. Os brancos e lisos ficavam atrás e os bordados em renda fina e clara enfeitava a frente. Havia também um fino mosquiteiro amarrado às bordas da cama, dando um ar de realeza ao quarto. Dois criados mudos no mesmo tom da cama carregavam abjures na cor creme e um telefone ao lado esquerdo, o tapete também branco e felpudo transformava o quarto rústico em algo aconchegante e delicado.

A moça não deixou de observar as pinturas, pareciam ser feitas por algum artista local, pois Nova Orleans estampava cada uma das telas, em formas e contornos diferentes. Uma segunda porta chamou-lhe a atenção. O banheiro branco era tão lindo quanto o restante do quarto, a pia dupla de porcelana fina combinava com as torneiras de bronze envelhecidas, assim como a banheira no canto do cômodo. À esquerda da mesma, um chuveiro moderno dava um antagonismo perfeito a decoração antiga.

Feliz da vida, a loira correu na direção da cama se jogando em cima da mesma espalhando seus cabelos dourados. Bateu a mão direita no bolso capturando o celular, nenhuma chamada perdia, porém duas mensagens não lidas.

"Bom dia meu amor, não pude ligar antes pois o fuso horário acaba comigo e também já era muito tarde. Estou bem e não se preocupe, as coisas estão complicadas por aqui mas nada que eu não possa resolver. Seus avós estão mandado um beijo.

Te amo. Papai."

Holly quase riu quando leu que seus avós estavam mandado beijos. Falsos, eles a odiavam e ela nem sabia do porque. Resolveu responder antes que seu pai surtasse e ligasse.

"Bom dia papai, não tem problema algum. Já estou com saudade e por aqui continua tudo na mesma. Tenho certeza que consegue resolver tudo antes do previsto. Beijos

Também te amo. Holly"

Resolveu ser breve para não atrapalhar, ao menos sabia que horas eram na Suíça. A segunda mensagem, como era de se esperar, era de Summer.

"Espero que tenha chegado bem. Não posso falar agora, a megera da minha professora de balé está na minha cola. Te desejo sorte amiga. Conversamos mais tarde.

Te adoro. Summer D'Lavois"

Achou melhor não responder aquela, se bem conhecia a famosa megera de quem Summer tanto falava, era melhor não incomodar. Jogou o celular na cama suspirando. Nova Orleans parecia mágica.

Holly quase não sentia o calor do lado de fora já que as grandes janelas — que tinham uma privilegiada sacada — recebiam rajadas de vento a todo instante. As cortinas peroladas esvoaçavam pelo quarto parecendo dançar. Com os olhos pesados, Holly chutou os saltos para o outro lado do quarto e logo arrancou a calça jeans. Derrubou alguns travesseiros no chão e se aninhou no centro da cama, que cheirava lavanda e limpeza. Não demorou para que a loira caísse no sono.

[...]

New Orleans — 05:30PM

Naquele mesmo dia

O banho quente de banheira retirou qualquer vestígio de preguiça em seu corpo. A loira se sentia renovada. Ainda enrolada na toalha, foi até a bolsa, a fome já dava sinais fortes. Tomou a lista impressa por Tabita onde havia nomes, endereços, restaurantes e bares que ofereciam a melhor comida da cidade. Separou a lista enfiando a mão na mala e retirando um pequena bolsa-carteira, arremessando-a na cama desarrumada. Arrastou a mala maior para o centro do quarto e observou o conteúdo. Seu vestido azul preferido era o primeiro que seus olhos encontraram. O puxou da mala junto com bolsa de maquiagem e a caixa de jóias.

Assim que terminou a maquiagem, soltou o cabelo preso em um coque desajeitado. As ondulações do mesmo estavam um pouco desgrenhadas, mas ela gostou do resultado. O vestido azul escuro modelou suas curvas perfeitamente, ele continha um trançado no busto e caia reto no comprimento. As leves pinças na cintura faziam com que a barra ganhasse movimento e a fenda abaixo dos seios lhe dava sensualidade. Correu de volta para a mala e pegou um par de sapatos de salto agulha pretos, voltou para o espelho e aprovou o resultado. Na pequena bolsa, ela colocou alguns dólares, cartões, celular e as chaves do quarto.

Quando seus saltos tocaram o asfalto da calçada, ela suspirou extasiada. Se a cidade era linda durante o dia, à noite ela se transformava e ficava ainda melhor. As luzes coloridas e os letreiros chamativos eram incríveis. Holly sorriu para tudo aquilo, já estivera em Vegas, mas Nova Orleans tinha estilo, personalidade. A cidade era incrivelmente linda.

Logo que começou a andar, percebeu que alguns homens e mulheres a observavam, porém ignorou enquanto desdobrava a lista. E um nome em especial lhe chamou a atenção.

"Rousseau's"


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Notas finais do capítulo

Hey pessoinhas do meu coração original, super recomendo a musica do capitulo, ela é maravilhosa, e tambem é super Nova Orleans e consequentemente Klaus Mikaelson.

Então, Holly finalmente chegou em Nova Orleans e é exatamente ai que tudo começa. Porem as coisas só esquente no próximo capitulo.

Comentem amorecos. Amo vocês
Mille baci....



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