All Hail the Queen escrita por Angie Hoyer


Capítulo 4
Rousseau's


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, como estão?

Como disse as coisas começam nesse capitulo, teremos o primeiro contato de Holly com a noite de New Orleans e o começo dos mistérios. Me perguntaram na MP essa semana quando teria o encontro do Klaus com a Holly. Bom, o que posso adiantar é que será logo ahsuhsuahsuhaush.

Espero que gostem.
Um ótimo feriado a todas vocês...

Boa leitura.



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Capitulo 4

"Apague as luzes da cidade, que a lua está linda."

— Autor Desconhecido.

New Orleans — 07:23 PM

A noite de Nova Orleans era surpreendente. As luzes, as pessoas, o clima, tudo exatamente tudo naquela cidade parecia seduzir e envolver. A noite de quarta-feira estava quente, as ruas estavam movimentadas e os bares lotados. Holly olhava para cada uma das placas brilhantes pelo caminho, porém não havia achado nenhum Rousseau's nos vinte minutos que percorria pelas ruas animadas do bairro francês.

Uma das primeiras coisas que ela percebeu ao visualizar melhor as pessoas daquele local era que ela estava formal demais. Todos ali pareciam se vestir o mais confortável e despojado possível. Em Nova Iorque era uma roupa comum, mas ali parecia ser diferente do resto. Não que Holly se importasse com isso.

Metade das mulheres com quem cruzou usavam calças jeans e sapatilhas, a outra metade vestidos e sandálias sem saltos. Parecia que todos haviam combinado entre si de olhar para fora das vidraças dos bares quando ela passava, alguns cutucavam um amigo e apontavam para ela. A beleza daquelas pessoas era forte e cheia de personalidade, ao contrário de Holly que era delicada, uma mulher de traços finos e aristocráticos.

A loira se aproximou da guia atravessando mais uma rua e nenhum sinal do tal bar. Com a ajuda dos letreiros brilhantes ela consegui enxergar a palavra que indicava o nome da rua: Borboun. Holly não era a pessoa mais indicada para isso, mas tinha quase certeza que aquilo era nome de alguma bebida alcoólica. Não sabia dizer, a primeira — e última — vez que colocou uma única gota de álcool na boca foi aos dezessete anos em uma festa de aniversário de uma colega de classe. Não se lembrava de absolutamente nada daquela noite, só de ter acordado com uma dor de cabeça insuportável e o famoso gosto amargo no fundo da garganta, sintomas da famosa ressaca. Depois desse episódio jurou que nunca mais beberia e se orgulhava de mantê-lo ate hoje.

Cansada de andar sem um rumo certo, a loira resolveu que era hora de pedir ajuda. Não seria difícil as ruas estavam cheias. Deu dois passos e girou o pescoço a procura de alguém que pudesse lhe fornecer tal informação. Foi quando seus olhos captaram uma moça morena de no máximo dezessete anos vindo em sua direção usando um vestido escuro cheio de flores que batiam no meio de suas coxas, os cabelos longos e escuros com ondulações nas pontas. Sorrio simpática enquanto se aproximava.

— Com licença. — Pediu educada. — Você poderia me dizer onde fica o Rousseau's?

Os olhos chocolates da moça encararam os seus. Ela a olhou de cima a baixo e ergueu uma sobrancelha. Holly corou de leve com o olhar critico da adolescente sobre ela.

— Desculpe. — A menina sorriu envergonhada. — Você é nova por aqui, certo?

Holly balançou a cabeça afirmando, ainda um pouco corada mas sorriu.

— Olha, eu estou indo para lá agora mesmo, se quiser pode me acompanhar. — Lhe ofereceu um sorriso tímido. — Não fica muito longe daqui. Aliás, sou Davina.

A moça, Davina, estendeu a mão direita para que ela a apertasse e assim o fez. Os dedos da menina eram quentes e gentis. Holly não deixou de sorrir, algo em Davina a fazia se sentir bem.

— É um prazer, sou Holly.

As duas começaram a caminhar no sentido contrario. De vez em quando Davina a olhava sorrindo de forma gentil.

— Bom, sei que não é da minha conta mas... O que faz em Nova Orleans? — Perguntou a olhando pelo canto do olhos.

— Ouvi dizer que a cidade era linda e precisava de inspiração para novas pinturas então... Aqui estou. — Tentou soar o mais natural possível.

O que não era de todo uma mentira, ela precisava mesmo de inspiração. Sua exposição em Amsterdã seria no final do ano e só tinha feito três quadros. Aquela era sua oportunidade e Nova Orleans tinha inspiração de sobra.

— Então é uma artista?! Está no lugar certo. — Davina sorria. — Bom, chegamos.

A menina apontou para uma placa não muito alta onde o nome do bar estava escrito. Piscou para Davina e juntas elas entraram. A música alta preencheu seus ouvidos quando as portas de madeira e vidro foram empurradas por Davina. O cheiro de madeira e Whisky preencheu seu olfato. O bar era todo em madeira, o balcão, as cadeiras, as paredes. As mesinhas espalhadas por todo o espaço estavam cheias, assim como os bancos mais altos de frente para o bar, onde uma moça loira servia os fregueses com um sorriso no rosto.

— Aquela é Camille, é uma amiga e bar tênder daqui. — Davina lhe chamou a atenção. — Cuidado, ela é estudante de psicologia e adora analisar as pessoas.

A loira não deixou de rir da expressão assombrada da menina e logo se pegou pensando se a morena tinha idade para frequentar um lugar daqueles. Com Davina, na frente as duas se infiltraram no bar passando por entre as mesas até chegarem ao balcão, os homens apontavam e faziam comentários sobre a loira. Ela ignorou como pôde.

Camille era uma moça jovem de feições sorridentes. Os cabelos cor de palha que lhe batiam nos ombros tinhas ondas. Assim que ela bateu seus olhos e Davina, sorriu.

— Camille, essa é Holly. Ela é nova na cidade. — Falou um pouco mais alto para que a mulher pudesse escutar.

Ela assentiu apontando para dois bancos vazios, um ao lado do outro, que ficavam próximos ao palco, onde uma banda animada tocava blues. Holly não conseguia parar de observar o local, era tudo tão lindo, tão animado e nem de longe lembrava a badalação exaustiva de Nova Iorque. Sentia que se caísse na noite todos os dias ainda sim não se cansaria.

Passou os olhos pelo bar e se ajeitou na cadeira. Camille ainda servias bebidas sem parar um segundo, ora ou outra soltava uma risada alta e voltava ao trabalho. Tirou seus olhos da mulher e se virou para Davina que observava um ponto especifico do bar, seguindo a trajetória de seu olhar. Ela conseguiu ver mais ao fundo um rapaz moreno de porte atlético, não conseguia ver muito de onde estava, contudo ele era muito bonito mesmo com a distância. Intercalou seu olhar entre um e outro, enquanto os olhos de Davina brilhavam e um sorriso tímido se formava em seus lábios. O garoto ao menos parecia ter notada sua presença.

— Ele é bem bonito. — Davina a olhou rapidamente enquanto se ajeitava melhor no banco.

— É... — Disse enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Holly sorriu se lembrando de Tabita. As bochechas coradas já haviam denunciado seus sentimentos, escondidos, pelo rapaz.

— Se não disser ele nunca vai saber. — Aconselhou. — Homens são bem lentos, com eles não existe meias palavras. Ou você fala ou não fala.

— Não sei se tenho coragem.

— O máximo que pode acontecer é ele dizer que não sente o mesmo. — Uma voz aveludada e completamente nova para Holly se propagou.

A loira Camille estava parada diante das duas com latinha de refrigerante e um copo. Os colocou no balcão e se virou apanhando uma garrafa de whisky.

— Gosta deste?. — Disse a erguendo.

— Eu não bebo, mas aceito um refrigerante. — Camille a olhou estranhamente por um momento, não devia estar acostumada com pessoas que não bebem. Aquilo era um bar, as pessoas iam ali para beber. Se queria refrigerante que comprasse na loja da esquina. Sorrindo, ela trouxe uma segunda latinha.

— Sou Camille.

— Holly. — Apertou a mão da mesma. — Aliás, Camille tem razão. Se não for para ser ele, pelo menos você tentou.

Davina sorriu agradecida e jogou um olhar por cima dos ombros em direção a mesa onde o tal loiro estava. E para a total surpresa da adolescente seus olhares se encontraram. O rapaz sorriu e ergueu a mão a cumprimentando, Davina devolveu o gesto tímida e se virou. As duas loiras a olharam divertidas e Davina corou.

Já era quase uma da manha quando o bar começou a esvaziar, estavam no meio de semana e as pessoas trabalhariam no dia seguinte. Porém, Camille, Davina e Holly haviam embalado em uma conversa que parecia nunca ter fim. Holly descobriu muitas coisas sobre as duas e principalmente sobre a cidade, também contou sobre e Nova Iorque, seus quadros e seu pai. A quantidade de cafeína que havia ingerido através das inúmeras doses de refrigerante a deixaram tão ligada que ela pensou que poderia rodar a madrugada acordada.

Davina era uma garota órfã no auge de seus dezessete anos, Camille cuidava dela da melhor forma que podia dividindo seu tempo entre, estudar psicologia durante o dia e servir o bar a noite.

Quando pensaram estar completamente sozinhas a porta do bar se abriu e um rangido irritante das dobradiças a fez fechar os olhos agoniada. Um perfume forte e masculino se alastrou pelo ambiente através da rajada de vento fresco, característico das madrugas, que entrou junto ao homem. O perfume era maravilhoso e Holly se virou lentamente na direção da porta, o tal homem vinha caminhando entre as mesas agora vazias.

Holly não conteve um suspiro quando seus olhos bateram no homem a poucos passos dela. Ele era alto deveria medir no mínimo 1,80m, os ombros largos, os braços cobertos por uma blusa de magas longas na cor preta fazia com que seus músculos se desenhassem por debaixo do tecido fino. A pela era escura em um tom de chocolate e parecia ser aveludada. Tinha uma barba delineada e seu cabelo tinha um corte militar muito baixo, o deixando quase careca. Seus olhos negros a analisaram assim como ela fazia com ele e um sorriso largo revirou uma fileira de dentes perfeitamente alinhados e brancos. Não havia como contestar aquele homem era simplesmente maravilhoso. Sua postura ereta transmitia tanta sensualidade que a deixava desnorteada, seu perfume amadeirado inebriou seus sentidos e tudo aquilo só melhorava com o sorriso de arrasar que ele tinha.

Marcell? — A voz de Camille a tirou de seus devaneios. — O que faz aqui, ainda mais à uma hora dessas?

Seus olhos escuros ainda passeavam livremente pelas longas e delicadas pernas de Holly. O vestido que era relativamente curto ficava ainda mais quando sentada. Sentiu as bochechas arderam com o olhar de Marcel.

— Estava resolvendo uns assuntos. Passei por perto e resolvi entrar. — Contou ainda sorrindo.

O homem se sentou ao lado de Holly, propositalmente e lhe lançou um sorriso charmoso. Camille entregou a ele um copo pequeno com um líquido escuro e ele entornou em um único gole.

— E você? Nunca tinha te visto por aqui. — Marcell disse enquanto focava seus olhos castanhos quase pretos, no mar cristalino de Holly.

— Sou Holly. Cheguei hoje na cidade.

Marcell ergueu seus olhos para Camille, que apenas negou com um breve e quase imperceptível aceno. O sorriso de Marcell se alargou ainda mais, se é que aquilo era possível. Holly percebeu pelo cantos dos olhos a troca de olhar entre Camille e Davina, as duas pareciam apreensivas como se temessem algo.

Marcell parecia o típico cafajeste. Holly conhecia homens como ele aos montes, poderia parecer frágil mas não era estúpida.

— É um enorme prazer conhecê-la. Sou Marcell Gerard. — O sorriso galante a deixou constrangida.

A mão esquerda de Marcell agarrou a sua, que pousava em sua coxa exposta. O arrepio que subiu por sua coluna quando sentiu a ponta dos dedos macios em contato com sua pele, foi inevitável. Aquele homem era perigosamente envolvente.

— Veio visitar algum parente? — Voltou a perguntar.

— Na verdade não. Vim buscar um pouco de inspiração. — A voz dela era suave e gentil.

— Ela é pintora. — Davina se pronunciou pela primeira vez desde a chegada do homem.

A sobrancelha esquerda dele se ergueu, seus olhos se tornaram fendas. Ele parecia pensar em algo, seu olhar critico voltou a analisá-la de forma lenta e constrangedora. Marcell Gerard era um homem intenso.

— Acho melhor eu ir, está muito tarde. — A loira disse pulando do banco e pegando sua bolsa.

Quando pensou em abri-la para pagar pelo refrigerante, Camille negou com a cabeça.

— Não, sério não precisa mesmo. A únicas pessoa que vem aqui para tomar refrigerante é Davina... E agora você.

— Não, eu insisto...

— Holly, você é uma boa garota, esqueça isso. São só refrigerantes. — O sorriso dela era quase maternal.

— Obrigada. Prometo voltar amanhã. — Disso sorrindo.

Marcell observava a bela mulher ao seu lado com fascínio. Ela era linda, ele ousava dizer que ate mais bela que Rebekah, os grandes olhos azuis cristalinos brilhavam com intensidade e inocência, os lábios cheios na cor cereja, o corpo cheio de curvas e o maravilhoso perfume de lírios que sua pele exalava. Ela era diferente, seu sorriso parecia ter o poder de iluminar o mais sombrios dos corações, em nada se parecia com o ar sedutor de Rebekah. Ela era delicada, sensual e incrivelmente doce, tinha certeza que ela poderia gerar uma guerra.

— Posso te acompanhar se quiser. — Marcell se ofereceu. — Nova Orleans não é tão segura quanto parece.

Os olhos cristalinos de Holly analisaram não só a proposta mas também ele, parecia ponderar se podia ou não confiar nele. Mirou Camille que afirmou com a cabeça.

— Pode ir Holly, tenho certeza que chegará segura. Não é mesmo, Marcell? — A estudante enfatizou a última frase olhando firmemente para o moreno, que ergueu os braços em rendição.

— Tudo bem, acho que é melhor mesmo. — Concordou.

Com um aceno breve ela se despediu das garotas e acompanhou Marcell ate a saída. O vento gelado a pegou desprevenida, sentiu os pelos de seu corpo se erguerem com o frio. Percebendo o desconforto da mulher, Marcell até mesmo pensou em ajudá-la porém usava apenas sua camisa. Se desculpou com o olhar.

— Então... — Holly começou enquanto caminhavam pelas ruas quase vazias.

— De onde você é?

— Nova Iorque. E você?

— Daqui mesmo. Passei toda a minha vida em Nova Orleans, pretendo continuar aqui. — Disse sorrindo.

— Aqui é um lugar lindo. — A loira se pronunciou após alguns segundos de silencio. — Se soubesse que a cidade era tão linda, tinha vindo antes.

Marcell sorriu, contudo diferente da ultima vez não era um sorriso sedutor ou malicioso, este era gentil e admirado.

— Nova Orleans pode te surpreender.

— Posso perguntar uma coisa? — Questionou agarrando a alça fina da bolsa.

O moreno encarou os olhos azuis inocentes de Holly e apenas assentiu.

— Você mora aqui desde de sempre, certo?! — Marcell afirmou com a cabeça. — É verdade sobre, você sabe... voodoo.

O vampiro não conteve uma gargalhada. A moça era mais inocente e desenformada do que ele imaginou. Holly corou imediatamente, se sentiu estupida por perguntar aquilo, havia visto inúmeros estabelecimentos que oferecia essa... Opção de serviço.

— Olha, eu acho que sim. — Responde à moça ainda rindo. — Se você acreditar, tudo pode acontecer. Até mesmo um voodoo.

Quando os olhos escuros de Marcell fitaram o rosto da mulher, ele pode perceber que ela estava corada. Ele não evitou de pensar o quão adorável ela ficava daquela forma, lhe dava um ar de menina e a enchia ainda mais ingenuidade. Na opinião do vampiro, Holly tinha exalava um pedido de proteção, como se fosse frágil de mais para se proteger e precisasse de um força externa para que não se machucasse. Ela era linda e delicada como uma boneca e Nova Orleans era perigosa de mais para uma pessoa como ela.

— É só acreditar então. — Ela sussurrou. — Não sei se consigo. Sabe, acreditar em algo que não pode ver, tocar ou imaginar.

— Filosofia estranha para uma artista. — Analisou.

Holly apenas sorriu. Era um cética, nem magia, nem fantasmas. Não era nada pessoal, ela só não acreditava.

— É estranho, eu sei, às vezes me sinto caindo no conto do vigário.

Marcell a olhava admirado, Holly era um ser de luz. Seus olhos pareciam dois diamantes lapidados e com um brilho quase inumano, era lindo se olhar.

— Presumo que não tenha fé. — Holly arqueou uma sobrancelha.

— Não exatamente. — Explicou. — Todos nós temos fé, creio que seja algo embutido no pacote. Eu só não credito que um fantasma vá puxar o meu pé se eu dormir sem meias ou lobisomens na lua cheia, vampiros que brilham mais que um Rolex.

— Drácula se sentiu ofendido depois daquele filme. — Riu o homem

— Acredite, eu também me sentiria. Aquilo foi ridículo, ainda não me conformo ter gastado trinta dólares no cinema pra assistir aquilo.

Marcell não deixou de pensar em como aquela conversa estava sendo irônica. Ela falando mal de um filme sobre vampiros com um vampiro. Não igual aqueles, obviamente Marcellus não brilhava no sol, ele se tornava apenas cinzas.

Um silencio confortável se instalou entre os dois, Marcell era uma ótima companhia. Sua presença a deixava confiante. Logo eles estavam em frente a pousada onde ela se hospedara.

— É aqui. — Disse apontando para a construção. — Obrigada por me acompanhar, foi muito gentil da sua parte.

— Sempre que precisar. — Respondeu com um enorme sorriso nos lábios. — Sabe que vai ter um festival de música daqui dois dias? Apareça por lá.

Holly apenas sorriu. Com um casto beijo na bochecha, Marcell a deixou e voltou a caminhar. Com o sorriso nos lábios ela se virou para entrar, pelo reflexo do vidro da porta ela vislumbrou uma silhueta escura do outro lado da rua, se virou abruptamente. Seus olhos varreram a rua escura a procura de alguém mas até mesmo Marcell já havia desaparecido. Com o coração disparado ela entrou apressadamente, correndo pelas escadas e se trancando em seu quarto.

Seu coração batia depressa. Passou as mãos apressadamente pelo rosto, fechou os olhos com força.

"Foi tudo coisa da sua cabeça. A mente humana adora pregar peças."

Ela repetiu como um mantra. E quando finalmente abriu os olhos a mesma sombra estava ali atrás das cortinas, que balançava com o vento vindo da sacada. O grito agudo que escapou por entre seus lábios foi absurdamente alto, voltou a fechar os olhos com força lágrimas de medo encheram seus olhos. Poucos segundos se passaram quando o som de alguém batendo na porta foi escutado pela loira.

— Holly, está tudo bem? Abra a porta. — A voz pertencia a Tobias. Ele parecia preocupado.

Relutante, ela abriu os olhos, vasculhou cada canto do local percebendo que a tal "sombra" não estava mais lá. Se virou para a porta a abrindo timidamente. Os olhos escuros de Tobias estavam carregados de preocupação.

— Esta tudo bem? Eu te ouvi gritar. — Perguntou enquanto tentava olhar dentro do quarto.

— Eu só pensei ter visto... Esqueça, é só o sono, nada de mais. Mas obrigada pela preocupação. — Tentou disfarçar o medo.

Tobias ponderou a situação, e se deu por vencido. Deu um sorriso fraco a moça e se virou para ir embora.

— Feche a porta da sacada. Está frio. — Aconselhou.

Assim que fechou a porta, a loira correu ate a sacada fechando a porta e as cortinas apressadamente. Se afastou alguns passo e suspirou enquanto passava a mão esquerda na testa suada.

— É tudo coisa da sua cabeça Holly. Não tem nada lá fora que possa te machucar, a não ser um ladrão ou algo parecido. E um ladrão não é tão rápido assim. — Disse para si mesma enquanto retirava o vestido azul e os saltos.

O que Holly não sabia é que muitas coisas lá fora poderiam machucá-la e ela logo conheceria aquele que não deixaria que nenhuma delas a tocasse.


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Notas finais do capítulo

Hm, as coisas estão começando, quem é essa "sombra"? E esse relacionamento do Marcell com a Holly?
Comente e recomendem, adoro vocês.

Mille baci...



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