Stay With Me escrita por Thaís Romes


Capítulo 1
Capitulo único


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Bom, depois da promo que nos lançou no chão dead feat death, a minha amiga Adri M me pediu para fazer essa one, e ainda bolou a capa linda que vocês viram ai. E como o pedido da UP diva é ordem, quebrei minha cabeça um tantinho para fazer isso para vocês.
Ao contrário de todas as minhas outras ones que, ou são fruto de revolta, ou estão completamente embasadas em teorias mirabolantes que minha mente desprovida de sanidade formula, nessa fic deixei muitos caminhos possíveis, para interpretação. Pois tenho dezenas de teorias, então no fim, acabou sendo o que eu, como fã Olicity gostaria que acontecesse. Não acredito que seja isso, mas espero que gostem, e Adri, espero que ao menos alcance suas expectativas.
Boa leitura.



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FELICITY

“Você tem uma escolha.”

Foram as palavras de minha mãe, é engraçado na verdade. Pois sempre me orgulhei de ser firme, e fazer minhas próprias escolhas, traçar os caminhos que quero em minha vida. Mas o deixei escolher, nem mesmo dei minha opinião a respeito, e não percebi isso até que minha amada mãe me abrisse os olhos. Há quem diga que loucura e sabedoria andam de mãos dadas. Não sei quem disse isso na verdade, mas sei que a pessoa tem toda razão.

Tenho tentado, ninguém pode me acusar do contrário. Eu me envolvi, flertei, ouvi as histórias dele, fui a melhor namorada que pude, pelo maior tempo que consegui. Mas não foi justo, Ray merece alguém que o ame de volta, não alguém que se esforce para quem sabe, um dia, talvez, vir a sentir o mesmo. Não tenho esse tempo, e descobri que nem mesmo ele.

Foi demais para mim, ao ter minha vida salva pelos dois, sim, ao mesmo tempo. Oliver controlou a armadura do ATOMO, mas quem estava dentro era na verdade Ray. Quando olhei em seus olhos naquele momento, procurei o azul dos de Oliver, esperei por um aceno seu, um simples toque em minha face, queria ouvir sua voz me dizer que tido ficaria bem. E a essa altura da minha vida, depois de tudo o que vivi, não preciso mais de pessoas me dizendo que alguma coisa ficaram bem, não sou mais nenhuma garota ingênua, sei que na maioria das vezes as coisa não terminam bem, mas preciso de Oliver. Foi quando fiz minha escolha.

E agora sou hóspede do demônio, literalmente. Ando de um lado a outro no quarto que deveria dormir, que mais parece ter sido construído em uma caverna, aliás todos os ambientes dessa espécie de castelo ou palácio, de Ra’s Al Ghul parecem ter sido construídos em uma caverna. Oliver conseguiu um novo acordo, ele não se tornaria Ra’s agora, seria primeiro um membro da Liga, aprenderia seus preceitos e poderia continuar a ser um herói, mas tudo isso é finito.

Quando chegasse a hora ele se entregaria a Ra’s, e isso me faz pensar em todas as formas que Oliver já morreu, ou melhor, sobreviveu. O naufrágio, todas aquelas cicatrizes em seu corpo com certeza vem acompanhadas de histórias, o duelo e a espada desse homem atravessando seu corpo. Mas como sobreviver sem sua alma?

Pois era isso que se tornar a cabeça do demônio significava. Ter a alma de Ra’s Al Ghul vivendo no corpo de Oliver. E pensar nisso me deixa devastada, por que não conheço alma mais bonita e bondosa do que a de Oliver, e abrir mão disso não me parece certo em nenhum ângulo que olhe.

De repente “meu” quarto parece pequeno demais, a vida curta, meus dias escassos, talvez Oliver parta sem nunca ouvir a verdade. O único motivo que me levou a não dizer até hoje, foi por que não queria que isso fosse um fim, meu lado romântico esperava que um dia ele aparecesse em minha janela e me dissesse que me escolhia, que escolhia uma vida ao meu lado. Mas agora que seus dias estão numerados, sinto que não me perdoaria nunca se eles acabassem sem que Oliver soubesse a verdade. Eu contaria a ele.

Me levanto e vou em direção a seu quarto, definitivamente não gosto desse lugar, abraço meu próprio corpo enquanto atravesso um corredor escuro, com castiçais nas paredes, que deveriam iluminar, mas na verdade apenas deixa o local mais sombrio. Bato na porta e quando ele pergunta quem é, a abro tímida.

-Posso entrar? –pergunto o vendo sentado em um sofá, que parece ter saído de um dos filmes do Aladim.

-Claro.

Entro olhando em volta. –Lugar legal. –seus lábios se transformam em uma linha fina, no que tenho certeza, ser a tentativa de um sorriso. –Como se sente? –falo agora séria me aproximando dele.

-Bem. –responde depois de um longo suspiro.

-Fantástico então... –bato uma mão em punho na outra aberta, ainda olhando em volta.

-Aconteceu alguma coisa? –questiona preocupado.

-Só não consigo desligar o suficiente para dormir, e resolvi vir aqui atrás de um pouco de conversa. –conto meias verdades e ele assente com um olhar compreensivo.

-Como você está? –não sei por que, mas ele parece querer companhia, ou eu estou querendo me iludir, não sei ao certo.

-Não é como se fosse entrar para uma seita de assassinos nem nada, ou estivesse destinada a me tornar o líder deles... Então acho que estou melhor que você. –forço um sorriso para ele.

-É... –responde com uma risada nervosa. –Teve notícias do Ray?

-Tenho certeza de que a cidade está inteira...

-Não falo da cidade Felicity. –Oliver me olha com atenção. –Está bem, vocês...

-Não deu certo. –sorrio fraquinho. –Estamos bem com isso, acho que seremos bons amigos.

-Sinto muito. –diz com o semblante indecifrável, Oliver parecia uma casaca prestes a quebrar. –A cidade...

-Eu terminei com ele Oliver, não o contrário. –interrompo o fazendo me olhar surpreso. –Eu tentei. –dou de ombros, não querendo entrar em detalhes, mas Oliver entende e assente.

-Eu sei... –me encara com tristeza.

-O que acha de um trato? –sugiro e ele apenas me olha para que continue a falar. –Não vou me preocupar em te fazer se sentir melhor, serei sincera, desde que também seja.

Oliver me olha por mais dois segundos, com a expressão indecifrável de sempre. Mas são apenas dois segundos, em seguida leva as mãos ao rosto, e quando as tira, seu exterior reflete o homem em chamas que ele é por dentro. Não posso dizer que é melhor, mas ao menos ele está tentando.

-Como você está? –ele pergunta. –De verdade?

-Com medo por você. –assumo. –Queria que tudo isso fosse um grande sistema de computadores, algo que pudesse combater. Queria te salvar, sinto que estou falhando com você de alguma forma. –o desespero controlado de minhas palavras refletem no olhar torturado de Oliver. –E você?

-Eu não sei... Tudo o que eu fiz. –começa a dizer cheio de pesar na voz. –Tudo o que aconteceu, me trouxe aqui. Agora. –gesticula, com sua fúria contida e a voz controlada. –Nesse momento. –me sento em sua frente ficando na altura de seus olhos. –Deveria sentir como se não tivesse nada a perder, mas é mentira. Sinto que estou perdendo tudo. –concordo com um aceno, e meu coração partido se aperta em meu peito. –Pensei que deveria ser Oliver Queen, ou o Arrow. Agora serei Al Sahim. Sabe de uma coisa?

-O que? –murmuro com a voz fraquinha.

-Eu cheguei a pensar que o Arrow era meu fardo, que ele tirou tudo o que quis. –seus olhos param nos meus. –O que eu quero. –engulo em seco. –Mas estava errado.

-Estava? –odeio como a esperança transborda de minha voz.

-Oliver Queen é o fardo.

-Como é? –questiono chocada, logo quando penso estar progredindo.

-Eu fui um filho ruim Felicity, um irmão pior ainda. Trai a mulher que deveria amar com a irmã dela, o que resultou em tudo isso... –ele gesticula para o lugar onde estávamos agora. –Levei Sara para morte. Deixei que atirassem uma bala na cabeça de Shado. –passa a contar nos dedos. –Enfiei uma flecha em Slade, sabia que Tommy amava Laurel, e mesmo assim fui atrás dela. –solta um riso sem humor nessa hora. –Depois ele morreu provando o quanto merecia viver. Falhei com Lance, com Roy... Tudo o que Diggle perdeu... E você...

-Não se atreva a me pedir desculpas, por sei lá o que pensa que me fez. –digo com seriedade o olhando nos olhos. –Oliver você aceitou uma máscara, tomou a responsabilidade por toda uma cidade. Tudo isso para honrar a vontade de seu pai. E Deus, nem imagino o que passou naqueles cinco anos. –me inclino em sua direção. –Moira tinha orgulho de ser sua mãe, e se seu pai estivesse vivo, também teria orgulho do homem que você se tornou. Oliver. –chamo fazendo com que ele me olhe. –Abriu mão de sua vida por Thea, faria qualquer coisa por ela... Não consegue ver nobreza nisso? Por que é tudo o que vejo.

-Isso, por que é você Felicity. –ele suspira ao dizer meu nome o que me leva a suspirar junto. –Consegue ver o melhor em mim, nos meus piores momentos. Mas não sou esse cara.

-Sinto muito por suas perdas, sinto tanto por ter que passar por isso. Mas não conheço esse Oliver Queen do qual está falando.

-Por que só me conheceu quando me tornei o Arrow... –tenta defender seu argumento.

-Tudo o que te vejo fazer é se sacrificar, uma vez após a outra, abriu mão de ter uma vida normal, para assegurar que outras pessoas a tivessem. –não consigo deixar de me encher de admiração e isso transborda em minha voz. –Deu ao Lance uma cidade mais segura, foi para Roy um mentor, um exemplo, foi a família dele. –sinto meu coração doer, mas me controlo. –Deu a Dig um irmão, abriu os olhos de Laurel quando ela mais precisou, lutou para que ela se acertasse com Sara. E conseguiu. Sem você, ela nunca teria uma segunda chance, a chance de abraçar mais uma vez a irmã. –toco sua mão, tentando o consolar de alguma forma. –E eu... –meu coração bate mais forte. –Você me deu um propósito, confiou em mim. –sorrio para ele de forma doce, Oliver parece olhar cada pedaço de, meu rosto, como se quisesse gravá-lo em sua mente. –Salvou minha vida mais vezes do que sei, tenho certeza. Não importa o que Lance, ou Ra’s Al Ghul lhe disseram, você é um herói Oliver, não o Arrow, mas o homem por trás da máscara, ele é o herói. E para mim, Oliver Queen, é um sobrevivente, existem dias que tudo o que queria era que você fosse capaz de se ver através dos meus olhos. –respiro fundo olhando para os lados.

-Felicity... –chama parecendo inseguro de repente. –Eu nunca quis te machucar, não queria me envolver com você, por saber que não sou o que merece...

-O que eu mereço? –interrompo o encarando, com mais segurança do que me lembro já ter tido em toda minha vida.

-Alguém que te dê uma vida normal, que possa te levar a jantares, ou simplesmente te levar para casa depois de um longo dia de trabalho. Alguém que te trate como algo quase sagrado e construa uma vida ao seu redor. Alguém que te dê filhos e uma casa segura, que envelheça aos seu lado. Quero... Alguém que te faça feliz. –sinto meus olhos se enxerem de lágrimas, que contenho com esforço.

-Parece que pensou nisso por muito tempo. –comento por impulso com a voz baixinha. –Soou como um plano. –dou a ele um sorriso triste.

-Penso nisso todos os dias. –devolve sério. –Por que essa é a vida que eu desejaria ao seu lado, a vida que queria poder ter com você.

-Eu gostaria dessa vida... –murmuro com meus olhos presos aos seus. –Mas não quero isso, não quero “alguém”. –digo tomando coragem para ir até o fim, Oliver parece tenso. –Eu não vou ser feliz apenas por ter uma vida pacata e longa Oliver, essa não sou eu. –passo a mão em sua face brevemente. –Não quero outra pessoa que não seja você. –ele parece travar um imenso conflito com ele mesmo nesse momento, mas seus olhos não me deixam.

-Não quero te ver com outra pessoa... –sussurra finalmente.

Fico estática, não esperava por essa resposta, estava pronta para ouvir o antigo discurso da vida que ele leva, e pessoas com quem ele se importa. Mas Oliver tira com cuidado os meus óculos, os colocando de lado sobre uma mesinha. Acaricia meu rosto, e sorrio apreciando o seu toque muito leve para alguém com sua força. Ele se levanta, e estende sua mão para mim, me ajudando a levantar.

-Queria fazer isso desde a primeira vez que te vi. –Oliver diz antes passar a mão em minha face, seus dedos seguem o desenho de minha sobrancelha, em seguida beija minha testa, sinto sua respiração em meus cabelos, e dou um passo inconsciente em sua direção, com minhas mãos espalmadas em seu peito e deito minha cabeça ali, sentindo em seguida seus braços me envolverem, me sentindo segura.

-Eu te amo. –sussurro presa a ele, e percebo que não quero sair de onde estou nunca mais, talvez seja por isso que nunca disse as palavras em voz alta antes, sinto como se não pudesse mais me afastar, como se cada espaço entre nós fosse grande demais.

Oliver dá um passo para trás, apenas o suficiente para me olhar nos olhos. Existe um sorriso contido em sua face, do tipo que alcança os olhos. –Disse que me ama? –questiona confuso, soa quase duvidoso.

-A mais tempo do que me lembro. –respondo, Oliver afasta uma mecha de cabelo do meu rosto, antes de se curvar em minha direção, me inclino cobrindo a distância restante e beijo seus lábios, lentamente, era como se estivéssemos conversando, cada sentimento, cada palavra contida.

Tiro o casaco que ele usava, ele retira minha jaqueta, em um ato instintivo paramos, dando um passo para trás ao mesmo tempo. Oliver me olha de uma forma completamente nova, não existia máscaras, não haviam motivos mais fortes do que o desejo que gritava em seus olhos. Mas ao mesmo tempo, era como se ele me visse como algo frágil e intocável, só que eu já fui longe demais para voltar atrás agora.

Cubro a distância entre nós e ergo sua camisa, ele esboça um pequeno sorriso e a retira em um único movimento antes de voltar a me beijar. Sinto suas mãos sob minha blusa, ele a erguia com cuidado, separamos nossos lábios para que ele termine de a tirar, seus olhos estão fixos em meus lábios, nós beijamos com urgência. Oliver me ergue em seus braços me levando em direção a cama, onde se senta comigo em seu colo. Meu coração estava disparado em meu peito, e conseguia sentir as batidas do dele contra meu peito.

-Quer mesmo fazer isso? –questiona se afastando por um momento, com a face controlada, sorrio com carinho, pois mesmo sabendo o estado em que ele se encontra nesse momento, sei que pararia se dissesse não. Algo impossível de acontecer.

Como resposta solto meu sutiã, Oliver olha meu corpo semi nu por alguns segundos, com um sorriso de puro encanto. Olho para seu rosto, seu pescoço e ombros perfeitos, onde as marcas começavam... Acaricio cada cicatriz, ele se deita, se rendendo ao meu toque. Passo minhas mãos que se tornam tão pequenas contra seu ombro, acaricio sua tatuagem e paro na cicatriz da qual fui responsável em seu braço, quando me salvou do Conde Vertigo.

“-Hey, hey. –me chama se abaixando, sinto sua mão em minha face. –Está tudo bem, você está segura, acabou. –murmura me olhando nos olhos transbordando de preocupação. Olho de volta igualmente preocupada, tentando ver se ele estava bem, quando percebo um pouco de sangue em seu braço.

-Ele te acertou... –ergo minha mão segurando seu braço com cuidado.

-Hey, isso não é nada. –garante com um pequeno sorriso, antes de se levantar.”

Pisco algumas vezes tentando processar como esse homem deve ter sofrido, toda dor que ele já sentiu, todas as perdas, cada sacrifício. Me curvo beijando aquela que era a menor das cicatrizes como se pudesse dizer “obrigada”. Oliver inverte nossa posição, tão rápido que nem mesmo sei como aconteceu, mas me vejo encurralada em seus braços, ele traça beijos por meu pescoço e colo, fazendo cada parte minha responder a ele, procuro seus lábios com urgência, suas mãos passeiam por meu quadril e pernas, subindo até minha cintura. Seu toque é possessivo, como se me quisesse tomar para ele.

Não demora, estamos fazendo amor, chamando pelo nome um do outro, declarando cada um de nossos sentimentos. Pois não importa como o chamem, Arrow, Al Sahim, herói, assassino, não vejo nada além de Oliver quando o olho. Incapaz de mentir para pessoas a quem ele julga serem boas, que não hesita nem mesmo um segundo em colocar sua vida em risco pela de qualquer outra pessoa, o homem que coloca a segurança de quem ele ama acima de seus desejos mais profundos.

Quando terminamos tenho medo de adormecer e não o encontrar a meu lado quando acordar, por isso luto contra o sono o máximo que posso, enquanto ele acaricia meus cabelos e beija o alto de minha cabeça. Estou deitada em seu ombro, com metade de meu corpo sobre o dele, e minha mão esquerda enroscada na sua. –Pode dormir. –sussurra como se fosse capaz de ler meus pensamentos.

-Não tenho sono. –minto como uma criança, e posso ouvir seu riso baixo, levanto meus olhos para ver, fascinada pelo som.

-Duvido disso. –brinca sugestivo, mas depois me olha sério. –Ninguém me tira daqui sem que já esteja acordada. –garante.

-Promete para mim? –o canto de seus lábios sobem formando um pequeno sorriso.

-Vou estar bem aqui. –responde me dando um beijo em seguida. –Agora durma um pouco.

Fecho meus olhos, Oliver continua a me acariciar e assim que meu coração se acalma o suficiente, sou sugada para a inconsciência. Acordo pela manhã, de bruços abraçando o travesseiro sob minha cabeça, e vivencio cinco segundos de pânico ao perceber que não estou nos braços de Oliver, sem abrir meus olhos espalmo a cama ao meu lado a sua procura, quando sinto sua mão na minha e respiro aliviada.

-Estou aqui. –escuto sua voz grave. Abro meus olhos com dificuldade e me deparo com seu rosto lindo a poucos centímetros do meu, pisco algumas vezes tentando processar a imagem.

-Consegue ficar feio de alguma forma? –solto chocada, incapaz de segurar minha língua o fazendo rir.

-Provavelmente quando sou espancado, ou torturado. –pondera fazendo graça e eu nego.

-Já vi esses dois casos, não... Não mesmo. –suspiro encantada, e ganho um beijo dele. –Já precisamos ir? –tento soar normal, ele apenas nega me olhando pensativo, espero que diga algo, ou faça alguma coisa, mas nada acontece. –Oliver, o que foi?

-Não sei como deixar você ir. –diz com dificuldade. –Passei a noite pensando em como fazer isso, como abrir mão... Não consigo. –sussurra em tom de segredo.

-Não pensa nisso então, não agora. –sugiro, mas eu mesma passei a pensar, a imaginar mil e uma probabilidades, buscando apenas uma que nos desse a mínima chance. –Não precisa se sentir obrigado a ficar comigo Oliver, eu entendo o que está acontecendo.

-Não estou preparado para te perder Felicity. –sua voz e carregada de pesar.

-Então não me perca. –respondo e Oliver pisca algumas vezes como se algo se acendesse em sua mente.

-Pode ter uma forma... –pensa alto se sentando.

-Que seria? –quase canto as palavras me sentando também.

-Fica comigo.


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Notas finais do capítulo

Então galera, deixei no ar... Não queiram me matar, mas podem decidir ai para vocês o que aconteceu.
a) Ela ficou com Oliver em Nanda Parbat e implantou televisão e Wifi naquela joça?
b) Eles fizeram tipo aquele casal do filme Piratas do Caribe, Will e Elizabeth, que por ele ser amaldiçoado, passava dez anos em mar, e um em terra com ela?
c) Não sou nem mesmo capaz de escrever uma opção em que seja um fim definitivo.
Espero que tenham gostado, não deixem de comentar e me dizer o que pensam, podem escolher a opção de vocês também hahaha.
Bjs