Um anjo e um Winchester escrita por Spring001


Capítulo 6
Capítulo 6 - Os casos de Bobby - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi meio parado, mas está bem interessante, e como ele está dividido é mais legal! ^_^



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KATRINA

– Eu não sabia de nada disso - Falei cabisbaixa e com a cabeça dolorida.

– Sinto muito - Bobby disse com a voz murcha - Não por mim, por John. Entendo que esteja brava, mas... - Fez uma pausa, e não soube mais o que dizer - Não sei...

– Eu até entendo ele não querer falar sobre Mary, mas por que esconder os filhos - Falei com a voz alterada - É idiota da parte dele.

– Ele não vê uma razão para te contar, se bem que, ele está demorando muito com eles - Ele respondeu coçando a nuca.

– Bobby eu...- Fui interrompida por uma forte batida na porta e um grito de homem "BOBBY!".

Tanto eu quanto Bobby nos sobressaltamos com o grito e a forte batida, viramos a cabeça velozmente para nos atentar a porta da frente, continuava com uma batida frenética e incômoda.

"BOBBY, SEU IDIOTA ABRA ESSA MERDA DE PORTA!"

– Ruffus? - Bobby falou - RUFFUS! SEU IDJIT VAI QUEBRAR MINHA PORTA!

Olhei para Bobby que já estava correndo para a porta, quando vi essa reação me acalmei do susto com as batidas e fiquei observando os acontecimentos, o lugar onde eu estava dava uma visão total de cada acontecimento dali, então pude ver Bobby abrindo a porta e dando entrada para o homem que ele chamou de Ruffus, ele tinha a pele negra e não conseguia dizer se era mais velho, mais novo ou da mesma idade de Bobby, só sabia que eles eram bons amigos, afinal logo que ele entrou desesperado, ambos se abraçaram dando afinal, um tapa nas costas de cada um. Começaram a falar muito rápido e dei-me conta que não conseguiria entender, então levantei da cadeira onde estava e fui até a geladeira pegar uma cerveja.

– Trina! - Bobby me chamou - Venha aqui tem alguém que quero que conheça.

Andei de volta em direção a Bobby, estava com o amigo na sala, Ruffus tinha uma expressão nervosa e nada amigável, muito semelhante a Bobby quando o vi pela primeira vez.

– Quem é você, menina? - Ruffus me perguntou, sua casualidade me fez arquear uma sobrancelha.

– Trate-a com mais educação Ruffus - Bobby falou antes de eu cumprimentar o homem - Ela é um achado de John.

O homem me olhou de cima a baixo e ergueu a mão para que cumprimentasse, gentilmente apertei a mão que ele me ofereceu e depois de um instante a soltei.

– Maldito filho da puta Winchester não? - Ele falou rindo, não entendi muito bem, mas vi que Bobby fechou a cara.

– Trina? - Ouvi Bobby me chamar e ergui o rosto para ele - Se importa de pegar uma cerveja para Ruffus?

Eu me virei para a cozinha após assentir e rapidamente peguei outra garrafa na geladeira, precisávamos comprar mais, pensei. Quando voltei Bobby e Ruffus já estavam discutindo alguma coisa.

– Veio para cá me pedir ajuda? - Bobby dizia um pouco nervoso - Não vê que já estou no meio de uma ajuda de outro caçador, sem ofensas Trina - Ele falou levantando a mão pra mim e eu apenas sorri para ele e entreguei a cerveja a Ruffus.

– Ela pode ir conosco - Ruffus falou sorridente e olhando para mim novamente continuou - Na verdade, faço questão.

Bobby olhou para mim com os olhos um pouco maiores que o normal, meio que me pedindo um favor, apesar de ele estar sempre recebendo ligações de caçadores e os ajudando eu nunca o vi indo para campo, talvez isso se devesse a ele estar cuidado de mim, mas isso não podia ser um impedimento.

– Se ela não se importar - Ruffus completou novamente - Claro.

– Bobby - Eu falei - Se quiser ir, talvez eu até possa ajudar.

***

BOBBY

Suspirei profundamente com as palavras de Trina, eu realmente precisava entrar em algum caso, e pensando bem, apesar de nunca tê-la visto em campo, ver como ela se sairia em perigo seria um meio de descobrir o que ela era, se o que eles falaram era verdade, ela queimaria tudo o que ficasse em nossa frente.

– Qual a criatura? - Perguntei a Ruffus e o vi sorrir.

– Um fantasma...acho - Ele respondeu.

Arqueei a sobrancelha, confuso.

– Estava quase a quebrar minha porta por causa de um fantasma? - perguntei começando a querer bater nele.

– Não eu estava batendo na sua loucamente porque vi um cabelo vermelho pela janela e achei que fosse um demônio - Ruffus falou olhando para Trina que estava entretida em um livro em cima da mesa - Mas agora percebi que era um anjo.

– Deixe ela em paz - Falei, e vi que Trina olhou para nossa direção confusa, apenas acenei dando a entender que ela ignorasse, e ela o fez.

Quando decidi dizer a Ruffus que iriamos ajudar, o telefone tocou e como eu estava ao lado dele, parei para atender e tudo o que vi em minha frente foi a grande apreciação de Ruffus pela bunda de Trina, revirei os olhos e ignorei, sabendo que se ele tentasse algo, levaria um tiro.

– Bobby! - Falei.

– Hey - Ouvi a voz reconhecível de John na linha - Como estão?

– Onde você está! - Gritei para ele e vi que Trina se interessou, isso me fez novamente suspirar - Faz três semanas John!

– Calma, eu acabei de chegar em Oklahoma, estamos em um caso aqui - Ele falou, sua voz estava um pouco nervosa.

– O que houve? - perguntei.

– Eu entrei sem querer em um caso envolvendo Djins - Ele falou - e os meninos estão aqui comigo, então..

– John...

– Preciso de mais uma semana - ele falou finalmente.

– John! - Exclamei me afastando um pouco de Trina - O que está pensando?

– Por favor, na semana seguinte os meninos entraram para a escola e eu vou voltar 100% no caso dela...

– Uma semana, Winchester, nem um segundo a mais - Sem mais falar desliguei o telefone, ele que ligasse no dia seguinte.

– Bobby! - Ruffus falou - Vamos tenho que te mostrar o lugar.

– Vamos.

Seguimos Ruffus para o lado de fora, ele foi em sua caminhonete e eu e Trina na minha, ficamos em silêncio até a chegada no local, ali Trina me perguntou sobre a ligação, respondi, mentindo, que ele estava tentando chegar o mais rápido possível, mas ainda estava do outro lado do país, apesar de Oklahoma ser a apenas um dia de viagem, era melhor assim, ela já estava chateada o suficiente com John.

O lugar para onde Ruffus nos levou era um antigo depósito, parecia abandonado.

– Alguém pretende comprar? - perguntei.

– Sim, me pagaram para vir tirar a assombração daqui e...

– Bobby - Ouvi a voz de Trina, suave e nervosa atrás de mim, já esperava algo estranho quando virasse - Tem crianças ali... - Mas não isso.

– Crianças? - Me virei lentamente e era verdade, crianças estavam ali, apenas olhando para Trina, com curiosidade, obviamente eram fantasmas, mas não causavam pânico, diferente da mulher na frente delas - Está realmente preocupada com as crianças?

Ela me olhou confusa.

– Com o que mais? - Me perguntou.

– A mulher na frente delas - Era assustadora, olhava para baixo fixamente e chorava, lágrimas de que seriam sangue se ela estivesse vive, se aproximava de Trina devagar, mas essa não parecia vê-la, cada vez mais perto, no entanto, parecia se afastar também.

– Trina, realmente não a vê?

Ela balançou a cabeça negativamente e nesse momento notei nela algo que ainda não havia percebido, como ela sempre usava camisetas grandes e que tapavam toda a pele, era incomum dias como este onde ela usava uma regata, e com essa regata era possível ver uma enorme tatuagem nas costas, metade dela era uma asa de anjo, perfeita, sem nenhuma falha ou sequer parecia ser gasta, era branca como uma nuvem e do outro uma outra asa, não era de anjo, era uma asa feita de osso, como se fosse apenas o esqueleto da asa do anjo, mas não parecia ser assim. E tudo o que pude pensar era, o que essa menina é?


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Notas finais do capítulo

Parece estar bem obvio o que ela é, mas cuidado, eu quem escrevo e apenas eu sei *-*



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