Um anjo e um Winchester escrita por Spring001


Capítulo 21
Capítulo 21 - Anjos e demônios e humanos


Notas iniciais do capítulo

Eu queria poder dizer mil desculpas à vocês pela demora e deixar bem claro que a fic ainda existe kkkkkk, mas eu estou em época de vestibular e não consegui tempo nenhum durante esses meses para conseguir postar então eu cheguei hoje e falei, folga para fanfics. Sinto muitíssimo à quem ainda lê, kkkkkkkkkk e espero que gostem



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John Winchester

— Ela precisa de cuidados – Falei nervoso demais com a enfermeira gentil do andar de Trina – É possível?

— Estamos fazendo o possível, senhor...

Fazia pouco mais de uma semana que Trina estava no hospital, tentamos criar a coisa mais banal para explicar o que havia acontecido naquela noite, afinal, a única pessoa que sabia estava, aparentemente, em um coma inexplicável. Katrina havia se curado quase que um dia depois de todos os ferimentos terem sido feitos, mesmo assim ela não dava sinal algum de que iria acordar, mesmo com todos os sinais vitais em perfeito. Eu tentava ficar no hospital o máximo possível, mas Bobby fazia com que eu fosse todas as noites para o hotel onde havia me hospedado, para ter certeza que eu estava dormindo, mesmo que não fosse um sono bom.

— Ela está bem John – Ele dizia sempre que eu mencionava ficar mais tempo – Sabe-se lá o que houve, pode ser algo sobre o que ela realmente é, isso muda tudo.

Para não acabar falando mais do que deveria eu apenas concordava com ele, mesmo que ele parecesse até um pouco tranquilo com a situação, talvez ele estivesse certo, mesmo assim eu não conseguia resistir à ir ao hospital diariamente saber de sua condição e ficar observando-a por algum tempo. Ela não precisava de aparelhos para respirar, mas seu alimento era por veia o que fez com que ela emagrecesse bastante em pouco tempo.

Naquele dia me aproximei dela e percebi que seus cabelos estavam crescendo de uma cor diferente, notei também que a marca em suas costas estava em parte desbotada e aquilo parecia um péssimo sinal.

— Ela está bem doente – Ouvi alguém dizer e virei rapidamente segurando a arma presa em meu quadril. Quando me virei encarei um homem sentado no sofá do quarto, alguém que eu nunca havia visto, ele usava um terno preto, assim como camisa e gravata, não era muito alto e tinha um rosto muito suspeito, assim como um sotaque britânico irritante, perceptível em pouquíssimas palavras.

— Quem é você? – Perguntei erguendo a arma em sua direção.

— Ora! – Ele exclamou irônico, enquanto se levantava e andava em volta de mim, se aproximava de mim – Não seja tão precipitado, estou aqui para te ajudar.

Quando ele estava perto demais, minha arma encostou em sua cabeça, e eu apenas o encarei.

— Não teremos uma conversa agradável, imagino? – Ele perguntou com o canto da boca erguido, em um sorriso estupidamente sarcástico.

— Não respondeu minha pergunta – Falei mantendo o tom de voz o mais firme e grave possível.

— Ah! Claro! Que modos os meus – Ele ergueu, então, a mão em minha direção, na intenção de que eu a apertasse – Sou Crowley, demônio da encruzilhada.

Ouvindo suas últimas palavras preparei a arma pronta para a puxada do gatilho, mas lembrei que estávamos no hospital.

— Você tem cinco segundos para sumir – Falei furioso para o demônio.

— Escute aqui Winchester – Ele falou empurrando a arma para o lado, segurei seu braço e o imobilizei batendo seu rosto na bandeja de alimentos que não estava sendo utilizada.

— Escute você! Estou te dando a chance de fugir – Sussurrei o ameaçando – Você devia ter desaparecido, então o que faz aqui? Fora do serviço, hein?! – O apertei com mais força contra a mesa.

— Essa menina...Eu a criei! – Ele falou me deixando desconcentrado – Se quiser saber como salvá-la, sei que posso ajudar!

***

 

Katrinna

— Deus? Tem um recado para mim? – Perguntei ainda meio descrente com a situação.

— Sim, é algo bem curto, mas que você precisa saber – Disse Joshua – Deus pediu que eu lhe dissesse que sua missão não envolve sua graça e que deve ser finalizada na terra, então deve tomar cuidado com suas decisões, após este nosso encontro, entende isso, menina?

— Entendo...- Respondi, mesmo que cheia de dúvidas – Você pode responder à minhas perguntas?

— Creio que sim – Ela disse sorrindo – Talvez, eu seja o único indicado para fazê-lo, na verdade...

— Os anjos não me aceitam...

— Eles a temem na verdade, por favor, sente-se.

Joshua sentou-se em uma pedra que parecia próxima demais da queda, mesmo assim à acompanhei e me sentei logo ao seu lado, mantivemo-nos em silêncio, apreciando aquele lugar, o meu paraíso. Mesmo que alguns achassem que não, todos os anjos tinham o seu próprio céu, senão do que valeria a imortalidade.

— Como posso recuperar minha graça? – Perguntei quebrando o silêncio.

— É um questão complicada – Ela respondeu, mantendo seu sorriso cuidadoso e o tom de voz compreensivo – Sua graça está com Castiel e só ele sabe o que deve fazer com ela.

— Eu vou poder voltar para o “mundo”? – Perguntei já preocupada com o que havia deixado ali.

O anjo soltou uma risada divertida e baixinha, em reação a minha pergunta, queria ter ficado brava, mas acabei abrindo um sorriso junto com ela. Joshua tinha uma característica incomum, aos anjos que eu conhecia, parecia observar cada pequeno detalhe da criação que eles impunham como o grande líder do céu, terras, águas e ares, e parecia apreciá-los delicadamente, como se nunca mais fosse poder fazê-lo. Isso tanto com a natureza quanto com as pessoas e receptáculos que haviam na criação divina.

— Você já viu um girassol? Menina Katrina – Perguntou de repente.

Assenti balançando a cabeça e passei a observar com a mesma atenção do próprio anjo.

— Ele sempre seguirá a luz que o cerca para concluir sua missão, e quando não há luz, ele mantém uma nova possibilidade, correto?

— Acho que sim – Respondi.

— Deve ser como um girassol, querida – Ela sorriu para mim e segurou minhas mãos de modo caloroso – Siga a sua vontade e quando o sol aparecer, deve segui-lo de acordo com suas necessidades.

— Mas, e se eu for como uma erva? – Perguntei deixando-a curiosa – Como aquilo que deixa sempre um problema para trás...

Joshua passou os dedos pelos meus cabelos e sorriu.

— Saberá o que fazer, mas acredite quando eu lhe digo, certos caprichos deverão ser deixados, por mais que machuquem...

Afirmei para ela com a cabeça e voltei a olhar para o horizonte, antes de perguntar-lhe algumas coisas novamente.

— Por que meu cabelo está de outra cor aqui?

— Na terra, você vê um corpo moldado, que pode ser modificado para ficar igual ou diferente daquele que você vê aqui – Ela respondeu, mesmo assim, inclinei a cabeça ainda em dúvida – Verá que agora que seu corpo está desacordado em terra, estará com o cabelo mudando aos poucos, mas isso tem a ver apenas com sua alma.

— Entendi.

— Quer voltar? – Ela perguntou, e curiosamente, não soube o que responder.

— O que eu devo fazer? – Perguntei desesperada.

— A única coisa que posso lhe dizer aqui, e poderá te ajudar é, procure Castiel...Ele saberá.

***

O ar entrou como água em meus pulmões e eu me ergui de repente na cama do hospital que eu estava, respirei arfante sem conseguir definir o que estava acontecendo. Ouvi vozes de pessoas diferentes e conhecidas, pouco a pouco o meu sentido foi voltando e eu as fui definindo, quando consegui separá-las virei de imediato para a mais irônica delas.

— Crowley?!!! – Exclamei.

— Olá querida... -  Ele respondeu com o mesmo olhar satírico de sempre.

— Trina...- John falou do outro lado.

Fiquei sem palavras.


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