Pov Bianca

Eu já não aguentava mais ficar naquela casa. Eu estava pirando. Queria sair, ver o verde do parque, a brisa batendo em meu rosto, a sensação de liberdade . Mais fui confinada dentro de um "complexo de guerreiros" e tudo por causa do Gabriel com aquela histórinha de companheiros, compartilhamento de alma e blá blá blá. Eu queria esganar ele quando ouvia aquelas baboseiras todas . Mas uma coisa eu não podia eu tinha que admitir, a atração entre nós era mais que visível. Uma eletricidade passava entre nós, sempre que nos olhávamos . Era extasiante. Saio de meus devaneios quando ouço uma batida na porta e logo o som de passos adentrando no ambiente.
— Se arrume. Vamos sair.- Gabriel fala grosso.
— O que? Como assim? - pergunto sem entender.
— Não se faça de desentendida, eu sei que você ouviu e entendeu bem o que eu falei. Agora, se levante e troque de roupa.
— Você pirou né? Acha mesmo que eu vou te obedecer que nem um cachorrinho seguindo o dono? Oh querido! Não se iluda, eu não sou assim tão idiota.- falo.
— Menos papo e mais ação. Se vista ou irei leva- lá do jeito que está.
Digo uma maldição baixa, pego uma roupa e me troco no banheiro.
Saio do quarto e o vejo arrumar a jaqueta de couro nos ombros. Ele estava muito gostoso, eu não consegui parar de babar naquele pedaço de mal caminho. Acho que se minha best friend estiveesse aqui ia me chamar de tarada e outros adjetivos "agradáveis". Fazer o que? O que é bonito foi feito pra ser olhado né?
 - Estou pronta. Aonde vamos? - falo interessada.
— Você vai ver.- ele diz somente.
Algo de errado está acontecendo . O Gabriel não agia assim comigo antes. Nunca foi tão frio, tão distante.
Isso pode parecer estranho mais confesso que toda essa frieza comigo me magoou.
— Estão prontos? - fala Gabriel pra Raziel e Castiel.
— Estamos. - Raziel responde pelos dois.
— Você ta bem? - Castiel me pergunta.
Dou um meio sorriso e aceno que sim.
Entramos no carro e Raziel começa a dirigir. A paisagem se passava como um borrão, mais só fato estar fora daquele lugar já era um alívio. Estava tão extasiada com a sensação de liberdade que nem percebi quando o carro parou. Saímos do carro e Raziel estaciona em uma das vagas.
— Uma boate? - falo com cara de quem não entendeu nada.
— Sim . Nós vamos caçar e resolvemos tirar você de casa também. - diz Raziel.
Não penso duas vezes em abraça-lo e ele me abraça de volta.
— Obrigada. Obrigada .Obrigada. - falo pra ele. Sinto Raziel fica tenso e o solto para ver o que era e quando olho pra ele vejo que o mesmo olhava para Gabriel que o fuzilava com os olhos.
— Não precisa agradecer, e a ideia foi do Gabriel. - Raziel diz e eu coro furiosamente.
— Hãã. Obrigada. - digo e vou abraça-lo meio sem jeito.
Assim que estou perto suficiente para nos tocarmos, o cheiro maravilhoso dele me rodeia. Será que ele usava aquelas colônias masculinas? Talvez não. Aquele cheiro era único e especial.
 Eu o abraço mais o mesmo não corresponde. Ele ta muito estranho.
Entramos no local e a multidão de corpos sendo embalados no ritmo de Bad Girls da M.i.a
— O viemos fazer aqui mesmo? -pergunto.
— Caçar.- fala
— Ahh. Aquela baboseira toda de caçadores do "sobrenatural" .-digo revirando os olhos.
Gabriel não diz nada, apenas entra no meio da multidão .
— Fique perto de nós e nem tente fazer nenhuma gracinha. - fala ele .
— Como se eu só pensasse nisso .-digo com ironia.
Castiel e Raziel nada disseram.
— Se espalhem .- fala Gabriel para Raziel e Castiel.
— E você.- ele aponta pra mim .- Você vem comigo.
Ele me puxa pela cintura.
— Dance como um desses humanos . Temos que nos passar despercebidos.- ele sussurra no meu ouvido me fazendo estremecer.
— Porque? -pergunto .
— Não pergunte apenas faça.- ele diz.
Nessa hora a música acaba e Crazy in love da Beyoncé.
Dançamos juntos uma dança sensual e envolvente. Balancei meu quadril de encontro ao seu corpo fui descendo até o chão e subindo novamente. O clima foi ficando quente e acabamos nos beijando. Gabriel nos prensou em uma parede e saiu distribuindo beijos por meu pescoço . Puxei ele de encontro aos meus lábios e o beijei com mais força, querendo marca-lo em minha pele.
— Gabriel. - gemo seu nome.
— Shh. Não fala nada. - ele diz acariciando meu corpo.
— Ei! Vão para um motel .- fala um cara do nosso lado.