Um Conto de Fadas às Aversas escrita por Jes_syca


Capítulo 1
Capítulo 01 Parte 01


Notas iniciais do capítulo

Critiquem; eu gosto



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=>Narrado por Alena

Ok, antes de começar a contar o que estou fazendo no presente momento quero te contar um pouco da minha história. Se não quiser ler apenas pule para o próximo capitulo, embora eu acredite que será muito mais vantajoso me conhecer um pouco do que mergulhar de cabeça em algo que você nem sabe o que é. Ainda mais se esse algo é a minha cabeça. Em todo caso, quem está escrevendo sou eu então esse capitulo fica.
Vou voltar um ano no tempo, logo quando teve o inicio disso tudo. Esses são meus últimos dias como humana, então acho que você pode me perdoar se as coisas ficarem um pouco embaralhadas

Vinte e nove de julho

É a véspera do meu aniversário e eu estou em casa. Acabei de chegar da aula, minha mochila ainda está largada num canto do meu quarto, minha farda jogada em algum canto da escrivaninha bagunçada. Estou em minha cama, com os fones de ouvido no máximo; minha idade no momento é dezesseis anos e eu ainda cursava o terceiro ano do Ensino Médio.
Minha vida é absolutamente normal. Pelo menos nesse momento. Sou a filha mais velha, tendo uma irmã mais nova com quem divido o quarto; minha família é bem estruturada pelos padrões sociais. Tenho um metro e sessenta, cabelos castanho-arruivado, olhos cor de chocolate e cinqüenta quilos bem distribuídos. Minha cor de pele é pálida, bem branca, tipo Branca de Neve –e mais uma vez, os contos de fada por aqui- meus cabelos são bem longos, atingindo meu quadril.

Tenho um namorado que é louco; alucinado; desesperado por mim; já namorávamos há mais de um ano e eu gostava dele; sempre nos víamos no fim de semana que era quando ambos tínhamos tempo.
Minhas notas no colégio eram ótimas, o que me rendia o apelido imerecido de CDF. Imerecido porque eu realmente não estava nem ai para estudar, em casa, era eu com minhas musicas e meus livros. Havia garotas na minha classe que não gostavam de mim. Pois bem, eu também não gostava delas. Invejosas, metidas e interesseiras era o que elas eram. Além de insuportavelmente iguais umas às outras
Resumindo os últimos parágrafos: o perfeito e monótono tédio do cotidiano. Um tédio maior do que conversa de bêbado no boteco sábado à noite.

Bem, adivinha?

Yeah, você acertou. Eu estava insatisfeita.

Faltava algo... Um pedaço de mim, um pedaço que eu nunca soubera qual era, ou quando o perdi. Era uma falta que doía, uma falta física, como um membro recentemente amputado. E também era uma falta emocional, uma dor.

Entenda bem o que eu passava: uma vida tediosamente perfeita, um espírito que ansiava por mais. Uma mente que se torturava que acreditava ser louca por não se contentar com coisas que as outras pessoas – pessoas normais – julgavam perfeitas. Um coração que não aceitava os caminhos do destino.

As únicas coisas naquela perfeita tela de museu que realmente tinha cor, que tinha minha fascinação e paixão com todo o abandono, eram meus livros, carros velozes, música e minha mãe. Como conseqüência, meu quarto era muito parecido com uma biblioteca, minha playlist não tinha fim, ninguém me ensinava a dirigir com medo que eu causasse um acidente e minha mãe era a única a quem eu dava alguma explicação ou prestava contas.

Na minha concepção os dias sempre foram longos demais e as noites pareciam correr de mim.

Em todo caso, nesse dia eu estava animada. Era véspera de aniversário, então era o dia de escolher presentes. Saí sozinha para escolher o que eu queria ganhar. Não avisei para ninguém aonde ia; não havia motivo, todos já podiam imaginar.

Eram quase dezesseis horas quando terminei de listar tudo o que queria ganhar – o que não era pouco – embora soubesse que não veria nem metade dela amanhã. Sem um mínimo desejo de voltar para casa tão cedo, fui fuçar em livrarias, um dos meus passatempos favoritos, por acaso.

Estava atravessando a rua quando um barulho diferente chamou minha atenção., desviando-a do transito: Duas crianças de rua, aparentemente com idades menores do que sete anos, brigavam por um pote de cola; as pessoas olhando com cara e júri, mas não fazendo nada a respeito.

Tarde demais percebi o conversível vermelho que avançava alem do limite de velocidade. Apesar do desespero de minha mente avisando para meu corpo correr; este não saia do lugar, estático no meio da rota do carro.

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Notas finais do capítulo

Atualizada



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