Project Lorrain escrita por Annonnimous J


Capítulo 5
Cap 5 - Mudança de Planos


Notas iniciais do capítulo

Fala galera! Desculpem o enorme atraso, tive alguns imprevistos, e o que era para publicar domingo passado(que já estaria atrasado) só pude publicar hoje, espero que isso não ocorra de novo. o capitulo de hoje está bom, humildemente falando, espero que gostem. Abraços!



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O resto do dia em que eu fiquei deitada olhando para o teto branco do quarto me pareceu apenas um grande borrão, as horas passavam rapidamente à medida que a luz do sol subia pela parede lentamente até atingir o teto, ficando mais vermelha até desaparecer e a escuridão da noite tomar seu lugar.

Contorci-me na cama exageradamente confortável para alcançar o interruptor acima da cabeceira, cada músculo meu doía ao me mover, mas a dor se tornava lentamente cada vez mais suportável e branda. Assim que alcancei meu objetivo, acendi a luz do quarto que agora era tomado por uma penumbra escura, a luz encheu o quarto e eu me deitei novamente.

Meus pensamentos iam longe, pensando em como ir à missão que Roney falara, sentia um aperto no peito por ter mentido para ele, mas foi preciso, algo me dizia que eu deveria ir naquela missão, e eu não deveria ignorar isso. Os planos iam se formando em minha cabeça, de como entrar escondida no veículo aéreo, me esconder no compartimento de carga ou me camuflar entre os soldados, mas antes disso eu deveria melhorar para pelo menos conseguir aguentar um rifle e correr, o que seria difícil na minha condição atual.

—Deve haver uma maneira – repito para mim mesma quase como um sussurro – não posso desistir de tentar.

Pensando dessa maneira adormeço, tão rapidamente que nem percebo. Quando dou por mim, estou deitada em um leito de cirurgia dentro de uma sala muito escura, tento me levantar, mas sou impedida, logo percebo que minhas mãos e pés estão fortemente amarrados na mesa, de maneira que mesmo me debatendo não consigo chegar nem mesmo perto de conseguir me soltar. Estranhamente estou vestida com meu uniforme de combate, porém no lugar da jaqueta visto apenas uma blusa branca que deveria ficar por baixo de toda a vestimenta.

Subitamente escuto passos vindos de dentro da escuridão, um calafrio percorre minha espinha inteira, deixando minhas mãos frias e meu corpo imóvel por alguns instantes. Eu conhecia aqueles passos, já os tinha escutado antes em algum lugar. Em questão de poucos segundos de aflição que me pareciam anos, a figura de um homem alto e forte aparece em minha frente na luz, seu rosto era deformado e tinha um tapa-olho negro que escondia uma órbita vazia. O outro olho, vermelho como sangue, me examinava cuidadosamente. Meu coração dispara e eu tento me libertar, não sei por qual motivo, mas sabia que o que quer que ele fizesse seria mal, muito mal.

A figura solta uma grande gargalhada de satisfação tão alta que meus ouvidos doem, a gargalhada ressoa pelas paredes da sala e volta em forma de ecos, tornando a histeria ainda maior. Ele para de rir por um instante e tira as mãos de por de trás do corpo, revelando uma seringa em uma e um bisturi em outra, ele contorce sua cara em um sorriso e diz:

—Estamos prontos para começar – ele aplica a injeção em mim e tudo fica escuro.

De repente a paisagem muda, estou correndo em um terreno lamacento durante a noite, sinto um peso em minhas mãos e percebo que estou segurando um rifle de precisão AWP modificado assim que olho para baixo. Paro por um instante e tento pensar, olho ao meu redor procurando coletar o máximo de informações possíveis do lugar em que estou: olho para céu e o vejo estrelado, mas nuvens pesadas começam a aparecer, graças à luz da lua percebo que a vegetação é pouco densa, mas me rodeia completamente, parecia uma mata pequena.

Escuto um zumbido fino e longo, mas antes que consiga saber o que é meu ombro explode e eu caio de lado na lama com o sangue saindo, mas sem sentir dor. Vejo uma figura caminhando em minha direção devagar, segurando uma arma estranha e me olhando fixamente, como ele usa uma toca ninja não consigo ver seu rosto, mas seus olhos expostos não são vermelhos, então ele não era a mesma pessoa de antes.

—Não queria que fosse assim – diz ele retirando a mascara e apontando a arma para mim – não era necessário.

Eu escuto um estalo alto e um impacto no meu peito, a dor logo toma todo o meu corpo e deixa minha visão periférica negra. Viro o rosto de leve com todo o esforço do mundo e reconheço quem me acertou, abro a boca para dizer algo, mas minha cabeça tomba e minha visão escurece... o atirador... era Roney.

Acordo com o grito saindo pela minha garganta, por sorte o travesseiro extra macio estava em meu rosto e abafou o som. Assim que me convenço de que tudo foi apenas um sonho, me levanto e fico sentada na cama, olhando para a parede em minha frente como se ela pudesse me fazer esquecer tudo.

Fico de pé e percebo que meus músculos não doem tanto quanto antes, isso era bom e meu hematomas estavam diminuindo e mudando de cor, isso era ótimo, mas eu ainda não me sentia pronta para partir para essa missão, meu subconsciente sabia disso muito bem, mas eu ignoraria isso se fosse necessário.

Decido andar um pouco para afastar más ideias da minha cabeça. Se quisesse sair em missão, tinha que estar esclarecida e calma, com certeza do que eu iria fazer. Assim que consegui ficar de pé sem as muletas, me pus a andar para lá e para cá ensaiando os passos, primeiro em meu quarto provisório, depois me aventurei pelos corredores.

Virei um ou dois corredores com dificuldade, me apoiando na parede e tropeçando, mas logo forcei um pouco mais as pernas e me endireitei, andando com um pouco mais de elegância, mas ainda tropeçando um pouco. Ao dobrar outro corredor, vi o escritório do general e resolvi me apresentar, para tentar com diplomacia que ele permitisse meu embarque, mas nem sequer entrei, ao me aproximar da porta fechada, escutei vozes e reconheci as duas, uma era dele a outra de Roney

—...não suspeita de nada senhor, esta dormindo inclusive, estive em seu quarto há alguns minutos – era a voz de Roney.

—Muito bem, mas apresse-se nos preparativos, não poderíamos deixar que a missão de amanhã se atrasasse – diz o general com um ar de contentamento.

—Sim senhor!

—E continue seu bom trabalho com a sargento, ela não pode, de maneira alguma saber dessa missão amanhã.

—Entendido – diz Roney.

Saio com a maior velocidade que consigo e entro no banheiro que por sorte estava perto de onde ficava a sala do general, Roney passa diretamente por mim sem perceber minha presença. Nesse momento, o peso do que eu ouvi cai sobre mim, o aperto por ter mentido para Roney desaparece, ele também mentiu para mim, e talvez todo o batalhão também.

Volto para meu quarto pensando sobre isso, tenho o resto desse dia e provavelmente amanhã durante o dia para me preparar para essa missão, então tenho que bolar um bom plano para que não percebam quando eu entrar no avião Osprey, mas, além disso, tenho que melhorar, andar melhor pelo menos, para poder correr se necessário for.

Entro no meu quarto provisório e me sento na escrivaninha, pego papel e lápis que estavam na primeira gaveta e as ideias começam a brotar, uma por uma se encaixando devagar, até que um plano se iniciasse. Agora tinha um plano primário, só resta pô-lo em pratica e rápido.


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Notas finais do capítulo

Fala galera, gostaram? Comentem ai o que vcs acharam ou se tem sugestões para melhorar ainda mais essa historia, até o próximo capítulo. Abraços!!



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