Depois do amor escrita por Hana


Capítulo 13
Primeira vez.


Notas iniciais do capítulo

PASSADO de Amanda.



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_ Lia, dói? - Disse, desesperada ao telefone.

_ Dói muito, Amanda! É tipo um pepino entrando em um buraquinho, entende? Mas vale a pena. - Respondeu ela.

_ Ai meu Deus do céu! Eu vou chorar. - Respondi.

Lá estava eu, sentada no ponto de ônibus esperando o maldito para ir a casa de Ian. Ele havia me falado que seus pais foram viajar e não ia ter ninguém na casa deles até amanhã, por isso logo pedi para meu pai deixar eu dormir na casa de Sarah, mas obviamente eu não chegaria nem perto de lá.

_ Relaxa! É claro que você não vai tipo gozar nem nada disso, vai até achar nojento, mas depois da sétima vez começa a ficar muito legal.

_ Seria tão fácil pular logo pra sétima vez! - Disse eu. - Lia, quero perguntar outra coisa, eu fui... Você sabe... Raspar lá, sabe, a amiguinha né, e meu eu raspei, raspei e raspei a coitadinha e mesmo assim fica uns pontinhos feios. Ao toque ta liso mas a aparência não é 100%, e agora?

Lia soltou uma gargalhada do outro lado da linha, e respondeu: _ Eu espero que não tenha ninguém ai perto de você ouvindo isso. É normal isso, só fica total bem quando depilamos com cera.

_ Ugh! Que dor, meu Deus, deve doer mais do que depilar a perna com cera. - Disse.

_Com certeza! Deveria ser considerado método de tortura isso. - Disse Lia.

_ Li... - Disse eu. - Sério, eu acho que vou voltar pra casa, inventar uma história que estou com gripe e não ir.

Lia ria como se não eu fosse uma palhaça, ficava até sem ar: _ Amanda, por favor fica calma meu! É natural do seu humano... Dar.

_ Meu, eu vou ser bem clara com ele sabe, tipo "virgenzona" sim, essa sou eu.

_ Sério amiga, é suave. - Disse ela. - Você vai ver. Só toma cuidado com peidinho pela xoxota, ok?

_ O que, Lia Maria Gusmão? PEIDAR PELA VAGINA?

_ Uhum! - Respondeu ela, sem ar de tanto que ria da minha pobre cara. E eu não conseguia ver a graça naquilo tudo. - Tipo entra ar lá sabe, ai quando o ar sai faz som de pum.

_ Eu com certeza vou chorar. - Respondi.

E lá ficamos nós, durante todo trajeto, até mesmo quando eu estava no ônibus discutimos sobre como poderia ser, tudo oque eu deveria evitar fazer e o que eu deveria fazer, como falar coisas "sexys" no ouvido de Ian. Mas, para quem mal consegue abrir as pernas, falar coisas como "hum, que delicia" estava totalmente FORA de cogitação.

Quando finalmente cheguei a casa de Ian, minhas mãos tremiam e meu coração estava com toda a certeza do mundo na minha garganta. Mas eu continuei aparentando calma, me fazendo de cool.

_ Oi amor. - Disse ele. - Vamos, deixa suas coisas lá no quarto.

E eu fui, como uma inocente camponesa pela primeira vez na cidade grande, me aventurar entrando no quarto do meu primeiro namorado. A cama era de casal, já que Ian sempre foi mimado. O quarto era todo branco e simples, um sofá, uma tv pregada na parede e o armário. Conversamos o básico, tipo "como você vai?" e quando eu vi Ian estava em cima de mim me beijando.

Ele tirou minha camisa branca e eu pensei "meu Deus, porquê eu não voltei quando ainda era tempo?" Minha cara ficou toda vermelha, e eu tinha certeza que eu estava parecendo um pimentão. Depois ele tirou suas próprias calças, e a minha. E foi uma vergonha total, minha calcinha não era nada mais nada menor do que uma calcinha da Moranguinho. Senti vontade de sair correndo, mas usei toda a minha coragem para continuar ali. Como eu consegui ser tão burra para usar qualquer calcinha numa situação como essa?

E imaginava minha primeira vez como nos filmes, natural, acontecendo a luz de velas e sem muita conversa. Mas foi totalmente NÃO assim. Ian ficava perguntando "tudo bem?" e eu afirmava com a cabeça e dizia baixinho "uhum", o que era verdade, porquê eu não senti absolutamente nenhum tipo de dor. A luz das 3h00 da tarde deixava o local NADA intimo. As gemidas forçadas de Ian eram broxantes. E eu tentava me acostumar com a sensação de uma minhoca entrando dentro na minha pessoa. Depois de lindos 20 minutos, Ian deitou-se do meu lado e todo suado disse:

_ E ai?

Eu sorri, e me fiz de cansada: _ Uau! Demais.

A segunda vez foi melhor, não existia mais vergonha. A terceira, muito boa. A terceira, eu queria de novo. Mas a quarta, uau! Você já pode imaginar a sétima. No final das contas, minha primeira vez não foi o sonho que toda garota tem. Mas eu gostava de Ian na época, e era com ele que eu me sentia segura para concretizar algo tão importante para mim. Em outros dias, outros horário, outras posições, tudo mudava. Mas no final das contas sexo é como andar de bicicleta, quanto mais se pratica mas se anda melhor. E eu não poderia ter pedido primeira vez diferente.


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Notas finais do capítulo

...



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