Um Certo Casal Chamado MosLi escrita por Bitiz Morningstar


Capítulo 13
Entre beijos e amassos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem?! Eu achei bem legal esse capítulo, então leiam-o ouvindo a música "Love Me Like You Do". Essa música é muito fofa!



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Mili narrando:
Como eu disse: quero enforcá-la!
— Não, Marian. O Aécio nunca foi meu primeiro amor! Eu tinha uma quedinha por ele. Só. — disse isso olhando para Mosca — Vamos, Mosca. Preciso conversar com você! — completei, saindo daquela maldita sala.
*No quarto*

Entrei no quarto das meninas beijando Mosca. O puxava para mais perto de mim. Nunca me senti assim, eu precisava, necessitava daquele beijo.
Nos deitamos na cama e paramos de nos beijar. Comecei a contar a história do Aécio para Mosca, quando estava quase acabando de contar, senti lágrimas pingarem.
— E daí, amor, nós encontramos Aécio morto na cozinha do Orfanato, no meu aniversário. Todos disseram que foi suicídio, mas nunca engoli essa história. Sempre tive certeza que fosse a Marian. — expliquei tudo e parei de chorar, beijando-o como se não houvesse o amanhã.

Vivi, Cris, Bia, Pata e Marian nos encontrou no maior amasso no quarto das meninas. Por que a retardada não trancou aquela maldita porta? Por quê? Só podia ser burra, mesmo!
— Ih! Desculpa, Mili. Nós não queríamos atrapalhar o "momento intimidade" dos dois! Desculpa, mesmo, pois nós não sabíamos. — desculpou-se Marian com uma certa ironia na voz. Óbvio que não acreditei uma palavra sequer da boca dessa cobra.
— Tudo bem, Marian. Sei que não foi sua culpa. Vou beber água. Mosca, você pode vir comigo, por favor? — perguntei tentando parecer sincera. Não posso colocar a boca no trombone agora. Tenho que esperar um tempo, com certeza.
— Vou sim, Mili. Com certeza. — afirmou Mosca e fomos. Precisávamos parecer santos depois do ocorrido. Ainda bem que eram minhas melhores amigas(e a Marian) que estavam lá. Não sei o que teria sido de mim se fosse a Janu ou a Renata. Como eu ODEIO essa Renata!
*Na Cozinha*
— Quando a gente vai repetir a dose, hein, Mili?! — me pergunta o cara-de-pau do Mosca.
— Talvez quando eu completar dezoito anos e tiver uma casa própria para nós fazermos o que quiser lá dentro. Por enquanto, NADA! — disse isso com uma certa raiva na voz. Só Mosca sabia que de santa eu não tinha nada(calma, eu SOU VIRGEM). Eu não era aquela pessoa boazinha que fingia ser. Sabia muitos podres de todos, mas nunca revelaria nada pois não sou dedo-duro e não gosto de ver as pessoas sofrerem.
Sou sensível? Sou.
Gosto de azul-bebê? Gosto.

Mas a questão não é essa. Eu posso até ser sensível. Mostro esse meu lado à todos, mas sou insensível por dentro em alguns quesitos, que sei que irei(com certeza) me magoar. Por isso preciso ser forte com tudo.

Todos acham que azul-bebê é minha cor favorita, mas não é. Na verdade, roxo é minha cor favorita e não sou tão boazinha, muito menos santa.

Aos cinco anos quando sofri com a perda do Aécio, sabia que não acharia mais bondade em ninguém. Ficaria paranóica e sofreria com isso até me internarem em um manicômio. Era o que Marian queria, e não iria deixar barato para ela. Nessa época resolvi que iria parar de ser boazinha por dentro e pensar direito.

Se preocupar comigo mesma na escola era uma delas. Não deveria confiar em ninguém tão facilmente e guardaria todos os meus segredos dentro de um diário trancado as sete chaves, dentro de uma caixa trancada as onze chaves.

Mosca sabia que preferia escutar músicas expressivas ao invés de conversar. Escrever histórias ao invés de desabafar, pensar ao invés de falar, e por fim, morrer ao ver meus amigos sofrerem.
— Se acalma, Mili. — pede Mosca — Eu sei de um lugar que nós podemos ficar sozinhos que ninguém nos atrapalhará. — completa Mosca malicioso.
— Poxa, Mosca! Eu estou te dizendo que não dá! Se nós fizermos isso de novo, eu vou estar mais vergonha. — digo com o olhar malicioso, também.

Sem perceber já estávamos nos agarrando e indo para o jardim do Orfanato que ninguém vai. Precisávamos privacidade por pelo menos dois segundos. Não iríamos fazer nada de errado, só queríamos algum tempo para nos sentirmos(NADA DE SEXO, MENTES POLUÍDAS!!!) e aproveitarmos aquele minúsculo tempo que tínhamos antes que alguém nos veja.

Fomos rápidos com o "momento pegação" e fomos para o "momento melação", que com certeza duraria uma hora.
— Mosca, estou inspirada. Vou no quarto pegar meu livro e já volto, ok?! — perguntei a Mosca e dei um selinho nele.
— Sim, amor. Mas volta logo. — pediu e assenti.
— Voltarei. — verbalizei e sai.

Fui no quarto das meninas e peguei papel, caneta, lápis, um livro e um caderno. Quando cheguei no jardim me surpreendi com uma coisa: Mosca beijando a Marian.

Sem mais nem menos corri para longe e deixei meus pertences lá, caídos no chão. Senti uma lágrima solitária escapar. Nunca choro por quase nada, na maioria o meu passado.

Sentei na cadeira em frente ao piano e comecei a tocar "Love Me Like You Do" no piano. Era minha música favorita, com certeza. Errei no começo e voltava até acertar. Estava em prantos no meio da música, mas não errava uma nota sequer. Era tão estranho como uma música que nem sei o que significa direito me acalma.

Quando errei não dei importância. Senti vergonha de mim por ter gostado de um traste sem-coração como o Mosca. Não sabia se ele estava me traindo mesmo ou a Marian armou isso para mim. Tenho minhas dúvidas. Já que o amo, prefiro pensar que Marian armou isso tudo para me fazer sofrer, então vou falar com Mosca.

Fui na cozinha beber água para me acalmar e ver se encontro Mosca.
— Mili, que bom que eu te achei. — disse, sem tentar me dar nem um selinho.
— Mosca... — tentei dizer qualquer coisa, mas não saia.
— Toma aqui as suas coisas. A Marian me beijou à força e sei que você viu. Não quero estragar meu ralacionamento com você por uma simples cobra que me beijou à força para te ver triste, Amor. — desabafou, tentando me dar um selinho.
— Nananinanão! Vai lavar a boca com cloro antes de me beijar. Vai que a cobrice pega! — disse dando um pouco de cloro para ele lavar a boca.
— Ah, e escova os dentes, passa fio dental, faz gargarejo e não se esquece de lavar a língua! — eu falei entregando tudo novo — E depois troca de escova — completei.
— Mas, amor. Foi um beijo de três segundos! — tentou se manifestar.
— E daí? Se não fizer isso, não te beijo nunca mais! — disse, dei um beijo na bochecha dele e fui para o quarto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Comentem de aplaude jeito, senão irei fazer uma Visitinha ao fantasmas e consequentemente serei uma assassina!
Beijos e comentem, senão...
Aceito sugestões e críticas!
Beijoos!



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