– Ta bom! Façam o que quiserem - Disse Derick sem se importar.

Dançamos e bebemos a noite inteira, somente Derick não pôde beber.

Plena 06:00 horas da manhã, lá estávamos nós voltando da balada, eu e John não falávamos nada com nada.

Assim que entrei no elevador, Kate estava lá.

– Oi Kate! Você não fala mais comigo - Falei, gargalhando sem parar.

– Você está bêbado!

– Não estou, se tem alguém bêbado aqui é você! - Falei sentando no chão do elevador.

Levantei e cheguei próximo a ela, beijando-a em seguida.

– Me solta Tyler! - Disse empurrando meus ombros para traz.

– Que foi? Não gostou?! - Brinquei.

Assim que entrei em casa, minha mãe estava falando ao telefone.

– Com quem você está falando?

– Eu estava tentando ligar para você!

– Olha só, eu cheguei - Falei gargalhando, me jogando no sofá em seguida.

Ela parou na minha frente.

– Tyler Collins pelo amor de Deus, olha seu estado. O que eu faço com você? Por que está arruinando a sua vida desse jeito? - Disse com os olhos cheios de lágrimas.

– Não sou eu que estou arruinado, é você?

– Do que você está falando?

– Deixa pra lá - Falei com os olhos semi abertos.

– Vai tomar um banho!

– Eu não quero tomar banho! Quero dormir - Apaguei no mesmo instante, ali no sofá mesmo.

Acordei com uma baita dor de cabeça, olhei no meu celular já era 15:15.

Levantei em um pulo, isso fez com que eu ficasse tonto e a dor ficasse mais forte, fiquei enjoado na hora, corri para o banheiro para vomitar.

– Inferno! - Gritei, em seguida tomei um banho.

Minha cabeça estava latejando, eu não lembrava de absolutamente nada, depois que tomei algumas doses de bebida.

Não sei como tinha conseguido chegar em casa.

Deitei na minha cama para ver se eu melhorava.

Minha mãe entrou no meu quarto fazendo o maior barulho.

– Senta agora Tyler. Quero conversar com você!

– Me deixa mãe.

– Senta agora Tyler! - Disse enérgica.

Sentei relutante, desviando o olhar.

– Que palhaçada foi essa? - Disse em um tom alto e firme.

– Nada!

– Tyler me fala eu não consigo te ajudar se você não me falar nada! Aonde eu errei? - Disse chorando, desmoronando na cadeira.

– Você quer que eu fale mesmo?

– É isso que venho pedindo a muito tempo, eu não sei o que está acontecendo com você!

– Eu vi você com outro homem, enquanto meu pai está trabalhando, ou melhor ajudando o próximo. Mas isso não importa para você né? - Dei uma pausa - Nada importa para você! - Continuei, logo algumas lágrimas caíram sobre meu rosto.

Eu estava olhando através da janela do quarto, não conseguia encará-la.

– Ele falou que nos ama. Nos ama! Você sabe o que isso significa?

Ela apoiava seu rosto sobre sua mão, e encarava o chão, perdida em seus próprios pensamentos.

– Desculpa, desculpa. Eu não sei o que dizer, eu errei. Você tem todo o direito de ficar bravo comigo, mas por favor não faça isso que você está fazendo consigo mesmo! - Falou chorando, em seguida se retirou de cabeça baixa.

Fiquei o sábado inteiro no quarto deitado. No domingo o clima estava péssimo em casa, levantei, tomei café e fui até o jardim do prédio.

Sentei na grama ao lado de uma árvore, estava com a cabeça baixa, ouvindo música no fone de ouvido no último volume.

– Oi, posso sentar?

Olhei para cima e vi Kate.

– Oi, pode.

– Você estava péssimo ontem.

– Como você sabe?

– Você não lembra? Eu peguei o mesmo elevador que você. Você me beijou, e estava com um bafo horrível de bebida - Disse sorrindo.

– Não acredito que eu fiz isso - Falei dando um sorriso quase imperceptível.

– É você fez.

– Desculpa, eu nunca queria ter feito isso.

Ela ficou em silêncio. Foi quando eu percebi o que eu tinha falado.

– Desculpa, não foi isso que eu quis dizer - Falei gaguejando.

– Não esquenta! - Disse encarando as folhas que caía das árvores.

Lucy chegou em seguida, e Kate saiu rapidamente que eu nem percebi.

– Eu não acredito que você fala com ela Tyler - Ela falou observando ele com um olhar de desprezo a medida que se distanciava.

– Na verdade é ela que fala comigo.

– Você não percebeu que ela está caidinha por você!

– Claro que não. Isso é coisa da sua cabeça.

– Eu estou te avisando, ela que não venha com com gracinha para o seu lado - Disse com um tom desafiador em sua voz.

Eu não conhecia esse lado da Lucy, e fiquei um pouco receoso.