Narrador POV

Lise assistia cada jogo com um sorriso no rosto, ela já sabia quem estaria na final e esperava por isso, não foi uma surpresa, cada cesta foi vista por ela antes.

Em seu quarto a menina ainda analisava seu tablet, nos últimos dias passou muito tempo dentro do quarto, afinal além de estar mal de saúde estudava os times, Asahi já reclamou diversas vezes com ela, contudo nada adiantava.

"Lise eu já disse para você descansar", proferiu o loiro que não foi ouvido, o cabelo longo tapava o fone sem fio em alto som. Ele só conseguiu ver que não que Asahi estava no local quando as madeixas a atrapalharam e ela as prendeu em um coque.

A loirinha sabia que Naruko estava em seu quarto, mas não queria lhe dar atenção, esperava que o menino fosse embora e lhe deixasse em paz.

Sem delongas o capitão foi até ela e tirou os fones para ter enfim a atenção para si, a baixinha lhe encarou com desprezo, até parecia que ele tinha feito algo de ruim.

"Você não fez nada, só quero continuar estudando", como que se tivesse lido a mente dele ela o respondeu.

Chegando mais perto da menina Asahi notou que não era seu time e sim o time de Akashi, várias números de cores vermelhas era sinalizado no time, até mesmo em seu capitão e já é de se imaginar quais de seus números estava atualmente abaixo da média.

Psicólogo

Poucas pessoas conhecia aquele ruivo afinco, aquele menino foi o melhor amigo de Lise, foi seu namorado, ela o conhecia como ninguém, sabia que tinha algo de errado e como faz questão de fazer jus à sua posição de melhor aluna, ela já sabia a resposta.

"Desculpe Sei-kun, porém isso só será divertido... para mim", sorriu e virou a cadeira revelando - se de camisola.

"Lise... bem... você... poderia se trocar?", sugeriu Naruko envergonhado.

"Você sabia que se Ryouta ver você aqui você é um homem morto né?", no momento dessa frase a pequena levanta o celular mostrando que havia enviado uma mensagem ao irmão, em questão de segundos um segundo loiro entra no quarto  com sangue nos olhos, observa sua irmã de camisola e aquele homem que ele praticamente odiava no mesmo recinto que sua loirinha, o copiador da um chute na canela de Asahi fazendo ele perder o equilíbrio nesse instante pega o jogador de  vôlei pela perna e sai arrastando.

"Sempre funciona", comemorou. Ryouta podia ser meio estranho, alegre demais e muitas vezes aparentar que não faz mal a uma mosca, só não mexa com o que é dele.

Na mansão Akashi estava tudo nos conformes, o patriarca da família não aceitava mais derrotas vindas do filho fez questão de deixar isso bem claro.

"Seijuurou vença como um Akashi, não aceitamos perdedores", Kyouya estava sério naquele momento,  não que ele nunca fosse com a convivência com a ex namorada da ruivo ele ficou mais ameno, todavia seu lado rude e rígido não o largava.

"Claro pai", a confiança que sempre era mostrada nos olhos do imperador não se via muito dela ali.

Na manhã seguinte já estavam todos acordados e ansiosos, já era de praxe ter a Rakuzan na final dos jogos, entretanto a Kaijo por mais que fosse um colégio forte era novidade.

A ansiedade de cada um era surpreendente, já outros se mostravam calmos e confiantes.

Não era diferente na quadra onde se encontrava o time de vôlei,  Rakuzan vôlei sempre foi um time peculiar, Raiden não sabia se ficava com uma expressão de raiva ou preguiça então ele fazia as duas, Seiji se alongava, visto que seu corpo flexível era uma de suas armas, Riku conversava com as meninas em busca de informações, Asahi se hidratada e Lise dormia no banco de reservas.

Novamente na mansão Akashi o ruivo dormia tranquilamente em sua cama, mesmo que sentisse um peso estranho em seu peito e não se lembrava de estar doente o homem tinha uma saúde de ferro, ve-lo doente era a coisa mais rara que acontecia.

Akashi POV

Aquele peso estranho em cima de mim era peculiar, eu sabia muito bem o peso de minha mulher e de meus dois filhos, falando em meus pequenos anjos, devem estar dormindo tranquilamente.

Julgando pela claridade que entra em meu quarto mesmo não estando com os olhos abertos segundo eu mesmo já era para aqueles dois travessos terem invadido meus quarto para que pudessem me abraçar e tirar uma pequena soneca comigo, enquanto tudo isso ocorria Lise ficava na cozinha fazendo nosso café da manhã,  ela odeia cozinhar, porém para nossos filhos a história era outra, ainda assim preferia que a deixasse sozinha.

Perdi-me nos meus pensamentos e não notei que dormi novamente, quando acordei tateei meu peito sentindo um pequeno corpo, mas espere um minuto, meus filhos já não são tão pequenos assim... Quando enfim abri meus olhos pude ver com a visão turva um bebê de pele morena os cabelos eram de um azulado familiar.

Levantei-me com o bebê ainda dormindo em meus braços e fui em busca da minha família, no quarto dos gêmeos suas camas estavam desarrumadas junto de suas roupinhas, meu coração acelerou com tal visão,  seu quarto era sempre arrumado, cadê meus filhos?

Não via nenhum empregado e também não me lembrava de ter dado dia de folga a eles, não havia café da manhã pronto e Lise não estava em lugar nenhum.

"Minha mulher sumiu... de novo", já não era mais novidade aquela loirinha sumir do além, era até normal até eu encontrar uma mexa de seu cabelo jogado na cozinha junto de roupas rasgadas, isso sim me preocupou, desde quando eu tenho o sono tão pesado?

Minha esposa quase nunca corta seus cabelos, os mantém longos e muito bem hidratados, alguém entrou em minha casa e quando eu descobrir, será uma pessoa morta.

O bebê em meus braços acordou revelando seus olhos cor de rosa, olhos cor de rosa?

Um minuto

Pele morena, cabelos azulados e olhos cor de rosa... Pele morena, cabelos azulados e olhos cor de rosa...

Repeti essa descrição em minha mente até que ela deu um estalo.

Esse é o bebê do Daiki.