Cuidado com as criancas! escrita por Akashi Lise


Capítulo 85
Emoções




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Narrador POV

Era a última Inter High, mesmo que a Geração dos Milagres ainda tivesse uma última chance de jogarem na Winter Cup eles não deixaram de se reunir, era um novo campeonato, uma nova oportunidade para mostrarem quem é o melhor.

"Oe Akashi, isso já está ficando chato", disse Aomine bocejando.

"Cala a boca Daiki, você está aqui mesmo assim não é? Afinal minhas ordens são absolutas", Seijuurou arregala os olhos de modo assustador.

"TIRAS ESSAS MÃOS NOJENTAS DA MINHA IRMÃ", todos estavam concentrados no ruivo até escutar Ryouta gritar, todos olham para onde ele olhava e viram a gêmea dele com um homem a seu lado.

"O que fazem aqui? Vocês são do time de vôlei!", Seijuurou encarou com desprezo, nojo e muita indiferença, provavelmente ele estava com tanta raiva quanto Kise ao olhar como Asahi serpenteava as mãos na pequena cintura.

"Ele queria vir, e é sempre divertido ver todos vocês juntos", todos sabiam que aquela menina não era a verdadeira, então cadê o sorriso sádico? Por que estava com um sorriso tranquilo em seu rosto? Era diferente da que conhecem melhor, era, mas ainda assim, não tinha requisito de maldade.

"Eles são tão grandes", proferiu Naruko abraçando Lise por trás e repousando seu queixo na cabeça dela.
"São jogadores de basquete né, aliás você realmente quer arranjar briga com meu irmão, já não basta ter se instalado em minha casa agora anda grudado em mim", a pequena não ligava pelo carinho do garoto, ela gostava daquele jeito gentil e atencioso dele, não era atoa que o motivo dos sorrisos tranquilos era o capitão, pois o mesmo alcançou sua pequena parte condensada de emoções.

"Eu não ligo para o que ele pensa, assim como você, afinal você não é a verdadeira Lise", o louro tinha virado a menina para si e levantado o queixo da mesma, seus rostos estavam bem perto, quando estava para tocar os lábios o capitão sorriu e beijou a testa da nanica.

"Encosta nela mais uma vez e eu arranco sua carne", Kise rosnou com os dentes cerrados.

"Qual é Ryouta? Trocaram de lugar? A pequena aqui que é sádica e maluca, e agora está tranquila, sabem o que é isso? Controle, assim como a verdadeira controla a parte má de Seijuurou eu controla a parte dela", voltou a abraçar a baixinha ganhando um suspiro cansado dela.

Akashi estava quase explodindo de raiva, não faltava muito para ele pegar a pequena estátua na mão de Midorima e quebrar a mesma na cabeça loura, o ruivo ficava em um pequeno diálogo intrapessoal.

"Quem você pensa que é para tocar na minha mulher?", pensou Akashi, todos no local sentiam a raiva irradiar do pequeno capitão.

"As vezes ele esquece que fora ele mesmo quem deixou ela", disse o passivo em desdém dentro do imperador.

"Cale a boca", ordenou.

"Vamos querida", pegou a loirinha pela mão e saiu sem a mesma protestar.

"Esse moleque é muito abusado, chega disso", Seijuurou todo irritado deixou os antigos companheiros e foi embora.

Como o ex capitão não estava mais lá não tinham por que ficarem reunidos para aquela besteira, cada um foi para seu canto.

Todos os mais velhos já cursavam ensino superior, quem comandava era a Geração dos Milagres e os que entraram junto deles.

"É nosso último ano aqui Kagami-kun, temos que ganhar", disse Kuroko pensando no ano passado como foram massacrados e dominados pelo time de Lise.

"Sim Kuroko, vamos mostrar para eles o nosso basquete, ou melhor o novo basquete da Seirin High", Taiga não só em aparência como em personalidade ele havia amadurecido.

Enquanto a baixinha e Asahi voltavam para o saguão onde deveriam estar as pessoas comentavam sobre o novo casal, todo aquele murmúrio irritava a menina que trincava os dentes, era sempre assim, desde que assumiu um relacionamento com o imperador chamava atenção, já se escondia no ensino fundamental para que a fama de seu irmão não a a afetasse ainda assim de nada adiantou.

Com o casaco negro esvoaçante em seus ombros e os cabelos devidamente prendidos a loura andava sem vacilar, no mesmo ritmo o homem ao seu lado a engata pela cintura e, por fim, desaparecem no meio da multidão.

"Está de brincadeira que Sei-chan fez besteira de novo, contudo Lise-chan também não é uma florzinha delicada... Para quem não a conhece", sussurrou Reo, sim Mibuchi Reo, ele decidiu assistir essa última Inter High do time que ele tanto amou, apesar de que agora só há duas pessoas cujo o moreno conhece.

Seguindo a menina baixa o ex lançador que agora residia em Tokyo e estudava na tão renomada Universidade de Tokyo se assustou ao ver que sua pequena gerente - sim ele ainda a considerava como gerente - no clube de vôlei.

"Essa eu quero ver, a futura Sra Akashi não entende nada de vôlei", sorriu divertido olhando a baixinha perdida no meio dos homens altos, pelo menos com a altura ela era acostumada, até demais, dito que achava o capitão carmesim baixinho, na verdade era sua reles ilusão por conviver com indivíduos deveras altos.

"O que te garante que eles vão voltar?", questionou Kotarou se referindo a brincadeira que Mibuchi fez em relação ao sobrenome.

"Quando que eles não voltam, não vai demorar muito para Sei-chan se irritar com toda essa história e pegar o que é dele e guarde minhas palavras, ele não vai deixar ela escapar de novo, eu aposto minha vaga na universidade que logo logo ambos estarem se beijando intensamente demais para um lugar público - corredores da Rakuzan-", explicou levando em conta sua experiência em relação ao casal.

Os dias passavam lentos e a raiva de um modelo só aumentava, ninguém nunca o tinha visto tão sério.

"Aquele verme, fica tocando na minha irmã", toda Kaijo via a fumaça saindo da cabeça do veterano, se via veias em sua testa enquanto murmurava.

"Kise-senpai, acalme-se", disse Atsuya, um garoto do primeiro ano e lançador do time.

"Aquele infeliz se infiltrou na minha casa, eu já o vi entrando no quarto da minha mulher", aquele ala-menor que é todo manhoso, alegre e que faz graça não se achava ali.

"Ele tem namorada?", questionou Izumi, o armador que cursa também o primeiro ano.

"Não, ele está falando da irmã dele", respondeu Kousei, o pivô do segundo ano.

"Ficar tão bravo assim faz mal", um voz feminina se fez presente.

"Lise-chan, eu odeio o Asahi, por que você não se entende logo com Seijuurou-cchi, case e tenha filhos", de imediato a face tranquila da loirinha se transformou em uma carranca.

"Eu não quero e nem posso ter filhos, eu estou bem sem Akashi (eu acho)", falar do ruivo fez os olhos verdes marejarem sem ela notar.

"Bem, eu preciso te dizer uma coisa", anunciou séria, porém uma lágrima desceu por sua bochecha. Ryouta já ficou preocupa, a sua maior preciosidade era sua irmã e ele não confiava em mais ninguém para cuidar da mesma a não ser o imperador.

"O que aconteceu?", o homem já se levantou, agradecia por não ter jogos naquele dia, meio que já tinha noção da notícia.

Lise lhe contou o deixando boquiaberto, nunca imaginou que ela chegaria a tanto.

"Você não pode fazer isso, tem soluções", Kise balançava o pequeno corpo pelos ombros, ficou deveras transtornado.

"Tanto posso como já fiz", apesar do tom de voz frio mais lágrimas desciam.

Não querendo ouvir mais nada foi embora deixando o gêmeo aflito, ele sempre soube o quão fraca ela é, tanto fisicamente quanto psicologicamente, e pelo jeito sua fraqueza ganhou.

"Desculpa Ryouta-chan, eu não aguento mais, não consigo segurar", a baixinha corria pelo corredor limpando as lágrimas, com a visão embaçada trombou em Akashi que por puro reflexo a segurou.

"Olha por onde anda", disse indiferente, entretanto mudou quando viu o estado de choro da menina, a aflição que ficou ao ser tocada por ele, a angústia de querer sair de perto do mesmo, e saiu, aos tropeços, mas saiu.

O capitão pensou em dizer para esperar, pensou em segura-la, todavia seguiu seu instinto e até mesmo sua razão, os dois diziam a mesma coisa, "Vá atrás dela".

Andando rapidamente chegou até uma sala vazia onde se escutava o choro, entrando no local os cabelos não tão enormes agora cobriam o rosto e seus ombros balançavam com a respiração, notando outra presença Lise se levantou limpando o rosto, o ruivo ergueu uma das mãos para tocar-lhe o rosto, foi impedido, era de se esperar, contudo a mão que lhe interceptou se mantinha junto a sua, tocando dedo por dedo até a palma.

"O que está acontecendo?", aquela voz rouca, olhos heterocromáticos intensos, cabelos tão vibrantes, Lise escorregou pelo corpo do ruivo até o chão, voltou a chorar sem se preocupar com ele.

"Eu não aguento mais, não dá, não nasci para isso", se levantou irritada e chorosa, Seijuurou a deixou desabafar.

"Eu amo Asahi", isso foi um baque no coração do imperador, ele sentiu aquele aperto angustiante.

"Ele me faz sorrir, alcançou minha parte condensada de emoções, a parte que eu guardava no meu mais profundo ser, onde nem você chegou", cada vez mais Akashi se sentia decepcionado, será que ele não soube entender a garota que tinha?

"Entretanto, também odeio Asahi por isso, pois soltando minhas emoções veio junto todo meu amor, todo meu amor por você, isso dói, me mata por dentro", e mais surpresas para o coração do homem.

"Eu sou fraca de emoções, dado que nasci para proteger um ser fraco, por isso sou tão fria, eu comando enquanto ela se cuida, todavia agora com toda essa emoção em mim, dói saber que sinto um amor tão inútil", por um momento o armador esqueceu quais da Lise era.

"Por isso, vou acabar com isso de uma vez", no bolso de sua saia, a pequena tirou uma pequena bolinha de óleo usado para massagem.

"Essa bolinha representa a condensação de minhas emoções, vou fazer isso", segurando entre os dedos ela apertou com força e explodiu a bolinha.

"Vou matar tudo em mim, para isso preciso fazer uma coisinha antes", o semblante dela era bem tristonho.
Ouvindo rápidos passo o casal se virou para a porta observando quem entrava.

"Lise, é verdade? Você aceitou a proposta?", inquiriu Naruko, ele só queria que não fosse verdade.

"Sim, em dois meses eu vou voltar para Harvard".


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