Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Hey gnt! Me desculpem a demora de meses kkkkkk Eu comecei a fazer faculdade então fiquei meio sem tempo, depois meu computador quebrou e demorou muito pra arrumá-lo. E também tem a inspiração que resolveu tirar férias junto comigo rsrs Mesmo agora eu ja voltando das férias, achei um tempinho para escrever mais um capítulo para vocês!
Aproveitem!!



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Branco e Vermelho

A dor, forte e imprevista,
Ferindo-me, imprevista,
De branca e de imprevista
Foi um deslumbramento,
Que me endoidou a vista,
Fez-me perder a vista,
Fez-me fugir a vista,
Num doce esvaimento.
Como um deserto imenso,
Branco deserto imenso,
Resplandecente e imenso,
Fez-se em redor de mim.

Todo o meu ser, suspenso,
Não sinto já, não penso,
Pairo na luz, suspenso...

 

 

Camilo Pessanha

 

 

 

 

— Sherlock

Como já era de se esperar, o sangue do frasco é da Molly. “A” positivo. Assim que saio do Bart’s, um carro preto para na minha frente, entro nele. Não preciso dizer mais nada, recebo uma mensagem de Mycroft dizendo “de nada”. Preparo minha mente para aprimorar meu mapa, mas sou desconcentrado ao ouvir meu celular vibrar com a ligação de John.

— John, o que aconteceu agora?

— Eu estou aqui no hospital e parece que Mary já está bem melhor! O doutor disse que ela ficará só mais três dias em observação.

— Ao todo serão só uns cinco dias... Não acha isso estranho? É pouco tempo pra quem tentou se matar. E você é médico, devia saber disso.

— Eu era um médico militar, Sherlock. Depressão pós-parto não é o meu forte. E eu acho bom que ela está melhorando tão rápido. Milagres acontecem, sabia?

— Tudo bem... Mas fique de olho.

 

 

***

 

 

Não sei exatamente quanto tempo viajei de carro, porque no meio do mesmo, dormi profundamente. Na verdade, eu nem sabia quanto tempo eu já estava sem dormir, mas isso foi o suficiente para recarregar as forças. Meu estômago roncou assim que chegamos á Transilvânia. Passamos lentamente com o carro por uma estrada coberta de neve, havia várias casas com o teto um pouco mais baixo que o padrão em Londres, e em meio á elas, encontrei uma padaria. Saí do carro e fui banhado pelo cheiro de pão fresco. Meu estômago roncou com mais força ainda. Lembrei-me que não tinha a Moeda do País.

— Phill, você tem Leu Romeno aí?

— No banco de trás, Seu irmão pediu pra deixar em um compartimento entre os bancos.

No lugar onde ele disse, realmente tinha bastante dinheiro lá. Não acredito que vou dizer isso, mesmo que seja só na minha mente, mas devo uma á Mycroft.

Assim que entrei na padaria, percebi que o teto era mesmo muito baixo, minha cabeça quase alcançava, as pessoas daqui são baixas também. A imagem da Molly veio a minha mente, ela era quase da mesma altura que essas pessoas, talvez um pouco mais alta.

Depois que comi, perguntei ao padeiro se tinha visto alguém como a Molly, descrevi com todos os detalhes, sou muito bom nisso. Mas infelizmente ele não tinha visto ninguém parecido com ela. Espera. Romênia, Transilvânia, caixão, poemas, sangue, livros de vampiros...

— Onde fica o Castelo de Bran?

 

 

***

 

 

Corro para o carro novamente, passo o endereço e que ele vá o mais depressa possível. Em menos de dez minutos já estávamos em frente á uma montanha de neve com várias árvores em volta e um castelo enorme no topo. Vejo uma escadaria sem fim. Deve haver alguma outra passagem, nenhum rei seria tolo o suficiente para ter que subir todos esses degraus toda vez que voltar para casa. E eu estava certo, como sempre. Do outro lado da montanha tinha uma trilha no meio da floresta alva que depois de uma boa caminhada, foi se alargando até ficar da largura de uma rua de Avenida. No fim da estrada tinha um grande portão com dois seguranças.

— Eu quero entrar.

— Ninguém está autorizado á entrar a não ser o Sr. Moriarty e sua Princesa. – O segurança que me respondeu tinha um sotaque diferente, provavelmente romeno.

— Princesa?! Diga á ele que quero entrar agora! Vou acabar com ele, dessa vez com minhas próprias mãos!

— Não podemos deixar pass....

Antes que ele pudesse terminar a frase, deu um soco em seu rosto. Gotas de sangue caíram na neve. Depois disso o outro veio me bater. Eram socos e chutes por todos os lados , no começo eu estava ganhando, mas agora que eram dois contra um, eu nem estava mais raciocinando. Tudo o que eu sentia era dor, tanto por dentro quanto por fora. Sou um péssimo namorado... Não sirvo nem para protegê-la. Tudo o que eu via agora eram vultos, eu estava sentindo tontura juntamente com uma dor de cabeça insuportável, parecia que cada vez estava mais frio. Assim que caí no chão, vi só o cinza do céu, acho que vai chover, mas... Estamos no inverno...  Então irá nevar... Não sei ... Tudo estava rodando e eu não escutava mais nada, parecia tudo calmo agora, nem na minha mente havia vozes e pensamentos o tempo todo. Estou com sono... Acho que vou dormir aqui mesmo no chão cheio de neve... Não é nada confortável, mas não tenho forças nem para levantar um braço...

Acordei num pulo, minhas memórias estavam voltando como uma onda rápida e devastadora. Da última vez que eu estava consciente, havia neve por todo lado. O que não é o caso agora, estou em uma cama de solteiro, não muito mais confortável que a neve, parecia mais aquelas da prisão de Londres. Na verdade tem grades aqui. Estou preso. O desgraçado do Moriarty vai se ferrar quando eu encontra-lo. Já encontrei, mas parece que estou preso em uma prisão interna do Castelo. Eu memorizei toda a planta do Castelo de Bran antes de vir para cá, sei onde fica cada cômodo. Sei exatamente onde estou. Só preciso sair daqui. Deve haver algum jeito.

Percebo que ainda estou com as mesmas roupas de antes. Vejo que em um dos meus bolsos do sobretudo ainda tem o frasco com um pouco de dinheiro romeno, e no outro a flor azul. Penso um pouco e tenho grande ideia de usar a corrente do frasco para destrancar o cadeado da cela. Moriarty não seria tão burro assim para não ter me revistado antes de me colocar aqui. Tudo isso faz parto do plano dele. Eu só tenho que ser mais esperto.

Assim que saio da cela, me concentro no mapa do castelo em meu palácio mental. Como um cego, vou passando a mão pelas paredes de olhos fechados, enquanto visualizo o mapa na mente. Algo dá errado, percebo que tem uma parece em um lugar que não deveria estar. Abro os olhos e me deparo com um caminho sem saída. Franzo o cenho e percebo que parece eh mais menos velha do que as outras. Bem menos velha na verdade, mas poderia enganar qualquer pessoa, pois aparentemente tem o mesmo aspecto velho. Passo a mão pelas paredes para ver se encontro algum botão ou algo do tipo que castelos antigos têm. Volto boa parte do caminho passando a mão por todas as paredes em todos os lugares possíveis, quando percebo que em alguma parte que toquei, a parede afundou alguns milímetros. Te achei!  Afundo agora com as duas mãos o pedaço da parede que volta ao normal quase que instantaneamente depois que a solto. Volto correndo para aquele caminho sem saída e me deparo com outra cela.

Um garoto me encarava sentado no chão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não me odeiem por ter demorado pra postar o capítulo rsrs Bjos!!
Ah eu fiz um blog com textos originais meu, talvez eu até escreva uma história lá, acessem e comentem pra me motivar ;)
https://t.co/gEQ6NOfx3I