Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Hey! Boa leitura!



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– John

– Acorde Watson. O tempo de visita esta acabando.

Acordo meio zonzo e não faço ideia de como, quando e quanto tempo eu dormi, mas isso não importa. Levanto a cabeça que estava apoiada na cama de hospital da Mary. Observo-a mais uma vez antes de beijar sua testa.

– Espero que melhore querida. – Digo tirando seu cabelo da testa colocando-o para trás. – Mycroft tem certeza que está ficará segura aqui?

– Claro, além dos meus homens, tem os médicos e as enfermeiras que estarão aqui à noite toda.

– Tudo bem... - Levando-me da cadeira em que eu estava sentado e ando para fora da sala. – Tem certeza absoluta que ela ficará bem, não é?

– Sim, tenho certeza.

– Absoluta?

– Não.

– Em uma escala de um a dez, quanto?

–Oito.

– Ainda bem – eu solto o ar. – Acho que agora eu posso dormir mais tranquilo. Vou pegar Maya, me acompanha?

– Claro.

***

– Sherlock

Eu já estava todo sujo de neve, terra e suor, e sem encontrar nenhuma pista. Meus cabelos estavam grudados na minha testa e pingando de tanto suor, minha camisa que era branca, já estava marrom de tanto barro. Demorei metade da noite cavando todos aqueles túmulos, e quase a outra metade para arrumar toda a bagunça que fiz, quaro que dá para perceber que alguém passou a noite cavando o cemitério todo, a neve já não está tão branca como antes, agora parece mais morros de lama, mas eu n me importo, nunca me preocupei com... Bagunças e sujeira. Um bom exemplo é meu flat que sempre está bagunçado e empoeirado.

Faltavam alguns minutos ainda até amanhecer, então fui procurar dentro dos mausoléus. Por mais estranho que parece eu sentia que tinha alguém me olhando. Olhei em volta mirando a luz da minha lanterna em todos os lugares, mas não tinha ninguém. Sherlock admita você está com medo. Não estou com medo, John. Esse sentimento é para crianças, não sou mais criança. Tem certeza? Tenho certeza absoluta de que não estou com medo. Eu estava me referindo á parte de você não ser criança.

– Saia da minha mente, John!

Gritei tão alto que alguns corvos voaram de algumas árvores próximas. Não sei se foi coisa da minha mente, assim como John, mas eu podia jurar que vi um vulto preto passando entre os arbustos. Não podem ser vampiros, eles não existem, são só ... Lendas. Balancei minha cabeça para afastar esses pensamentos. Com a lanterna em uma mão e o meu sobretudo em outra, entrei no mausoléu á minha frente.

Assim que passo pela porta de madeira, encontro-me em uma sala vazia, somente com um espelho e outra porta de madeira igual á que passei para chegar aqui. Não perco tempo com o espelho e entro na outra porta.

Fazia tempo que não sentia minha pele se arrepiar. No canto da sala havia um caixão aberto. Um pouco receoso, aproximei-me do caixão. Era um caixão bonito de certa forma, tinha o estofado vermelho e era feito de uma madeira bem escura por fora, quase tão escura quanto o piano da Molly. Isso não poderia ser coincidência...

Olhei freneticamente por todo o caixão, procurando alguma pista, algo que me leve até Moriarty, e assim, até minha Molly. De repente, encontro preso no estofado vermelho do caixão, um fio de cabelo, um fio castanho, um fio de cabelo da Molly.

Isso não está certo, porque tem um fio do cabelo da Molly em um caixão aberto dentro de um Mausoléu de um cemitério?

Molly não está morta, certo? Ela não morreu, estava saudável, eu chequei todos os exames e receitas médicas dela, sem ela saber é claro, mas estava tudo bem com ela. Isso tem que ser alguma pista. Moriarty não seria descuidado de deixar isto passar... De repente meu celular vibra. Uma mensagem.

“Garoto esperto! A pista que precisa está em Baker Street 221B.”

O número era desconhecido, óbvio, e nem adiantaria rastrear de quem era o celular e onde se localizou no momento, Moriarty é muito esperto para enviar a mensagem, ele mesmo. Então não vale a pena, só estarei perdendo o meu tempo. Sei que ele está me vigiando de alguma forma, mas não sei como. E eu ainda vou descobrir.

Olhei para cima e consegui ver o primeiro raio de sol. Passei a noite toda acordado, mais uma vez. Sai do cemitério minutos antes de abrirem oficialmente os portões.

***

– Molly.

Acordo assustada no meio da noite, com um pesadelo que tive. Eu estava suando frio, virei automaticamente para ver as horas do relógio em cima da cômoda. Não passava das três. O quarto estava escuro, tentei lembrar o que tinha acontecido ontem para vir parar aqui. Levantei um das minhas mãos para enxugar o suor que escorria na minha testa e percebi que tinha algo no meu pulso, como uma pulseira. Franzi o cenho tentando lembrar.

– São as algemas, caso tenha esquecido.

Meu coração parou e voltou a bater novamente desenfreadamente com o susto. Porque ele está aqui?! Sem desviar o olhar de onde eu achava que estava vindo a vós, tateei com a mão a parece até achar o interruptor. Assim que a acendi a luz, vi que estava sentado de olhos fechados em uma cadeira de balanço, daquelas que os avós gostam, no canto do meu quarto. Em uma fração de segundo lembrei-me de tudo o que tinha acontecido ontem á noite.

– O-o que está fazendo aqui?

– Esperando você acordar, que bom que acordou bem antes do que eu esperava. – ele disse abrindo um olho de cada vez e levantando da cadeira devagar. Ele se aproximou da minha penteadeira onde havia um cálice e um punhal. Que estranho, eu não me lembro de ter visto isso ontem... Ele deve tê-los levado para cá enquanto eu estava “dormindo”.

Ele pega os objetos em cima da cômoda e aproxima-se de mim. Sinto um leve arrepio ao pensar o que ele vai fazer com isso.

– Eu não iria fazer isso agora, mas parece que eu já estou atrasado, então... – ele pega um dos meus pulsos com a mão livre. Joga o cálice o punhal na cama e tira uma pequena chave do bolso. Tira a algema do pulso e em seguida pega o punhal.

– O-o que vai fazer?!

– Acalme-se, princesa. Prometo que não vai doer nada.

Tento me soltar, mas falho. Ele rasga a superfície do meu pulso com o punhal fazendo meu sangue escorrer pelo meu braço e sujando o lençol branco de vermelho.

– Você está maluco?! Está ardendo muito! Quer me matar?!

Sem responder ele pega o cálice e coloca em baixo, para que o sangue derrame nele. Ele aperta o meu pulso, fazendo mais sangue escorrer.

– Não quero te matar, querida. Só dar um recado á Sherlock.


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Notas finais do capítulo

Reviews!!



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