Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Hey gnt ! Novo capítulo saindo...
Ah, eu comecei outra fic rsrs, aqui está o link: https://fanfiction.com.br/historia/639598/Quem_diria/

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/606277/chapter/25

–Não foi tão ruim, não é? – eu pergunto olhando para Sherlock enquanto andamos de volta para casa. Podíamos ter pegado um táxi, mas eu disse que queria sentir o ar fresco e frio da brisa em meu rosto, antes de ficar presa de novo. Ele estava andando com as mãos para trás e olhando para frente.

– Não.

– Então... Podemos fazer isso de novo, outro dia? – eu pergunto esperançosa.

– Não.

– Por quê? – eu pergunto novamente depois que ele pisa em minhas esperanças.

– Você sabe o porquê.

– Odeio Moriarty! – eu digo olhando para frente agora, furiosa.

– Todos odeiam.

– Ele podia me matar logo. E então eu seria livre.

Eu só percebo que ele parou de andar, quando não escuto o barulho de seus passos na neve. Olho para trás e o encontro parado. Encaro confusa e então ele volta a andar, me alcançando.

Andamos em silêncio até chegarmos ao meu apartamento. Procuro as chaves nos bolsos do meu casaco, e assim que coloco a chave na fechadura, Sherlock segura minha mão livre, me olhando intensamente.

– Nunca mais diga aquilo. Não sabe o quanto... O quanto é ruim ter que ouvir dizê-lo.

– D-desculpa.

Entramos no apartamento e eu fui direto para o banheiro tomar um banho, colocar uma camisola e ir dormir. Sherlock não dormia no mesmo quarto que eu. Ele sempre dormia muito tarde e, além disso, Toby não deixava que ninguém tomasse seu lugar. De qualquer forma, ele tinha muito respeito por mim para fazê-lo. E esse é o jeito dele. Ele gosta de ficar sozinho. Eu acho.

Quando a comida estava acabando, de verdade, uma semana depois, eu tentei mais uma vez pedir para sair e fazer compras. Obviamente ele não deixou e enviou uma mensagem para Mycroft.

– É errado chantagear os outros, sabia?

– Ele não é os outros. É só Mycroft.

– Ele é um dos homens mais poderosos da Inglaterra.

– E dai?

– E dai que você está chantageando-o para fazer compras para uma simples legista.

– Não se menospreze Molly. Vocês estão no mesmo nível desde que me ajudaram a acabar com a maior teia de criminosos do mundo.

– Estou me sentindo a Martha Jones, agora. – eu sorrio.

– Quem?

– Martha Jones, de Doctor Who. Minha série favorita.

– hum... Por quê?

– Ela salvou o mundo.

Talvez antes eu parecesse mais com ela, quando Sherlock não me notava. Depois de quase duas horas, chega dois homens de terno e óculos escuros com os braços cheios de sacolas com mantimentos. Mycroft vem logo atrás, enquanto eles as deixavam na cozinha.

– Não precisava fazer isso Mycroft. – eu digo.

– Tudo bem. O prazer foi meu. – ele diz e eu não acredito. – Já sabem algo sobre Moriarty?

– Ele veio aqui me visitar e disse que vai começar um novo jogo. – eu o respondo, olhando para o nada, entediada.

– O jogo nunca acaba Molly. – diz Sherlock

– Hum... Você sabe que não precisa ficar aqui, não é?

– O que quer dizer?

– Quero dizer que meus homens poderão protegê-la, assim como estão fazendo com os outros. É mais seguro. E então você poderá voltar para Baker Street. – ele falou o nome da rua com um pouco de nojo. O que tem de errado com Baker Street?

– Não, obrigado. Eu tenho que fazer algo. Não quero que leve todo o crédito.

Mycroft serra os olhos, provavelmente tentando ver algo em Sherlock que comprove a veracidade de suas palavras.

De repente vejo a sombra de um sorriso dançar nos lábios dele, mas antes de dizer qualquer coisa, seus homens voltam e saem pela porta.

– Acho que já vou indo. Foi bom te ver, Molly. – ele sorri e assente a cabeça. Eu sorrio de volta. – Até mais, irmãozinho. Espero que goste do meu... Presente.

Sherlock olha desconfiado para o irmão, mas o mesmo fecha a porta impedindo-o de fazer qualquer pergunta.

– Já vai tarde. – Sherlock diz bufando e voltando á posição que faz quando está pensando. Eu rolo os olhos e vou em direção á cozinha para guardar os mantimentos.

– Sherlock, eu achei isso em uma das sacolas. – eu digo entregando uma caixa vermelha com um laço também vermelho.

Ele se levanta e pega a caixa. Chacoalha para tentar adivinhar o que tem dentro. Eu não ouço nada, mas ele fez uma expressão de já desconfiar do que tem nela. Ele vai para o seu quarto e fecha a porta. Segundos depois volta, com as mãos vazias, e senta na poltrona.

– O que tem na caixa?

– Você é muito curiosa. – eu respiro fundo. Ele não vai dizer.

– Sherlock... O que fez com as roupas da Janine?

– Aquelas que estavam espalhadas pelo guarda-roupa e cômoda?

– Sim.

– Me livrei delas.

– Fez o que?!

– Eu só... As joguei de baixo da cama.

– Ela vai ficar brava.

– Ela não mora aqui.

– Você também não.

– Na verdade, sim, por enquanto.

– Não precisa ficar aqui.

– Tem razão. – ele disse e eu me arrependo na hora de ter dito aquilo. – Eu quero ficar aqui. – que alivio. Foco Molly!

– Agora vai dizer o que tem na caixa?

– Não. Se quiser vai lá ver. Está em cima da cômoda.

Eu espero alguns segundos, desconfiada. Quando tenho certeza de que ele não está brincando vou até seu quarto.

A caixa vermelha estava em cima da cômoda, como ele disse, mas agora o laço já estava desfeito. Tiro a tampa.

...

...

Volto para a sala depois de fechar a caixa e a porta, sentando no sofá e pegando meu livro, escondendo meu rosto levemente corado. Sinto que seus olhos estão em mim.

– Como Mycroft descobriu? – eu pergunto.

– Acho que você estava muito feliz... Ultimamente.

– Hum... Tão óbvio assim?

– Um pouco.

– Acha que John e Mary também descobriram?

– Não. – ele diz e eu tiro o livro do rosto.

– Como não? Você não acabou de dizer que estava óbvio?

– Mycroft costuma deduzir as coisas melhor que eu e quando eu disse óbvio, me referi a mim mesmo.

– Tudo é óbvio para você. – eu digo e volto a ler o livro. Não consigo me concentrar e volto ao assunto. – Vai usá-las?

– São muitas. Talvez, mas é melhor eu me concentrar.

Eu rolo os olhos. Nem para ele me dar uns quarenta minutos de diversão... Ok, talvez uma hora.

Mais uma semana se passou muitos corpos para fazer a autópsia e Sherlock sempre me seguindo por todos os lugares do Barts. Exceto o banheiro feminino, é claro.

Eu lavava meu rosto no banheiro, quando recebo uma mensagem.

Venha aqui fora, precisamos conversar. Estou te esperando. – Tom.

Será que ele ficou chateado por eu não ter ido visita-lo? Acho que Sherlock não vai se importar se eu der uma saidinha rápida.

Quando saio do Barts meus olhos procuram freneticamente por Tom. Eu precisava ser rápida, antes que Sherlock perceba que eu saí. Não o encontro. De repente um pano, um pouco úmido, é colocado em meu nariz e o efeito é instantâneo. Aos poucos eu começo a ficar sonolenta e meu corpo mole. Ouço uma voz familiar dizendo durma, princesa antes de cair em um sono profundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E agora, o que será que vai acontecer? (música de suspense) Descobriram o que tem na caixa? Amei Mycroft nesse capítulo hahahaha!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Momentos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.