Let Me Go escrita por Rosalie Potter


Capítulo 6
Capítulo Seis


Notas iniciais do capítulo

Pois é gente, hoje é segunda já. Parece meu feriado voou, pegou carona com o Bolt só pode T-T
Mas enfim, eu estou voltando á rotina normal e as coisas vão voltar a pegar pesado comigo. A minha escola é militar para os que não sabem então as coisas são muito puxas, as matérias estão vindo em enxurrada e eu tenho a obrigação familiar de simplesmente tirar dez em todas as matérias.
Ah, e a escola é em outra cidade, e eu venho e volto de ônibus.
Então o tempo para mim vai começar á rarear e muito, mas eu prometo dar o melhor de mim para continuar postando numa frequência boa.
Espero que entendam e que gostem do capítulo.
A gente se vê nos comentários.



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Eu havia feito uma mala bem pequena, o menor número de coisas que consegui colocar. Pouquíssimas roupas para deixar espaço para os livros. Acordei antes de o sol raiar e não consegui dormir mais. Então me arrumei, arrumei meu quarto sabendo que seria a última vez que o veria. Admirei cada detalhe dos móveis, da pintura do guarda-roupa que havia sido feita especialmente para mim. E só então, sozinha, encarando um móvel, que eu comecei á chorar.

A princípio uma lágrima bem tímida escorreu. Por estar deixando daquela maneira tão brusca irmãs tão atenciosas, que se importaram em construir um quarto pra mim. Tentei entender a razão de estar tão triste, já que uma hora todos saem de casa. Mas eu estava saindo para ficar anos longe da minha família, de pessoas que eu mal tinha tido chance de passar um ano inteiro. Outra lágrima escorreu, e então outra e outra, até que eu abracei meu travesseiro e me entreguei ao choro.

Mas quando as lágrimas cessaram, meu travesseiro estava molhado e meus olhos finalmente secos, foi que meu coração sossegou. E eu decidi seguir em frente. Se o meu destino era esse e se não havia escolhas, do que adiantaria ficar chorando e me lamuriando? O jeito seria seguir em frente de uma vez, acostumar minha vida á aqueles seis anos. Eu me doaria para o palácio e quando saísse decidiria como seguiria minha vida.

Decidida a viver da forma que a vida determinou, lavei meu rosto e esperei que ele desinchasse. Observei com doçura o sol nascendo, um belo espetáculo. Encarei minha mala que dava para ser levada por mim sem problema algum e acabei sorrindo. Há um ano atrás quem imaginaria que tudo aquilo estaria acontecendo? Foram algumas reviravoltas que mudaram minha vida. Pelo menos havia uma parte boa. Eu não teria que me preocupar com casamentos arranjados.

Fiquei no meu quarto até ouvir batidas na porta, batidas que eu julguei ser do Duque. Levantei, ajeitei a postura, peguei minha mala e saí do quarto. A pequena chave do meu quarto estava no bolso do meu vestido. Quando eu voltasse pra casa, eu ainda a teria. Levaria como um talismã, indicando para que eu nunca esquecesse que eu tinha uma casa e uma família para a qual voltaria.

Encontrei Gabriel nas escadas. Ele também carregava uma mala do tamanho da minha. Olhamos um para o outro e de repente começamos á rir, á gargalhar. Nunca entendi o motivo daquelas risadas, o que diabos achamos tão engraçado. Só sei que eu cheguei á ter perdido o ar para as risadas.

–Está pronta? –Perguntou quando conseguimos parar de rir finalmente.

–Estou. –Falei e ele segurou minha mão para descermos as escadas.

Quando chegamos á sala de estar, o Duque encarava nosso padrasto com crescente surpresa, mas depois olhou para a gente:

–Então são eles os jovens que levarei?

Meu padrasto assentiu com pesar no rosto. Minha mãe e minhas irmãs também estavam na sala, percebi de ultima hora. As três tinham lágrimas nos olhos, lágrimas essas que me cortaram o coração de uma forma inimaginável.

–Eles virão comigo agora. Essa é realmente sua decisão Robert?

–Essa é nossa decisão. –Respondi pelo meu padrasto e dei um passo á frente junto com Gabriel. –Estamos prontos.

–Então venham comigo agora ou não aceitarei. Sem despedidas, por favor. Não suporto lágrimas.

Aquilo doeu, mas eu já tinha decidido que seria forte para o que desse e viesse. Então só joguei um beijo e falei um “eu amo vocês”. Depois passei por aquela porta sabendo que aquela seria a última vez naqueles anos que veria minha casa. Respirei fundo e então o Duque apontou para mim e para o meu irmão a carruagem, onde entramos.

–Vocês são jovens corajosos. –O Duque afirmou ao entrar e pedir para o cocheiro ir em frente. –Fico feliz que assim seja. Assim eu posso ficar perto dos meus filhos.

–Não quero nem imaginar o que o senhor fez para precisar de doze anos de trabalho escravo. –Digo sem olhar diretamente para o homem. Gabriel deu um risinho ao meu lado. Eu sabia, como ele, que estávamos impedindo que a dor entrasse. Agora seria uma nova vida. Aceite e siga em frente.

–Corajosa e abusada não é garota?

–Eu? Abusada sobre o que? Sobre ter insinuado que o senhor fez algo terrível ou ter utilizado a palavra correta para o que estamos sendo obrigados á fazer? Trabalho escravo parece o termo certo para mim.

–Fique quieta Atena Mercer. Para o seu bem. –Ele olhou pra mim. –No palácio querida, esse ato de falar demais do devido á uma mulher ou á uma criada pode te fazer muito mal.

–Mas senhor... Eu não falei demais. Falei uma frase, que fez o senhor fala outra e eu apenas respondi. Não é nem ao menos uma longa conversação, então como isso seria demais?

–Você sabe retrucar demais para o seu próprio bem.

–Talvez. –Admiti com um sorrisinho no rosto que sabia que era bastante irritante pra ele. Eu tinha outra resposta na ponta da língua, mas sabia que eu já tinha passado dos limites e não seria sábio o provocar mais. Nesse caso apenas fechei os olhos e me emergi em pensamentos enquanto a carruagem sacolejava. Sabia que a viagem demoraria.

~X~

No caminho o Duque aproveitou para explicar tudo para a gente. Eu seria aspirante á criada e o meu irmão á soldado da guarda. Teríamos que pagar uma dívida de seis anos sendo empregados sem receber pagamento, mas no dia que os criados tivessem folga nós também teríamos. A diferença é que não poderíamos sair do palácio.

Quando a carruagem parou, meu coração foi praticamente a boca. Não sabia como seria á partir de agora, mas tudo bem. Como eu havia prometido a mim mesma, aquela era a minha vida. E como qualquer começo de adaptação á rotina, seria mais complicado. Depois as coisas começariam a se ajeitar e á se encaixar, da mesma forma que foi quando eu cheguei á família Mercer.

Desci da carruagem. Ela havia parado na parte dos fundos do palácio, claro, os criados entravam por ali. Embora acho que meu irmão não ficaria numa área decadente, afinal, ele seria treinado para ser da guarda. Eu morria de paixão por espadas e arcos. Em questão de trabalhar no palácio, eu realmente adoraria que fosse o contrário e Gabriel fosse a criada. Mas fazer o que, é a vida.

Era impressionante até como a parte detrás do castelo parecida grandioso demais, luxuoso demais pra mim. O lugar era enorme e eu tinha que olhar bem pra cima para conseguir enxergar o topo da última torre.

–Vou deixar primeiro a garota.

Dizendo isso nós descemos em direção á porta de madeira que havia aos fundos do palácio. Assim que ela foi aberta, dei de cara com uma mulher. Ela era um tanto rechonchuda, de bochechas rosadas, cabelos negros presos num coque com uma redinha, parecia muito acolhedora.

–Nelly, essa aqui será a aspirante de quem lhe falei. O nome dela é Atena. Bem, está entregue. Rapaz agora é a sua vez.

Ele se afastou com o meu irmão enquanto eu entrava no cômodo. Aquela era a cozinha e era gigante. Tinham fogões para todos os cantos, várias cozinheiras, mesas, armários, dispensas, caixa. Eu olhei aquilo com uma certa admiração e um pequeno sorriso acabou estampando meu rosto. Acho que pelo menos naquele lugar solidão não seria um problema pra mim.

–Oi Atena. –Nelly sorriu para mim com um sorriso que me lembrou bastante a minha mãe. –Seja bem vinda. Isso vai ser uma loucura pra você no começo, mas com o tempo você vai se acostumar e eu vou cuidar para que você se adapte. Agora Janice, leve a Atena para o quarto dela, para ela poder deixar essa mala.

Uma mulher assentiu com a cabeça. Tinha cabelos negros como os da Nelly, mas os olhos eram verdes como as árvores, lindos. O nariz era um pouco achatado, a boca pequena e a moça em si era um pouco mais alta que eu.

–Siga-me pequena.

Assenti com a cabeça enquanto ela saía da cozinha e me guiava por alguns corredores. O lugar onde os criados dormiam eram abaixo do solo, como uma espécie de porão. Na verdade eram vários corredores com vários pequenos quartos. No começo eles dividiam quartos entre si, mas quando as celas passaram para as torres e o subsolo foi reformado, as celas se tornaram quartos e como acabaram ficando muitos, os criados ganharam um quarto para cada um.

–Esse aqui está vago, pode servir como seu. –Janice tirou uma chave do bolso do avental. –Aqui pequena. Deixe a mala e vamos voltar á cozinha, tenho certeza que a Nelly está louca para te conhecer.

–Claro.

Abri o quarto e ele era surpreendentemente melhor do que eu pensava. Não era grande, isso era verdade, mas eu não me importava muito com espaço. Era pequeno, mas parecia muito confortável. Havia uma cama de solteiro, um criado um mudo, uma pequena cômoda para as roupas e um espelho quadrado na parede.

–Obrigada por me trazer. –Agradeci colocando a mala em cima da cama e a chave no bolso do meu vestido, junto com a do meu antigo quarto. –Agora, voltamos lá para cima?

–Claro. Atena não é? É um belo nome. De onde sua mãe o arranjou?

–É uma deusa grega. Da sabedoria. –Respondo com um sorriso enquanto subíamos de volta para a cozinha.

–Não sei de onde veio o meu.

–Janice vem do latim, “aquela que tem a graça de Jano”. –Respondi sem ver e depois sorri um pouco corada.

–Eu gostei. –Ela respondeu sorrindo enquanto entrávamos novamente na cozinha. Nelly já meio que voou em cima de mim.

–Bem Atena, esse lugar é gigante e temos muito que fazer, então se eu falar muita coisa muito rapidamente peça para eu repetir e me acalmar. –Assinto com a cabeça e deixo com que ela continue. –Você logo vai se adaptar a rotina. Minha pequena, você será uma espécie de coringa porque precisamos de ajuda em basicamente todas as áreas. Eu sou a chefe das criadas então eu cuido de todas as áreas também, poderei te ajudar em tudo que precisar. Vou criar uma rotina para você sobre o que fazer, mas já pode começar colocando o avental e ajudando a lavar a louça. O Duque te trouxe então deve vir de algum lugar nobre. Tem noção de tarefas domésticas não é?

Ri com a pergunta dela:

–Tenho, tenho sim senhora. Acredite, consigo fazer o que me denominar.

–Isso é ótimo. –Ela me estendeu um avental que coloquei rapidamente. –É seu. Ficou num tamanho bom.

–Então vamos á louça.

~X~

Depois de louça, eu ajudei ás moças com o almoço da família real. As cozinheiras Paula, Nair e a Janice me ensinaram o prato do dia que deveríamos servir e eu peguei tudo muito rápido. As três eram muito agradáveis e ambas me perguntaram se eu sabia o significado dos nomes delas, como soube o de Janice. Paula também vinha do latim e era “pequenina, delicada”. Nair eu soube por um golpe de sorte, porque era de origem “árabe” e eu ainda não tinha estudado esses lados, mas eu sabia. “A estrela mais brilhante do navio”. Ela ficou encantada.

Depois do almoço, embora a cozinha precisasse de ajuda, Nelly me levou até a sala de jantar que estava sendo limpa. Era a sala de jantar mais bonita que eu já tinha visto e olha que era a sala de jantar privada, só para a família. A mesa era até pequena, mas eu via o luxo dos pratos e talheres que dali eram levados. O tapete era com certeza herança de muito tempo daquela família real e era lindo. Havia algumas pinturas pelas paredes, mesas com candelabros e uma cortina grossa, aberta na janela. Um lustre pairava acima da mesa.

Depois de apresentada, ajudei as meninas á tirarem as mesas e depois a limpar a mesa propriamente dita e a sala.

Nelly me levou depois para a “lavanderia”. Era uma casinha nos fundos do palácio, com um reservatório de água para que as roupas pudessem ser limpas. A chefe das criadas me ensinou que havia muitas frescuras relacionadas á roupa dos monarcas e que eu deveria ter cuidado com isso e com aquilo.

Ajudei a lavar as roupas, tomando os devidos cuidados que Nelly havia me dito para tomar. Depois voltei à cozinha, onde já era hora dos preparativos para o jantar dos monarcas. Era tanta comida que ainda me deixava zonza, mas ajudei nos preparativos e depois que a mesa deles já tinha sido tirada, que a louça tinha sido limpa, só então nós jantamos. Nosso jantar foi mais pobre, mas não havia do que reclamar.

Nelly então me dispensou para a cama. Disse que o sino que tinha no meu quarto iria tocar na hora de acordar e eu saberia que era a hora. Era bem cedo de acordo com ela e eu disse que não teria problemas com isso.

Entrei no meu quarto, quando a noite caiu, exausta. Acendi as velas espalhadas, mas só para poder me trocar para dormir. Guardei os pertences da minha mala na cômoda e então me deitei, sentindo os olhos pesarem. Devido ao dia pesado meu corpo inteiro doía e eu sabia que acordaria pior e que provavelmente passaria o mês dolorida, mas depois iria acabar me acostumando.

Estava quase caindo no sono quando ouvi batidas na porta. Franzi o cenho e abri, dando de cara com Gabriel. Quase caí para trás de susto, mas depois ri e o pedi para entrar:

–Como descobriu onde é o meu quarto?

–Eu perguntei á Paula que perguntou á Janice, mas isso não importa. –Ele riu enquanto se sentava ao meu lado.

–Que garoto entrosado, já fez amizade com as meninas. –Ri enquanto ele observava o meu quarto. –O que foi, o seu é melhor?

–Em pouca coisa.

–Você é homem. –Digo rindo e deito minha cabeça no ombro dele. –O que aprendeu?

–O básico do básico do básico do básico. –Ele me contou. –Ainda não sei nem pegar numa espada direito, mas as coisas não são tão difíceis assim. E você?

–Trabalhei em coisas domésticas aqui, não parei o dia inteiro. Mas conhecer esse palácio está valendo á pena. São lugares tão lindos Gabe.

–Acho que vamos conseguir ficar bem nesses anos Atena.

–É só vivermos um dia de cada vez. Aproveitar cada segundo do dia como se não houvesse amanhã e como se não tivéssemos tido ontem. É uma forma fácil de não ver o tempo passar.

–Eu pelo menos tenho alguma sorte. Quando os soldados saírem em missão, eu irei junto. Meu superior disse que se for com os outros, eu posso sair. Não ficarei confinado aqui dentro.

–Eles não vão te levar á bordéis nem nada do tipo, não é? –Perguntei rindo.

–Quem sabe? –Ele também riu e olhamos um para o outro. Foi bom eu não ter ido sozinha para esse lugar e vi que ele achava o mesmo. –Vou te deixar dormir Atena. Vou vir te ver sempre que puder.

–Venha mesmo. –Sorri e meu irmão beijou minha testa antes de sair. Um pouco mais contente com a visita repentina de Gabriel, eu deitei na cama e dormi assim que fechei os olhos.

Acordei repentinamente. Olhando aquele quarto me senti completamente sufocada. Aquelas paredes estranhas e desconhecidas pareciam me tirar o ar. Minha garganta parecia estar fechando e eu levantei repentinamente, com a mão no pescoço, tentando respirar.

Sabia que não poderia ficar ali. As paredes pareciam se fechar ao meu redor, como se quisessem me prender, me sufocar. Abri a gaveta da cômoda arfando, buscando o ar como se estivesse faltando. Eu sabia que aquilo era coisa da minha cabeça, mas não conseguia controlar. Achei minha capa negra, joguei-a pelos meus ombros, a fechei, coloquei o capuz e saí do meu quarto.

Subi as escadas correndo, passei pela cozinha até encontrar a porta dos fundos onde o Duque havia me feito entrar. Só quando saí e encontrei o ar fresco é que consegui respirar normalmente. Respirei fundo, sentindo o ar entrar pelos meus pulmões normalmente enquanto eu arfava. Ainda assim algo em mim ainda doía, aquela sensação de estar sufocada ainda estava ali.

Não fazia muito tempo desde que eu dormi. Provavelmente deveria ser uma da madrugada, por aí. Comecei á andar pelos fundos, sem rumo qualquer, apenas a sensação de estar livre me ajudava á conseguir me sentir melhor. Não sei direito como, acabei chegando aos jardins.

O jardim do castelo era enorme. Poderia ser considerado um labirinto se eu já não estivesse acostumada com a floresta perto da minha casa. E tinham das mais variadas flores possíveis. Eram festivais de cores para todos os lados. Eu podia ver rosas, camélias, margaridas, lírios. Era algo muito lindo de se ver, de encher os olhos. E para mim que tinha fugido do meu quarto por me sentir sufocada, tinha sido o local ideal.

Descobri um balanço num cantinho mais escondido do jardim. Era de madeira e foi ali que eu me sentei. Encostei a cabeça numa da cordas e comecei á balançar levemente. Queria que aquela sensação saísse de mim para que eu pudesse voltar ao meu quarto e acabar dormindo. Precisava de libertação.

Então eu soube o que fazer. O único jeito de eu colocar aquilo para fora seria da minha forma de me expressar. Cantando. Não fazia idéia se alguém podia ouvir, mas eu achava que não, afinal era madrugada e eu estava no meio do jardim. Eu poderia colocar aquela sensação para fora.

Por um instante eu não soube o que cantar. Mas então acabei começando a cantar apenas um trecho de uma música que a minha mãe cantava pra mim:

“Um dia a estrela vai brilhar

E o sonho vai virar realidade

E leve o tempo que levar eu sei que eu encontrarei

A felicidade”

Tomada pela satisfação que aquilo deu certo, eu continuei repetindo até me sentir bem o suficiente para voltar ao quarto e ir dormir.


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Notas finais do capítulo

O trecho da música desse capítulo é de "Além do Arco-íris" da Luíza Possi.



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