Wizard escrita por ChrisDA


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Notas finais, ok?



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Nadávamos de volta para a praia. Eu peguei as coisas de dentro daquele caixão e mandei-o para o depósito, depois selei o caixão de volta e mandei-o para lá também, daria um enterro digno a ela. Aquilo me custou muita energia, me senti cansado de repente, mal conseguia caminhar, meu pai me levou até a água. Depois de alguns minutos no fundo, minhas guelras voltaram, e minha energia também. Meu colar brilhava intensamente, acho que queria dizer que estava na sua capacidade limite. “Nunca pensei que conseguiria saciar isso.”, pensei dando um leve sorriso. Ele veio na minha direção, assim que mergulhou fiz aquela mesma bolha, a mantive com mais oxigênio, ele nem reclamou.

– Como consegue dominar o ar? – O som se propaga mais rápido na água que no ar, mas o som era menos, digamos, “audível”, não era fácil de entender. Não pra mim.

– Não domino o ar, faço com que a água empurre o oxigênio dela, que crie uma barreira natural. Essa foi a única magia nível quatro que aprendi. – Disse a verdade, já que a minha primeira vez que usei magia naquele lugar não conta.

Nadamos durante muito tempo, mas chegamos, por fim, a praia. Ela estava mais cheia que o normal, estávamos a alguns metros dos banhistas, subi e esperei o sol secar o meu pescoço, me livrando das guelras. Andamos pela praia até um coqueiro, havia um quiosque do lado, minha mãe assim que me viu veio correndo na minha direção.

– Graças a Deus que você está bem!

– Eu só nadei por algum tempo, tá tudo bem!

– Você sabe muito bem do que estou falando, achei que tinha sido atacado por um W... ééé, por um tubarão.

– Ele não ia morrer assim tão fácil, disso pode ter certeza. – Meu pai comprou dois cocos, entregou um para mim e ficou com o outro. Pegamos as nossas coisas e fomos até a zona sul. Vesti as minhas roupas reservas, afinal as outras não tinham secado rápido o bastante, e não podia usar magia assim na frente de ninguém. Chegamos até um prédio de luxo, no topo dele estava um heliporto, com um helicóptero a nossa espera. Embarcamos e fomos direto até o Guarujá, a viagem foi a melhor parte, ver o Rio de cima, agora entendi por que a chamavam de “Cidade Maravilhosa”.

– Eu queria ter ido ao Cristo Redentor! Teria sido bem legal!

– Na volta a gente vai, ok? – Minha mãe me prometeu, mas mesmo com aquele sorriso sabia que algo a preocupava. Talvez pelo fato de eu ter me tornado um Wizard, ou por ter uma pedra de Aqua, em vez da Ignis da família. Todos sabem que água e fogo não se dão muito bem.

– Se eles moram no Guarujá, por que viemos para o Rio? Não era mais fácil irmos para Santos e de lá para o Guarujá?

– Eu disse isso, mas o seu pai insistiu para que viéssemos para o Rio, disse algo como “ele tem que ver o mar do Rio, não é a primeira vez dele?”, já viu como ele é.

Depois de uma parada para reabastecer e descansar, chegamos no dia seguinte ao Guarujá. Realmente era um lugar encantador, tanto pela riqueza histórica quanto pela beleza natural, fiquei dois dias inteiros, andando de um lado para o outro, vendo tudo o que podia sobre o lugar, mas ironicamente não encontrei muita coisa sobre as ilhas da região, a não ser das mais famosas, mas não tinha nada por lá. Também treinei um pouco em uma área remota, sabia que não ia ser fácil ganhar aquela Ignis, ainda mais sabendo que, provavelmente não ia poder usar nada relacionado a Aqua. Encontrei um cara que estava dando uma recompensa para quem conseguisse ajudá-lo a pegar um cara que roubou o seu carro. No final o carro estava no desmanche, foi até fácil conseguir essa grana, que usei pra comprar uma katana, afinal as duas espadas eram com o elemento Aqua, essa era normal. Treinei com ela durante duas horas, fui pra casa e tomei um banho, arrumando tudo no dia seguinte, escondendo no depósito o relógio.

Saquei de lá o anel que tinha a pedra Ray e o colar. Escondi o meu pendante e coloquei o colar no lugar, por precaução, ele brilhou fracamente. Depois peguei o anel e coloquei na mão direita, como era de se esperar, senti um leve arrepio correr pelo meu corpo, depois uma onda de dor subiu ao meu corpo, como se estivesse sendo eletrocutado, depois de um tempo resistindo soltei o anel, ainda não estava pronto pra ele. “DROGA! Ele ia ser muito útil! O que eu faço?”, pensei enquanto o olhava no chão. Tentei mais uma vez, mas sem sucesso. Coloquei-o de volta no depósito e desci as escadas do hotel. Meus pais já tinham pagado a conta, então caminhei pelas ruas.

Encontrei com os meus pais no mesmo heliporto que descemos antes do sol nascer, eles falavam que iríamos de helicóptero até uma das ilhas. Ela não estava com uma cara feliz, ela olhava torto para a piloto.

Ela com certeza devia de ser muito bonita, apenas pelas formas dela, “e que formas!”. Ela subiu rapidamente, minha mãe ficou a frente, elas falavam entre si em latim, deviam achar que eu não entenderia, mas com certeza elas tinham algo em comum.

– Então esse é o amor da sua vida? Até que ele é bonitinho. – Minha mãe apenas olhou torto pra ela. – Não precisa fazer essa cara! Sei o que rolou entre nós, mas somos amigas acima de tudo não somos? – Ela concordou, um pouco relutante. – Além do mais, quando você entregou a pedra, ele fez questão de que nenhuma de nós a usasse. Ela ainda está na casa, a Carla ainda treina com ela.

– Carla? Ela já tem idade pra isso?

– Ela já tem vinte anos! É claro que sim! - Ela olhou para um ponto do horizonte, onde não tinha quase nada, mal dava pra ver a cidade atrás de nós. – Mudando de assunto, seu filho veio pra tentar ganhar o controle da sua Ignis? – Ela concordou. – Sabe que tem uma concorrente pra isso, né? – Ela concordou de novo. – Mas ele vai lutar sem usar a Aqua, ou qualquer item desse, me desculpe, maldito elemento.

“Acham que eu não entendo de latim. Pode até ser difícil, mas eu sei muito mais do que vocês pensam.” Pensei enquanto fitava o horizonte, o sol começara a nascer, aquilo com certeza era muito bonito, merecia virar um Wallpaper. “Então tem mesmo uma concorrente, e ainda vou lutar sem a Aqua. Velho esperto, ele não perde por esperar. Se ao menos tivesse o controle da Ray, ela disse não usar nada relacionado a Aqua, não disse nada sobre a Ray.”

De repente, começamos a descer em um ponto sobre o mar, olhei para a minha mãe, ela apenas sorriu. Olhei de volta e surgiu, de repente, uma ilha, devia ter 100.000 m2, no meio dela tinha uma espécie de montanha, mas não tinha parte do cume, não podia ser...

– É isso mesmo, um vulcão! Muito velho, nenhuma geração viu sair sequer uma fumaça, mas construímos nossa casa ao redor dele. Tem cavernas, é claro, que leva diretamente para o magma, mas raramente vamos lá. – Disse a minha mãe. Ao redor do vulcão, tinha uma mansão e algumas casas e alojamentos, tinha um porto e um heliporto, mas o centro de tudo isso tinha um campo de treino enorme.

– A maior parte das coisas que usamos para alimentação nós plantamos, mas de mês em mês ainda vamos a cidade. Aqui só é possível ver se tiver sangue Wizard, graças a uma Gem Navitas que seu antepassado encontrou aqui na ilha, ela pode criar uma ilusão perfeita para os humanos, escondendo de todos a sua localização.

Descemos do helicóptero, tinha apenas uma pessoa orientando o pouso, ela parecia ser bem nova, cerca de vinte anos, e muito, muito gata. Ela tinha o cabelo ruivo natural, mas mesmo assim muito intenso, tinha pequenas sarnas, muito claras, em seu rosto, devia de ter a minha altura, corpo definido e curvas suaves. Assim que saímos, ela correu e abraçou a irmãs, primeiro a piloto, depois a minha mãe.

Lembrar que eu nunca citei o nome dos meus pais, minha mãe se chama Clara, tem cerca de 1,70m de altura, cabelos ruivos, quase castanhos, olhos azuis, corpo com formas mais acentuadas e magra. Meu Pai, o João, tinha cerca de 1,80m, bastante forte, olhos castanho-escuros, mulato, cabelos crespos, eu seria ele mais velho, éramos muito mais parecidos do que se imagina.

– Edu, essa é a Carolina, minha irmã do meio. - Ela apontou para a piloto, que finalmente tirou os óculos escuros e o headset. Ela era como a irmã mais nova, só que mais alta, tinha 32 anos. Ela apenas acenou pra mim. - E essa e a Carla. - Disse apontando para a irmã mais nova.

– Prazer em conhecer Edu. - A Carla disse me dando um abraço e um beijo no rosto. Retribui, sentindo aquele calor habitual, o frio na barriga; "Ela é sua tia, se concentra!". Ela tinha jeito que treinava com uma espada há anos, certamente usava espada de uma mão e era destra, a musculatura do braço direito era levemente maior. Eu me afastei dela, ela realmente iria me dar trabalho.

Seguimos até um local de treino, lá estava um velho lutando com dois caras, eles estavam com espada e escudo e ele apenas com uma espada de duas mãos. Ele nos viu e em pouco tempo os desarmou e nocauteou.

– Então você deve ser o meu neto, Eduardo. Meu nome é Carlos, sou o seu avô e se conseguir, o seu tutor. – Ele tinha um pendante no peito, no formato de um hexágono. No centro, da mesma forma que o pendante, estava a Ignis da família.


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Notas finais do capítulo

Foi mal a demora, achei que já tivesse postado, deve ter sido algum erro de sistema, ou ter esquecido de clicar msm.
Bom, apesar da demora, essa semana posto outro afinal já tá quase terminado.
Do resto o de sempre:
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DÚVIDAS, SUGESTÕES E CRÍTICAS TAMBÉM SÃO ACEITAS OK?
Até o próximo capítulo!!!!



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