E se fosse você? escrita por Raquelzinha


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ah como estou feliz em ter vcs aqui! Nem sabem quanto!
Um OBRIGADÃO muito especial as queridas Lu, Criadora e Mel por estarem sempre aqui e também às leitoras novas Amando e Schlo, amei amei amei ler os reviews de vcs, muito obrigada. Este capítulo é para vcs! Tomara q gostem!



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Contrariando quaisquer expectativas mantidas pela matriarcas das famílias Black e Swan, o baile dos Littlesea não atingiu objetivo algum, ao menos não algum objetivo almejado. Edward não apareceu a maior parte da noite, apesar de garantir à mãe que chegaria cedo. Emily, por sua vez, passou muito tempo amuada, decepcionada e muito triste com o fato de Emmett não a ter convidado para dançar uma única vez.

Para Bella, o único aspecto que a principio pareceu positivo naquela noite desastrosa, foi o fato de Jacob se manter por um bom tempo longe do salão de dança e, muito perto das mesas de jogos. O que queria dizer, se manter longe dela.

Entretanto, a situação não pareceu melhor quando ele finalmente surgiu. Pois o primeiro ato do libertino foi convidar sua prima Rosalie para dançar. E, só nesse exato momento, enquanto ele carregava a exuberante loira para a pista de dança, que Bella compreendeu um pouco mais sobre si mesma. Sobre seus sentimentos. Especialmente, porque não estava preocupada nem triste com o fato de Edward só ter aparecido no salão há pouco mais de meia hora (sem falar no fato de não a ter chamado para dançar).

Seus olhos se abriram para vida enquanto observava Jacob dançar tranquila e, sedutoramente com Rosalie. Sorrindo para sua parceira de forma encantadora como não fizera com ela. Foi aí, bem aí, nesse exato momento, quando o coração de Bella se apertou no peito, e uma súbita vontade de chorar a invadiu que a garota compreendeu o que significava estar apaixonada.

Moveu a cabeça em negativa. De fato deveria estar sonhando. Imaginando coisas. Mas, era inegável que todas as vezes em que seus olhos cruzavam com a imagem do casal, seu estômago se embrulhava, um nó sufocava o peito... a respiração desaparecia... o coração parecia envolvido em angustia...

– Estou... apaixonada por ele?

Disse em voz alta, num misto de perplexidade e comoção, sem prestar atenção às pessoas a sua volta.

– Claro que está!

Emily concordou imediatamente apertando a mão da amiga que, surpresa a observou sem compreender como a outra percebera isso, se nem mesmo ela sabia até aquele instante.

– Mas não posso estar apaixonada! – falou angustiada. – Não por ele.

Estar apaixonada por Jacob significava sofrimento certo. Ele nunca, nunca, nunca a olharia da maneira certa. Ela tinha certeza disso. E, é claro, sem contar o fato de que aquele homem jamais poderia ser considerado um pretendente. E como se isso fosse pouco infortúnio, ainda havia o ódio que Renée nutria por ele.

– Como não! – a amiga não compreendia aquele comentário e continuava a insistir: - Eu sei que, do modo dele, meu irmão também gosta de você. Ouvi mamãe falando com ele outro dia. Tenho certeza que em breve você receberá visitas dele.

– Visitas dele? Mas, ele nunca...

A bela jovem morena encarava a amiga se mostrando muito segura do que dizia.

– Ainda não Bella, ainda não. Mas vai. Pode confiar em mim. Aquilo que planejamos no jardim logo se realizará!

Só então Bella entendeu, Emily estava falando de Edward e não de Jacob. Porém, agora, ela compreendia que jamais amara ou estivera apaixonada pelo rapaz claro de cabelos cor de bronze. Aquele era apenas um sentimento infantil de uma garota que nunca esteve perto o suficiente de um homem que não fosse seu pai, seu irmão ou seus primos.

Nunca trocara mais do que um bom dia ou boa tarde com alguns conhecidos, e amigos da família que frequentavam sua casa. Como poderia saber o que se sente quando se está apaixonada?

Completamente entretida com seus pensamentos sobre um futuro casamento entre seu irmão e a melhor amiga, Emily continuava a falar, sem perceber que a outra estava distante. Observando detidamente o casal que dançava animadamente Bella sentiu o peito doer. Aquele sentimento angustiante que apertava sua garganta e sufocava seu coração nunca fora sentido.

Como pode se enganar assim?

Se fizesse um paralelo da vez em que vira Edward dançar com Leah e agora, a disparidade entre os sentimentos produzidos pelas cenas era como o Sol e a Lua. Totalmente diferentes. O primeiro, não lhe causara sequer uma dor de barriga. Desta vez, era como se o chão estivesse se abrindo sob seus pés.

Mesmo assim, a jovem dizia a si mesma que estava enganada. Ninguém se apaixona por tão pouco. Por causa de duas danças, parcos olhares, beijos nas mãos e algumas boas conversas. Não, isso não acontecia! Por que justo com ela seria diferente?

– Bella! – Emily a chamava insistentemente puxando a manga de seu vestido.

– O que foi? – perguntou ainda aturdida pela descoberta.

– Vamos até lá... ele está conversando com mamãe, tenho certeza de que adorará ver você.

Isabella olhou em direção ao grupo formado por membros da família Black e pela própria família e desejou ir em direção oposta. Não tinha condições de enfrentar sua mãe, menos ainda Sarah que abertamente a empurrava na direção de Edward (que Bella suspeitava, fosse o filho favorito da mulher).

– Preciso de ar.

Falou se afastando da amiga, deixando-a embasbacada.

Nem adiantava convidar Emily para ir junto, provavelmente não conseguiria desfazer o engano da outra... Pensando melhor, talvez não quisesse desfazer. Era mais fácil aceitar o fato da amiga acreditar que ela estava apaixonada pelo irmão simpático e cavalheiro do que pelo libertino arredio.

O restante da noite foi uma sequência de acontecimentos aos quais ela não prestou atenção. Queria voltar logo para casa. O mais rápido possível. Ficar a sós no refugio do próprio quarto. Porém, ficar a sós não foi tão fácil, Renée não a liberou enquanto não comentou tudo o que Sarah lhe disse sobre o filho mais novo. Sobre a previsão de que o jovem em breve passaria a frequentar a casa dos Swan. Isso, sem mencionar o provável pedido de casamento.

Ah, o pedido de casamento, tão almejado algumas semanas antes, agora, lhe parecia o pior de todos os castigos. Casar era necessário, mas casar com quem não se ama, deveria ser uma tortura constante, principalmente porque veria o homem amado com extrema frequência... nesse instante ela compreendeu o que Jake disse quando conversaram no jardim: “...vamos nos encontrar bastante...” sim, ele com toda certeza sabia que o irmão pretendia pedi-la em casamento.

*

Era madrugada quando Jake saiu da casa da amante, ainda sentindo o corpo movido pelos momentos de sexo. Seu cavalo o esperava no lugar de sempre. Nunca, em momento algum ele visitava a cortesã mais conhecida da cidade em sua carruagem.

Ainda que sua vida íntima fosse comentada pelas principais bocas fofoqueiras da região, frequentar uma cortesã, mesmo a mais importante de todas, usando uma carruagem com o brasão da família, queria dizer que sua paz acabaria de vez, e paz, era algo que Jacob prezava. Sem falar que, o tempo que passava naquele lugar era tão curto que não seria problema o animal ficar atrelado às estacas da estrebaria nesse período.

Vitória era uma mulher ruiva, linda, alguns anos mais velha do que Jake e uma cortesã bastante conhecida. As mulheres que trabalhavam para ela eram as mais bem cuidadas e limpas da cidade. Jacob sabia que, ao frequentar aquele ambiente, seu nome bem como sua saúde, se manteriam intactos sob a discrição e os cuidados dela. Por isso, a “dama” era bem recompensada com joias e objetos de valor. Na mente do futuro marquês, era uma troca justa. Momentos de sexo sem envolvimento amoroso, sem crises de ciúmes, ou chances de um filho indesejado e bastardo. Por algum dinheiro, várias joias e mimos especiais. Nada poderia ser mais simples ou fácil de conduzir.

Mas, as véspera de completar vinte e nove anos (seu pai casara aos vinte e quatro), o futuro marquês começava a se sentir perturbado pela insistência paterna para que o filho mais velho oferecesse à família um herdeiro com o legítimo sangue dos Black.

“- Você é o filho que mais se parece comigo.

Ephraim usara como argumento quando Jacob salientara a existência de outro filho que poderia e, com certeza, daria sequência ao nome da família.

– Edward herdou todas as características da família da mãe. – Ephraim era muito firme nesse aspecto, ao que parecia, pouco agradável.

– Mas, o temperamento dele é mais parecido com o seu do que o meu.

Outro argumento válido que o pai não considerava justo.

– Temperamentos não são vistos Jacob!

Ainda havia uma carta na manga:

– Quem garante que se me casar terei filhos do sexo masculino?”

Jake meditava sobre isso algumas vezes. Além da infelicidade que era a vida dos pais, algo que ele não desejava para si, ainda havia a possibilidade de escolher uma mulher que não pudesse lhe dar os filhos que precisava, ou ainda, ter apenas meninas.

De qualquer forma, ele pensou enquanto montava o alazão, sua vida estava desprovida de propósitos próprios. Todos os pensamentos se relacionavam às brigas entre os pais que tornavam a vida de Emily quase infernal. Ou, à falta de interesse de Edward em aprender como os negócios da família funcionavam. E agora, ainda havia Sarah a insistir num casamento que ela considerava perfeito. A mãe teimava em querer que o caçula se casasse com a filha do casal Swan.

Não que ele fosse contra a garota. Não, Isabella parecia uma boa moça, daria uma boa esposa, porém, pelo modo como via, Edward não se interessava por ela, não como deveria. E isso seria prenuncio de infelicidade para os dois. E, o que era ainda pior, seu irmão parecia estar sentimentalmente inclinado por outra pessoa, mas mesmo assim, aparentemente cedia diante da insistência de Sarah por... Bella.
Nesses momentos Jake desejava ter algum poder efetivo além do puro e simples aconselhamento. Porém, nada fora disso poderia ser feito enquanto fosse apenas o filho mais velho e não o chefe da família.

Ajeitou o chapéu na cabeça e se moveu indicando ao animal que deveria seguir em frente. As ruas estavam vazias, exceto por algum bêbado, ou homens como ele, que vinham de locais onde homens de bem não entravam (como diria Sarah).

*

O sol voltara com força total e, o piquenique dos Clearwater finalmente pode se realizar. Lentamente os eventos se extinguiam e aquela seria uma das últimas oportunidades de encontrar com os cobiçados solteiros da região. A estação apropriada estava acabando, e com ela iam-se também as variadas atividades que se pode realizar ao ar livre ou em noites frescas e agradáveis.

Bella, sentada na carruagem aberta segurava as mãos sobre as pernas e admirava o corredor de árvores que levava à casa de seus tios. Escolhera um vestido leve e claro. Mangas curtas e fofas contornavam os braços finos. Os cabelos estavam presos, cobertos por um chapéu branco, de aba frontal, amarrado sob o queixo com uma fita lilás e, que a protegia do sol inclemente.

Sentada em frente, Renée a olhou rapidamente, percebendo certa nostalgia no rosto da filha. Ultimamente Isabella parecia distante, distraída. Passava mais horas sozinha do que habitualmente e quando se reuniam para conversar, falava pouco. Interiormente a mulher dizia a si mesma que isso só poderia significar uma coisa, Bella estava apaixonada. E o escolhido do coração da menina com certeza era o filho do marquês, Edward.

A certeza vinha das poucas conversas que tiveram sobre o assunto. Isabella era receptiva a ele como a nenhum outro. Eles dançaram em todos os bailes desde a apresentação da jovem e ficaram por um longo tempo conversando, sozinhos depois de uma dessas danças. Sim, certamente haveria um casamento na família, e seria em breve.

Os olhos castanhos de Isabella cruzaram pelo meio das árvores e viram o que há dias ansiavam ver. Estar longe e não poder dançar ou falar com ele não facilitara sua vida como a garota pensou a principio. A saudade era dolorida demais, quase sufocante.

Como podia sentir saudades de algo que não lhe pertencia? De algo que mal via? Mas sentia, e era muito doído.

Jacob vestia um casaco preto, calças também pretas e justas, botas de cano longo para cavalgar e segurava as rédeas de um cavalo enquanto conversa com o Visconde.

Cada vez mais ela compreendia o quão difícil seria continuar a vê-lo. Se Edward realmente pedisse sua mão, Jacob se transformaria em cunhado, reuniões de família, jantares, festas, eles estariam sempre juntos, talvez até dançassem juntos. Porém nunca como Bella gostaria que fosse.

Como a vida era irônica. Bella pensou pesarosa. Há alguns meses ela ficaria imensamente feliz ao se imaginar casando com Edward. Agora, tudo o que queria era que o irmão dele deixasse de vê-la apenas como a amiga da irmã e provavelmente, possível cunhada, para vê-la simplesmente como uma mulher.

Uma mulher que ele poderia amar.


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Notas finais do capítulo

Ah Bella a vida é complicada! Não é fácil não! E se tu quiser o irmão mais velho vai ter q correr e resolver a questão antes de Edward fazer o bendito pedido... pq depois, aí vai ficar complicado.
Bjs meninas e obrigada a todas q estão acompanhando. Vou tentar não demorar... na verdade nem tenho demorado né? hehehheheh BBJSSSS