O ruivo então, decide abrir o jogo..

-Desculpe... –Ele anda em direção à luz, saindo das
sombras que o prédio vizinho fazia, mostrando sua identidade- Por favor... peço
que me perdoa.... Miih... –Dizia com uma imensa tristeza na voz e um olhar
implorando perdão. Dava para ver em seu rosto que estava realmente arrependido
de não ter contato antes e que ela tivesse descoberto desse jeito.

A menina se desmonta e cai sentada ao chão...
pronunciando apenas uma palavra entre choro e medo: -Broo....klyn....

O menino a olha desconcertado. Não sabia o que fazer. Não
sabia se ainda tinha algo que poderia fazer!

-Miih... –Dava alguns passos na direção dela- Me
perdoa....eu queria ter te contado antes que eu sou realmente um “anjo” e que eu...sou
Cupido mas...eu tive....eu tive tanto med..-Ele não terminou a frase, pois
percebeu que a cada passo que investia, ela recuava. Parecia um bicho selvagem
assustado, se encolhendo inteiro- Miih...! –Seu rosto se entristeceu por
completo. Percebeu que fez o que mais temia: afastara de si mesmo a única
pessoa que mais amara até aquele dia que fazia recíproco seu sentimento.  Ele abaixa o rosto, aperta forte as mãos e
continua- Eu... eu entendo se nunca mais quiser me ver, ou falar, ou até mesmo
passar perto ou ter uma rápida lembrança em mim. Peço que me desculpe, e se
quiser ....fugir agora eu entendo....vejo como você está assustada e tremendo
mas eu gostaria que você ficasse para eu poder... –Ele novamente não termina a
frase. Mal disse que ela poderia correr e fugir que ela o fez. Ela levantou-se
finalmente quando reuniu forças, porém quando o ruivo tenta impedi-la mais uma
vez...

-FIQUE LONGE!! NÃO SE APROXIME, POR FAVOR!

-Miih, por favor, cuidado, sai daí, vem pro meio do
prédio, juro que não lhe farei nada, até saio se quiser, mas saia daí da ponta!
–Ele avançou um passo em direção a ela procurando segurá-la e trazê-la para
mais longe da borda, quando isso fez ocorrer exatamente o contrário. No momento
em que ele avançou, ela recuou, tropeçando na falha do piso do terraço do topo
do prédio, fazendo com ela perdesse o equilíbrio. Tentou segurar em alguma
coisa, porém não havia em que pudesse segurar, até arrebentou o colar que
ganhara do ruivo no meio do desespero; e mais uma vez, despencou de uma grande
altura.

-Brooklyn... –Tentou gritar ela, porém estava assustada
demais para raciocinar direito e conseguir gritar; saíram apenas sussurros e
vestígios de lagrimas à luz da lua.

-MIIIYUUUUUUKI! –O ruivo novamente sequer pensou. Avançou
em direção a menina, abrindo majestosamente suas asas semelhantes a cacos de
vidros estilhaçados e cintilantes e pulou em direção a ela. Deus, ela estaria
tentando se matar? Era a segunda vez! Não a deixaria cair. Jurou que nunca
deixaria nada acontecer com ela na última vez e manteria esse juramento, mesmo
que custasse a sua vida.

Ele ia mais rápido e mais rápido, a fim de alcançá-la .
Depois de tanto forçar suas asas a baterem rápido, mais e mais a cada vez,
finalmente conseguiu. A menina já estava inconsciente. Era muita coisa para ela
processar; convenhamos, o “delicado” cérebro dela não consegue processas tantas
informações ( -q ).Ele puxou-a pelos braços e agarrou-a pela cintura.

-Sinto muito, sei que não me quer mais por perto, mas
nunca na minha vida te deixaria morrer...

Procurou algum local um pouco deserto para pousar, para
que ninguém o visse, senão seria um escândalo e pioraria mais ainda a situação.

**********************

-Alô? Brook? Que houve?

-É a Miih ela.... ela.... digamos que ela teve um troço!

-UM TROÇO?!?! –Gritou.

-Cala boca, Zé Ruela! Se a tua namoradinha escutar eu to ferrado,dá
pra entender eu quer que eu desenhe?

-hmmmm.....Desenha!

-...não vou nem responder...

-Ok, ok, mas e aí, o que quer que eu faça?

-Vou levá-la para o hospital, esteja lá em meia hora
junto com a Meiko. Se a Miih perguntar, diz que ela foi assaltada e que
desmaiou logo após, ok?

-Mas por quê? E você? Não vai ficar com ela? E porque
dizer isso?

-Só faz o q eu to dizendo! Te vejo lá

-Tá, até lá...

- Ikezinho, que aconteceu? –Perguntava Meiko.

-Bom... promete que vai ficar calma?

-Prometo!

-Bom.... é que... a Miyuki foi assaltada por um bandido
muito, muito, MUITO malvado, e ele roubou ela, e aí ela desmaiou, e ela ficou
desmaiada, caída naquele chão frio, duro e sem vida até que um cara a viu e
levou pro hospital e ela está lá agora! Viu? Não é nada de mais para se
preocupar!

A menina apenas tomba para trás e apaga.

-Mei? Mei? Alô.... Terra para Meiko, Câmbio.  Meiko, tá aí? –Dizia ele cutucando com um
pauzinho as bochechas dela.

******************************

-Ai Meu Deus, que mais falta acontecer agora? –Resmungava
enquanto andava com a menina em suas costas, carregando-a até o hospital.

Enquanto isso, no outro canto da cidade......

-E aí, gatinha? Tá afim de saber na prática como as
enzimas se reproduzem?

-Hm... como elas fazem isso?

-Umas “em zimas” das outras...- Dizia Angus abrindo
aquele sorrisão depravado costumeiro.

(pra quem não entendeu... “em zimas” = “em cima”
/apedrejada -q)

-Hm.... Biologia sempre foi minha matéria preferida,
principalmente a parte de reprodução....

Ok, ok, o horário não permite conteúdo impróprio para
menores! Voltando a fic...

No hospital...

-Por favor! Alguém me ajude!

-O que aconteceu? –Perguntava uma enfermeira.

-Acho que ela foi assaltada e desmaiou. Não sei o que
fazer, ela está tremendo muito! Não sei se é pelo choque ou se ela tem alguma
coisa!

-Certo, meu jovem venha comigo e traga ela junto, temos
um leito vago ainda aqui, já vamos tratar dela! Preparem o soro para o quarto
434! Cobertores também!

-Muito obrigado!

Cerca de 20 minutos depois...

-MIYUUUKI!!! MIYUUKI! Fala comigo, amiga! MEU DEUS!
RESPONDE! IKE! Ela não responde! Será que ela...
morreeeeeeeeeeeuuuuuuu?????????? –Dizia abrindo o berreiro.

-Mei, sei que é algo muito complexo para você, mas ela
está fazendo algo que nós humanos costumamos chamar de dormir....

-S-S-S-Sério mesmo que ela está dormindo? – Outro membro
do clube “Adoramos morder guardanapos enquanto choramos”.

-....quer que eu a disseque para mostrar os pulmões dela
trabalhando perfeitamente? –Ergue uma sobrancelha.

-N-Não! Eu... acredito! –Ela chega perto da amiga-
Melhoras.... –Se volta para Ike- Vou indo, senão meus pais vão ficar
preocupados...

-Tudo bem, pode ir, verei se eles precisam de alguma
ajuda com ela e já vou também

-Tá....Ike?

-Sim?

-Eu... gostei muito de hoje, obrigada. –Deu um beijinho
rápido na bochecha dele e saiu.

Ele ficou igual a um idiota com um sorrisão enorme
estampado no rosto, poderíamos dizer até que era um clone do Brooklyn nessas
horas! Não tirava a mão da bochecha nem parava de olhar para o nada com aquele
sorriso, até que uma voz interrompe o “momento besta” do nosso amigo...

-Vai ficar olhando para o nada até quando, bobão?

-Rum! Olha só quem está falando! Como se você não fizesse
a mesma coisa quando ficava olhando-a dormir pela janela da casa dela!

-C-Como você sabe disso?

-Digamos que um ventinho me contou...

-....Filho da mãe... –Ergue uma sobrancelha.

-Enfim, vai me contar o que aconteceu ou não?

-Bom.... o “troço” que ela teve.... foi porque...
bom...ela me viu no prédio! Foi isso!

-E daí que ela te viu no prédio? Problema seria se ela
tivesse te visto com as asas, arco e.... e.... –Ele para um minuto e pensa- Ela
te viu com as asas, arco e flecha não foi?

-Bom....é....

- Ai ai eu sabia!! Eu sabia! Eu disse que não ia dar
certo! Eu disse! Eu disse!

-Tá..tá...você disse! Adianta alguma coisa falar isso
agora?

-Brook, você sabe que mais cedo ou mais tarde....

-Sim, eu sei. Eu sei....

-E o que vai fazer?- Perguntou Zéf indo em direção à
janela encostado-se.

-Não sei. Sentar e esperar eu acho.

-Está mesmo disposto a ser punido por essa humana?

-E você? Quis correr os riscos com a Meiko também, não
quis? Não vejo porque não posso...

-É. Tá certo- Dizia debruçando na janela olhando as
estrelas-  Quer que eu tente enrolar um
pouco mais?

-Não precisa.... conte a verdade. Será melhor. Assim
posso ter certeza que desaparecerei pra sempre da vida dela e a deixarei em
paz. Se eu continuar...com certeza ela vai sofrer mais..

-Um tanto irônico, não acha?

-O que é irônico, Zéf?

-Um Cupido apaixonado causando uma desilusão amorosa...
Enfim, vai passar a noite aqui, não vai?

-Vou. Quero passar meu último dia com ela apreciando-a o
máximo que puder.

O Vento gentil apenas ficou encarando o rosto do Cupido
enquanto não tirava os olhos amargurados de sua amada.

-Bom, acho que isso é seu. Ou dela, não sei.

-Isso o que? Você está estendendo a mão mas não tem nada!

Então um vento forte soprou por alguns segundos. Forte o
suficiente para carregar o pingente da menina até o hospital,parando na mão de
Zéfiro, mas fraco o suficiente para ser confundido com uma pequena brisa.

-Isso.  Acho que o
melhor que eu faria é entregá-lo a você. Saberá o que fazer com ele. Vou indo.
Espero que ela não acorde no meio da noite e tente te castrar ou então começar
a berrar! –Zombava o Vento

-Há há, fico super agradecido pela sua preocupação....

O Gentil Vento sai saltando pela janela. Acena para o
amigo do 4º andar do hospital, e logo vai embora andando.

Brooklyn estava lá desde as sete horas da noite. Se
escondia toda vez que algum enfermeiro vinha cuidar da garota e aparecia
novamente no instante em que eles deixavam o quarto. Ficava somente observando
a garota. Cerca de nove da noite resolveu sentar-se no chão, encostado na parede;
retirou o pingente de fênix resgatado pelo amigo e ficou encarando-o.

-Acho que talvez eu tenha comido um erro..... Talvez eu
tenha feito te ficar ainda mais magoada do que antes. Sou um monstro.

Por volta de meia-noite, o hospital estava silenciado.
Uma emergência aqui ou outra ali, mas no geral estava calmo, estavam todos os
pacientes dormindo. Miyuki começou a gemer e tremer, emitia alguns sons. Uns entendíveis,
outros difíceis de se entender.

-Hm.... Na.....An.....Br....Sh..... –Gemia ela espremendo
um pouco os olhos.

-Miih... –O anjo logo se levantou e ficou parado ao lado
da cama da menina. Agaixou-se ao lado e segurou a mão dela.

Como se as mãos do ruivo fossem um tranqüilizante instantâneo,
ela parou com os ruídos no mesmo instante. Apertava mais e mais a mão do rapaz,
entretanto continuava a tremer.

-Droga.....não posso chamar os enfermeiros, darão queixa
de que entrei escondido e aí vai armar o maior barraco. Ai saco. –Ele continuava
a olhar para a menina – Miih, já volto, está bem? –Soltou das mãos da garota
com muito custo. Ele não tinha a menor vontade de largá-la e ela parecia não
querer soltar nunca mais!

O ruivo sentou-se na janela do hospital, abriu suas
magníficas asas, deu mais uma última olhada para a garota antes de partir e
levantou vôo.

*-Já volto Miih. Espera só um pouquinho.* -Pensava
enquanto continuava a encarar o pingente de fênix. – Devo ter alguns cobertores
bem quentinhos lá em casa....

*******************

-Brook.... –Dava ela o último gemido da noite após a
partida do ruivo.

*******************

-Vamos, vamos! Abre porcaria de porta! Madeira traficada
do inferno! –Começava a chutar a porta- Fechadura de camelô! MAS QUE PORTA DE
MERD –Ele para por um segundo quando ouve um estralo- Abriu! –Sorriso mais inocente
do mundo- Bom.... vejamos, vejamos- Saía correndo em disparada ao “micro” mega-armário-
Onde tá aquela porcaria? Logo hoje que eu preciso não acho! –Dizia ele quanto rançava
meio mundo de roupas, travesseiros, lençóis, pijamas ( ui –q ), cobertores-
ACHEI!  Pimpão! Coisa linda do papi!! Que
bom que te achei! Cuti cuti....! –Olhinhos brilhando- Agora... preciso te levar
pro hospital, cuida bem da Miih hein! (pow gente, vai dizer que quando vocês
eram crianças não colocavam nome em tudo quanto é pano e bicho de pelúcia?) – O
ruivo destrancou a primeira janela que viu e saiu por ela. Dane-se se algum
ladrão entrasse e roubasse a casa toda até o papel higiênico. O que importava
agora era Miyuki.

Enquanto isso....

Zéfiro estava andando de volta para o apartamento em que
estava passando a morar. Entrou, cumprimentou o porteiro, entrou no elevador e
subiu até o seu andar. Abriu a porta e trancou-a. Mal virou-se para ir para o
banheiro tomar um banho e topou com um velho “conhecido”.

-Boa noite Zéfiro! Vejo que está muito bem aqui no mundo
humano! Mas que surpresa agradável me ter em sua casa, não acha? –Dizia a
figura deitada no sofá, usurpando do vinho comprado com muito custo, com um
sorriso de canto sarcástico e um olhar diabólico e penetrante no rosto.

-Você?! O que está fazendo aqui?!?!

Enquanto isso no hospital...

O ruivo finalmente chegou ao seu local de destino com um
coberto bem grosso, confortável, macio e fofinho nas mãos, entretanto.....

-Mas que porcaria! Quem nessa droga de hospital fechou a
janela?! Eu sei que está frio, mas eu me dei todo ao trabalho de ir até em
casa, procurar o Pimpão, trazer até aqui e encontrar essa maldita janela
fechada! MAS QUE DROGA! –Dizia ele entre dentes enquanto batia no vidro com a
testa- Droga, droga, droga!

-Ahn...-Ela se vira de lado e começa a esfregar os olhos.

-Oh oh! –O ruivo logo sai da frente da janela e se
esconde ao lado- Droga, cala a boca Eros! Se ela te pega você tá ferrado,
imbecil!

-Hm.... fecharam a janela.... –A menina se levanta da
cama, vai até a janela e a abre novamente. Por pouco, graças aos maravilhosos
reflexos do nosso cupido faixa preta em kung fu, conseguiu desviar.
Entretanto..... a coordenação motora perde de longe para os reflexos.... Ele
cai bem no jardinzinho abaixo da janela, com cobertor e tudo, por sorte, o mato
era um tanto alto, escondendo o ruivo.

-Que barulho foi esse?- A menina começa a procurar. Olha
para baixo e constata a grama se mexendo- Um ladrão! Ela pega a primeira coisa
que senta a mão e joga em direção ao que quer que seja que estava se mexendo.

-Ai! Digo.... er... MIAU!

-Ahn.... um gato...devia ter imaginado... –Ela dá meia
volta e retorna a cama.

-Putz, menininha difícil essa! Quase quebro a cara agora!
Bom.... é melhor eu esperar um pouco até ela voltar a dormir.

15 minutos após o ruivo sentar e esperar, decide retornar
ao quarto.

Entra cuidadosamente pela janela, procurando não fazer
nenhum barulho. Qualquer passo em falso poderia custar a sua vida! Finalmente,
depois de muito esforço e várias armadilhas desviadas, ele chega à menina.
Entretanto, quando vai colocar o coberto não se contem e começa a olhá-la.... O
ruivo volta a ficar com aquela cara de aperto no coração. Como queria poder
estar abraçado a ela agora. Ele logo acorda de seus devaneios e a cobre com o
cuidado que alguém cuida de uma boneca de porcelana. Era isso que ela era para
ele, uma linda e delicada boneca de porcelana.

-Miih.. –Ele se inclina e dá um beijo bem demora de
despedida, pode se dizer, na testa dela com muito carinho. O ruivo enfia a mão
no bolso, pega o pingente tão estimado de fênix para ele e o coloca com muito
cuidado na mão da menina, e a fecha.- Sei que nunca vai me perdoar pelo que
fiz, mas mesmo assim peço que me desculpe. E quanto a isto....faça o que
quiser, é seu.

O ruivo ia saindo do quarto pensando e ir em busca do que
o esperava agora por ter quebrado as regras, porém é impedido por uma força que
puxa-o de volta. O ruivo se vira e depara com a menina segurando sua camisa.

-Miih! –Exclamava ele baixinho arregalando os olhos.

-E por que acha que nunca te perdoaria? –Dizia esfregando
os olhos com a outra mão.

-Miih, eu... ahn... você deveria estar dormindo! Passou por
altos e baixos hoje, literalmente! Vamos! –Dizia enquanto recolocava a coberta
por cima dela- Durma.

-Besta! –Dizia ela colocando as duas mãos no rosto, já
sentada no leito da cama- Idiota! Idiota, idiota!

-Miih, que aconteceu?! –Sentou na cama ao lado dela- Miih......quer
me contar o que aconteceu? –Dizia enquanto retirava gentilmente uma das mãos da
menina do rosto da mesma- Ah Meu Deus, está chorando. Por que está chorando? –Limpava
as lágrimas dela.

A menina não parava de chorar. A cada gesto, cada
carinho, cada palavra e demonstração de preocupação que o ruivo dava ela
chorava mais e mais. Não conseguia acreditar que fizera tudo aquilo com o ruivo.
O rejeitara pelo medo, dor, angustia, justo ele que esteve ao lado dela nesses últimos
dias sempre que ela precisou. A apoiou, a confortou, a amou! A menina se sentia
um verdadeiro lixo.

-Bro-roo-ok –Soluçava desesperadamente me meio aos choros-
Me des-descul-p-pa- Soluçava de novo- ME DESCULPA! –E abraçou o ruivo
desesperadamente afundando seu rosto no forte peitoral caloroso do garoto. Como
ela estava chorando; até engasgava em algumas horas. Estava muito arrependida.

-Oh Miih, calma. Não precisa pedir desculpas. Entendo que
para vocês....isso é bem....incomum.

-PRECISO! Prec-c-ciso SIM! Preciso pedir desculpas,
preciso repensar nos meus atos, preciso me redimir, EU PRECISO DE VOCÊ! –Ela o
apertava fortemente, afundava as unhas na camisa do ruivo tentando não
machucá-lo. –Brooklyn eu preciso de você! Eu preciso mais do que qualquer coisa
no mundo! Me desculpa! Eu sinto muito! Não devia ter feito nada do que fiz. Devia
ter esperado você falar, devia ter raciocinado! Eu sou uma burra mesmo! Mas
eu.. eu preciso muito mesmo de você!

-Não... não é burra. –Dizia ele enxugando as lagrimas
dela- Precisa mesmo de mim?

-Preciso. Mais do que um sorvete precisa de casquinha, mais
do que um balão precisa de ar, mais do que eu preciso me acalmar agora!!!!

-Não.... você está... –Dizia ele passando seu braço por
ela- perfeita como está... –E começou a beijá-la, inclinando-a para trás de
volta ao leito, quase fazendo-a deitar. A beijava sem parar, a última coisa que
queria naquele momento é ficar longe dela depois do que aconteceu. Porém, como
sabia que ela não agüentava tanto tempo sem respirar como ele, cedeu para que
ela não morresse sem ar.

-Br-brook...será que...

-Que...? –Incentivou ele.

-Será que você poderia... hoje a noite.... ahn... sabe...

-Olha se você engravidar a culpa foi sua.

-Não isso! IDIOTA! 
Ia perguntar se você poderia dormir.... ao meu lado aqui no hospital,
pelo menos..... por hoje....-Ela virava o rosto.

-Claro que posso. –Dizia voltando o rosto dela para ele
com a mão em seu queixo, dando um beijo na testa.

-Miih, posso colocá-lo de volta em você? –Mostrava o belo
pingente de fênix.

-Sim, me desculpe por tê-lo deixado cair.

-Mas... eu não te disse nada sobre tê-lo deixado cair.

-Aahn.... é que eu... me desculpe.

-Ouviu eu e o Ike...bom, já que ouviu, eu e o Zéfiro.
Agora entende porque tudo isso, não entende?

-Uhum, me desculpe....

-Pare de se desculpar! Até porque é injusto essa lei que
me proíbe de gostar de alguém, é ridículo! Ainda mais com o meu trabalho, por
isso, não se preocupe, vai dar tudo certo, tá? –Sorri.

-Tá! –A menina volta a dar o belo sorriso quando está
feliz.

Ela logo deu espaço na cama. Ele deitou-se ao lado,
esticou o braço para que pudesse abraçá-la por trás, e assim ficaram os dois
pela noite toda.

***************************

-Está na hora meu querido Zéfiro. Precisamos do seu.... “relatório”.

*-Maldição!*

Espero que tenham gostado! *-*

Por favor, imaginem ela com o cabelo lilás, olhos azul escuro, e fitas amarelas com uniforme tb amarelo com a bordinha das mangas, pescoço e saia vermelhos e o laço branco! o/