Um Tom a Mais escrita por Benjamin Theodore Young


Capítulo 19
- As Long as Stars Are Above You -


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vcs galera, espero que gostem! Hey, onde estão meus fieis leitores que sempre me deixam ótimos reviews... saudades ;) Abraços

Ps. O próximo tem uma treta monstro, mas vou esperar vcs lerem esse, daqui uns dois dias eu posto, mano, o Pim já não é mais cria minha, ele tem vida própria, como diria Doctor Frankenstein "It's Alive It's Alive"



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Após uma longa noite de sono ruim, acalentado por meus medos, meus receios e tudo quanto me afligia naquele momento, mas principalmente pela ida de Tito, eu finalmente, quase na hora do almoço resolvi me levantar, chacoalhar-me daquela cama emaranhado de lágrimas de toda uma noite pensativa e chorosa.

– Você esta melhor? – Perguntou meu irmão ao se deparar comigo no hall dos quartos.

– Se dormir duas horas, chorar uma noite inteira e remoer sentimentos define melhor, sim, eu estou! – respondi cético.

– Larga mão de ser dramático! Isso não irá resolver as coisas, e lembre-se eu estou aqui para o que der e vier! A mamãe ligou, disse que tem novidades. – Disse Sammy com um tom desconfiado.

– Novidades? – Perguntei curioso.

– Sim, novidades, mas ela não me disso o que era!

– Só espero que ela não esteja pretendendo em se mudar para cá. – Respondi.

– Duvido muito que seja isso! Mas enfim. Deixa eu te falar, hoje tem uma festa...

– Ah me poupe Sammy, você realmente acha que eu estou com cabeça pra pensar em festa?! – Respondi irritadiço franzindo o cenho.

– Não interessa, você vai comigo querendo ou não! – respondeu ele definitivo.

– Aham, me espera sentado! – Atei.

– Pim, é o seguinte, o mundo não se resume aos seus problemas, e se vitimar não vai definitivamente te levar a lugar algum, então pelo menos uma vez na vida haja como uma pessoa madura como você sempre fez questão de dizer que era desde os seus oito anos de idade, e faça um pouco por você mesmo, um pouco para estar bem consigo e com os outros. – Foi nessa leve bronca de irmão mais velho, que me lembrei da ultima frase de Tito para mim – “Don't be too pushy kiddo! You need to be kind with yourself, then life just goes easy!” – Eu então olhei para o Sammy e disse:

Foda-se, acho que você esta certo! – E quando pensei em desistir ao mesmo tempo, ele já me veio com um abraço e falando que a noite seria fenomenal.

– Mas só tem uma coisa, a Belle e o Jake também vão, alias é na casa de uma amiga deles. – Fuck! – pensei. – Aquilo poderia me fazer desistir então, porém meu irmão foi mais rápido – Mas isso não quer dizer que você vai desistir.

– Enfim, Sammy, eu vou, mas eu praticamente não estarei lá! Pelo menos meu eu, cem por cento. – Respondi com animosidade.

– Isso é o que nós vamos ver – celebrou ele me dando uma piscadela e descendo as escadas comigo.

– Cadê a herdeiros reais? – Perguntei me referindo ao Jake e a Belle.

– Rabugento – disse meu irmão entre risos – eles tomaram café e foram para o tênis clube.

– Ah, ok! – Foi nesse instante que recebi uma mensagem, era Tom.

[Tom] – Hey Pimmie, wassup bro, can we talk later?

[Pim] – yah sure! Is everything ok?

[Tom] – yeah… kind of! Well se ya home?!

[Pim] – k! take care…

– Quem era? – Perguntou Sammy curioso.

– Era o Tom!

– O riquinho que não chove e não molha. – Perguntou Sammy interessado.

– O riquinho não pejorativamente, ele não é esse tipo de pessoa, mas chove e não molha, sim, talvez! Ou só coisa da minha cabeça.

– Me desculpa Pim, mas por mais hetero que ele se autoproclame, eu nunca vi um, dançando com, com...

– Gay! Sammy, pode dizer, isso não é mais um problema, bom pelo menos entre mim e você, já com a mamãe e o papai é outra historia. – Respondi – e outra isso não é o suficiente, quanto preconceito seu, achar que um hetero não pode dançar com um gay.

– Pim, você entendeu muito bem o que eu quis dizer, não vejo mal em um hetero dançar com um gay, mas eu posso te garantir que pouquíssimos, ou quase nada fariam isso. Bom, talvez o Tom se encaixe nesse quase nada. Mas talvez não. Eu acredito que ele esteja mais confuso do que qualquer outra coisa, afinal, quanto tempo que você esta nessa historia entre ele, você e o Tito?!

– Sim você tem razão – respondi, enquanto tirava um suco de laranja da geladeira – mas Sammy, não é tão simples!

– Eu sei que não irmão, eu sei que não! Mas você vai se ajeitar acredite em mim. E já te digo desde agora, independente do que vocês conversarem agora a tarde seja bom ou ruim, você vai comigo na festa!

– Pode deixar, eu vou! – Respondi finalizando o suco – bom vou tomar uma ducha, e você o que vai fazer agora à tarde?

– Vou me encontrar com a realeza na praia – respondeu Sammy rindo.

– Palhaço – respondi entre risos – bom, vai lá. E quando voltar me da um toque! – Meu irmão Sammy deu alguns passos em direção à porta de saída e neste momento senti uma sutil alegria, pois eu estava depois de quase três anos, reatando minha amizade e, sobretudo minha irmandade com ele – Sammy!

– Fala Pim?! – Respondeu ele se virando para mim.

– Thanks bro, for being so kind, thanks for let me be your brother again – ele então deu seus passos de volta em minha direção e me abraçando disse:

– I never gave up on you bro! It was only a matter of time.

Durante aquela tarde, eu meditava em tudo o quanto havia me acontecido, em todos os pros e contras, e havia percebido, que ainda que com turbulências, algumas coisas haviam acontecidos para um bem maior. Fui então para a casa do Thomas, a fim de conversarmos, e fui me preparando psicologicamente para ouvir todas as desculpas que ele me diria, a respeito de toda a sua confissão sobre os pais, sobre seus sentimentos por mim ou não. Enfim, foi então que eu percebi entre meus pensamentos e a música que eu ouvia (Ellie Goulding – How Long Will I Love You), que o que eu sentia por Tom, era amor, sim, um amor genuíno, capaz de suportar qualquer coisa. Capaz de entender ele verdadeiramente, ou simplesmente fingir que entendeu, porque eu, afinal o amava, e estar de acordo sempre, é algo que sempre fazemos, quando estamos apaixonados, e amando.

– Hey – me acenou Tom, enquanto eu lhe esperava na porta de entrada e ele conversando com alguém no celular. – Desculpa Pimmie, era a Genie no celular – ele então me deu um abraço gostoso – ela estava me falando que o irmão dela foi embora, você sabia disso?!

– Sim claro! Ele esteve em casa ontem pra se despedir de mim!

– Desculpa mano, entra, vamos para o meu quarto – confesso que quando ele me disse aquilo eu gelei com a possibilidade de algo a mais – mas então me recompus e comecei a me cobrar realismo Pim, realismo.

– Onde estão os seus pais?! – Perguntei receoso – e o seu olho e o corte, estão bem menos inchados, desculpe, eu não pude deixar de notar novamente!

– Relaxa bro, vem sobe, eles foram para Nova York – E subimos as escadas que davam acesso aos quarto.

– Uau, que quarto bacana! – Disse eu admirado com a grandiosidade do quarto dele.

– É – disse ele entre risos – exageros da minha mãe!

– Acha, eu jamais acharia exagero se tivesse um quarto desses com uma vista dessas! – respondi deslumbrado.

– Você se acostuma, e em algum determinado momento isso se torna obsoleto. – Respondeu ele com algum conformismo. – Pim, eu sei que aconteceram algumas coisas que fugiram ao meu controle naquela noite – Exatamente o que eu pensei que ele faria se desculpar, e confesso por mais preparado que eu estivesse tentando estar, aquilo de certa forma me fez desanimar – e eu declarei pra você muitas coisas, mas há muito mais... Meus pais vão se divorciar – ele então sentou na cama e derramou uma lágrima – eu não sei o que vai ser de mim e da minha mãe! – disse ele chorando.

– Hey, calma – e me sentei ao seu lado – eu estou aqui!

– Você sempre esteve desde o começo! – Ele então me olhou nos olhos profundamente, e me fitava, como se me esperasse agir para um beijo, mas dessa vez, eu não queria ser precipitado, e por mais que meu coração estivesse pulsando no peito, e todas as minhas forças estivesse voltadas para lhe dar um beijo, me contive o máximo que pude, eu queria que ele, desse o primeiro passo. Ele então se levantou, trancou a porta, enquanto meu coração acelerava cada vez mais, se aproximou de pé em minha frente enquanto eu permanecia sentado, lhe olhando, se encurvou colocando as suas mãos nos meus joelhos e por fim me fitando, me beijou.

Foi o beijo mais terno, e mais sincero de toda a minha vida, nós já estávamos deitados em sua cama, enquanto ele continuava me beijando, apenas beijando, sem pegação, sem agarração, sem mão boba, apenas me beijava enquanto acariciava meus cabelos, eu sentia como se estivesse levitando, era um beijo constante, macio, sem pressa, era um beijo que apreciava cada milímetro dos meus lábios e língua, e eu o correspondia da mesma forma. Foi então que ele parou suavemente, afastou a cabeça para trás e disse:

You got me! – Disse ele sussurrando acompanhado de um suspiro.

No! You did, in the very first day that I saw you for the first time... – ele então deu um sorriso de canto de boca, saindo de cima de mim e deitando-se ao meu lado. Agarrou minha mão cruzando os nossos dedos dizendo:

– Eu não sei o que fazer?! – Disse ele confuso.

– Eu estou aqui! – Respondi. Ele então se apoiou em um dos braços ficando de lado me olhando, e passando as pontas dos seus dedos no meu rosto, deslizando entre os olhos, nariz e boca.

– Que bom que você está aqui! – Eu somente lhe admirava, não podia acreditar que aquilo realmente estivesse acontecendo, que por fim, toda a espera havia valido a pena, toda a dor, toda a duvida. – Eu preciso muito de você, muito! E eu posso te antecipar, não vai ser um mar de rosas Pimmie, eu não sei nem como vai ser daqui pra frente, mas, se você teve fé em mim todo esse tempo, eu só posso te pedir uma coisa, tenha um pouco mais – ele começara lacrimejar e tremular a voz segurando um choro – Crispin, Pim, Pimmie, Espirro, um é diferente do outro, quando eu digo esses nome ou apelidos. Crispin, é quando eu quero te provocar, Pim, é quando eu estou bravo com você – risos – Espirro, é quando você é o meu melhor amigo, e Pimmie... Pimmie é quando eu te amo. – Ele então se silenciou me beijando, e tudo o que eu fiz naquele momento foi, derramar uma lágrima enquanto lhe retribuía.


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