Stronger What Doesnt Kill You escrita por Hugh


Capítulo 8
O Trabalho




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Queridos pais

Após o abraço Percy também não falou nada só levantou e quando levantei ele passou o braço pelos meus ombros e me guiou para a saída, os braços dele se encaixavam certamente em meus ombros, já que eu era mais baixa que ele.

Nesse dia resolvemos ir andando para a casa, escutando música no mp3 dele , eu não queria admitir mais Arctic Monkeys era maravilhosamente ótimo, nunca tinha ouvido música tão boa, Green Day também era ótimo, as letras do Bon Jovi tinham mil vezes mais sentido do que várias músicas de hoje em dia, The Smiths fazia você querer viver mais e assim indo, ele tinha um ótimo gosto musical, o que me fez perceber que o meu gosto musical era horrível, não que as músicas que eu escutava eram ruins, era que as que ele escutava eram melhores. Depois daquela sessão de música trocaria Demi Lovato por Diana Ross, One Direction por The Partridge Family e Justin Bieber por The Beatles.

–Não te falei que as músicas que eu escutava eram boas ?E as que você escutava eram uma porcaria?

–Ei, não são uma porcaria, só não são tão boas quanto as que você me mostrou - rebati

–Fala sério, você escutava Becky G, Shower , " dançando na frente do espelho e cantando no chuveiro" ? , fala sério isso não é música, acho que as pessoas de hoje perderam os costumes bons. Quando meus avós eram jovens eles sempre iam com seus pais na orquestra. Você vai rir de mim, mas um dos meus sonhos é ir em uma orquestra.

Em uma situação normal eu passaria mal de tanto rir, mas nessa eu simplesmente dei um sorriso e pensei em uma ideia brilhante. Já que Percy nunca foi a uma orquestra e ele tinha vontade de ir é claro que eu faria isso em seu aniversário, sei que faltava muito tempo mas eu juntaria dinheiro e compraria dois ingressos para irmos, ele ia ficar feliz sei que sim. Afinal sei de quase tudo.

Passou um tempo que estávamos caminhando quando finalmente chegamos a porta da minha casa.

–Vamos fazer o trabalho na sua casa ou na minha ? - perguntei

–Na sua- ele respondeu depressa demais pro meu gosto mas eu ia deixar essa dúvida para depois

–Okay

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Estávamos fazendo o trabalho quando minha curiosidade se esgotou

–Percy por que você nunca me leva na sua casa, e fale e verdade por que eu sei que hoje quando te perguntei na casa de quem faríamos o trabalho você respondeu depressa demais que iria ser na minha - falei depressa com uma ponta de desespero porque odeio não saber das coisas

–Olha me desculpa Annabeth, eu não sei como falar isso, o que acontece lá em casa e difícil de explicar sabe.....- ele falou nervoso e triste

–Então me mostre. - falei baixo demais - Percy eu leio as pessoas e acho que isso que você esconde está preso dentro de você então deixe eu lhe ajudar.

Ele me olhou com os olhos marejados e deu um sorriso irônico

–Você pode ter seus desejos e planos mas no final das contas, nada está sob seu controle Annabeth. A vida é uma grande e gigantesca confusão , mas essa é também a beleza dela, não tem como você me ajudar, mas se quiser mesmo saber eu te mostro.

Fiquei sem palavras com o discurso dele. Era a primeira vez. A primeira vez que alguém me deixava sem palavras, mas mesmo assim assenti e praticamente sussurrei

–Eu quero que você me mostre, se você quiser, é claro

–Tudo bem, venha - ele pegou minha mão e me levou para sua casa

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–Marie? Onde você está ? - Percy perguntou ainda segurando minha mão o que me deixou feliz

–Estou aqui querido - uma mulher com um avental branco apareceu na sala. Parecia ter uns 30 anos e era bonita, de acordo com o avental ela devia ser uma enfermeira - Oh, que surpresa, visitas. Quem é ela Percy? É a sua namorada ?

Corei naquela hora mas Percy se apressou em dizer - Não Marie, ela é só uma amiga. Onde está minha mãe ? - ele perguntou com um olhar meio triste e medonho

–Está no quarto. Vai levar sua amiga para ve-lâ ?

–Sim - ele olhou para mim e apertou minha mão - Vamos Annie

Quando entramos naquele quarto eu senti a mesma coisa que senti quando ganhei o piano, só que não era de alegria era de espanto.

Deitada na cama estava uma mulher com olhos verdes-mar , quase tão bonitos quanto os de Percy , com os cabelos castanhos quase ruivos, ela era bonita se não estivesse estampado em cada parte de sua face tristeza e cansaço. Depois que olhei mais percebi que não era uma cama, era uma maca e estava com um gancho em cima segurando um saco de plástico que dentro não parecia ter nada , os fios estavam em seus braços e ela tinha uma faixa cobrindo da testa para cima toda sua cabeça.

–Annie, essa é minha mãe, Sally, mãe essa é minha melhor amiga que eu lhe falei, Annabeth.

Depois que me livrei dos pensamentos andei até a maca e peguei a mão de Sally

–Muito prazer Sra.Jackson - sorri com compaixão e sinceridade até porque ela parecia estar necessitando disso

–Me chama apenas de Sally, Annabeth. Fique sabendo que é ótimo finalmente conhecê-la , Percy sempre fala de você, é Annabeth isso, Annabeth aquilo - ela riu e eu acompanhei enquanto Percy corava - é um prazer tê-la aqui em casa, sinto muito não poder levantar e ter uma conversa descente com você

–Tudo bem, eu não me importo - falei e começamos a conversar. A mãe de Percy era incrível, era doce e gentil e teve a hora que eu não me importava de que ela estava em uma maca só que ela era importante. Era importante porque Percy se importava com ela , e se ele se importava com ela eu também me importava.

Com amor , Annabeth


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