Amor em 4 atos escrita por Ingrid Lins


Capítulo 2
2º ato: Hate that I love you


Notas iniciais do capítulo

Klaroline na área povo rs
A música do capítulo é Hate that I love you by Rihanna feat. Ne-yo



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Hate that I love you

That's how much I love you

That's how much I need you

And I can't stand ya

Must everything you do make me wanna smile

Can I not like it for a while

No... but you won't let me

You upset me girl, then you kiss my lips

All of a sudden I forget that I was upset

Can't remember what you did

Tudo tocava ao mesmo tempo. Campainha, celular e o telefone residencial. Caroline rolou nas órbitas, sabia exatamente o causador daquele caos. Por que mesmo aceitara namorar com Klaus, e pior noivar?!

Essa pessoa não sabe o significado de limite! — pensou irritada, levantando-se da cama. Não importava que estava vestida apenas com um short curto e que seu cabelo estivesse todo desengranhado, depois de toda aquela situação, Klaus não merecia que desperdiçasse um segundo se arrumando.

—EU ESTOU AQUI, PARE COM ISSO! — a loira gritou assim que abriu a porta. Ele estava lá, um celular pendurado em cada orelha, e um dedo estrategicamente pregado na campainha. A porta da casa de Caroline abarrotada de flores, mas ela não se deixou levar por esse detalhe.

—Eu achei que você não fosse me atender. — ele disse seguido de seu famoso sorriso torto.

—E eu nem devia, mas sua mãe não te ensinou o que são limites! — respondeu jogando as mãos para o ar. Klaus sorriu, ela nunca deixaria de ser exagerada. — Meus vizinhos devem estar planejando me expulsar daqui porque você não nos deixa em paz um minuto do dia!

Sim, ela estava com raiva. Estava furiosa, para dizer a verdade. Era uma situação difícil, ela estava noiva de um cara que ia ter um filho, e esse filho não era com ela. Lógico que Caroline entendia que Klaus era pai e tinha responsáveis mesmo que ainda não tivesse nascido o rebento, mas não entendia a necessidade que a tal Haley tinha de estar no apartamento de Klaus o tempo inteiro. Run, mal sabia Caroline, que a morena progenitora do bebê Mikaelson não fazia isso por mal, porém de um jeito estranho, Klaus a entendia e para uma moça sem família alguma, o pai do seu filho era importante de alguma forma.

Rolando nas órbes, Caroline já se virava para fechar a porta, no entanto, Klaus conseguiu chegar a tempo de travar a porta com o pé.

—Olha, eu não posso fazer o que você quer. Não posso deixar Haley desamparada carregando uma filha minha! — exclamou revoltado. Todos sabiam que Klaus não era um exemplo de pessoa, mas se havia uma coisa que não havia no seu ser, era a injustiça. Nunca deixaria a mãe da sua filha sem apoio.

—Lembrando que essa criança nem devia existir.

—Olha o que você tá falando! —ele realmente ficou com raiva, seus olhos brilhavam — Não me faça arrepender de tudo que já fiz por você, Caroline.

Ela não o encarava diretamente mas qualquer um poderia ver que o arrependimento estava estampado na sua testa. A loira amava Nicklaus — e por Deus quem tem um nome desses hoje em dia?! — desde que ele lhe fez a infame pergunta de "Quer beber algo?" e ela lhe desprezara. Tinha sido a primeira tentativa direta que ele havia feito e foi naquele momento, que o inglês teve certeza de que era aquela a mulher que ele queria para o resto da vida.

—Me desculpe, tá!

Caroline estava com aquela cara que só ela fazia quando estava zangada. Sobrancelhas arqueadas, olhos expressivos. Klaus sabia que a Forbes tinha motivos para estar nervosa, mas não precisava ter passado três dias o evitando.

—Eu não quero que você continue me ignorando como se eu fosse um nada.

—E eu não quero mais chegar na sua casa e encontrar Haley de calcinha e uma blusa qualquer como se fosse sua esposa.

O homem dos olhos verdes mais hipnotizantes da Virginia a fitava bufando. Ele e todo mundo já estava cansado daquela picuinha sem sentido.

—Caroline — bufou segurando a ponta do nariz por um minuto — eu já tô cansado desse assunto. Eu não vou colocar Haley pra fora da minha casa com minha filha na barriga. Além do mais, Elijah já disse que quebra minhas pernas se eu tentar alguma coisa.

Os olhos da loira só faltaram saltar das órbes.

—Ah, então é medo do seu irmão? Francamente Klaus...! — a essa altura Caroline já soltara a porta e andava de um lado para o outro na varanda — Eu...

—Chega Caroline! Ou você aceita que eu vou ter um filho e Haley é uma certeza na minha vida, ou eu não sei o que será de nós. Tô cansado das suas guerras por nada. Me procure quando quiser algo sério na sua vida.

E a passos fortes Klaus saiu da casa de Caroline, ao entrar no carro bateu a porta com força desnecessária. Aquele não era o final que ela imaginara quando levantara para atender a porta. Droga, por que ele sempre tinha que jogar em sua cara a verdade? Se ela estivesse grávida de um filho dele, também ia querer ter o apoio da família, mas nunca daria o braço a torcer.

—Eu não acredito que você disse isso a ele! — Elena exclamou colocando a mão na boca em expressão de surpresa.

Droga, será que foi tão ruim assim?! — se questionou em silêncio.

—Hã... hello? Eu que cheguei lá, e vi Haley desfilando de calcinha! Vocês acham isso normal?!

Era mais um dos famosos ataques de Caroline Forbes, e todos sabiam. Elena, Bonnie e Damon — e por que mesmo que ele estava ali? Era uma conversa de meninas! — sabiam que a atitude de Klaus era o certo, mas o ego de Caroline a impedia de ver o que estava na cara.

—Haley tá prenha do Klaus, o mínimo que ele pode fazer é dar um teto pra ela já que a morenaça deu outra coisa pra ele — comentou Damon com a naturalidade que seu deboche lhe dava, seguido de seu famoso sorriso.

As três amigas olhavam perplexa para o moreno de olhos azuis que estava alheio a tudo vendo um jogo qualquer que passava na televisão.

—Bem, apesar de não falar nada que presta, dessa vez o Damon soltou uma ironia válida. Se fosse você grávida não ia querer o apoio dele? — foi a vez da pequena Bennett de se pronunciar.

A Forbes escondeu o olhar de vergonha, era lógico que ela ia querer! Mas porque raios ninguém compartilhava da sua opinião? Era sempre assim, todos sempre cediam aos seus caprichos ou opiniões.

—Eu ia mas a Haley...

—Sem mas Caroline. Vocês estavam separados quando esse "acidente" aconteceu, e Klaus não tá fazendo mais que o papel dele de homem. Haley não tem família; enquanto você tem a todos nós, as únicas pessoas que ela tem são os Mikaelson e esse bebê. — as palavras de Bonnie lhe soavam aos ouvidos como se fosse a Xerife Forbes falando. — Não seja egoísta agora.

Aquela foi o golpe final, e aí o arrependimento foi inevitável...

Olhos conectados, verde no verde. Klaus e Caroline se fitavam e ele estava vendo que a noiva tinha mudado de ideia, e mesmo sem saber a quem, já estava dando graças. A pessoa que conseguia o milagre de mudar qualquer coisa em Caroline merecia todos os prêmios possíveis, e também um número de contato para um segundo milagre sempre que possível. O Mikaelson era tinhoso e meio mimado de quando em quando, mas admirava a atitude de Caroline que sempre que possível queria ajudar os outros; e ele sabia que assim que o bebê nascesse a loira cairia de amores. Pelo menos era isso que a matriarca Ester sempre dizia.

—Eu não quero brigar com você de novo e...

—Me desculpe! — ela disparou rapidamente ainda parada na porta.

O sorriso surgiu nos finos lábios avermelhados de Klaus. Ele tinha noção do tamanho do esforço por trás daquela frase. E então, apartir daquela reação, Caroline relaxou soltando o ar de seus pulmões.

Em meio a sorrisos e olhares, Klaus quebrou o espaço entre seus corpos e enlaçou a cintura da noiva. Os lábios de Caroline se moldaram aos dele, e o mundo parou. Ruídos de lábios se movendo em sincronia embalava a reconciliação, as batidas dos dois corações marcavam o tempo.

—Só me diga uma coisa. — o inglês pediu.

A loira assentiu com a cabeça.

—Qual é o sabor dessas palavras na sua boca?

Gargalhando, Caroline deu um tapa no braço do seu futuro marido. Por Deus, ela gostava de como essas palavras soavam. Futuro marido. Logo em seguida, tascou um beijo rápido na boca vermelha de Klaus.

—De vinagre!

Entre beijos, risadas e olhares, o dia se seguiu dando a certeza que com as atitudes certas tudo ficaria bem. E mesmo que houvessem percalços no caminho, bastava um sorriso ou um beijo e tudo voltaria ao normal.

—Te odeio, chato!

—Mentira, tu me ama mulher. — Klaus respondeu mostrando-lhe a língua.

—Aff, odeio te amar. — gargalhou sendo calada com um beijo de tirar o folego e acelerar o coração.


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Notas finais do capítulo

Capa da one disponível no we love it!

http://weheartit.com/Melany_Alvarenga/collections/93291226-amor-em-4-atos



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