Amor em 4 atos escrita por Ingrid Lins


Capítulo 1
1º ato: Because of you


Notas iniciais do capítulo

1 casal: Damon e BonnieJ chego com uma shipper que divide opinies rsBecause of you by Ne-yo



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Because of you

Want to, but I can't help it

I love the way it feels,

It's got me stuck between my fantasy and what is real

I need it when I want it, I want when I don't

Tell myself I'll stop everyday, knowing' that I wont

Seria possível sentir nojo, raiva, e desejo por uma mesma pessoa? Amor...? Bonnie e Damon estavam perdidos no meio dessa tempestade de sentimentos, sem ter para onde correr. Já tinham tentado de tudo para esquecer aquela estranha sensação de formigamento no estômago toda vez que se viam, e essas eram vezes suficientes já que ele era namorado de Elena. Sua melhor amiga namorava um crápula mulherengo, e mesmo sabendo de todos os seus defeitos, Bonnie não conseguia evitar sentir-se atraída por aquele lindo moreno de olhos azuis.

—Não posso! Isso é coisa da minha cabeça, só pode — a pequena Bennett resmungava para si mesma tentando se convencer com aquela afirmação.

—Não pode o que? — a voz de Caroline sobressaltou assustando a amiga. As duas e Elena eram amigas de longa data, sempre se apoiaram em tudo mas ninguém nunca a apoiaria com Damon. Ok, ela também não apoiava Elena, e não sabia se era por ciúmes, ou se era simplesmente porque ele era não merecesse ninguém realmente legal.

—Hã... nada.

—Bonnie você nunca foi uma boa mentirosa.

—Você e sua mania de achar que todo mundo tá mentindo. Nem todo mundo é como você, Caroline.

Na mesma hora Bonnie quis morder a língua. Não era justo descontar em Caroline sobre suas confusões com seu estúpido corpo que se eriçava todo só de sentir o cheiro do vampiro traiçoeiro. Ninguém tinha culpa que ela estivesse num dilema entre o certo e o prazeroso.

—Nossa, não precisava! — a mágoa estava estampada em seu rosto. Os olhos verdes da loira brilhando de um sentimento que Bonnie não conhecia mas não queria que ele estivesse ali. Sua amiga não merecia.

A loira se virou para sair do quarto da Bennett, quando a bruxa suspirou e tocou seu braço. As duas se olhavam, olho no olho. Amizade e mágoa rolando pesando no ar.

—Me desculpe, eu não quis dizer isso.

—Quis sim, Bonnie. Você tem me atacado, estado longe de Elena, e... eu não entendo isso. O que tá acontecendo?

Bonnie reconhecia a verdade nas palavras da amiga. Realmente estava afastada de tudo e todos, mas era por medo. Medo que alguém a olhasse no fundo dos olhos, e soubesse tudo que estava havendo entre ela e Damon. Pavor que alguém tivesse alguma ideia do quanto ela estava sendo traíra com Elena, sua melhor amiga desde sempre.

—Hã... não tá acontecendo nada, Caroline. Eu tenho andado muito cansada.

—É um direito seu não querer me contar, mas eu sinceramente achei que nossa amizade fosse mais forte.

—Caroline por favor não faz isso. Eu não estou te escondendo nada, apenas não tenho o que falar.

A vampira apenas acenou com a cabeça e saiu. Foi uma surpresa sua atitude, não era típico da loira. Era impossível vencer de Caroline em alguma discussão, ela vencia pelo cansaço sempre, em qualquer situação. Bonnie suspirou e desabou na cama. Ficou encarando o ventilador de teto que dava voltas sem parar, e isso lhe fez pensar. Quantas voltas ainda sua vida daria? Onde iria parar?

A morena Bennett tinha acabado de sair do banho, estava enrolada em uma toalha branca e felpuda. Só a água morna para tirá-la daquela novela que sua vida tinha virado. Droga o que ela tinha visto em Damon?

Estava no closet procurando uma roupa para vestir quando sentiu o cheiro. O perfume dele que era único. Uma mistura inusitada de amadeirado e doce; nada se inigualava ao cheiro que exalava dele, assim como aquelas orbes enormemente azuis que pareciam dois holofotes apontados para ela. Virou-se para trás, e lá estava ele sentado em sua janela com aquele típico olhar de sou foda.

—Elena acabou de sair daqui. — ela comentou. O sorriso de Damon sumiu na mesma hora, ele detestava quando ela usava Elena como uma válvula de escape.

—Hum... isso quer dizer o que?

Damon estava sério, o que era um milagre. Ele nunca ficava sério. O silêncio imperava no quarto, os dois se fitavam, ambos com carrancas pesadas. Concentrados. No que? Bonnie estava decepcionada, com raiva de si e dele. Nunca achou que fosse o tipo de pessoa que trairia a própria amiga, mas... droga como sair daquela armadilha? Damon despertava bem mais que desejo dentro dela. Era uma coisa além da cama; estava na cara. A forma como eles se olhavam o tempo inteiro, ou quando ele ligava para ela toda noite apenas para dar boa noite. Como podia ser o mesmo mulherengo que enganava sua amiga?! Por essas e outras, que Bonnie não conseguia optar pelo amor de Damon ou a amizade de Elena.

—Quer dizer que... eu não... — a voz de Bonnie saiu trêmula, e ela suspirou com força, nervosa por não conseguir se desvencilhar daquela relação. Run, não era uma relação de verdade. Ela era a outra...

Numa fração de segundos, uma piscada de olhos, ele estava ao lado dela, secando as lágrimas que escorriam pelo rosto moreno. Damon odiava vê-la chorar, algo naquilo parecia errado, como se fosse um tremendo pecado fazê-la chorar.

—Não começa com isso de novo. — Damon disse firme, mãos na cintura de Bonnie, e uma determinação fria em seus olhos. Ele não queria começar aquela guerra de novo. — Não coloca isso aqui que temos em negação por causa de uma...

—Por causa da sua namorada! Ela é minha amiga, pelo amor de Deus. — cobriu os olhos com as mãos. — Chega, Damon, eu não posso continuar com isso.

Ele a encarou. Aqueles olhos azuis pareciam estar queimando de um sentimento estranho. Em algum momento da sua vida Damon realmente amou Elena. Amou de coração, como se não pudesse viver sem ela. No entanto, desde a primeira vez que beijara Bonnie — e por Deus, nem ele sabia como isso aconteceu primeiramente — não podia ficar sem ela. A morena Bennett realmente lhe deixara sua marca.

—Eu que não posso Bonnie. Não posso deixar que você brinque comigo como Katherine fez uma vez. Não vou deixar que você coloque nossa relação como um nada, um passatempo que é bom pra você enquanto tá gozando e nada mais!

Silêncio. E então, a raiva tão flamejante e quente quanto uma fogueira. Ele não podia colocá-la como a errada da situação. Quando estava no quarto de Bonnie, o vampiro simplesmente esquecia de tudo, esquecia seu compromisso com Elena; ele era somente o homem de Bonnie. E com isso, suas palavras lhe confundiam. Como ele poderia agir como se já não tivesse um compromisso, e colocá-la a prova de qualquer coisa? Era inexplicável.

—Eu estou brincando com você? Eu?! — nesse momento, sua raiva era tanto que escapava pelos gestos. As mãos de Bonnie voavam pelo ar, e com isso a toalha caiu no chão com violência. Mas eles não ligaram pra esse fato, e isso era um mal sinal...

—É você que tá querendo me largar por uma insegurança sem sentido! — ele gritou, suas veias do pescoço quase saltando, seu rosto vermelho.

E então os dois, bruxa e vampiro, se atraíram. Um abraço apertado, lágrimas, desejo... Tudo misturado sem muito sentido, sem direções ou dimensões, apenas uma massa de sentimentos tão quente e poderosa.

Ela chorava com medo de uma hora não conseguir controlar, e se deixar levar pelas belas palavras de Damon — e droga como ele era bom! — e ir totalmente contra tudo aquilo que sempre acreditou. Amizade em primeiro lugar... Os olhos arregalados de Damon não ajudavam. Ele estava tão confuso quanto ela. Porque era muito pior; ele estava fazendo aquilo que jurou que jamais faria também: estar com duas pessoas e não decidir.

—Eu sei que tá sendo complicado, não é do jeito que você quer e acredite também não é fácil pra mim, mas... eu não posso ir embora agora. Ela tá passando por um momento difícil, você sabe. E eu seria muito mais canalha se a deixasse agora.

A voz dele estava baixa e arrastada. Olho no olho, nenhum sinal de mentira. Ele estava falando a verdade e isso tornava as coisas bem piores.

—Eu não espero que você a deixe, Damon.

—Então o que você espera? Eu sinto que a todo momento tô te decepcionando. — ele suspirou.

Sem dizer uma única palavra, Bonnie se jogou nos ombros de Damon. Um abraço forte e mudo, não precisava de palavras para expressar o que queria. Os batimentos cardíacos acelerados, o calor, a emoção... tudo dizia o que era óbvio. Apesar de toda negação, era o explícito o que estava acontecendo ali...

—Me ama... — Bonnie sussurrou ainda agarrada a ele.

—O que?

—Eu espero que você me ame. Aqui e agora.

Damon podia ouvir o coração dela batendo rápido, tanto quanto as asas de uma borboleta, e por um segundo se permitiu se sentir satisfeito por isso. Não era pecado; ele gostava das sensações que causava na pequena Bennett. E então numa lentidão torturante, e sorrindo, seus lábios se tocaram. Suavemente lábios e línguas se deliciavam e se reconheciam, cada vez mais íntimos. Nada mais aconteceu apenas um beijo envolvido em um quente abraço. Não precisavam de mais que aquilo.

A forma como seus corações aceleravam e como suas bocas se encaixavam decifrava toda a certeza que aquilo continuaria. Aquilo... a liberdade de amar sem regras e amarras... Apenas amor em troca de amor. Sem definições, sem erros...

—Tudo por sua causa — Damon riu entre o beijo enquanto eles continuaram por noite a dentro aquela conhecida dança de amor.


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Notas finais do capítulo

Tentei, tentei, tentei e NÃO consegui inserir a por#@ da imagem de capa do capítulo então deixarei aqui em baixo o link do álbum da fic no we love it! aí vocês vão conseguir ver rs

http://weheartit.com/Melany_Alvarenga/collections/93291226-amor-em-4-atos